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FRANQUIAS E PARCERIAS COMERCIAIS AV1

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FRANQUIAS E PARCERIAS COMERCIAIS 
Aula 01 
Origem da franquia 
Estudaremos a origem e os conceitos de franquia, largamente utilizados pelo mercado. Para 
alguns estudiosos, o modelo de franquia surgiu em 1852, nos Estados Unidos, quando a Singer 
Seweing Machine Company (fabricante de máquinas de costura) resolveu conceder algumas 
de suas franquias a diversos empresários do ramo do comércio. 
Estes estariam interessados em revender seus produtos em cidades de todos os pontos, em 
cidades de diferentes portes dos Estados Unidos. De acordo com Cherto, M (2003), o papel de 
tais empresários limitava-se apenas a utilizar a marca Singer em suas unidades. Além da 
comercialização de mercadorias eram oferecidos cursos de corte e costura para futuros 
usuários das máquinas de costurar. Também era delimitado o campo de ação geográfica de 
tais empresários, visando evitar concorrência entre os mesmos. 
Embora a primeira franquia do Grupo Yazigi no Brasil tivesse surgido em 1963, o 
desenvolvimento destas só ocorre nos anos 70 e 80, quando as franquias de primeira geração 
multiplicaram, principalmente no eixo Rio-São Paulo. 
Com o tempo, o modelo de franquia foi evoluindo para algo além do simples licenciamento ou 
direito de explorar uma determinada marca. 
Conceito de franquias 
De acordo com a Lei de Franquia Empresarial - Lei 8955/94, Artigo 2º: 
“Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de 
uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de 
produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de 
implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo 
franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique 
caracterizado vínculo empregatício.”. 
No Guia do Franchising podemos verificar os seguintes conceitos que envolvem os principais 
atores do modelo de franquias: 
• Franqueado: Pessoa que é autorizada pelo franqueador para ser parceiro em sua rede 
de franquias. Esse tipo de parceria pode abranger o direito de uso da marca, a 
utilização de um Sistema Operacional adequado e a padronização de rotinas 
administrativas, que são realizadas por intermédio de manuais e treinamentos 
direcionados à padronização da qualidade do negócio. 
• Franqueador: Dono da empresa que possui os direitos de uma marca registrada com 
reconhecimento do mercado. Este compartilha a sua experiência no ramo com os 
franqueados, com o objetivo de ampliar seu negócio em várias praças comerciais. Para 
garantir a manutenção da qualidade de sua marca, o franqueador estabelece com o 
franqueado um contrato que abrange a transferência de tecnologia, rotinas 
administrativas de como gerir o negócio etc. 
• Franquia: A franquia (franchinsing, em inglês) consiste na unidade a ser negociada 
entre o franqueador e o franqueado. As relações entre eles são definidas por um 
contrato específico, no qual todas as responsabilidades são detalhadas. Observe que a 
franquia trata de uma relação entre dois empresários, e não de uma relação de vínculo 
empregatício. 
Manual da franquia 
A função dos manuais de franquia é orientar o franqueado na gestão da franquia. Lá estão 
descritas rotinas e normas na condução do negócio, bem como orientações quanto à gestão 
operacional da franquia. 
Quanto maior o detalhe de procedimentos, mais completo será o manual. Alguns manuais são 
tão detalhados que chegam a ter direitos autorias sobre o conteúdo. Assim, o franqueado 
passa a ter seus riscos diminuídos, aumentando suas chances de sucesso. 
Sistema de franchising 
Corresponde à ação conjunta de franqueador/franqueado no fortalecimento dos seus canais 
de distribuição. Estes devem estar devidamente estabelecidos no contrato de franquia, para 
que não ocorram problemas no negócio. 
Cabe lembrar que problemas nos canais de distribuição de mercadorias entre 
franqueado/franqueador atinge diretamente o cliente, que, insatisfeito, pode abandonar o 
consumo deste produto, além de ter uma percepção negativa sobre a marca e a imagem da 
empresa. 
Supervisão de campo 
A supervisão de campo corresponde às visitas in loco, isto é, no próprio local, por parte de 
representantes do franqueador junto aos franqueados. 
