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HISTÓRIA DO DIREITO

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HISTÓRIA DO DIREITO
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O que é direito?
Conjunto de normas para a aplicação da justiça e a minimização de conflitos da sociedade.
Direito consuetudinário
Conjunto de normas de repetição resultante de condutas acompanhas da convicção de serem necessárias para disciplinar as relações jurídicas. (baseia-se nos costumes de determinada sociedade)
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Moral
Conjunto de regras de conduta admitidos em determinada época ou por um grupo de homens.
Religião
Modo de pensar e agir que buscam uma explicação para os diversos fenômenos naturais ou não, que a ciência moderna é incapaz de explicar.
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História do direito
Estuda o ser humano nas suas mais diversas relações de produção de cultura
Cultura
Estuda o processo pelo qual o homem acumula experiências, produz ideias, imagens, lembranças de fatos passados e presentes.
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Após advento da escrita cuneiforme na mesopotâmia, surgem as primeiras leis escritas.
Alguns reis desenvolveram suas leis antes mesmo de serem reconhecidas como legislação
São eles:
As primeiras leis
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Escrita cuneiforme: escrita nas cavernas (desenhos)
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Criou medidas sociais para coibir abusos e injustiças (trabalha a parte social)
Ficou conhecido por combater a corrupção, sendo reconhecido como o 1º reformador social
Retirou impostos das viúvas e órfãos
Custeou despesas de funerais
Decretou que nenhum pobre seria obrigado a vender os seus bens para pagar suas dívidas com os ricos
urukagina
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Reunificou a região da mesopotâmia(atualmente Iraque e uma parte do irã)
Promoveu a compilação das leis do direito sumério
Transforma costumes antigos em leis
Estabelece pena pecuniária para alguns delitos ao invés da pena de talião
UR
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Pena de talião = lei da proporcionalidade: olho por olho, dente por dente
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Escreveu 60 artigos
Estabelece que a maioria dos delitos terá como pena a pecuniária
mantém a pena capital para os crimes de natureza sexual, assaltos e roubos
eshunna
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Reorganizar a justiça: antes eram os sacerdotes que exerciam o poder judiciário;
Copiou o modelo sumério de justiça, criando os tribunais civis;
A pena de talião era a principal arma contra os delitos praticados
O código é visto como a fiel origem do direito
Foi escrito em pedra/argila e só recebeu o nome após o código civil napoleônico
Características babilônicas
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Era dividida em três classes distintas:
Awilum: homens livres, proprietários de terras que não dependiam do palácio e nem do templo
Muskénum: camada intermediária que possui certas regalias no uso da terra (funcionários públicos)
Wardum: escravos que podiam ser comprados e vendidos até conseguirem a liberdade
Sociedade babilônica
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É responsável pela fundação do primeiro império, unificando assim, toda a região da mesopotâmia, situada entre os rios tigres e Eufrates 
A sociedade explorava as águas dos rios como forma de subsistência 
Hammurabi
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I- Leis punitivas de prováveis delitos praticados durante o processo judicial
II-Leis regulatórias do direito patrimonial
III-Leis regulatórias do direito de família
IV-Leis destinadas a punir lesões corporais
O código possuía a seguinte estrutura
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Lei mosaica
Os hebreus são de origem semita e viviam na mesopotâmia
São monoteístas
Após a saída do cativeiro babilônico voltam para a palestina
Direito hebraico
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Eram divididos em doze tribos (tribos de Judá)
Onze viviam dos pastoreis e agricultura
Uma era sacerdotal (tribo de Levi)
Motivados por fortes secas, deixam a palestina e vão para o Egito
São perseguidos e escravizados
Liderados por Moisés, deixam o Egito e retornam a palestina 
A base moral da legislação mosaica, eram os dez mandamentos
Sociedade hebraica
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Livros da lei: gênesis, êxodo, levítico, números, deuteronômio (pentateuco)
A bíblia como fonte do direito
Os patriarcas faziam o papel de : administradores, juízes, militares, chefes e sacerdotes
O período dos patriarcas está compreendido entre o período que Abraão migrou para a palestina até a saída dos hebreus do Egito
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Após a morte de Moisés o povo se fixa na palestina onde travou muitas guerras lideradas pelos juízes
Juízes eram os chefes militares que possuíam autoridade religiosa, pois eram enviados de Deus 
O primeiro juiz foi Moisés
Após esse período, começa o período dos reis do qual Saul foi o primeiro
O rei não era chefe religioso
O conceito de justiça se baseava na observação integral da lei divina
Possuía características moral e religiosa
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Conceito de cidade: associação religiosa e política das famílias e tribos
No século VIII e VI a.c as cidades gregas conheceram um grande desenvolvimento urbano
Queda da monarquia e o surgimento de turbulências sociais
Surgem vários legisladores, dentre os mais importantes: 
Licurgo de Esparta
Drácon e Sólon de Atenas
Grécia
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Fundada por guerreiros dórios:
O nome deriva de uma planta
Sua evolução foi freada por um legislador chamado Licurgo 
A sociedade apresenta três camadas sociais:
Espartíatas: guerreiros dórios/ educação militar
Periecos: possuíam boas condições materiais, mas sem direitos políticos
Hilotas: escravos de propriedade do Estado
Esparta
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Desde criança o espartíata era educado para viver para o Estado
Até os 7 anos de idade, a criança recebia os cuidados da mãe e depois eram afastados da família, pelo Estado.
