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PLANTAS TÓXICAS Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4 Plantas que afetam a reprodução Plantas de ação estrogênica: Trifolium subterraneum (trevo subterrâneo); Trifolium pratense (trevo vermelho); Medicago sativa (alfafa); Medicago trumculata Condições: pastos com apenas aquela planta, longos periodos de ingestão. Influenciam Fungos, def fósfoto e suplementação de cobalto. Espécie: bovinos e ovinos PT: isoflavonas/cumestanos Quadro clínico: Queda de fertilidade; Ginecomastia; Prolapso vaginal; Tônus uterino aumentado. Necropsia: hiperplasia glandular cística da cérvix e útero, infecções uterinas Tratamento e profilaxia: Mudança de alimentação; Evitar administração de plantas estrogênicas Plantas que provocam abortos: Tetrapterys multiglandulosa: “ cipó-ruão”, “ cipó-preto”, “cipó-vermelho”, “ cipó-ferro”. Bovinos. Pará e MG. Boa palatabilidade. Causa abortos. Necropsia: coração aumentado e fibroso (áreas esbranquiçadas e amarelada) Ateleia glazioviana: “cinamomo-bravo”, “mariapreta” e “timbó”. Distribuição e habitat: SC, RS, PA. Bovinos em épocas de escassez. Pêlos arrepiados, letargia, andar cambaleante, aborto, retenção da eliminação da placenta. Necropsia: DD: Brucelose. Histopatologia: vacuolização Leucaena leucocephala Lantana glutinosa Aspidosperma pyrifolium (pereiro) Stryphnodendron obovatum Plantas que causam malformação congênita: Mimosa tenuiflora: “jurema-preta”. Ovinos e Caprinos Sintomatologia e necropsia: Abortos e natimortos com malformações: acefalia, bicefalia, anencefalia, meningocele, anoftalmia unilateral, aplasia do osso incisivo, palatosquise, hiperlordose, cifose, escoliose, micrognatia, hipoplasia dos músculos e tendões dos membros. Diagnóstico: Malformações características em fetos de ovelhas que ingeriram a planta. Diagnóstico diferencial: Cicuta (Conium maculatum) Profilaxia: evitar o acesso a pastagens como M. tenuiflora evitar a ingestão pelo menos nos 60 dias iniciais da gestação. Plantas que afetam pele e anexos Ramaria flavo-brunnescens - “Mal-do-eucalipto”. Distribuição e habitat: RS, SC, SP, MG. Bovino, ovino e equino. Condições em que ocorre: período vegetativo do cogumelo, verão e outono (fev a junho), após as chuvas. Palatável Evolução: subaguda a crônica (10 e 30 dias). Letalidade: 20 e 50% Sintomatologia: Bovinos – emagrecimento, intensa salivação, perda dos pelos na cauda e atrofia das papilas da língua; apetite diminuído, corrimento seroso ocular e nasal, crostas no chanfro e dificuldade de deglutição. Na doença natural havia, adicionalmente, desprendimento dos cascos e parte córnea dos chifres, opacidade de córnea, hemorragias na câmera anterior, cegueira e andar cambaleante. Ovinos – incoordenação motora, comprometimento da visão, sialorréia e opacidade da córnea com midríase. Necropsia: Ulcerações nos bordos da língua, ulceração e necrose na parede do esôfago com exsudato fibrinoso, úlceras no abomaso, congestão do intestino, edema da laringe, hiperemia e ulcerações dos cornetos. Superfície dorsal da lingua lisa. Histopatologia: Lesões inflamatórias, degenerativas e necróticas nas mucosas e hemorragias e perivasculite no SNC. Epitélio laminar do casco – hiperplasia e vacuolização de queratinócitos, com queratinização irregular. Hemorragia e congestão nas lâminas dérmicas e no estrato vascular do córion laminar. Cauda: folículos irregulares. Epitélio da língua atrofiado. Diagnóstico: Quadro clínico-patológico, associado à entrada dos animais em bosque de eucalipto. Diagnóstico diferencial: Intoxicação por selênio e Leucaena leucocephala e febre aftosa. Princípio tóxico: desconhecido; interferência no metabolismo dos aminoácidos sulfurados nos queratinócitos. Tratamento: desconhecido. Muitos se recuperam após a retirada dos bosques de eucalipto. Profilaxia: Evitar a entrada de animais em bosques de eucalipto Leucaena leucocephala - Mimosina Condições em que ocorre: Alta palatabilidade; Teor de mimosina na planta; Quantidade diária ingerida (< 40%); Período de ingestão; Synergistis jonesii. Partes e quantidades: Toda a planta é tóxica. > 40% da alimentação. Evolução: aguda ou crônica (ruminantes). Quadro clínico-patológico: Ruminantes – início – perdem pelos na extremidade da cauda, mais tarde recuperam-se dos efeitos agudos. Efeitos crônicos (1 a 10 meses de ingestão): alopecia, perda de apetite, salivação excessiva, andar incoordenado, tireóide aumentada, baixos nívies de tiroxina no soro, úlcerações no esôfago, fertilidade reduzida e nascimento de filhotes com pouco peso e com bócio. Não-ruminantes – alopecia (crina e cauda), falta de apetite, redução no ganho de peso, baixa fertilidade, aborto, desprendimento dos cascos e, mesmo, morte. incoordenação motora, comprometimento da visão, sialorréia e opacidade da córnea com midríase Diagnóstico: Quadro clínico-patológico, associado à alimentação com leucena. Diagnóstico diferencial: Intoxicação por selênio e Ramaria flavo-brunnescens, hipotireoidismo por deficiência de iodo ou por substâncias bocígenas. Princípio tóxico: Aminoácido não-protéico mimosina – efeito depilatório; 3,4-hidroxi-4(1H)-piridona – DHP - bocígeno Plantas que causam lesões mecânico-traumáticas Araucaria angustifolia - “araucária”. Bovinos. Acrocomia aculeata - “mucajá”, “coco catarro”, “coco babão”. Búfalos pelicanos Opuntia spp. Panicum maximum - Queilite angular traumática, “boca rasgada”. Distribuição: PA, MA. Stipa spp. - “flechilhas” Stylosanthes spp. Mimosa spp - “dormideira” “malícia” “sensitiva” “arranhadeira” “não-me-toque” “dorme-maria". Distribuição: PA e RJ Achados macroscópicos: Lesões ulcerativas na pele com contornos irregulares, geralmente arredondadas, com exsudação supurativo e aspecto sanguinolento; Áreas ulceradas eram recobertas por crostas; Localização: principalmente nos membros nas regiões da quartela, boleto, articulações escapulo umeral e na cabeça, envolvendo lábios inferiores, focinho, narinas, bochechas e chanfro. Histopatologia: Ulceração difusa da epiderme com presença de infecção bacteriana secundária; Epidermite aguda com formação de crostas; Marcado infiltrado inflamatório com predomínio de neutrófilos, piócitos e macrófagos; Fibrose com proliferação de tecido conjuntivo formando feixes; Moderado derrame de fibrina e hemorragia;
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