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slides dinamicas de grupo 2017

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Concepção e Trabalho com Grupos
A dinâmica de (dos) grupos
 Técnica 	 	 X Técnica + Teoria
O conceito de grupo
Para Zimerman o ser humano é gregário, e ele só existe em função de seus inter-relacionamentos grupais.  
Sociedade (conjunto de Comunidades) > Comunidade (conjunto de grupos) > Grupo (conjunto de pessoas) < Pessoa
Existem grupos de todos os tipos, e uma primeira subdivisão que se faz necessária é a que diferencia os grandes grupos (que pertencem à área da macrosociologia) dos pequenos grupos (micropsicologia). 
Na área se impõe uma distinção importante entre grupo propriamente dito e agrupamento.  
Grupo – pessoas reunidas, inter-relacionadas com interesses em comum.
Agrupamento  - um conjunto de pessoas com uma potencialidade em virem a se constituir como um grupo propriamente dito, que convive, partilhando de um mesmo espaço, podem ter interesse comum.
Agrupamento X Grupo
Agrupamento
Grupo
interesses em comum
interesse comum
O movimento grupal
Grupo primário: é o grupo que nos propiciará os primeiros contatos, tal como o grupo social “família”.
Grupo secundário, ao contrário, caracteriza-se pela relação impessoal de trocas de interesses. As relações se dão mais por racionalidade do que por emoções, baseando-se na reciprocidade. Nos grupos sociais secundários, as relações são geralmente temporárias e muitas vezes anônimas. Exemplos seriam os colegas de trabalho e colegas de sala de aula.
Os tipos de grupos
Muitos autores costumam catalogar os grupos de acordo com a técnica empregada pelo coordenador do grupo e com o tipo de vínculo que ele estabeleceu com os indivíduos integrantes. 
	1. Pelo grupo – coordenador desenvolve um trabalho de “luta” pelo grupo.
	2. Em grupo – coordenador usa o espaço grupal para desenvolver os indivíduos individualmente.
	3. Do grupo – o coordenador desenvolve o trabalho nas relações grupais.
	4. De grupo O coordenador flui das individualidades para generalidades.
O movimento Grupal
Grupo não é somatório de indivíduos, se constitui como uma nova entidade, com leis e mecanismos e normas próprios. 
O tamanho do grupo não pode exceder o limite que ponha em risco a indispensável preservação da comunicação (visual, auditiva, verbal, conceitual) 
Grupo é uma unidade que se manifesta como totalidade. 
Apesar do grupo se configurar como uma nova entidade, como uma identidade grupal genuína, se preserva as identidades específicas dos indivíduos componentes.
Os tipos de grupos
Zimerman classifica-se os grupos em Grupos Operativos e Grupos Terapêuticos. 
Grupos operativos: Ensino-aprendizagem, Institucionais e Comunitários. 
Grupos Terapêuticos: 
De auto ajuda: área médica em geral.
Psicoterápicos: de base analítica; psicodrama; teoria sistêmica; cognitivo-comportamental e abordagem múltipla 
Os tipos de grupos
Na prática estas distintas ramificações não são perfeitamente delimitadas, muitas vezes, elas se interpõem, se completam e se confundem. Por exemplo, os grupos operativos costumam propiciar um benefício psicoterápico e, da mesma forma, os grupos psicoterápicos se utilizam do esquema referencial operativo.
Grupos Operativos
 Grupos Operativos voltados ao Ensino-aprendizagem:
    - A ideologia fundamental deste tipo de grupo é de que o essencial é – “aprender a aprender” e que “mais importante do que encher a cabeça de conhecimentos é formar cabeças”. 
Grupos Operativos
Grupos Institucionais
     - reuniões com pais, mestres e alunos com vistas a debaterem e a encontrarem uma ideologia comum.
    - em empresas: se destinam a aumentar o rendimento de produção da empresa e na busca de um clima de harmonia entre os seus diversos subgrupos.
Grupos Operativos
Grupos Comunitários
utilizados na prestação tanto de cuidados primários de saúde (prevenção), como secundários (tratamento) e terciários (reabilitação) de uma comunidade.
