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Curso de Geometria Analítica Profª Mara Freire 111 13.5- HIPÉRBOLE Def.: É o lugar geométrico dos pontos de um plano para os quais a diferença, em valor absoluto, das distâncias a dois pontos fixos desse plano, F1 e F2, é uma constante 2a (menor que a distância 𝐹1𝐹2̅̅ ̅̅ ̅̅ ). P hipérbole |𝑃𝐹1̅̅ ̅̅ ̅| – |𝑃𝐹2̅̅ ̅̅ ̅|= 2a 11.5.1- Elementos da Hipérbole Focos: São dados por F1 e F2. Distância Focal: É a distância entre F1 e F2 que é igual a 2c. Vértices da Hipérbole: São os pontos dados por A1 e A2. Eixo real ou eixo transverso: É o segmento dado por 𝐴1𝐴2̅̅ ̅̅ ̅̅ ̅ de comprimento 2a. Eixo imaginário ou eixo conjugado: É o segmento dado por 𝐵1𝐵2̅̅ ̅̅ ̅̅ ̅ de comprimento 2b. Eixo normal: É a reta perpendicular ao eixo focal que passa pelo centro da hipérbole. Centro da Hipérbole (C): É o ponto médio do eixo real, ou seja, do segmento 𝐹1𝐹2̅̅ ̅̅ ̅̅ . Excentricidade: É o número e = a c (e > 1) Corda: É um segmento que une dois pontos da hipérbole. Corda Focal: É uma corda que passa por um dos focos. Diâmetro da hipérbole: É qualquer corda que passe pelo centro. Diretrizes da hipérbole: São duas retas r e r’ perpendiculares ao eixo focal, distando a/e do centro da elipse. Relação entre a, b, e c: c2 = a2 + b2 13.5.2- A Equação da Hipérbole A equação da hipérbole de centro na origem do sistema cartesiano e eixo real no eixo dos x é dada da seguinte forma: Sendo F1 = (-c, 0) e F2 = (c, 0) Um ponto P(x, y) está na curva se, e somente se, d(P, F1) – d(P, F2) = 2a Curso de Geometria Analítica Profª Mara Freire 112 22 ycx – 22 ycx = 2a 2 22 ycx = 2 222 ycxa x2 + 2cx + c2 + y2 = 4a2 4a 22 ycx + x2 – 2cx + c2 + y2 4a 22 ycx = 4a2 – 4cx ( a 22 ycx )2 = (a2 – cx)2 a2[x2 – 2cx + c2 + y2] = a4 – 2a2cx + c2x2 a2x2 – 2a2cx + a2c2 + a2y2 = a4 – 2a2cx + c2x2 (a2 – c2)x2 + a2y2 = a2(a2 – c2) Dividindo por a2(a2 – c2) fica 1 22 2 2 2 ca y a x Fazendo a2 – c2 = – b2, temos então a equação da hipérbole dada por 1 2 2 2 2 b y a x Observações: 1: a2 – c2 = – b2 < 0 2: Caso o centro seja na origem do sistema cartesiano e o eixo real no eixo dos y, temos a equação 1 2 2 22 2 a y ca x ou 1 2 2 2 2 a y b x 3: Caso a hipérbole tenha os seus eixos de simetria paralelos aos eixos coordenados, e centro no ponto C = (x0, y0), temos as equações: 1 )()( 2 2 0 2 2 0 b yy a xx e 1 )()( 2 2 0 2 2 0 a yy b xx eixo real // eixo x eixo real // eixo y Exemplos: Curso de Geometria Analítica Profª Mara Freire 113 1- Dar a equação da hipérbole de focos F1(5, 0) e F2(-5, 0) e eixo real igual a 6. 2- Determinar a equação da hipérbole cujo centro é a origem e eixo focal no eixo dos x, sendo a distância focal igual a 10 e o eixo imaginário igual a 8. 3- Determinar a equação da hipérbole cujo centro é a origem e eixo focal no eixo dos x, sendo o eixo real igual a 16 e a excentricidade igual a 5/4. 