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Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia de Pesca Disciplina Princípios da Ciência pesqueira A. Diogo Lustosa Nt. – Engenheiro de Pesca Junho / 2012 PESCA OU CAPTURA PRODUÇÃO DE PESCADO AQUICULTURA: PISCICULTURA, CARCINICULTURA, ETC. PRODUÇÃO DE PESCADO AQUICULTURA: PISCICULTURA, CARCINICULTURA, ETC. PRODUÇÃO DE PESCADO • Produção de organismos aquáticos em condições controladas. •Destinada a produzir alimentos de alto valor biológico Tecnologia de Pescado • Elo matéria-prima → consumidor. • Instrumento capaz de gerar produtos que atendam as necessidades dos consumidores. • Configurada ao sistema de produção, permite o planejamento em condições controladas das etapas de captura e abate, originando produtos de melhor qualidade. Tecnologia de Pescado • O termo pescado conforme artigo 438 – SIPA/MA “compreende peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, quelônios e mamíferos de água doce ou salgada usados na alimentação humana. Inclui também as algas e outros animais desde que usados na alimentação humana”. “PRODUTOS DA PESCA E AQUICULTURA” Produção de pescado no BR (2010): • 1.240.813 toneladas, sendo que 434.397 toneladas foram provenientes da aqüicultura. • Potencial = 4 milhões de toneladas. • País com alto potencial para o desenvolvimento da Aquicultura. FAO/MPA, 2010 Por que o baixo consumo? • Alta perecibilidade (qualidade); • Falta de regularidade do produto; • Preconceito com a comercialização; • Competição com produtos afins pelo sistema de preços. Na verdade, o consumidor pouco ou nada sabe a respeito do pescado como alimento e das suas características quando vivo. Em nutrição humana, o peixe constitui fonte de proteínas de alto valor biológico, tão importante quanto a carne bovina. Em muitos países, principalmente da Europa e Ásia, é a proteína de origem animal mais consumida. O teor proteico dos diferentes espécies de peixes varia de 15- 20%. O valor calórico dos peixes como alimento depende do teor de gordura, assim tem-se: • Peixes magros, com menos de 1% de gordura: bacalhau (0,14%), pescada (0,6%), truta (0,7%), linguado (0,8%), etc; • Peixes meio gordos, com 7-8% de gordura: salmão, araque, cavala, congrio, etc; • Peixes gordos, com mais de 15% de gordura: atum, enguia e outros Deve-se destacar que o valor biológico da gordura é importante na prevenção de ateroma, devido a presença de grande número de ácidos graxos polinsaturados, além dos ácidos palmitoléico, linoléico, linolênico e araquidônico. Composição química e valor nutritivo Composição química e valor nutritivo AG em pescado Composição variável: • Espécie; • Dieta; • T°C da água. Proporção ω3: ω6 diferente em peixes de água doce ou salgada + AG poliinsaturados ω3 em peixes marinhos Composição química e valor nutritivo Deterioração do pescado Alimento altamente perecível • Alto teor protéico e estrutura coloidal da proteína muscular. • Alto teor de umidade, intestino volumoso e presença de brânquias e muco = crescimento microbiano Deterioração do pescado Alterações postmorten A. Rigor Mortis 1. Pré-rigor: duração depende da reserva de ATP e glicogênio (prolongamento desejável), com pH neutro. 2. Rigor pleno: pH ligeiramente ácido (inibe mcg. e enzimas endógenas), defesas naturais intactas, perda de água; 3. Pós-rigor: pH ligeiramente abaixo do pré-rigor (6,8) e retenção de água. Deterioração do pescado Alterações postmorten B.Autólise Ação de enzimas endógenas, conduzindo ao amolecimento dos tecidos. ↓ Ação de mcg ↓ Atuar para prolongar qualidade do pescado Deterioração do pescado Estado de Frescor Métodos para avaliação do grau de qualidade do pescado. • Métodos Sensoriais: Julgamento do aspecto geral, textura, odor, coloração, pele, brânquias, sabor. Deterioração do pescado Deterioração do pescado Métodos físicos: • pH • “Torry meter” (propriedades elétricas) Métodos químicos: • Bases voláteis totais = - 30 mg/100g de carne. • Histamina = máximo 100 ppm no músculo • TBAR – substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico Deterioração do pescado Perda de frescor • Atividades enzimáticas endógenas • Oxidação lipídica • Deterioração microbiana = fatores em que a intensidade depende da T°C principalmente. Conservação de alimentos Manter as características