Além de verificar o cumprimento das normas estabelecidas no contrato de franquia, o objetivo 
dessas visitas é estreitar a relação do franqueador junto a seus franqueados, na coleta de 
dúvidas, dificuldades e sugestão de ações a serem implementadas para a melhoria do negócio. 
Gerações de franquias 
De acordo com o Livro "Tudo sobre Franchising", de Daniel Plá (2001), podemos caracterizar 
cinco gerações de franquias: 
• Franquia de Primeira Geração: Consiste na autorização do uso da marca com suporte 
limitado ao franqueado. São aquelas em que não há exclusividade em favor do 
franqueado. A simplicidade do negócio permite que tais marcas sejam negociadas em 
diferentes praças e pontos comerciais. Exemplo: Kodak. 
• Franquia de Segunda Geração: Além do licenciamento do uso da marca, o franqueado 
recorre a produtos e serviços oferecidos pelo franqueador. Em algumas situações, o 
franqueado deve comprar os produtos exclusivamente do franqueador. Porém, o 
franqueado obtém a garantia de que tais produtos e serviços serão exclusivos em sua 
loja, constituindo, assim, um diferencial em relação aos demais pontos comerciais. O 
autor enumera como exemplificação as lojas do Boticário e da Casa do Pão de Queijo. 
• Franquia de Terceira Geração: Nesta geração, verificamos o aprofundamento da 
relação entre o franqueador e o franqueado. A parceria é mais intensa, e boa parte 
dos insumos utilizados pelo franqueado é adquirida com o franqueador. Além disso, 
são estabelecidas rotinas administrativas destinadas a assegurar um padrão desejável 
de qualidade do negócio. Esta uniformidade é que garantirá o sucesso da marca de 
uma franquia. Exemplo: Mister Pizza. 
• Franquia de Quarta Geração: O aumento dos produtos e serviços oferecidos pelo 
franqueador fez com que os franqueados se organizassem em conselhos. A função 
deste conselho é compartilhar, junto com o franqueador, a tomada de decisão da 
empresa. Com isso, novas ações estratégicas são traçadas e a marca fica fortalecida, 
uma vez que os franqueados estão inseridos em um processo decisório. O autor cita 
como exemplo as grandes drogarias – como a FarMais – e postos de gasolina. O 
aumento dos produtos e serviços oferecidos pelo franqueador fez com que os 
franqueados se organizassem em conselhos. A função deste conselho é compartilhar, 
junto com o franqueador, a tomada de decisão da empresa. Com isso, novas ações 
estratégicas são traçadas e a marca fica fortalecida, uma vez que os franqueados estão 
inseridos em um processo decisório. 
• Franquia de Quinta Geração: Segundo o autor, essas franquias possuem a mesmas 
características que as franquias de quarta geração. Entretanto, o franqueador tem a 
garantia de recomprar a franquia, no momento que achar necessário. Esta operação 
de recompra da franquia só poderá ser realizada quando o franqueador possui o ponto 
comercial da loja. Exemplo: McDonalds. Em 2007, o McDonalds vendeu toda a sua 
operação na América Latina e Caribe para o grupo Arcos Dourados, pertencente ao 
franqueado da empresa, na Argentina, e ao Fundo Brasileiro Gávea Investimentos. 
As franquias sociais 
O sucesso do modelo de gestão de franquias inspirou para que algumas entidades sem fins 
lucrativos pudessem expandir seu raio de ação. Assim, diminui o problema de queda de 
qualidade dos serviços prestados aos mais necessitados, além de ampliar a efetividade da 
entidade. 
Tais entidades são cada vez mais cobradas pelos seus colaboradores/doadores, havendo, 
assim, uma amplitude na prestação de serviços ao público-alvo. Podemos exemplificar o 
Comitê para a Democratização da Informática comoexemplo de organização sob o formato de 
franquia entre as suas entidades parceiras. 
Aula 02 
Introdução 
Nesta aula iremos apresentar os diferentes tipos de franquias, classificados por critérios de 
modalidade de negócio, atuação geográfica e remuneração, citando exemplos reais adotados 
no Brasil. 