Ingressavam em um grupo militar e praticavam exercícios de guerra, leitura e música
Dos 12 aos 17 anos sustentavam-se sozinhos e eram incentivados a roubar
Aos 17 anos passavam por um ritual chamado kriptia e quem fosse aprovado, se tornava adulto
As meninas recebiam praticamente o mesmo treinamento físico dos meninos
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Surgimento da propriedade estatal no lugar das antigas propriedades coletivas
Os lotes eram divididos em cleros (8 a 9 mil lotes)
Eram distribuídos entre os guerreiros e não podiam ser vendidos
O Estado emprestava escravos para o cultivo da terra
Os periecos se dedicavam a agricultura
Economia espartana
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Se tornou conservadora, pois o poder passou a ser exercido pela gerúsia (conselho de anciões)
A gerúsia escolhia cinco éforos com mandato de um ano para cuidar da educação das crianças, fiscalizar a vida pública e julgar processos
Política espartana
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Exclusivamente o militarismo
Tornaram-se uma sociedade imóvel
Desenvolveram três características
Xenofobia: aversão a pessoas estranhas
Xenelasia: banimento de estrangeiros
Laconismo: quando se fala o mínimo possível
Cultura e ideologia espartana
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Sociedade dividida em três grupos:
Cidadãos: proprietários de terras
Metecos: estrangeiros comerciantes e artesãos
dôulo: escravos sem direitos políticos, assim como as mulheres
Comércio totalmente ativo com a exportação de vinho, azeite e artesanato.
Importavam cobre, ferro e trigo
Atenas
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As leis (pómos) eram públicas, talhadas nos muros da cidade ou dos tribunais
A cidadania atendia ao critério sanguíneo (laço de pai e mãe ateniense)
Atenas era o centro de referência cultural, intelectual e educacional dos gregos
Os jovens desde muito cedo eram inseridos no mundo da leitura e do poema
As instituições eram classificadas em : políticas  órgãos do governo e jurídicas  os tribunais ( já havia uma ideia estatal
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A assembleia do povo (ekkiêsia) deliberava, decidia, elegia e julgava, pois exercia atribuições legislativa, executiva e judiciária
O conselho (boulê) era órgão auxiliar da assembleia e tinha como atribuições examinar acusações de traições e a vida moral das futuras conselheiras e magistrados
Os magistrados eram responsáveis pela instrução dos processos, os rituais religiosos e funções municipais
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O aerópago (conselho de justiça) julgava os homicídios premeditados ou voluntários
Os homicídios involuntários eram enviados para os tribunais dos efetas, divididos em quatro câmaras (instância recursal)
Pritaneu: julgava animais e objetos
Paládio: homicídios culposos
Delfínio: homicídios com excludente de culpabilidade
Freatis: cidadãos exilados que cometeram homicídio no exterior
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O júri popular (helaia), antepassado do moderno tribunal do júri
Não existia diferença entre o direito público e o privado
Nos séculos V e IV a.c, os gregos se envolveram em várias guerras, dentre elas:
Guerras médicas: luta dos gregos contra os persas
Guerra de Peloponeso: Atenas x esparta
Guerras de Tebas: Tebas x esparta
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Realeza (da fundação até 510 ac)
República ( de 510 ac até 27 ac)
Império (de 27 ac até dc)
Realeza- cidade-Estado
Governada por um rei
Sistema vitalício, eletivo e não hereditário (o rei morreu, um novo foi eleito)
Assembleia (comicius curiatos) escolhia o rei cujo o nome era apresentado pro senado
Roma
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Imperium: possuía o poder total ( civil, militar, religiosos e judiciário)
Esse soberano era o juiz supremo não havendo apelação contra suas sentenças. (não havia direitos lícitos para defesa)
Senatus: composto por 300 membros sem poder, ou seja, 300 conselheiros.