4- Determinar a equação da hipérbole de focos F(3, 1) e F’(7, 1) e que passa pelo ponto A(6, 1). Curso de Geometria Analítica Profª Mara Freire 114 13.5.3- Assíntotas da Hipérbole Def.: Se para uma dada curva existe uma reta tal que a medida que um ponto sobre a curva se afasta infinitamente da origem, à distância do referido ponto à reta diminui continuamente e tende a zero, então a reta é denominada assíntota da curva. Dada a hipérbole 1 2 2 2 2 b y a x , temos que 2 2 2 2 1 a x b y 1 2 2 2 2 a x b y 222222 baxbya )( 22 2 2 2 ax a b y 2 2 2 2 2 2 1 x a x a b y 2 2 1 x a x a b y Fazendo 0lim 2 2 x a x , temos que as retas x a b y são chamadas assíntotas da hipérbole. Exemplo: 1- Dada a hipérbole de equação 9x2 – 7y2 – 63 = 0, determinar: (a) a medida dos semi-eixos; (b) os vértices; (c) os focos; (d) a excentricidade; (e) as equações das assíntotas e (f) fazer um esboço do gráfico. Curso de Geometria Analítica Profª Mara Freire 115 13.5.4- Hipérbole Equilátera Def.: Se na equação da hipérbole temos a = b, nesse caso dizemos que a hipérbole é eqüilátera, cujas assíntotas são dadas por y = x e y = -x 13.5.5- Hipérboles Conjugadas Def.: Se duas hipérboles são tais que o eixo real de uma é idêntico ao eixo transverso da outra, então o par de hipérboles é denominado hipérboles conjugadas. Logo, se 1 2 2 2 2 b y a x , então o semi-eixo transverso é a e o semi-eixo conjugado é b. se 1 2 2 2 2 a y b x , então o semi-eixo transverso é b e o semi-eixo conjugado é a. Exemplo: Dê o valor do semi-eixo transverso e do semi-eixo conjugado das hipérboles abaixo: a) 1 49 22 yx b) 1 94 22 xy Curso de Geometria Analítica Profª Mara Freire 116 Exercícios 1- Dar a equação da hipérbole de focos F(0, 6) e F’(0, -6) e que passa pelo ponto A(0, 4). 2- Determinar a distância focal e a excentricidade das hipérboles: a) x2 – y2 = 1 b) 5x2 – 4y2 = 20 3- Dar a equação da hipérbole de focos F(0, 3) e F’(8, 3) e eixo real 2a = 6. 4- Dada a elipse x2/25 + y2/16 = 1, determinar a equação da hipérbole cujos vértices são os focos da elipse e cujos focos são os vértices da elipse. 5- Determinar os pontos de intersecção da elipse x2/4 + y2/3 = 1 com a hipérbole 3x2 – 4y2 – 6 = 0. 6- Dada a hipérbole de equação 16x2 – 25y2 = 400, pede-se: a) a equação canônica; b) a excentricidade; c) as coordenadas dos focos; d) as coordenadas dos vértices; e) o gráfico. 7- Determinara distância focal da hipérbole 9x2 – 16y2 = 144: 8- Determinar as assíntotas da hipérbole 5x2 – 9y2 = 45: 9- Obter a equação da hipérbole abaixo: RESPOSTAS 1- -x2/20 + y2/16 = 1. 2- a) 2c = 2√2, e = √2 ; b) 2c = 6, e = 3/2. 3- a) (x – 4)2/9 - (y - 3)2/7 = 1. 4- x2/9 - y2/16 = 1. 5- (√3/2, √3/2). 6- a) (x2/25) – (y2/16) =1; b) 41 /5; c) F1= (- 41 ,0) e F2= ( 41 ,0) d) A1 = (-5,0), A2 = (5,0), B1 = (0,-4) e B2 = (0,4). 7- 10. 8- √5x/3. 9- (x2/7) – (y2/9) =1.
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