Não existe um tipo ou modelo ideal de franquia, e sim mais adequado à necessidade do 
mercado. Assim, o franqueador/franqueado devem estar bem atentos. 
Modalidades de negócio 
A divisão das franquias por modalidades de negócio consiste em classificá-las de acordo com a 
forma de atuação de cada uma. Seguindo este critério, podemos classificar as franquias em: 
individual, conversão, combinada, shop in shop e mini-unidades. 
• Na modalidade de Franquia Individual, o empreendimento é focado em apenas uma 
marca em uma determinada localidade. Não são consideradas franquias sofisticadas, 
porém possuem um padrão mínimo de qualidade e uniformidade. Como exemplo 
dessa modalidade de franquia, podemos citar a Boticário, tendo em vista que seria 
difícil compartilhar essa loja com outro tipo de negócio no mesmo espaço físico. 
• A modalidade de Franquia por Conversão ocorre quando o empresário, dono de um 
negócio, converte a sua gestão ao modelo da franquia. Assim, o franqueador treina o 
franqueado para uma prestação de serviços adequada aos moldes da marca da 
empresa. Toda tecnologia é transferida e também é adotada uma série de 
procedimentos destinados a diminuir o risco do negócio. Podemos afirmar que os 
cursos de idiomas são exemplos de franquias de conversão, uma vez que uma marca 
forte potencializa o faturamento e a rentabilidade do negócio. 
• A Franquia Combinada consiste em agrupar diversas franquias no mesmo espaço físico 
por parte de um só franqueado. Não há o risco de concorrência entre as franquias, por 
serem, muitas vezes, complementares. Assim, uma potencializa o faturamento da 
outra. Podemos exemplificar o caso de um franqueado de um posto de gasolina, que 
resolve adquirir também uma franquia de uma loja de conveniência. Neste caso, o 
movimento do posto de gasolina pode ajudar o consumo na loja de conveniência, e 
vice-versa. 
• Na Franquia Shop in shop verificamos a comercialização de uma franquia dentro do 
espaço físico de outra franquia. Não devemos confundir com a franquia combinada, na 
qual uma fica ao lado da outra (e não uma dentro da outra). Porém, ambas as 
modalidades buscam potencializar o crescimento de uma em função da outra, 
garantindo, assim, a sinergia entre as franquias. Podemos citar como exemplo de uma 
franquia shop in shop uma loja da Nokia dentro de um supermercado Dia – rede de 
supermercado internacional, que funciona boa parte do seu negócio por meio de 
franquias. 
• Nas Franquias de mini-unidades, verificamos o modelo mais simples de franquia. 
Muitos autores consideram como parte do grupo da franquia individual. As mini-
franquias são, na verdade, quiosques ou pequenos pontos comerciais de venda de 
uma determinada mercadoria ou serviço, com a vantagem de ser prática e de simples 
gestão, tanto para o franqueador como para o franqueado. Podemos citar como 
exemplo de mini-franquia o quiosque da BRAHMA em diversos pontos de shoppings, 
galerias e centros comerciais. 
Atuação geográfica 
A divisão das franquias em atuação geográfica observa o alcance que o franqueado tem de 
gerenciar um negócio. Pode ser desde uma simples unidade de franquia até mesmo uma 
franquia máster. Entre os tipos de franquias que analisaremos, estão: unitária, múltipla, 
regional, desenvolvimento de área, máster e de representação. 
• Na Franquia Unitária, o franqueado só pode atuar em apenas um ponto comercial 
permitido pelo franqueador. Também necessita da autorização do franqueador para 
que possa ampliar sua atuação no mercado, no caso de querer conciliar com outro tipo 
de negócio no mesmo ponto comercial. 
• Na modalidade da Franquia Múltipla, o franqueado pode ter mais de uma loja, 
ocupando uma determinada região geográfica. Para consolidar sua posição, o 
franqueador muitas vezes permite a exclusividade deste franqueado para atuar no 
espaço geográfico desejado. 