do alimento estáveis. Pescado: mantê-lo com as características frescas no final do processamento Objetivos Minimizar alterações Aumentar vida de pateleira (Shelflife) Manutenção da Qualidade dos alimentos Alto valor nutricional Conservação de alimentos Pelo frio Pelo calor Pelo uso de aditivos Pelo abaixamento de Atividade de água (Aa) Pela fermentação Por irradição Conservação de alimentos Conservação do pescado 1. Resfriamento e Congelamento; 2. Conservação pelo abaixamento de Atividade de água (Aa): Salga e Secagem de pescado; 3. Fermentação do pescado; 3. Defumação do pescado; 5. Conservação pelo emprego do calor: Enlatamento do pescado; 6. Produtos valor agregado: CMS, Surimi, Embutidos; 7. Tecnologias de conservação não tradicionais: Retort pouche, Sous vide, Vácuo, Atmosfera modificada; 8. Tecnologias de conservação não tradicionais: Irradiação de pescado. Conservação do pescado Resfriamento e Congelamento; PRINCIPAIS REQUISITOS: 1) Resfriar o pescado rapidamente 2) Evitar que a temperatura se eleve 3) Higiene 4) Distância (locais de captura e portos desembarque) Resfriamento rápido do pescado Efeito da temperatura na deterioração do pescado: -30oC - inativação ou morte bacteriana -10oC - crescimento bacteriano lento 0oC - retarda a deterioração acima de OoC - crescimento intenso temp. alta - deterioração rápida Conservação do pescado TEMPO DE ESTOCAGEM DO PESCADO EM GELO Pescado de água doce > pescado marinho Pescado de carne branca > pescado de carne vermelha Pescado de águas tropicais > pescado de águas temperadas (frias) Pescado magro > pescado gordo PEIXE TEMPO EM DIAS BACALHAU 12 - 15 HADDOCK 12 – 15 HERRING 2 - 5 ATUM 9 SARDINHA 7 - 12 CAVALINHA 7 - 9 TRUTA 10 TILÁPIA 22 – 28 Conservação do pescado Conservação do pescado IMPORTÂNCIA DO USO DO GELO NA CONSERVAÇÃO DO PESCADO FRESCO Capacidade refrigeradora Inócuo, Portátil, Barato Resfriamento rápido Mantém o brilho e a umidade Em média usa-se 1kg de gelo para resfriar 1kg de pescado Fatores que interferem: Quantidade de pescado Temperatura inicial Espessura da camada de peixes (tempo p/ resfriamento) Distância do pescado em relação ao gelo Conservação do pescado Congelamento 3 etapas: • ↓ T°C do pescado (eliminação do calor) • Mudança do estado físico (água = gelo) • ↓ T°C do pescado congelado = resfriamento T°C = ou inferior a -18°C Vida útil: • T°C de estocagem • Teor de lipídeos do pescado • Utilização de antioxidantes • Velocidade do congelamento Conservação do pescado CongelamentoO pescado pode ser congelado inteiro por algum tempo ou pode ser eviscerado, filetado e colocado em embalagens adequadas para congelamento. O congelamento deve então ser feito em câmaras (túnel de congelamento) a -35oC, -45oC e a estocagem posterior a pelo menos -15oC, -18oC. Quanto mais baixa a temperatura de estocagem, mais longo será o tempo de armazenamento do produto congelado. Conservação do pescado Características do Congelador • Congelamento lento (T de -10 a -18oC em freezer); •Congelamento rápido (T -45oC) – túnel com ar forçado ou congelador de placa; • Congelamento rápido de pequenos produtos (IQF, T -45oC) em Spiral freezer; •Congelamento ultrarrápido em gases liquefeitos como nitrogênio (N2) ou gás carbônico (CO2) (T - 100oC). Conservação pelo abaixamento de Atividade de água (Aa) Conservação pelo abaixamento de Atividade de água (Aa) Pescado fresco Aa > 0,95 Pescado seco 0,60 < Aa < 0,85 Conservação pelo abaixamento de Atividade de água (Aa) Aa abaixo de 0,60 = sem crescimento microbiano Secagem Método de conserva bastante antigo A umidade do produto final pode chegar a 10% O pescado com pouco conteúdo de gordura é o mais apropriado 1 - NATURAL Secagem 2 - ARTIFICIAL Exposição ao sol e ao vento durante o dia Utiliza de secadores artificiais Natural Secagem Vantagem → uso gratuito da energia solar. Desvantagem → dependência total das condições climáticas. Clima seco → Desidratação intensa. Local com umidade alta (>70%) é impossível a realizar a secagem. Primeiros equipamentos → Secadores → camisa de vapor, de rolos e secadores providos de ar quente. Atualmente → estufas, ferros e secadores rotativos Secagem Artificial Secagem Artificial Salga Processo mais antigo de conserva. Muito utilizado em regiões que não dispõem de refrigeração. Etapa inicial nas