Povo: composto por patrícios e clientes ficando os plebeus e os escravos por fora desses grupos.
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Poder executivo com mandato de um ano
Senado com poder vitalício (não hereditário)
Magistrados ocupavam o poder executivo
Os magistrados se subdividiam em:
Ordinários: cônsules, pretoris, edis e questores
Extraordinários: censores temporários e eleitos quando necessário (somente magistrados consulados)
Os candidatos deveriam preencher determinadas condições:
República romana
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Ser cidadão pleno (optimo iure)
Seguir o “caminho da honra” (cursus honorum)
Cursus honorum = carreiras possíveis para um magistrado
1- QUESTURA
2- EDILIDADE
3- PRETURA
4- CONSULADO = juízes já aposentados que poderia e somente seriam magistrados extraordinários
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Cônsules- repartiam e revezavam o poder (dupla)
Comandavam o exército
Presidiam o senado e os comícios
Eram superintendentes dos funcionários
Responsáveis pela administração
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Pretores – atuavam em relação à justiça, mas não eram juízes e sim administradores
Urbanos
Peregrinos
Responsáveis pela administração
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Edis – tinham a função de serviço
Cuidavam da segurança pública
Tráfego urbano
Jogos público
Vigiavam os aumentos
Juízes de carreira
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Questores- cuidavam da fazenda pública
Custodiavam o tesouro público
Cobravam os devedores
Eram tesoureiros dos governadores e generais
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Censores: cargo cobiçado só ocupado por ex- cônsul
Faziam cadastramento de famílias
Vigiavam os costumes do povo
Devassavam a vida das pessoas 
no império romano, todo o poder ficava nas mãos do imperador. O consulado e o senado perderam o poder.
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Formação dos reinos bárbaros: com a decadência do império romano, outros povos que viviam fora das fronteiras romanas e não falavam o latim, eram considerados bárbaros
Destacam-se:
Reinos bárbaros
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Germanos- habitavam a Europa ocidental:
Visigados 
Astrogados
 vândalos
Saxões
Francos
bretões
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Eslavos – provenientes da Europa ocidental e da Ásia:
Russos
Tchecos
Poloneses
sérvios
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Tártaros-mongóis- origem asiática:
Hunos
Turcos
Búlgaros
Conclusão: Roma enfraquecida, os bárbaros tártaros-mongóis (hunos) expulsam os germanos que ali já estavam. Então o que ocorre é que estes fugiram da Europa ocidental para Roma. Após hunos e turcos também vão para Roma
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Estrutura política
Relação entre vassalo e soberano (proteção militar do soberano para o vassalo, e o vassalo produzia os alimentos para o soberano)
Relação de fidelidade e ajuda ao dono das terra
O rei era o suserano mais poderoso
Em troca da fidelidade, o suserano ganhava proteção
Todos os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos donos de terras
Rei > suserano > vassalos
Suseranos = donos de terras
Feudalismo
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Estática e hierarquizada
Nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques )
Eram detentores das terras e cobravam impostos
Clero:
membros da igreja católica
Tinham grande poder e arrecadavam o dízimo
Dos vassalos eram frutos da terra
Dos nobres eram pedaços de terra
Servos (camponeses e pequenos artesãos)
Sociedade feudal
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Baseava-se na agricultura , troca de produtos e mercadorias (escambo)
Religião
A igreja católica dominava o cenário na época
Possuía terras e também servos
Enriqueceu através de escambos
Economia feudalista
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Só os filhos dos nobres estudavam
Aprendiam o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerra
Guerras
Era a forma comum de obtenção de poder
Educação feudal
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Momento de ideias com origem no século XVIII, chamado “século das luzes”
Tem como objetivo principal estabelecer a soberania da razão sobre autoridade e preconceito
Visa destruir a tirania e suas formas
Combateu o excessivo poder clerical, a teologia, a superstição , o despotismo
Preconizou a existência de um direito
Pensadores como Thomas hobbes e John Locke tiveram muita influência nesse período
Iluminismo 
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Filósofos como Montesquieu e Rousseau também se destacaram com os conceitos de igualdade e atuação no Estado.
Nesse cenário cesare bonesa marques beccaria influenciou o período do iluminismo com vários livros escritos que tratavam de crimes, pena, princípios e tortura.
Crimes: beccaria propõe o princípio da legalidade onde procura limitar o poder arbitrário do juiz
Penas: combate a pena de morte com base em três razões:
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Ilegitimidade
Inutilidade
Desnecessidade
Princípios: defende que os crimes cometidos deveram ser aplicados o princípio da personalidade.
Tortura: era contra a prática da tortura por entender como meio cruel.
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Fim
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