• No caso das Franquias Regionais, os franqueadores cobram ao franqueado uma taxa 
de atuação regional, além de um adicional por cada franquia aberta por ele. Outras 
parcerias feitas pelo franqueado só podem ser realizadas com o aval do franqueador. 
• As Franquias de Desenvolvimento Regional são caracterizadas pela possibilidade de o 
franqueado realizar novas parcerias comerciais em sua área de atuação. Porém, é 
proibida a subfranquia. 
• Na modalidade da Franquia Máster, é permitido ao franqueado realizar a subfranquia, 
desde que respeite a padronização solicitada pelo franqueador. Porém, o franqueado 
possui algumas prerrogativas de poder adaptar a franquia em casos de diferenças 
regionais/culturais. Podemos exemplificar que no McDonalds da Índia não existe 
cardápio com carne bovina nos seus sanduiches. 
• Por fim, nas Franquias por Representação, o franqueado é responsável por todas as 
operações autorizadas pelo franqueador, inclusive ações de marketing, publicidade, 
produção e comercial. 
Franquias por remuneração 
Nos critérios de Franquias por Remuneração, o foco é dado na forma de como é cobrada a 
franquia por parte do franqueador junto ao franqueado. Refere-se às taxas e às participações 
envolvidas no negócio. Podemos classificar as franquias por remuneração em: distribuição, 
pura e mistas. 
• Nas Franquias por Distribuição, verificamos apenas a cobrança de uma taxa de 
franquia do franqueado, em relação à quantidade de produtos e serviços ofertados. 
Apesar de aparentemente ser a taxa mais simples do mercado, não significa que seja a 
mais barata. Muitos franqueadores colocam a cobrança de outras taxas 
implicitamente nos custos das mercadorias, afetando a rentabilidade do franqueado. 
• Na modalidade de Franquia Pura, além da cobrança de taxa de franquia, também 
verificamos a cobrança de royalties (assunto a ser tratado na próxima aula) sobre a 
rentabilidade do negócio. 
• Nas Franquias Mistas verificamos a cobrança de taxas por distribuição e por 
rentabilidade do negócio. No entanto, as taxas são cobradas por critérios diferentes, 
respeitando os processos de distribuição e a cobrança de faturamento do franqueado. 
Aula 03 
Introdução 
Hoje estudaremos as diferentes taxas existentes no negócio de franquias. Abordaremos as 
taxas de franquia utilizadas na assinatura do contrato, bem como as taxas de royalties, de 
propaganda e de instalação. Outras taxas também podem ser cobrados pelo franqueador. 
 Mais do que compreender a cobrança destas taxas é verificar se o valor final cobrado pelo 
franqueador pode prejudicar o negócio do franqueado. Por isso, é necessário uma análise 
detalhada no contrato de adesão da franquia, onde tais taxas devem ser explicitadas. 
Taxa de franquia 
A taxa de franquia corresponde à taxa cobrada pela adesão ao negócio. Nela, o franqueado 
paga ao franqueador o direito de ser um parceiro neste negócio. Essa taxa é um valor único e 
realizado no momento de assinatura do contrato de franquia. 
A taxa de franquia é também denominada Franchise Fee. 
Os valores da taxa de franquias variam de acordo com o ramo da atividade ou mesmo tipo de 
franquia. Uma mini-franquia pode estar em média de R$1.500,00 a R$5.000,00, enquanto uma 
franquia master pode girar os milhões de reais. 
Existem franqueadores que, ao invés de colocar uma taxa alta de franquia, carregam este valor 
na taxa de instalação. A taxa de instalação consiste na compra de equipamentos e insumos 
necessários para a viabilidade operacional do negócio. 
Podemos exemplificar uma franquia do Mc Donald´s, onde a taxa de instalação pode girar os 
R$500.000,00, embora a sua taxa de franquia seja de R$2.500,00. 
Taxa de royalties 
A taxa de royalties consiste na cobrança periódica pelouso de uma determinada marca. Essa 
taxa também serve para remunerar todos os serviços prestados pelo franqueador como a 
assistência administrativa, suportes tecnológicos, treinamento empresarial e informações 
sobre o setor em que atua. 
