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boutulismo E brucelose - veterinária

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SUMÁRIO
-BRUCELOSE CANINA
1.Introdução.................................................................................................................4
2.Etiologia.....................................................................................................................5
3.Transmissão...............................................................................................................5
4.Patogenia....................................................................................................................7
5.Sinais Clínicos............................................................................................................7
6.Diagnostico Clinico....................................................................................................9
6.1.Diagnostico Sorológico...........................................................................................9
6.2.Diagnostico Bacteriológico...................................................................................10
7.Tratamento..............................................................................................................11
8. Prevenção e Controle.............................................................................................12
-BOTULISMO EM CÃES
1.Introdução.................................................................................................................13
2.Etiologia......................................................................................................................14
3. Epidemiologia............................................................................................................15
4. Patogenia....................................................................................................................15
5. Manifestações clinicas...............................................................................................16
6. Diagnostico.................................................................................................................17
7. Tratamento.................................................................................................................18
8. Prognostico.................................................................................................................19
9. Prevenção e Controle.................................................................................................19
10.Saúde Publica............................................................................................................20
Referências Bibliográficas............................................................................................21
BRUCELOSE CANINA
1.INTRODUÇÃO
A incidência da Brucelose nos animais e no homem vem diminuindo devido ao aumento de medidas de controle, no entanto, devido à geografia, o clima, densidade populacional dentre outros fatores, favorece a permanência do agente principalmente na América Latina. A brucelose canina foi descrita em 1966, por Carmichael, nos Estados Unidos da América durante episódios de abortamento em canis da raça Beagle em diversos estados americanos. Sendo isolado de tecidos fetais e placentários, um microrganismo cujas características de cultivo, bioquímicas e sorológicas indicavam ser um microrganismo do gênero Brucella, e verificando-se que o mesmo apresentava características distintas das demais espécies do gênero Brucella já descritas, sendo designado Brucella canis. No Brasil, a brucelose canina foi descrita primariamente em 1977 por Godoy e colaboradores, no estado de Minas Gerais, isolando a bactéria de uma cadela com histórico de abortamento e reagente a prova de soro aglutinação lenta(SAL). A brucelose canina é causada pela Brucella canis, um cocobacilo Gram-negativo que tem morfologia colonial irregular que o distingui das demais espécies de Brucellas.
 Caracteriza-se como doença infectocontagiosa crônica e é considerada uma zoonose. A transmissão envolve o contato direto com o microrganismo que é capaz de penetrar em qualquer mucosa, sendo a oral, conjuntival e vaginal as mais importantes. As fêmeas transmitem a doença durante o estro, no momento da cobertura, por via transplacentária, após o aborto, leite e urina. Sendo, aerossóis advindos do material abortivo a principal via de infecção, devido à presença de grande quantidade de microrganismos. A B. canis pode ser transmitida pelo sêmen, principalmente durante as primeiras seis a oito semanas de infecção, pela urina, e também por fômites contaminados. A presença do agente no organismo causa principalmente alterações reprodutivas como infertilidade, abortamentos, principalmente no terço final da gestação e a ocorrência de natimortos ou do nascimento de filhotes débeis. Ocasionalmente afeta outros tecidos causando alterações como uveíte, discoespondilite, osteomielite e dermatite. Como a possibilidade de êxito com o tratamento é incerta e os animais se tornam uma fonte de infecção para outros cães e pessoa, o tratamento não é recomendado, pois os cães tratados estarão sempre susceptíveis a reinfecção. Segundo o LABORATÓRIO CEPAV (2003), a brucelose ainda não tem cura, sendo assim o animal infectado permanece portador por toda a vida. Todavia, alguns medicamentos podem ser utilizados para minimizar os sintomas clínicos da doença e sendo utilizada de acordo com a fase da enfermidade em que o animal se encontra, e quanto mais tardia a doença for diagnosticada, mais difícil será o tratamento. Para prevenção e controle dessa doença, deve-se testar todo o lote reprodutor quanto a Brucella antes de empreender um programa de acasalamento e, teoricamente, antes de cada acasalamento nas fêmeas e uma ou duas vezes por ano nos machos. Os animais positivos devem ser eliminados de canis de reprodução ou esterilizados.
2. ETIOLOGIA
O gênero Brucella é constituído por bactérias intracelulares facultativas, reconhecidas, cada uma acomete um hospedeiro preferencial, sendo assim, identificadas conforme seu hospedeiro, características morfológicas, propriedades metabólicas, sorotipagem e fenotipagem. As espécies do gênero Brucella são bastante sensíveis aos desinfetantes comuns, à luz e a dessecação. Em cadáveres ou tecidos contaminados enterrados, podem resistir vivas por um a dois meses em clima frio, mas morrem em 24 horas no verão ou em regiões quentes, um a dois meses em clima frio, mas morrem em 24 horas no verão ou em regiões quentes. A B. canis causa uma enfermidade infectocontagiosa crônica, reconhecida como pequeno (1,0 - 1,5 µm) cocobacilo, Gram negativo, aeróbico, imóvel, não esporulado e não encapsulado, que se distingue de outros do gênero Brucella, por apresentar colônias com morfologia rugosa e aspecto mucóide, e características bioquímicas próprias.
