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DISBIOSE INTESTINAL 21.09

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DISBIOSE INTESTINAL
Jaqueline Minatti
INTESTINO
 O intestino é um sistema complexo que participa na proteção do 
hospedeiro através de um mecanismo de defesa contra o 
ambiente externo.
 Para proteger sua alta área de exposição (250 m2) o intestino 
dispõe de eficientes defesas que interagem entre si:
- Microbiota intestinal
- Barreira mucosa (barreira física)
- Sistema imune entérico 
GALT (tecido linfóide associado ao intestino) 
MALT (tecido linfóide associado às mucosas)
Intestino
 10x mais bactérias e 100x mais material genético do que o número total 
de células do resto do organismo.
 Essa enorme biomassa consiste em mais de 400 espécies bacterianas de 
importância vital a nossa saúde – com intensa atividade metabólica.
MICROBIOTA INTESTINAL
 Devem viver em equilíbrio: bactérias gram+, bactérias gram–, fungos, 
vírus... 
Intestino
 A microbiota é diferente em cada porção do TGI
- Estômago: há pequena população e pouca variedade devido ao HCl e 
esvaziamento gástrico rápido  predomina o gênero Lactobacillus
- A partir do íleo (especialmente válvula íleocecal) a microbiota é mais 
evidente.
- Intestino grosso: abriga a maior quantidade da massa bacteriana pelo 
trânsito mais lento  13 gêneros diferentes.
Microbiota intestinal
 Diariamente a microbiota intestinal pode ser alterada (alimentação, 
medicação, sono, stress...)
 A colonização bacteriana do TGI é temporária e não permanente, 
sendo assim, é preciso uma constante vigilância (situação alimentar, 
hábitos de vida, stress) para manter o equilíbrio da microbiota.
Esse equilíbrio é alcançado pela interação entre:
- Bactérias probióticas
- Bactérias comensais (maior parte das bactérias)
- Bactérias patogênicas (deveriam estar em menor quantidade, mas 
quando existe a oportunidade, se proliferam)
Bactérias patógenas
 Quando encontram o meio adequado para o crescimento...
- alimentação rica em Cho simples
- poucas fibras
- excesso de gorduras saturadas e Trans
- sono inadequado
- stress
 A sua proliferação leva a produção de toxinas que lesionam a 
mucosa intestinal e são absorvidas para a corrente sanguínea
- Lipopolissacarídeos
 Causando DISTÚRBIOS DIVERSOS
BACTÉRIAS PROBIÓTICAS
 Lactobacillus – gênero predominante no intestino delgado
- L. bulgaricus
- L. casei
- L. ramnosus
- L. acidophilus
- L. reuteri
 Bifidobacterium - gênero predominante no intestino grosso
- B. bifidum
- B. longum
 Streptococcus
- S. thermophilus
- S. bulgaricus
 Enterococcus (apesar de reconhecido como causador de infecções, a E. 
faecium tem efeitos probióticos)
Funções dos probióticos
 Função nutricional: síntese de Vitaminas do complexo B (B12) e 
Vitamina K. Melhoram a absorção dos nutrientes da dieta.
 Função digestória: fazem síntese de lactases, proteases e peptidases. 
 Função cardiovascular: a normalização da microecologia intestinal 
garante redução dos níveis plasmáticos de colesterol plasmático.
 Função metabólica: 
- A fermentação de fibras produz ácidos graxos de cadeia curta 
(ex. butirato) – substrato de enterócitos.
- produzem enzimas citocromo P450-like (que estimulam a expressão 
gênica hepática das enzimas e consequente detoxificação mais 
eficiente)
Funções dos probióticos
 Função metabólica (continuação)
- Evitam recaptação de hormônios já degradados
- Convertem muitos flavonóides a sua forma ativa
- Metabolização de medicamentos, carcinógenos, metais tóxicos, 
etc
 Função imunomoduladora: 
- Os probióticos são essenciais para a maturação dos sistemas 
imunes entérico e sistêmico GALT* e MALT*.
- Produzem substâncias anti-microbianas e “ocupam espaço” de 
bactérias patógenas
- Contribuem para a Tolerância Oral aos alimentos
- Atuam na barreira mucosa e produção de IgA
- Reduzem a produção de citocinas inflamatórias (TNF-a, interferon-
gama, IL-8) e aumentam citocinas anti- inflamatórias (IL-10 e TGF-beta)
Fatores de influenciam a 
microbiota: 
 Idade
 Tempo de trânsito intestinal
 pH intestinal
 Maus hábitos alimentares
 Disponibilidade de material fermentável
 Estado imunológico
 Requerimentos nutricionais
 Uso de medicamentos (antibióticos)
MUITA RELAÇÃO COM A NUTRIÇÃO
DO INDIVÍDUO
DISBIOSE INTESTINAL
 DEFINIÇÃO:
É um estado no qual a microbiota produz efeitos nocivos via 
(1) mudanças qualitativas e quantitativas da sua constituição
(2) mudanças na sua atividade metabólica
(3) mudanças em sua distribuição pelo TGI
 Fatores que predispõem:
- Parto cesáreo
- Não aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida
- Uso de antibióticos e hospitalização
- Uso de anti-ácidos e antiinflamatórios não esteroidais
- Uso de produtos promotores de disbiose: mel, xarope de frutose, açúcar, 
produtos industrializados
- Baixo uso de material fermentativo (fibras)
- Jejum
Disbiose intestinal
As lesões intestinais levam à má-absorção;