No próprio contrato de franquia os royalties são previstos. A sua cobrança é feita geralmente 
através de um percentual do faturamento bruto da franquia. 
Entende-se como faturamento bruto, o faturamento da empresa antes das deduções de 
devoluções e cancelamentos e de impostos sobre o consumo. 
Lojas como o Rei do Mate e a Liga Retrô (de camisas esportivas) cobra uma taxa de royalties 
sobre o faturamento bruto. 
A taxa de royalties também pode ser cobrada sobre a receita líquida da franquia. Porém, a 
discussão sobre as deduções aplicadas entre o faturamento bruto e líquido podem gerar 
controvérsias entre franqueador e franqueado. 
Outros contratos também são calculados sobre as compras feitas pelo franqueado junto ao 
franqueador. Apesar de ter uma base de cálculo menor, a taxa cobrada pelo franqueador 
tende a ser maior. Alguns contratos também condicionam o pagamento de royalties através de 
uma taxa fixa. 
Muitas lojas de roupas de marcas, como a Toulon e Redley, cobram a taxa de royalties sobre as 
compras realizadas. 
Segundo artigo de Luiz Henrique O. do Amaral na Revista Franquia & Negócios, a cobrança 
sobre as compras feitas pelo franqueado é a forma mais fácil de arrecadação de royalties, 
facilitando a relação franqueador e franqueado. 
Segundo o mesmo artigo, a taxa de royalties sobre o faturamento bruto varia entre 10 a 20% 
(sendo as maiores franquias cobrando uma taxa menor). Já a cobrança de royalties sobre as 
compras do franqueado atinge 20 a 40%. 
Taxas de propaganda 
As taxas de propaganda consistem em cobranças feitas pelo franqueador para obter um fundo 
disponível para propagandas institucionais. Tais propagandas fortalecem a marca da franquia e 
assim contribuem para elevar o faturamento dos franqueados. 
A utilização da propaganda institucional é feita através de spots na mídia televisiva e impressa, 
bem como colocação de outdoors e cartazes de fortalecimento da marca. Às vezes divulgação 
de alguns produtos e promoções são utilizados. 
O cálculo da taxa de propaganda é feita em função do faturamento bruto do franqueado. Tal 
critério parece ser o mais justo, uma vez que o retorno de uma propaganda bem feita afeta 
diretamente o faturamento da franquia. Alguns franqueadores podem não recolher tal valor, 
porém condicionam que a taxa de propaganda seja realizada pelo próprio franqueado, a título 
de propaganda local. 
Um exemplo de empresa que exige tal uso da taxa de propaganda por parte do franqueado é a 
franquia da Havaianas, da Alpargatas. 
Cálculo da taxa de franquia 
Considere que uma franquia obtém um faturamento médio mensal de R$45.000,00. Considere 
que a taxa de franquia corresponde a R$7.500,00, a taxa de royalties de 9,5% sobre o 
faturamento bruto e a taxa de propaganda 2% do faturamento bruto. Como calcular o valor 
pago de taxas durante esse ano? 
 
Aula 04 
Introdução 
Nesta aula, estudaremos a legislação existente sobre franquias. A lei 8955/94, aborda os 
requisitos necessários para um contrato de franquia. Além disso, ela apresenta o conceito de 
franquia empresarial. Estudaremos também a circular de oferta de franquia e os tópicos mais 
importantes que um franqueado precisa saber antes de assinar um contrato de franquia. 
Ao estudarmos a Lei de Franquias verificamos que, em primeiro lugar, o conceito de Franquia 
Empresarial é definido. Isso ocorre para que determinados trabalhos com vínculos 
empregatícios ou mesmo outras formas de parcerias comerciais não sejam denominadas 
equivocadamente como franquias. 
Conforme vimos na primeira aula, o conceito de franquia empresarial envolve a cessão de um 
uso de patente ou marca por parte de um franqueador a um franqueado. Além de outros 
direitos descritos, esta lei é bem clara quando proíbe que exista uma relação de vínculo 
empregatício entre franqueador e franqueado. 