3.TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre, geralmente, pela ingestão ou inalação de microorganismos presentes em tecidos fetais abortados, descargas vaginais do parto ou do abortamento, assim como em urina. A transmissão venérea pode ocorrer tanto do macho para a fêmea, devido à eliminação do agente no sêmen, quanto da forma inversa, uma vez que as descargas vaginais de fêmeas infectadas durante o estro também possuem altas concentrações do microorganismo. Segundo Organização Internacional de Epizootias (OIE, 2005), entre os animais, a Brucella é geralmente transmitida pelo contato com a placenta, feto, fluidos fetais e descargas vaginais de animais infectados. Os animais são infectados após um abortamento ou parto completo. A bactéria pode ser encontrada no sangue, urina, leite ou sêmen; produzida no leite e sêmen, pode ter sua vida prolongada. A brucelose pode ser transmitida por fômites,e em condições de alta umidade, baixa temperatura e se luz solar, os microorganismos podem se tornar resistentes por muitos meses na água, fetos abortados, esterco, pêlos, fenos, equipamentos e roupas. Nos cães, as principais portas de entrada da bactéria compreendem principalmente as mucosas oronasal, genital e conjuntival. Infecçõesexperimentais já foram induzidas pelas vias intravenosa, subcutânea, intraperitoneal e intravaginal.
 A infecção oral é a mais frequente e a dose mínima infectante por esta via é de cerca 106 microrganismos, enquanto a dose mínima infectante por via conjuntival é 104 a 105 microrganismos. A dose infectante mínima por via venérea é desconhecida. A eliminação pelo sêmen é decorrente da presença de microrganismos na próstata e no epidídimo. A quantidade de bactérias isoladas a partir do sêmen em cães infectados é alta nas primeiras seis a oito semanas pós-infecção. Entretanto, a eliminação intermitente do organismo em baixas concentrações, foi relatada por até 60 semanas pós-infecção, podendo continuar por até dois anos. As fêmeas podem, também, excretar as brucelas pelo leite, ainda que em pequena concentração e com pouca importância na infecção dos filhotes, uma vez que normalmente, estes animais já foram infectados intra-uterinamente. Contrariamente, Johnson e Walker (1992) consideram o leite como importante via de transmissão, decorrente do potencial de dispersão do microrganismo no meio ambiente. A transmissão da bactéria por fômites, utilização de vaginoscópio e seringas contaminadas, assim como da realização de transfusões sanguíneas e inseminações artificiais, com sangue ou sêmen de animais infectados, já foram relatadas. A eliminação da bactéria pela urina tem início uma a quatro semanas depois do início da bacteremia e persiste por pelo menos 18 semanas. Portanto, as tentativas de isolamento da urina neste período geralmente produzem resultado positivo.
4. PATOGENIA
A infecção pode ocorrer através das membranas mucosas (oral, ocular, nasal e genital). Após a penetração no organismo, o agente é fagocitado por macrófagos ou outras células fagocitárias, transportado para órgãos genitais e linfonodos, desenvolvendo linfadenopatia transitória e no interior dos leucócitos realiza bacteremia. Durante a fase de bacteremia ocorre disseminação bacteriana por todo o organismo do hospedeiro, mas preferencialmente para tecidos ricos em esteróides gonadais e em células reticuloendoteliais como baço, fígado, linfonodos, medula óssea, útero de fêmeas gestantes, próstata, epidídimos e testículos.
Outros sítios de localização são os rins, circulação dos discos intervertebrais, meninges e câmara anterior dos olhos. Uma vez cessada a bacteremia, esses tecidos podem constituir sítios de persistência bacteriana, caracterizando a fase crônica da infecção. Após a bacteremia, títulos de anticorpos persistentes e não protetores contra B. canis começam a ser detectados, a resposta imune é predominantemente celular. Entretanto, parecem ter pouca influência sobre a bacteremia e o número de microrganismos encontrados nos tecidos. 