E a má-absorção leva a não recuperação 
das lesões. 
CICLO-VICIOSO
Trans. 
paracelular
Trans. 
transcelular
Consequências da 
disbiose intestinal: 
 Falta de vitalidade
 Cansaço extremo
 Constipação e/ou diarreia
 Síndrome de má-absorção (unhas fracas, cabelo fraco, desnutrição)
 Infecções do trato genito-urinário
 Infecção por H. pylori
 Doenças Inflamatórias intestinais (Ex.: Colites)
 Doenças auto-imunes
 Distúrbios provenientes das hipersensibilidades alimentares (dermatites, rinites, sinusites, 
enxaquecas, gastrites, colites, tireoidites, diabetes, acne, olheiras, etc)
 Crescimento exagerado de fungos (Ex. cândida) 
 Consequente compulsão alimentar e ganho de peso
 Risco de distúrbios de ansiedade, de sono e crise de pânico
 Câncer (bactérias patogênicas produzem carcinógenos)
Tratando a disbiose intestinal 
PROGRAMA 4 R’s
 Esse programa simplifica as interações bioquímicas-fisiológicas 
direcionando a conduta nutricional.
1) O que é preciso eliminar para uma ótima função gastrointestinal?
2) O que pode ser necessário recolocar para otimizar a digestão e 
consequentemente saúde gastrointestinal?
3) O que é necessário para reparar a mucosa gastrintestinal?
4) O que é necessário para restabelecer uma microbiota equilibrada?
 Remover
 Recolocar
 Reparar
 Reinocular
1. Patógenos
2. Alérgenos
alimentares
3. xenobióticos
1. HCl
2. Enzimas
1. Nutrientes 
da restauração celular mucosa:
Glutamina, TCM, w-3, Zn, B9, Vit. A ... 
2. Dieta pouco irritativa, 
hipoalergênica
1. Prebióticos
2. Probióticos
Tratando a disbiose intestinal
Passo-a-passo
1. Orientar para que procure médico e faça a 
desvermifugação.
2. Retirar a exposição a xenobióticos (corantes, 
aromatizantes, excesso de produtos de limpeza/higiene, 
exposição à metais tóxicos, preferir orgânicos)
3. Orientar quanto ao correto ciclo-circadiano (Sono) para 
promover regeneração de células intestinais.
4. Retirar os alérgenos conforme os sintomas (Principais: 
lácteos, glúten, soja, oleaginosas, ovos, peixe...)
5. Melhorar a digestão: mastigar bem, sem líquidos, ervas, 
tinturas, chás... (Digestivos: gengibre, hortelã, alecrim, 
abacaxi, mamão, limão)
Tratando a disbiose intestinal
Passo-a-passo
6. Para garantir a correta digestão, pode ser necessário o uso de 
enzimas digestivas como suplemento.
7. Oferecer alimentos com potencial antiparasitário, antifúngico e 
antibacteriano (alho, cebola, orégano, cúrcuma, tomilho, sementes 
de abóbora).
8. Garantir a função evacuatória para que a exposição da mucosa 
lesada aos agentes tóxicos seja a menor possível.
9. Oferecer nutrientes capazes de estimular a regeneração intestinal:- Glutamina
- TCM
- Ômega-3
- Zn, B9, Vitamina A...
Tratando a disbiose intestinal
Passo-a-passo
10. Recolocar os prebióticos (material fermentável) que 
alimentam boas bactérias.
Amido resistente (biomassa), Inulina (raiz de chicória), 
Frutoligossacarídeos (cebola, alho, tomate, aveia, yacon, 
batata doce).
É importante variar os tipos de fibras pois cada uma 
estimula um tipo bacteriano.
11. Reinocular cepas probióticas.
12. Utilizar dieta específica: 
- Não irritativa (isenta de frituras, café, cacau, chá preto, refrigerantes 
e alimentos industrializados) 
- Rica em nutrientes de crescimento: Zn, Vit. E, Vit, C, Vit. A, Vit. B12, Vit. 
B9.
Prescrevendo prebióticos
 Para garantir a proliferação de bifidobactérias no cólon, além da 
alimentação rica em fibras pode ser interessante o uso de 
PREBIÓTICOS na quantidade mínima diária de 4 a 5g. Quantidades 
maiores que 10 a 15g podem causar efeitos gastrointestinais 
indesejáveis.
Ex. Inulina 5 a 10g 
FOS 5 a 10g
 Cuidado: é preciso avisar ao paciente, e observar a tolerância do 
mesmo, pois os prebióticos podem aumentar gases.
 Sempre se inicia com doses pequenas, e vai se aumentando 
progressivamente.
Prescrevendo probióticos
 Dá-se em Unidades Formadoras de Colônias (UFC)
Ex: L. acidophilu (109 UFC)
L. bulgaricus (109 UFC)
B. bifidum (109 UFC)
 Preconiza-se uma quantidade mínima de 109 (10 bilhões de UFC)
 Há uma grande discussão a respeito do horário de administração, se 
com ou se alimento.
 Ofertar com pequeno lanche não protéico (Ex. fruta ou salada de fruta) 
para o alimento “proteger” o probiótico. Não usar proteína para não 
estimular digestão gástrica.
 Se usar sem alimento, ingerir grande quantidade de líquidos.
 Usar junto da terapia com antibiótico.
 OBS: produtos simbióticos (probióticos + prebióticos)
Exemplos de FUNÇÕES específicas 
DAS CEPAS DE PROBIÓTICOS:
Imune: L. acidophilus; L. casei (produz lisina, benéfico em Herpes)
Maior digestibilidade da lactose: L. acidophilus, S. thermophilus, L. 
bulgaricus, L. lactis, B. bifidum
Redução do colesterol: L. plantarum, L. acidophilus
Infecção genito-urinária: L. ramnosus, L. reuteri
Diarréias: L. ramnosus, L. casei, L. acidophilus, L. brevis, L. bulgaricus, L. 
plantarum
* Diarréia do viajante: Floratil® (Saccharomyces boulardii)
 