Circular de oferta de franquia 
A Lei de Franquia também aborda a necessidade de uma Circular de Oferta de Franquia. A 
empresa franqueadora deverá informar os seguintes itens nesta circular: 
1. Referência do franqueador. 
2. Apresentação do negócio. 
3. Informações financeiras. 
4. Atuação geográfica. 
5. Informações ao franqueado. 
6. Prazo de assinatura do contrato. 
7. Rescisão contratual e resolução de conflitos. 
Referência do franqueador 
Devem ser apresentados: 
1. Histórico da empresa, forma de organização societária e razão social do franqueador, 
endereço comercial, os nomes fantasias e marcas envolvidas. 
2. Demonstrações contábeis referentes aos dois últimos exercícios do franqueador. 
3. Questões judiciais que a sua empresa ou grupo empresarial está envolvido, de forma a 
ser transparente em relação aos problemas atuais envolvidos com a marca da 
franquia. 
4. Referências, como a listagem de todos os franqueados da rede e também os que 
saíram da franquia no último ano. A Legislação exige nome e telefone desses contatos. 
Quanto ao negócio da franquia, o franqueador deve: 
• detalhar o negócio da franquia, bem como o papel do franqueado e as suas atribuições 
na parceria comercial; 
• apresentar o tipo de “franqueado ideal” no que se refere à experiência anterior, nível 
de escolaridade e outras características que deve ter, obrigatória ou 
preferencialmente; 
• descrever os limites de envolvimento do franqueado na administração e operação do 
negócio. 
Informações financeiras 
Quanto às informações financeiras, temos: 
Detalhes sobre os gastos da franquia: Estes gastos envolvem o investimento inicial estimado, a 
taxa de franquia, instalações, quantidade de estoque inicial, financiamento de máquinas e 
equipamentos. 
Informações sobre taxas diversas: Outras informações sobre taxas diversas envolvidas na 
relação da franquia também devem ser explicitadas, informando a base de cálculo de todas as 
cobranças a serem feitas. Entre as finalidades a que se destinam a cobrança de taxas, devem 
evidenciar: royalties, aluguel do ponto comercial ou equipamentos, taxa de propaganda, 
seguro mínimo etc. 
Atuação geográfica 
Em relação à atuação geográfica, a circular de franquia prevê se ocorre a exclusividade ou 
preferência de atuação em um a determinada região. Caso seja concedida esta exclusividade, a 
circular deverá conter os detalhes das condições apresentadas. 
Também deve ser explicitada a possibilidade de o franqueado atuar fora da região geográfica 
que foi definido, bem como negociar “exportações” com outras franquias. O termo 
“exportações” se refere à oportunidade do franqueado em negociar insumos e serviços em 
comum com outro franqueado. 
Informações ao franqueado 
Outro item importante é a transparência de informações sobre fornecedores autorizados pelo 
franqueador a adquirir produtos e serviços. Deverá ser indicada uma lista, contendo todos os 
fornecedores aptos a comercializar com o franqueado. 
Além disso, deve ser informado ao franqueado o que é ofertado pelo franqueador, por meio 
do contrato de franquia: monitoramento da rede de franquias, manuais de franquia, serviço de 
atendimento ao franqueado, treinamento e desenvolvimento de franqueado, ponto comercial 
e padronização da marca da franquia e a situação da marca no INPI. 
Prazo de assinatura de contrato 
O franqueado deve receber a Circular de Oferta de Franquia em até 10 dias antes da assinatura 
do contrato/pré-contrato. Essa condição também é a mesma para situações em que ocorram 
pagamentos de taxas ao franqueador. 
O franqueador poderá solicitar anulação do contrato, caso este prazo não seja respeitado ou 
tenha informações falsas. As taxas ou royalties pagos deverão ser devolvidos corrigidos pela 
rentabilidade da caderneta de poupança, acrescido de indenização de perdas e danos.Rescisão contratual e resolução de conflitos 
Deverá vir no contrato o prazo de sua duração, assim como as condições de renovação. Além 
disso, devem ser listados os itens de rescisão contratual e de resolução de conflitos entre as 
partes. 