5.SINAIS CLÍNICOS
 Em sua maioria, as infecções por B. canis são inaparentes. A B. canis infecta o útero nas fêmeas prenhes e coloniza as células epiteliais placentárias, resultando em morte embrionária ou fetal, abortamentos tardios no terço final da gestação, podendo ocorrer retenção de placenta e/ou corrimento vaginal persistente. Algumas fêmeas podem apresentar vários abortamentos consecutivos. Em alguns casos, podem levar a gestação a termo com nascimento de natimortos, filhotes fracos que morrem em poucos dias, ou filhotes aparentemente sadios, exceto pela bacteremia persistente e o enfartamento de linfonodos, que geralmente é o único sinal clínico da infecção até a maturidade sexual. As cadelas infectadas não prenhes comumente não mostram sinais de infecção, mas podem eliminar o microrganismo na urina e secreções vaginais por período de tempo variável. As manifestações clínicas de brucelose mais frequentes nos machos, são as epididimites e prostatites severas. A epididimite desenvolve-se cerca de cinco semanas pós-infecção. Durante a fase aguda da doença, o testículo e o epidídimo aumentam de tamanho, e este último torna-se sensível devido à presença de fluido serosanguinolento na túnica albugínea. O epidídimo diminui de tamanho na fase crônica da infecção, apresentando consistência firme e geralmente há atrofia epididimária. A dermatite e o edema escrotal são resultados do hábito frequente de lamber o escroto. Orquites e aumento dos testículos raramente ocorrem na fase aguda, mas os machos cronicamente infectados desenvolvem atrofia testicular uni ou bilateral. Danos testiculares desenvolvidos pela ação direta da bactéria iniciam uma resposta auto imune contra os espermatozóides e determinam distúrbios na espermatogênese, alterações da morfologia e redução na motilidade dos espermatozóides, presença de células inflamatórias e redução de volume do ejaculado.
 Acredita-se que este fenômeno auto-imune, esteja envolvido na patogenia da esterilidade, que geralmente ocorre nas infecções crônicas. Independentemente do desenvolvimento da esterilidade, os cães continuam excretando a bactéria no fluido seminal. Ocasionalmente, B. canis infecta outros tecidos além do linforeticular e reprodutivo, podendo ocorrer hepato e esplenomegalia, uveítes, discoespondilites, osteomielites, meningites, glomerulonefrites e dermatites piogranulomatosas. Relata-se recuperação espontânea da infecção entre um e cinco anos pós-infecção. Animais que se recuperaram da infecção apresentam títulos aglutinantes baixos ou ausentes e podem apresentar-se imunes à re-infecção. Mesmo sendo uma doença sistêmica, raramente cães adultos manifestam sinais clínicos sistêmicos severos, sendo o principal problema à ocorrência de prejuízos no desempenho reprodutivo. A presença dos sinais clínicos é sugestiva da infecção, mas o único método definitivo para o diagnóstico da brucelose em cães é o isolamento bacteriano do agente que fornece diagnóstico definitivo quando a bactéria é isolada. Entretanto, é demorado, e resultados negativos na cultura, decorrentes de pequena quantidade de microorganismos viáveis ou contaminação da amostra, não eliminam a possibilidade de infecção.
6. DIAGNÓSTICO CLÍNICO
O diagnóstico clínico da infecção por B. canis apresenta várias dificuldades. Nos primeiros estágios, os animais infectados podem não apresentar sinais clínicos da doença ou esses podem não ser claramente identificados. Os sinais clínicos apresentados por animais acometidos não são patognomônicos, podendo estar presentes em uma grande variedade de doenças. Os animais apresentam prolongada bacteremia sem febre, que pode durar anos; perda no brilho do pêlo, linfoadenopatia generalizada e inapetência podem ser notadas em alguns animais. Os sinais clínicos mais evidentes no macho são epididimite e prostatite. Em função da dor causada pela epididimite, os animais lambem com freqüência o escroto, desenvolvendo uma dermatite escrotal, que pode vir a ser contaminada por Staphylococcus aureus. A orquite não é freqüente na infecção por B. canis, mas eventualmente pode ocorrer. Com o progresso da doença, pode ocorrer atrofia testicular e ocasionalmente esterilidade. Em cães infectados por mais de cinco semanas, ocorre decréscimo do volume seminal e ejaculação dolorosa, mas a libido não é alterada.
6.1 DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
A sorologia é bastante empregada no diagnóstico da brucelose canina. Como em qualquer doença, a primeira classe de anticorpos a aparecer após a infecção é a IgM, portanto sua presença no soro indica infecção recente. Em seguida, aparecem as IgG, que pemanecem por longos períodos, principalmente em infecções crônicas. Como a brucelose canina é uma doença crônica, a principal imunoglobulina a ser detectada pelos testes diagnósticos é a IgG. Apesar de ser a metodologia mais difundida de diagnóstico da brucelose canina, a sorologia apresenta muitos problemas em nosso meio, principalmente ligados à disponibilidade de antígneos e kits para o diagnóstico sorológico. A B. canis não possui a cadeia O do lipopolissacarídeo (LPS) da parede celular completa, formando colônias de morfologia rugosa e de aspecto mucóide. Assim, os antígenos preparados com amostras lisas de Brucella, como a B. abortus para diagnóstico da brucelosebovina, não são capazes de detectar anticorpos anti-B. canis, sendo necessária a utilização de antígenos preparados com amostras rugosas de Brucella sp., B. canis ou B. ovis, para o diagnostico da brucelose canina. A primeira prova sorológica descrita foi a aglutinação em tubo, posteriormente modificada por Badakhsh et al. (1982) para a aglutinação rápida em placa utilizando o 2- mercaptoetanol (2ME), e melhorada por Carmichael e Joubert (1988) com o emprego de uma amostra não mucóide (M-) de B. canis na produção do antígeno. 