Técnicos de distintas áreas de especialização (além de psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, etc) podem, com relativa facilidade, ser bem treinados para essa importante tarefa de integração e de incentivo às capacidades positivas desde que fiquem unicamente centrados na tarefa proposta e conheçam seus limites.
Grupos terapêuticos
Retomando:
Grupos Terapêuticos: 
De auto ajuda: área médica em geral.
Psicoterápicos: de base analítica; psicodrama; teoria sistêmica; cognitivo-comportamental e abordagem múltipla 
Grupos terapêuticos
Grupos de Auto-Ajuda: são compostos por pessoas portadoras de uma mesma categoria de necessidades, as quais, podem ser enquadradas nos seis tipos de objetivos da tarefa do grupo:
Adictos (obesos, fumantes, drogas...). 
Cuidados primários de saúde (programas preventivos, diabéticos, hipertensos, etc). 
Reabilitação (infartados, espancados, colostomizados, etc). 
Sobrevivência social (estigmatizados, pessoas com deficiencias, etc). 
Suporte (cronicidade física ou 
psíquica, pacientes terminais, etc). 
Problemas sexuais e conjugais. 
Grupos terapêuticos
Grupos Psicoterápicos
Não há um específico corpo teórico, há diversas correntes:
Corrente psicanalítica.
Corrente psicodramática.
Corrente de teoria sistêmica. 
Corrente cognitivo-comportamentalista
inclui além dessas, a grupoterapia de abordagem múltipla e holística (que consiste numa certa combinação das anteriores).
Pichon-Rivière e grupos.
	Pichon-Rivière começou a trabalhar com grupos na medida em que observava a influência do grupo familiar em seus pacientes. Sua prática psiquiátrica esteve subsidiada principalmente pela psicanálise e pela psicologia social, sendo ele o fundador da Escola Psicanalítica Argentina.
O objetivo de formação (no grupo) deve instrumentar o sujeito para uma prática de transformação de si, dos outros e do contexto em que estão inseridos. A aprendizagem é sinônimo de mudança.
As ações (interações) são reciprocamente orientadas e dependentes entre si. (duas pessoas ou mais)
A partir destas interações, o sujeito pode referenciar-se no outro, encontrar-se com o outro, diferenciar-se do outro, opor-se a ele e, assim, transformar e ser transformado por este. 
Pichon-Rivière e grupos
Os princípios básicos de um grupo segundo Pichón-Rivière:
Em um grupo deve-se considerar fatores conscientes e inconscientes que regem a dimensão de qualquer campo grupal e que se manifesta em mente, corpo e mundo externo.
Em todo vínculo bicorporal (vínculo de duas pessoas) é sempre tripessoal (com mais um envolvido) tendo em vista personagens parentais introjetados em cada indivíduo. (base edipiana: Pai, Mãe, Filho)
Pichon-Rivière e grupos
 Em um grupo o individuo percebe na imagem do semelhante ou na sua própria imagem uma forma.
Há nos grupos a verticalidade (história de cada indivíduo) e horizontalidade (o aqui e agora da totalidade grupal).
Pichon-Rivière e grupos
Formação de papéis:
- porta-voz: membro que denuncia o acontecer grupal 
- bode expiatório: depositário dos aspectos negativos do grupo ou tarefa 
- sabotador: líder de resistência à mudança
- líder: depositário dos aspectos positivos do grupo. 
Pichon-Rivière e grupos operativos
O grupo deposita conteúdos afetivos inconscientes, este movimento se dá em três papeis - Depositado, o Depositário e o Depositante (dinâmica dos 3 D's) 
O depositado é aquilo que o grupo ou um dos seus membros não tem condições de assumir e deposita em alguém. (“Conteúdo”)
O depositário é quem aceita o conteúdo depositado sobre si. (Introjeção)
Já o depositante é aquele que deposita. (Projeção)
 Que conteúdos são esses? Conteúdos afetivos de origem inconsciente, que se não forem interpretados continuarão sendo imperceptíveis para o grupo, mantendo, portanto, seus padrões de funcionamento, padrões que podem levá-lo a posturas que causem desconfortos para todos os seus membros. 