Em algumas situações, também pode ser indicada a mediação / arbitragem como forma de 
resolução de conflitos sem que haja a necessidade de ações judiciais. 
Aula 05 
Introdução 
Nesta aula, estudaremos a legislação existente sobre franquias. A lei 8955/94, aborda os 
requisitos necessários para um contrato de franquia. Além disso, ela apresenta o conceito de 
franquia empresarial. 
Estudaremos também a circular de oferta de franquia e os tópicos mais importantes que um 
franqueado precisa saber antes de assinar um contrato de franquia. 
Lei de Franquia (8955/94) 
Ao estudarmos a Lei de Franquias verificamos que, em primeiro lugar, o conceito de Franquia 
Empresarial é definido. Isso ocorre para que determinados trabalhos com vínculos 
empregatícios ou mesmo outras formas de parcerias comerciais não sejam denominadas 
equivocadamente como franquias. 
Conforme vimos na primeira aula, o conceito de franquia empresarial envolve a cessão de um 
uso de patente ou marca por parte de um franqueador a um franqueado. Além de outros 
direitos descritos, esta lei é bem clara quando proíbe que exista uma relação de vínculo 
empregatício entre franqueador e franqueado. 
O setor de franquias no Brasil 
Para analisar os tipos de franqueadores é preciso ter uma análise sobre o setor de franquias. 
De acordo com dados Associação Brasileira de Franchinsing – ABF, o setor de franquias 
movimentou R$ 76,0 bilhões de reais, em 2010, contra R$ 63,1 bilhões de reais, em 2009. 
Isso representa um aumento de 20,44% em apenas um ano. O crescimento na última década 
foi de 204,0%. 
Este crescimento é justificado tanto pelo número de redes de franquias, quanto de unidades. 
O número de redes aumentou de 1.643 para 1.845, uma variação de 12,3% em um ano. Já o 
número de unidades de franquias chegou a 86.365, em 2010, contra 79.988, em 2009. 
Cabe lembrar que, em 2010, o setor de franquias abrangeu 777.285 empregos diretos. 
Entre as 20 maiores franquias no Brasil, 4 são do setor de escolas de idiomas, 3 de cosméticos 
e 3 de alimentação. Podemos constatar que o setor de serviços predomina entre as franquias 
mais procuradas pelos franqueadores. 
Se levarmos em conta o faturamento do setor: 
• O setor de esporte, saúde, beleza e lazer, com 15,5%. 
• O setor de educação e treinamento representa apenas 7% do faturamento das 
franquias. 
• A área de negócios, serviços e varejo responde sozinha por 28% do total. 
• O setor de alimentação vem em seguida, com 20%. 
O setor de franquias no Brasil 
Quanto à região geográfica, o eixo Rio - São Paulo obtém 49,8% do total de unidades de 
franquias no Brasil. Essa concentração não pode ser interpretada como uma região saturada, e 
sim que no restante do país existe uma demanda potencial para o setor de franquias crescer. 
A concentração das sedes de franquias é ainda maior. Somente o Estado de São Paulo sede 
56,9% das franquias. O Estado do Rio de Janeiro, 2º lugar, só possui 13,4% das sedes de 
franquias. 
Escolha de franquia 
Após ter o conhecimento das aptidões gerenciais para assumir uma franquia e da demanda do 
mercado de franquias, o próximo passo é a escolha da empresa franqueadora. Para isso, o 
franqueado deverá coletar: 
 • Detalhes das condições previstas na relação com o franqueador na Circular de Oferta de 
Franquia. 
• Informações sobre as relações do franqueador com os seus parceiros. 
• Referências do franqueador com ex-franqueados da rede. 
• Auxílio de consultores para orientar a tomada de decisão. 
Conforme estudamos na aula anterior, o franqueador é obrigado a fornecer os contatos de 
seus franqueados e também de seus ex-franqueados em até um ano. 
De acordo pesquisa realizada com consultores do setor, o site G7 elaborou uma lista com sete 
passos para que um a franqueado obtenha êxito na escolha da franquia: 
 
Aula 06

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