6.2 DIAGNÓSTICO BACTERIOLÓGICO
O isolamento e a identificação de B. canis é um método de alta especificidade diagnóstica, pois demonstra o agente etiológico da doença, mas sua sensibilidade pode ser baixa em função de vários parâmetros como eliminação intermitente da bactéria, material mal coletado e mal conservado, uso de antibióticos, etc. A B. canis pode ser isolada de diversos tecidos e secreções, como sangue, linfonodos, baço, fígado, medula óssea, próstata, urina, sêmen, fetos abortados e secreções vaginais durante o estro, no pós-aborto e pósparto. 
Amostras desses materiais devem ser coletadas da forma mais asséptica possível e colocadas em meio de transporte (Cary – Blair, Stuart) quando forem processadas no laboratório em poucas horas. Se o tempo entre a coleta e o processamento laboratorial for demorado, é melhor que as amostras sejam congeladas a -20oC até seu processamento laboratorial. Desta forma, é imprescindível que a temperatura de armazenamento seja mantida durante todo o tempo de transporte do material sob pena de perda de viabilidade da B. canis. É importante empregar procedimentos de segurança biológica no manuseio e na coleta de materiais suspeitos de infecção por B. canis, pois a brucelose canina é uma zoonose de transmissão por aerossóis, ingestão e contato com mucosas ou soluções de continuidade. Desta forma, deve-se sempre utilizar material de proteção individual, como luvas, óculos, máscara, gorro e aventais, para se proteger da infecção. Os equipamentos utilizados na coleta ou nos restos de materiais contaminados devem ser desinfectados (hipoclorito de sódio a 2,5% por uma hora, formol a 5% por uma hora, cal a 15%) e descartados corretamente (autoclavação, incineração, enterramento em locais apropriados). A B. canis cresce bem em aerobiose, em meios ricos convencionais utilizados para Brucella spp. Se os materiais estiverem muito contaminados, sugere-se o uso do meios enriquecidos com antibióticos.
7. TRATAMENTO
O tratamento com antibiótico é difícil, devido à natureza intracelular da B. canis, e todos os animais infectados devem ser considerados como potenciais portadores por toda a vida, pois, os títulos de anticorpos declinam após otratamento, mas podem permanecer em níveis significativos durante seis semanas após ter sidoapós o microorganismo ser eliminado da corrente sanguínea, mas os títulos aumentam novamente, se vier a ocorrer recidiva da infecção mesmo após de finalizado o tratamento. Em geral há declínio da bacteremia e dos títulos de anticorpos séricos com o início da antibioticoterapia. Muitas vezes não há retorno da bacteremia, mas o microorganismo persiste em determinados órgãos. 
Como a possibilidade de êxito com o tratamento é incerta e os animais se tornam uma te de infecção para outros cães e pessoa, o tratamento não é recomendado, pois os cães tratados estarão sempre susceptíveis a reinfecção. Caso o tratamento seja realizado, os animais infectados devem ser esterelizados para minimizar a disseminação .Segundo Wanke (2004), os tratamentos que tiveram relativos sucessos são: Tetraciclina (30 mg/kg), VO, duas vezes ao dia, durante 28 dias; Estreptomicina (20 mg/kg), IV, uma vez ao dia, durante 14 dias. Foram submetidos a esse tratamento 105 cães, desses 81 foram negativados; Tetraciclina (30 mg/kg), VO, três vezes ao dia, durante 30 dias; Estreptomicina (20 mg/kg), IM, nos dias 1 a 7 e 24 a 30. Foram submetidos a esse tratamento 19 cães, 14 foram negativados com um ciclo, 2 animais com dois ciclos e 3 cães foram refratários; Monociclina (10 mg/kg), duas vezes ao dia; Estreptomicina (4,5 mg/kg), IM, durante 7 dias consecutivos; Oxitetraciclina de longa ação (20 mg/kg), IM, uma vez por semana, durante um mês, associada a Estreptomicina (20 mg/kg), IM, uma vez ao dia, durante 1 semana. Dos 24 cães tratados 21 foram negativados. Nesse mesmo estudo, não foram obtidos sucessos com Ampicilina e observou-se bons resultados com 4 semanas de tratamento com enrofloxacina.
8. PREVENÇÃO E CONTROLE
A prevenção da infecção é particularmente importante nos canis comerciais, já que uma vez que a infecção é introduzida numa população canina confinada, sua disseminação ocorre rapidamente, acometendo diversos animais. Exames bacteriológicos e sorológicos rotineiros devem ser realizados a cada seis meses, assim como nos animais previamente ao acasalamento. Novos animais introduzidos no plantel devem antes ser submetidos aos exames clínicos e laboratoriais e então devem ser mantidos em quarentena durante oito a doze semanas, quando os testes laboratoriais forem repetidos. Os cães que apresentarem sinais clínicos sugestivos de brucelose não devem ser introduzidos no plantel. Todos os animais reprodutores devem ser regularmente testados para anticorpo B. canis, antes de empreender um programa de acasalamento e, teoricamente, antes de cada acasalamento nas fêmeas e uma ou duas vezes por ano nos machos. Em canis todos os animais positivos devem ser eliminados da reprodução. Um macho reprodutor não deve retornar ao serviço, mesmo após o tratamento com antibioticoterapia. 