Pichon-Rivière e grupos operativos
Latente
Manifesto
Afiliação e
pertencimento
Pertinência
Comunicação
Aprendizagem
Cooperação
Tele
O cone invertido:
O processo grupal,
bem como o processo de aprendizagem, 
se dá por meio de um permanente movimento de estruturação, desestruturação e reestruturação, que pode ser representado por um cone invertido. Dentro deste cone pode-se representar o movimento que acontece entre o desejo de mudança, de entrar em contato com o novo e os medos e ansiedades que levam à resistência. Entre o que está explícito no grupo e o que está implícito, seus conteúdos manifestos e latentes. 
Psicodrama - Moreno
A corrente psicodramática – criado por J.Moreno - na década 30.
O psicodrama nasceu como uma abordagem sócio-psicoterápica construída por Jacob Levy Moreno (1889-1974) na primeira metade do século passado. Apesar de médico, Moreno sempre foi muito implicado com as questões referentes às relações sociais e, ao mesmo tempo, envolvido com a arte
Psicodrama - Moreno
O psicodrama é uma das terapias de base fenomenológico-existenciais, tanto quanto outras terapias vivenciais.
Estas abordagens vivenciais têm como base ajudar o cliente a experienciar a sua existência, buscando a compreensão fenomenológica do ser existente. 
Partem do princípio de que o homem é construtor de si próprio e do seu mundo.
 O psicodrama busca fazer o indivíduo alcançar uma existência autêntica, espontânea e criativa. 
Nas abordagens vivenciais, a técnica e a teoria são secundárias em relação à pessoa e à importância da relação terapeuta e cliente. 
Psicodrama - Moreno
O trabalho psicodramático têm como objetivo fazer com que o indivíduo possa resgatar a liberdade de poder utilizar suas próprias capacidades para existir, para reaprender a utilizar a sua liberdade de forma responsável, para ser o que ele é. 
Para tal, promovem uma relação terapêutica que privilegia o encontro existencial eu - tu, que recria e permite o encontro na vida, em outras relações sociais. 
Psicodrama - Moreno
Conceitos centrais no psicodrama
A espontaneidade-criatividade:
O fator E (fator espontaneidade), diz respeito à capacidade do humano ser naturalmente espontâneo e criativo.
A espontaneidade não é um estado permanente, é um estado fluente, com altos e baixos, por isso mesmo é um estado. 
O ser humano vive em estado de perpétua originalidade e de adequação pessoal e existencial à realidade em que vive.
Psicodrama - Moreno
A patologia da espontaneidade, se caracteriza pelo excesso de impulsividade, pela carência, falsidade ou desadaptação desta espontaneidade, em um determinado papel (que se cristaliza). 
A espontaneidade se libera mais facilmente em contato com a espontaneidade de outro. Quanto menos alguém possui espontaneidade, mais necessidade tem de outro que a possua. 
Moreno e os grupos conceitos principais
A conserva cultural: 
Seriam os usos e costumes, assim como os objetos, cristalizados. 
Determinadas culturas podem estar presas a essas conservas, criando um obstáculo à espontaneidade; as conservas devem ser o ponto de partida e não de estagnação da criatividade. 
É diante das conservas que se pode processar uma verdadeira revolução criadora, motivada sempre pelo fator espontaneidade 
A conserva cultural propõe-se ser o produto acabado e, como tal, adquiriu uma qualidade quase sagrada. Caberia ao ser humano se libertar da submissão às conservas culturais e cultivar o estado espontâneo-criativo. 
Moreno e os grupos conceitos principais
O fator tele e o encontro existencial: 
O fator tele refere-se à capacidade de distinguir objetos e pessoas sem distorcer seus papéis essenciais.
É a tele que promove relações de encontro, pois é a empatia em dupla via, em reciprocidade. 
A tele pode ser considerada uma forma de percepção interna mútua e verdadeira entre os indivíduos. (proporciona espontaneidade) 
Moreno e os grupos conceitos principais
A filosofia do momento: 
É o conceito de aqui e agora, enfatizando o tempo presente e não o tempo passado. As correntes afetivas dos relacionamentos estão acontecendo sempre no aqui e agora.