técnicas de conservas. Produtos gradual mente substituídos Por refrigerados Salga Salga Salga Salga Tamanho do Pescado Salga Quanto > pescado < velocidade de penetração do sal Salga Teor de gordura do pescado Pirarucu Gordura atua como barreira hidrofóbica Salga Umidade Quanto > umidade do pescado < velocidade de penetração do sal Salga Penetração do sal Salga Penetração do sal Aconselha-se uma mistura de sal grosso e fino em partes iguais, isento de bactérias halófilas e de impurezas. Salga Ação do sal Salga DIVIDIDA em: Rápida Mista Úmida Seca Salga Seca Pescado: em camadas alternadas com sal; Deve haver o escoamento da água extraída; Teor final de sal ±20%; É mais utilizada em peixes magros e grandes. Sempre iniciar e terminar o processo com o sal Salga O pescado eviscerado pode vir em forma de Filé, espalmado ou em mantas Salga Seca Salga Seca Salga Anchova Pacu Bagre Imersão do pescado em tanques contendo salmoura artificial saturada ou super saturada; A Água do músculo do pescado flui no sentido da salmoura; Utilizar água de boa procedência Pescados gordos Úmida Salga Seca Salga Mista Salga Úmida + Salga Rápida Salga Fatores que Influenciam a salga Características da fermentação Técnica relativamente barata; Não requer energia; Valor nutritivo alto; Utilizada em regiões onde não se pode realizar a secagem. HISTÓRICO É a transformação de substâncias orgânicas em compostos mais simples. FERMENTAÇÃO DEFINIÇÃO Ação dos microrganismos Enzimas localizadas no próprio tecido da matéria-prima. FERMENTAÇÃO Papel dos microrganismos Não decompõem significativamente as proteínas, mas conferem sabor e odor específicos do produto (produção de ácido lático). PRINCÍPIO Decomposição das proteínas devido a uma alta concentração de sal Decomposição principal→enzimas do próprio peixe Forma natural preservada; Pescado macerado até virar pasta; Completamente FERMENTAÇÃO CATEGORIAS ( TEXTURA/APARÊNCIA) Sudeste da Ásia: Destaque: Pastas (1) e Molhos (2)! FERMENTAÇÃO Filipinas Prahoc Camboja (1) Filipinas, Vitnã, Camboja e Indonésia Nuoc-mam Tailândia Pla-ra Bagoong Nam-pla Pla-jao Pla-som (2) Sudeste da Ásia •Peixe de água salgada: Anchova, arenque, sardinha branca, cavala (sarda). •Peixe de água doce: Carpa, siluro, perca trepadora, gurami. •Moluscos e crustáceos: Camarões / gambas, mexilhões, ostras, polvo. FERMENTAÇÃO Espécies de peixe mais usadas Baixo valor comercial!!! (Engraulis encrasicolus) (Escualosa thoracata) (Ethmalosa fimbriata) (Scomber scombrus Linnaeus) FERMENTAÇÃO Sudeste a Ásia Contribuem com 8% do nitrogênio total ingerido Importância em regiões carentes de proteína! Produção em escala industrial pequena; Espécie empregada→ sardinha (produto são processados semelhantes como em Portugal); Preço do quilo do produto é elevado em relação ao preço da matéria – prima; O pescado fermentado ainda NÃO constitui hábito de consumo significativo. FERMENTAÇÃO FERMENTAÇÃO PRINCÍPIOS DE CONSERVAÇÃO IMPORTANTE! ENSILAGEM Alguns alimentos fermentados à base de pescado, ou que incluem o pescado juntamente com outras matérias- primas. ANCHOVAGEM o produto final, praticamente, mantém a forma original do pescado, ou seja, este apresenta-se inteiro. FERMENTAÇÃO ANCHOVAGEM - FLUXOGRAMA Filé de Sardinha Anchovada Processo básico ANCHOVAGEM FERMENTAÇÃO Desde a técnica de 70; FERMENTAÇÃO ENSILAGEM Deixando-a livre da ação das enzimas próprias dos tecidos e de microrganismos patogênicos, que terminam deteriorando o produto (Tatterson & Windsor, 1974). Princípio Redução do pH Acidificar a massa triturada Ácidos minerais ou orgânicos Microrganismos produtores de ácido lático. FERMENTAÇÃO ENSILAGEM Utilização Ingrediente na formulação de ração de animais não ruminantes (como peixes, cães e gatos) e de fertilizantes. O ácido cítrico se mostrou mais eficiente para ser utilizado neste processo FERMENTAÇÃO ENSILAGEM Etapas de produção de silagem de peixe Ensilagem Fermentada ou biológica Ensilagem Ácida FERMENTAÇÃO ENSILAGEM Produção continua de silagem ácida FERMENTAÇÃO ENSILAGEM Produção continua de silagem fermentada ou biológica FERMENTAÇÃO ENSILAGEM Produção continua de silagem fermentada ou biológica De Pescados Operação de defumação em pescados 1-Salmouragem 2– Secagem 3–Defumação Composição da fumaça A ação da fumaça Desidrata o pescado( atividade