Devido ao custo do tratamento e da manutenção de animais inférteis, a redução do status reprodutivo dos animais, do número de filhotes que sobrevivem a amamentação e a persistência da infecção no canil, é muito mais econômico testar e descartar os animais infectados do que tentar o tratamento. O controle da brucelose em canis infectados baseia-se nas seguintes medidas: identificação e remoção de todos os animais positivos do local, identificação das vias de transmissão, higienização das instalações, repetição mensal dos exames laboratoriais a fim de identificar todos os animais positivos e evitar que novos surtos venham ocorrer. Uma vez que a infecção é confirmada num plantel, todos os animais devem ser testados sorologicamente e bacteriologicamente, em intervalos mensais para identificação dos positivos. Com relação aos animais de companhia, devem-se ter outras condutas, como tratamento com antibioticoterapia e a esterilização, pois terminam com as secreções genitais e a eliminação do microorganismo por essa via, porem, não excluem a possibilidade de o animal permanecer como fonte de infecção para outros cães e até mesmo para pessoas de seu convívio.
BOTULISMO EM CÃES
1.INTRODUÇÃO
O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum , caracterizada por paralisia flácida da musculatura esquelética. A doença é observada principalmente em equinos, ruminantes e aves domésticas enquanto nos cães e outros carnívoros é considerada rara.O botulismo foi primeiramente descrito na Alemanha no século XVIII, após um surto associado à ingestão de salsicha de produção doméstica, de onde se originou o nome da doença (botulus em latim significa salsicha). Nos animais domésticos, o botulismo é conhecido há aproximadamente 50 anos. C. botulinum produz neurotoxinas características (BoNT – botulinum neurotoxin). Atualmente, são conhecidos sete sorotipos de toxinas (A-G), cada um produzido por diferentes linhagens de C. botulinum, que causam paralisia muscular flácida a partir do bloqueio da liberação do neurotransmissor acetilcolina nas junções neuromusculares . 
A toxina botulínica é considerada o veneno biológico mais potente já conhecido, visto que são necessários apenas 40 gramas para matar uma população de seis bilhões de habitantes . A doença nos cães ocorre devido à ingestão de alimentos putrefatosou carcaças em decomposição que contenham a toxina botulínica do tipo C . O tratamento dos animais é sintomático. O diagnóstico de rotina é fundamentado nas manifestações clínicas e histórico do animal . A prova biológica em camundongos é o principal método de diagnóstico laboratorial . A prevenção da doença nos cães se baseia em evitar o consumo de alimentos crus ou em putrefação, principalmente oriundos de aves e ruminantes . Apesar de o Brasil apresentar condições favoráveis ao desenvolvimento do botulismo, ainda são poucos os estudos que demonstram a verdadeira realidade brasileira diante da enfermidade , ficando a grande maioria das descrições da doença em cães restritas aos relatos de casos. O presente estudo revisou os principais aspectos de botulismo em cães com ênfase na etiologia, patogenia, diagnóstico e controle.
2.ETIOLOGIA
C. botulinum são bacilos gram-positivos, retos a ligeiramente curvos, móveis, formadores de esporos, saprófitas e anaeróbicos, distribuídos nos solos de todo o mundo . A bactéria pertence à microbiota do trato intestinal de equinos, bovinos e aves, onde se multiplica e é eliminada em grandes quantidades nas fezes por mais de oito semanas após o início da colonização . À microscopia, se apresentam sob a forma de bastonetes de 0,5 a 2,0 µm de largura e 1,6 a 22 µm de comprimento, com esporos ovais subterminais . Estas bactérias produzem toxinas com propriedades farmacológicas similares, porém antigenicamente diferentes . Sete tipos antigenicamente distintos de neurotoxina botulínica (BoNT) foram identificados: A, B, C, D, E, F e G . Todos os tipos possuem estrutura semelhante e mesmo efeito neurotóxico .Os tipos A, B, E e F estão associados com a doença em humanos. A toxina tipo G foi associada a alguns casos de morte súbita, enquanto que os tipos C e D são quase exclusivamente identificados em animais . O tipo D é mais prevalente em herbívoros e o tipo C predomina em aves e carnívoros . As toxinas botulínicas são consideradas as mais potentes toxinas, apresentando DL50 de 1 a 5ng/kg . A toxina não é secretada, sendo liberada exclusivamente por lise das células vegetativas ou esporos .