O momento será a produção do novo e, por isso, guardará sempre a incerteza – é o resgate desta dimensão social em uma sociedade extremamente cristalizada. 
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
Lewin Desenvolveu pesquisas de campo, dentro da perspectiva da pesquisa - ação (nova concepção da experimentação iniciada por ele). Compartilhando da concepção hegeliana do devir social, segundo a qual o experimentador deve participar e observar o fenômeno social que estuda.
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
Lewin defendeu a ideia de que os fenômenos sociais não podem ser observados do exterior, nem de um laboratório, de modo estático, pois as pesquisas sociais devem ser sempre de campo.
 o pesquisador deve participar do devir do fenômeno estudado. Introduziu, assim, o uso dos pequenos “grupos-testemunhos”, átomos sociais radioativos presentes no interior dos grupos, para provocarem modificações de estrutura e de atitudes. 
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
A partir dessa teoria podemos entender que o indivíduo se comporta de acordo com suas percepções e não de acordo com a “realidade” (o que eu percebo é realidade), ou seja, reage conforme àquilo que é confortável ou não a ele mesmo.
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
c) o grupo é uma realidade da qual o indivíduo faz parte, mesmo aqueles que se sentem isolados, ignorados ou rejeitados; 
d) o grupo é, para o indivíduo, um dos elementos ou dos determinantes do seu espaço vital.
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
O espaço vital: é uma parte do campo social que é livremente acessível ao indivíduo, no qual ele se desenvolve e evolui.
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
a dinâmica dos grupos: 
a) o grupo constitui um terreno sobre o qual o indivíduo se mantém (e este terreno pode ser firme, frágil, móvel, fluido ou elástico); 
b) o grupo é, para o indivíduo, um instrumento para satisfazer suas necessidades psíquicas e aspirações sociais; 
Portanto, para Lewin, o foco do trabalho com grupos é na percepção que o indivíduo tem da realidade.
	 Ambiente Necessidade
As necessidades
Essas necessidades são guiadas por uma força de atração. Forças que agem de forma negativa (aversivo) e positiva (reforçador).
Positivo
Negativo
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
Uma análise social de um grupo deve atender às seguintes etapas:
a) diagnóstico (levantamento ou análise das percepções de grupo); 
b) conjecturas sobre a possível evolução destas percepções; 
c) descobrir novos modos de comportamento de grupo, que estarão em harmonia (a reestruturação das percepções de grupo)
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
O objetivo estratégico deve ser tornar os grupos conscientes e lúcidos da dinâmica inerente à situação social em evolução. Após isto, o grupo poderá organizar e estruturar complementos e corretivos às suas percepções. Passam suas atitudes e comportamentos do nível subjetivo ao nível mais objetivo, do pessoal ao situacional, sem ruptura, sem negação, mas por sintonização e por sincronização. 
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
Bloqueios na comunicação prejudicam a integração e a criatividade, sendo necessário um aprendizado da autenticidade, para se obter coesão e solidariedade. 
O pesquisador social W. C. Schutz, discípulo de Lewin, elaborou uma teoria das necessidades interpessoais, tais como:
a) necessidade de inclusão (aceitação, status positivo);
b) necessidades de controle (necessidades de definição das responsabilidades, das autoridades, e de delinear as estruturas);
c) necessidades de afeição (ou de valorização como pessoa). 
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
Existem etapas essenciais na aprendizagem da autenticidade: 
A objetivação de si (objetivação da imagem de si) – ou seja, distinguir o seu Eu atual, do seu Eu ideal e do seu Eu autêntico (“Que sou para mim mesmo?”). A lucidez de si, aliada à aceitação de si, gera a autenticidade interpessoal; 
Objetivação do outro, ou seja, reconhecer o ponto em que suas percepções do outro são subjetivas e seletivas (mitos, preconceitos, projeções,
transferências, etc.). 
Teoria sistêmica de Kurt Lewin
A maior contribuição de Lewin é a criação de um modelo para verificar a validade da dinâmica grupal e treinar profissionais para a coordenação de grupos. A partir dele, a dinâmica de grupo expandiu seu raio de ação, sobretudo nas instituições em geral.

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