de água); Inibe o crescimento microbiano; Retarda a oxidação das gorduras; Confere sabor diferente aos produtos; Preservação por tempo limitado. Tipos de defumação Defu- mação a quente Defu- mação a frio Fumaçalíquida Características peculiares: Temperatura do centro do produto → 60 - 80ºC Umidade → 55 - 65% Teor de sal → 2,5 a 5% Validade → 4 (temperatura ambiente) a 10dias (em refrigeração). Defumação a quente Mais prolongada; Produto final não chega ao cozimento; Incorpora mais fumaça ao produto; Exige cocção antes de ser consumido. Defumação a frio Características peculiares: Temperatura do centro do produto → 40ºC Umidade → 45 - 55% Teor de sal → 7 a 15% Validade → 7 (temperatura ambiente) a 15dias (em refrigeração). Defumação a frio 2-Diretamente sobre o produto (Câmara) Defumação líquida Imersão Aspersão Chuveiro Irrigação Atomização Formas de aplicação 1-Diretamente na salmoura Enlatamento Técnica de conserva Estocagem por tempo prolongado (1a 2anos) Elaboração de produtos de boa qualidade Manutenção dos nutrientes → alto teor nutritivo Enlatados Eliminação de organismos vivos (ação de calor) Esterilização comercial Barreira entre o produto e meio externo Produto embalado à vácuo Alto frescor da matéria prima Enlatamento - Princípio Enlatamento - Princípio Carne Mecanicamente Separada-CMS Carne retirada a partir de ossos, carcaças ou partes de carcaças, submetida à separação mecânica em equipamentos especiais – Máquinas de Separação Mecânica (MSM) – e imediatamente congelada por processos rápidos ou ultrarrápidos, quando não for utilizada no momento seguinte. DEFINIÇÃO Carne Mecanicamente Separada-CMS Carne Mecanicamente Separada-CMS Uso da CMS para desenvolver novos produtos; Aproveitamento da carne Uso de única espécie ou mis- tura de espécies. Espécies subutilizadas. De baixo valor no mercado Exemplares de pequeno porte Oriundos da pesca de Arrasto de camarão Resíduos da filetagem Carne Mecanicamente Separada-CMS Equipamentos mais comuns utilizados no processo de CMS Rosca sem fim Carne Mecanicamente Separada-CMS Equipamentos mais comuns utilizados no processo de CMS Rosca sem fim Carne Mecanicamente Separada-CMS Carne Mecanicamente Separada-CMS 2) A partir do peixe inteiro: Rendimento de 47% (Ohshimaetal.,1993). 1) A partir da filetagem: Rendimento de 9,5 a 20% (Oetterer,1999). Extraindo-se a CMS Depende da espécie,do tamanho, entre outros fatores. Carne Mecanicamente Separada-CMS Carne Mecanicamente Separada-CMS Fluxograma Surimi ou Pasta Básica de Pescado Base proteica obtida a partir da CMS, a qual é submetida a lavagens sucessivas, desidratação, adição de crio protetores (sal, açúcar, fosfato) e congelamento para sua preservação. Utilizado no Japão desde o século IX ; Incremento ocorreu na década de 60. Determinados carboidratos protegem as proteínas solúveis (miofibrilares) no estado congelado da miofibrila. Tempo de comercialização de surimi. Surimi Surimi Moldado -FONTE: RAMIREZ (1996) Surimi Importância e o crescimento da indústria de produtos a base de surimi no mundo ocidental Iniciou-se no final dos anos 70 e começo da década de 80. Produtos análogos. Surimi 1 2 2 – Adição de aditivos Surimi Principais crioprotetores Aminoácidos e peptídeos, ácidos carboxílicos, mono e dissacarídeos, polióis e sais, principalmente os polifosfatos. Estabilidade ao Congelamento - descongelamento Aumento da tensão superficial da água em torno da proteína Impede a retirada da água ligada à proteína (dripp) Embutidos de Pescado Embutidos de Pescado Linguiça de peixe Estes produtos são apreciados pelo fato de serem práticos para consumo, pois necessitam de pouco ou nenhum trabalho para o preparo (OGAWA,1999). Embutidos de Pescado Classificação Secos Frescos Cozidos Produtos crus Validade máx.6 dias É o fresco desidratado Validade > 6 dias Submetido ao cozimento (Estufa ou água quente) Embutidos de Pescado Envoltórios Envoltórios naturais bovinos, suínos ou caprinos são os mais antigos; Características: Comestíveis; Finos; Transparentes. Embutidos de Pescado Fluxograma para linguiça Embutidos de Pescado Fluxograma básico para linguiça Embutidos de Pescado Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia de Pesca Disciplina Princípios da Ciência pesqueira
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