 Os esporos de C. botulinum são as formas mais resistentes dentre os agentes bacterianos, podendo sobreviver por mais de 30 anos em meio líquido e, provavelmente, por maior tempo ainda em estado seco . Os esporos podem tolerar temperaturas de 100ºC por horas. Para destruí-los, os alimentos contaminados devem ser aquecidos a 120ºC por 30 minutos. A resistência dos esporos ao calor varia entre as linhagens . Condições anaeróbicas e ambiente com nutrientes apropriados (altas quantidades de material orgânico) são requeridos para a germinação dos esporos e divisão celular . O organismo multiplica-se em condições anaeróbicas e de baixa acidez (pH acima de 4,6ºC) . A toxina tipo C é estável na faixa de pH de 2,7 a 10,2 . A bactéria multiplica-se em temperaturas entre 15 e 45ºC, embora algumas linhagens possam multiplicar-se a temperaturas tão baixas como 6ºC . A temperatura ótima para que a bactéria assuma a forma vegetativa é de 37°C . Ao contrário dos esporos, as toxinas botulínicas são termolábeis, inativadas pelo aquecimento a 100 °C por 5 minutos . 
3.EPIDEMIOLOGIA
Em cães, apesar da baixa freqüência, a doença ocorre geralmente pela ação da toxina do tipo C, oriunda da ingestão de carne deteriorada, ingredientes alimentares estragados e, principalmente, de carniça. Açudes contaminados pela toxina também constituem fontes de contaminação para cães de propriedades rurais. Em áreas endêmicas para botulismo, carcaças de animais mortos são invadidas pelo C. botulinum com produção subseqüente de elevadas concentrações de toxinas, de modo que quantidades muito pequenas da carne ou de ossos contêm toxina em concentrações letais. A toxina pode persistir na carniça de animais de produção por no mínimo um ano . Nas zonas de clima temperado, o botulismo apresenta-se quase que exclusivamente nos meses quentes do verão. Temperaturas compreendidas entre 22º e 37ºC nestas regiões favorecem a produção de toxina pela bactéria no alimento . 
4.PATOGENIA
As neurotoxinas botulínicas são metalproteinases polipeptídicas de 150 kDa. Todas as BoNT são compostas de uma cadeia pesada (H) de 100 kDa e uma cadeia leve (L) de 50 kDa. As cadeias H e L estão conectadas por uma ligação do tipo simples dissulfureto intercadeias considerada essencial para a toxicidade .A BoNT é inativa quando eliminadarequerendo clivagem por enzimas proteolíticas para formar a molécula de cadeia dupla, altamente ativa. Após a ingestão, as toxinas são absorvidas principalmente no intestino delgado, atingindo o sistema linfático via endocitose, semelhante ao que ocorre com proteínas do alimento. A toxina pode continuar a ser absorvida no intestino grosso e cólon, mas este processo ocorre lentamente. A partir do sistema linfático, a toxina entra na corrente sanguínea . A toxina absorvida é ligada na forma de cadeias de dissulfureto , atingindo os terminais nervosos colinérgicos periféricos . Após a ligação, a toxina atravessa a membrana da célula por endocitose mediada por receptor . A toxina é internalizada em uma vesícula dotada de uma bomba de protons ATPase . Uma porção da molécula penetra na célula nervosa e bloqueia a liberação de neurotransmissores. O bloqueio da liberação de acetilcolina é causado pela clivagem dependente de zinco de um ou dois dos três componentes do núcleo do aparelho de neuroexocitose, formado pelas proteínas SNARE (Soluble N-ethylmaleimide-sensitive factor [NSF] attacchment receptor). Sintaxina, Sinaptobrevina e SNAP-25 são proteínas SNARE essenciais para a ancoragem e fusão de vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica, eventos que levam à liberação da acetilcolina na junção neuromuscular .
Diferentes tipos de toxina botulínica podem clivar várias proteínas dentro do sistema de neuroexocitose na membrana. A toxina do tipo C tem como alvo a sintaxina e SNAP-25, com clivagem da sintaxina considerada a mais significativa na patogenia .A ação da toxina do tipo C não altera a formação de vesículas sinápticas, tampouco o número e a distribuição ao longo da membrana pré-sináptica. A liberação do neutransmissor simplesmente não ocorre, pois as vesículas não se fundem com a membrana pré-sináptica . A ligação da toxina ao terminal neural da junção neuromuscular é irreversível e o bloqueio neuromuscular resulta na destruição da placa motora terminal . O elevado peso molecular da toxina botulínica a impede de atravessar a barreira hematoencefálica, de modo que todos os sintomas neurológicos de botulismo estão relacionados com o sistema nervoso periférico. As BoNTs não causam a morte do neurônio afetado. Se o animal sobreviver, a recuperação ocorre por inativação das cadeias L, remoção das proteínas truncadas e síntese de novo sistema SNARE, com recuperação dos componentes funcionais das junções neuromusculares. Assim, animais com botulismo têm o potencial para a recuperação completa da função neurológica, sem seqüelas. 