PROBIÓTICO 
 
DOSAGEM USUAL 
 
APLICAÇÃO 
Lactobacillus delbrueckii 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Imunidade, intolerância a lactose, diarreia 
em crianças e inflamação. 
Lactobacillus gasseri 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Redução do peso corporal, redução da 
gordura subcutânea e abdominal, redução 
da glicose e intolerância a lactose. 
 Lactobacillus helveticus 
 
 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
 
 Estresse, ansiedade, depressão, auxilia no 
controle da pressão artérial, reduz risco de 
infecções em crianças. 
 
Lactobacillus johnsonii 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Melasma, proteção da pele, reduz danos da 
radiação UV, H. pylori (gastrite e úlcera 
estomacal) e Imunidade. 
Lactobacillus lactis 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Constipação crônica e colite, aumenta a 
imunidade. 
Lactobacillus paracasei 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Redução do peso corporal, Alergias 
alimentares, Dermatite seborreica (caspa ) 
Lactobacillus plantarum 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Redução do peso corporal, estresse e 
depressão, asma, rinite, aumenta a 
imunidade, redução dos sintomas de 
náuseas e vômitos. 
Lactobacillus reuteri 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Erradicação da H.pylori em crianças e 
adultos, gastrite, úlcera estomacal, asma, 
aumenta imunidade.Tratamento da acne. 
Lactobacillus rhamnosus 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Redução do peso corporal, melasma e 
cuidados da pele, asma, alergias 
alimentares, rinite. 
 
Fonte de pesquisa: Farmácia Floratha
Lactobacillus salivarius 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Rinite, dermatite atópica. 
Enterococcus faecium 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Diarreia (rota virus), redução HDL, 
Inflamação, combate E.coli 
Bifidobacterium bifidum 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Rinite, Intolerância a lactose. 
Bifidobacterium breve 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Redução do peso corporal, Rinite, Dermatite 
atópica. 
Bifidobacterium infantis 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Estresse e depressão. Reduz inflamação. 
Enterocolite, síndrome do intestino irritável, 
diarreia. 
Bifidobacterium lactis 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Imunidade, diarreia e constipação intestinal 
e aumenta imunidade em idosos. 
Bifidobacterium longum 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Estresse e depressão. Propriedades 
antiinflamatórias, imunidade, e favorece 
resistência óssea. Intolerância a lactose e 
carboidratos. 
Streptococcus thermophillus 
 
 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
 
 Alergias alimentares, Rinite. 
 
Sacharomyces boulardii 2 a 5 bilhões UFC/dia. 
Conforme orientação profissional 
Diarreia associada à antibioticocterapia, 
aumenta imunidade, inibe ligação de 
toxinas a receptores. 
 
Fonte de pesquisa: Farmácia Floratha
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Paschoal V. et al. Nutrição Clínica Funcional: 
dos princípios à pratica clínica. VP Editora: São 
Paulo, 2010.

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