5.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O botulismo em cães é reconhecido como doença rara.Em todas as espécies de animais domésticos, o botulismo é caracterizado pela disfunção generalizada do neurônio motor inferior, levando à fraqueza e paralisia flácida . O período de incubação em cães varia de 24 a 48 horas, podendo se prolongar até seis dias após a ingestão da toxina . A gravidade dos sinais clínicos está diretamente relacionada à susceptibilidade individual e quantidade de toxina ingerida. Com efeito, mais precoces são os sinais, maior a gravidade da doença . Os cães acometidos apresentam astenia ascendente simétrica que pode resultar em tetraplegia. O tônus muscular está reduzido e os reflexos espinhais estão ausentes, embora a movimentação da cauda seja preservada . A percepção da dor está intacta e não ocorrem atrofia muscular nem hiperestesia .Os cães acometidos ocasionalmente apresentam disfunções em nervos cranianos, com perda do reflexo pupilar à luz, vocalização fraca, fraqueza facial, diminuiçãodo tônus mandibular e disfagia . Podem ocorrer sinais parassimpáticos como diminuição da produção de saliva e lágrima, midríase, constipação, e retenção urinária . Ceratoconjuntivite seca bilateral ocorre devido à diminuição da produção lacrimal .É comum o aparecimento de regurgitação, decorrente do desenvolvimento de megaesôfago . A duração da doença em cães que se recuperaram varia de 14 a 24 dias . Em casos severos a morte pode resultar de paralisia da musculatura respiratória , ou devido às infecções secundárias, principalmente em trato respiratório e urinário . Mesmo em casos aparentemente menos graves pode ocorrer morte por pneumonia por aspiração . 
6.DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de rotina do botulismo canino é baseado nas manifestações clínicas e/ou no histórico do animal, que geralmente envolve a ingestão de alimentos deteriorados ou carcaças decompostas . Os exames laboratoriais em cães (hemograma, bioquímica sérica, urinálise) se apresentam comumente dentro dos limites de referência , a menos que ocorram complicações como úlceras de decúbito e infecções do trato respiratório ou urinário . Radiografias torácicas podem revelar megaesôfago e pneumonia por aspiração . A eletromiografia (EMG) demonstra que a disfunção do neurônio motor inferior em cães clinicamente afetados ocorre na junção neuromuscular e talvez na condução dos nervos periféricos . Com a evolução da doença, a eletromiografia pode acusar potenciais de fibrilação e atividade insercional prolongada, baixa amplitude do potencial de ação muscular evocado e desaceleração das velocidades motoras e sensoriais no nervo periférico. A restauração da velocidade e amplitude corresponde a uma melhoria clínica . A biópsia do nervo ou do músculo pode ser empregada na exclusão de alguns diagnósticos diferenciais não infecciosos . O isolamento de C. botulinum a partir de fezes ou conteúdo intestinal deve ser avaliado com cautela, posto que o esporo pode ser encontrado normalmente no trato gastrointestinal de animais sadios . Além disso, o isolamento do organismo é demorado, requer instalações especializadas e pessoal treinado. C. botulinum produtor de toxina do tipo C é considerado um dos mais fastidiosos, visto que exige condições estritas de anaerobiose . Não são detectadas lesões características na necropsia. As alterações patológicas podem ser atribuídas à ação paralisante da toxina, principalmente na musculatura respiratória. Não há efeito da toxina em algum órgão em particular . O diagnóstico definitivo do botulismo é baseado na demonstração da toxina no soro, fezes, vômito ou conteúdo estomacal, ou em amostras do alimento ingerido. O soro deve ser coletado o mais cedo possível do início do curso da doença e, preferencialmente, quando o animal apresentar sinais clínicos evidentes . O método padrão e mais confiável de identificação da toxina permanece o bioensaio ou inoculação em camundongos . O teste consiste em inocular 0,5 ml do soro sanguíneo do animal com suspeita clínica na cavidade peritoneal de camundongos. É necessário também manter um grupo controle de camundongos que não recebem inoculação. Os animais são observados em intervalos de 3 a 4 horas, por até 72 horas, para verificar possíveis alterações no comportamento e estado físico. Após a inoculação, caso os camundongos apresentem pelos eriçados, dispneia, relaxamento muscular característico na região abdominal denominado de “cintura de vespa”, dificuldade de locomoção e morte, sugere-se presença de toxina ativa na amostra. Os animais controles não devem apresentar sinal da doença e nem evoluir para óbito. O teste é extremamente sensível, com limite de detecção entre 10 a 20 pg de toxina/mL. Porém, apresenta desvantagens como o uso de animais de laboratório e exige a utilização de testes de neutralização para a determinação do sorotipo da toxina . A tentativa de substituição dos testes que utilizam animais de laboratório têm resultado no desenvolvimento de ensaios in vitro, os quais podem apresentar a sensibilidade e a confiabilidade do bioensaio em camundongos . Estes testes incluem técnicas de radioimunoensaio, hemaglutinação passiva e ELISA . Os principais diagnósticos diferenciais do botulismo em cães incluem a raiva, polirradiculoneurite e miastenia gravis aguda . A raiva deve ser considerada como diagnóstico diferencial nos cães gravemente acometidos, mas, de modo geral, está associada à alteração do estado mental e morte em até dez dias. A fraqueza dos músculos da face, mandíbula e da faringe é mais pronunciada no botulismo do que na polirradiculoneurite aguda.
7.TRATAMENTO
Não há tratamento específico para o botulismo em cães. O tratamento de suporte é fundamental, posto que a recuperação espontânea ocorra se a quantidade ingerida de toxina não for alta e se infecções do trato respiratório e urinário forem evitadas .Nos animais com ingestão recente de alimento suspeito, a remoção de material a partir do trato intestinal por lavagem gástrica, catárticos ou enemas pode ser útil . Agentes catárticos contendo magnésio podem aumentar a ação da toxina botulínica . Animais afetados devem ser mantidos em piso confortável devido ao decúbito prolongado, com auxílio na alimentação . O débito urinário requer monitoramento e, se necessário, a bexiga deve ser esvaziada com compressão manual. Enemas e laxantes podem ser realizados caso ocorra constipação .Fluidos parentais devem ser administrados para evitar a desidratação, especialmente se a deglutição é prejudicada . Para evitar a alteração da microbiota intestinal, que favorece a multiplicação de C. botulinum, antibacterianos devem ser administrados apenas quando necessário, em casos onde ocorra o desenvolvimento de infecções secundárias. A antibioticoterapia com penicilina (10.000 - 30.000 UI, VO, a cada 12 horas) ou Metronidazol (5 mg/kg, VO, a cada 3 horas) tem sido realizada em cães na tentativa de reduzir a microbiota intestinal dos clostrídios patogênicos . A eficácia destes fármacos é controversa, visto que a doença geralmente é causada pela ingestão da toxina pré-formada e porque nenhum fármaco é capaz de eliminar totalmente o C. botulinum do intestino. A possibilidade de que estes fármacos possam agravar a doença por liberar mais toxinas mediante lise bacteriana ou promovendo infecção intestinal também é considerada. Para o tratamento específico, a antitoxina tipo C pode ser administrada via intramuscular em duas injeções, com intervalo de quatro horas, na dose de 10.000U . A antitoxina não é de fácil obtenção no mercado brasileiro e o uso é controverso, uma vez que é eficaz se for administrada no início do curso da doença, pois não atua na toxina ligada nas terminações nervosas, fato que ocorre rapidamente após a absorção . Nenhum fármaco está disponível comercialmente para humanos ou animais que antagonize os efeitos das toxinas botulínicas. 
8.PROGNÓSTICO
O prognóstico é bom para os cães leve a moderadamente acometidos. Nesses casos, a recuperação ocorre em 2 a 3 semanas. Nos casos mais graves, o prognóstico é reservado, ocorrendo o óbito por paralisia dos músculos respiratórios ou infecções secundárias, principalmente pulmonares e das vias urinárias.
9.PREVENÇÃO E CONTROLE
A profilaxia do botulismo em cães pode ser aplicada por restrição ao acesso à carne putrefata, não permissão ao consumo de carne crua de aves e alimentos contaminados ou inadequadamente cozidos . O aquecimento dos alimentos a 80ºC por 30 minutos ou a 100ºC por 10 minutos inativa a toxina botulínica . Vacinas com toxóides botulínicos são utilizadas em outras espécies como forma de prevenção, principalmente ruminantes e aves silvestres Entretanto, no caso dos cães, a vacinação não é justificável, uma vez que casos de botulismo nesta espécie são raros.Animais recuperados não desenvolvem imunidade devido a baixa quantidade de toxina necessária para produzir sinais clínicos.
10.SAÚDE PÚBLICA
Os animais afetados com botulismo não representam risco para os humanos no momento do exame clínico ou tratamento. Entretanto, devem ser tomados cuidadosao manusear espécimes clínicas que possam conter a toxina, mantendo-as devidamente identificadas e acondicionadas antes do envio ao laboratório. Profissionais que processam amostras suspeitas ou que fazem a necropsia de animais que morreram de botulismo apresentam risco de adquirir a doença por inalação de aerossóis da toxina ou contaminação de feridas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Minharro,S. Cottorello,ACP. Miranda,KL. Stynen,APR . Alves,TM. Lage,AP. Diagnóstico da brucelose canina: dificuldades e estratégias. Rev Bras Reprod Anim, Belo Horizonte, v.29, no.3/4, p.167-173, jul./dez. 2005.
PAULA,CL. BOLAÑOS,CD. RIBEIRO,MG. BOTULISMO EM CÃES: REVISÃO DE LITERATURA. Veterinária e Zootecnia, Botucatu,V(23),no 1, 38-48p.2016.

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