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Adaptação à VidaExtra - Uterina ProfªCláudia Lemos Vida intra - Uterina Meio aquático Obscuro Aquecido Característica física de contenção Adaptação à Vida Extra - Uterina luminosidade ruídos frio stress toque NOMENCLATURA TÉCNICA • Nascido vivo: apresenta qualquer sinal de vitalidade. • Óbito fetal ou natimorto: IG >de 22 semanas, ou peso a partir de 500g. Não apresenta sinal de vitalidade. • Aborto: IG <22 semanas peso <500g. CLASSIFICAÇÃO DO NEONATOS : IDADE GESTACIONAL Pré-termo ou prematuro: idade gestacional inferior a 37semanas. A termo: idade gestacional entre 37 e 41 semanas e 6 dias. Pós-termo : idade gestacional igual ou maior que 42 semanas Classificação de acordo com o tamanho: Adequado P ≥ 3.000 g Baixo peso (BPN) peso de nascimento < 2500g Muito baixo peso (MBPN) peso de nascimento < 1500g; Extremo baixo peso (EBPN) peso de nascimento < 1000g; Classificação de acordo com o tamanho Pequeno para a idade gestacional (PIG) peso abaixo do percentil 10º Adequado para a idade gestacional (AIG) peso entre o percentil 10º e 90º; Grande para a idade gestacional (GIG) peso acima do percentil 90º Crescimento intrauterino – CIU (Avaliação em relação peso x IG) Adaptações imediatas... Transição principal nas primeiras 6 a 10 hs de vida, porém várias adaptações podem levar semanas para alcançar maturidade plena. 4 a 6h período cumprido ( maioria) Período de transição 24h Esse evento é acompanhado de notáveis modificações respiratórias e circulatórias. Luta para alcançar a Homeostase Função Respiratória Quando o cordão umbilical é pinçamento, os pulmões assumem a função de inspirar O2 e remover CO2. Função Respiratória • Alteração fisiológica mais importante, crítica e imediata • Tipos de estímulos: Fatores Químicos Diminuição de oxigênio; Aumento de carbono; Diminuição do PH Estímulo Térmicos Resfriamento repentino; Deflagração de impulsos sensoriais Estímulo Táteis Descida através do canal de parto Manuseio adequado durante a expulsão Os métodos seguros e apropriados para fornecer estímulos táteis adicionais são: palmadas ou piparotes nas solas dos pés ou movimentos suaves de fricção no dorso, no tronco ou nas extremidades. ADAPTAÇÃO DOS PULMÕES CHEIOS DE LÍQUIDOS PARA PULMÕES CHEIOS DE AR •Parto vaginal compressão torácica drenagem ( 1/3 do líquido sai pelo nariz) e reabsorção (2/3) do líquido pelos pulmões Pulmões enchem-se de ar A criança nascida por cesariana não sofre a compressão torácica seguida pela expansão, tendo um maior risco de sofrimento respiratório. SISTEMA RESPIRATÓRIO •É um fosfolipídio, produzido pelos pulmões; •Evita o colabamento pulmonar na expiração após o nascimento; ( 24º a 30º semana) • tensão superficial dos pulmões exigindo esforço para prosseguir e manter a respiração; SISTEMA RESPIRATÓRIO SURFACTANTE Placenta Feto Placenta Função Circulação neonatal Capilares Hepáticos CIRCULAÇÃO FETAL Aorta Ascendente PPulmão Voltando V. Pulmonar Função Circulação neonatal FECHAMENTO DAS ESTRUTURAS CIRCULATÓRIAS FETAIS • Fechamento do ducto venoso: ligação entre veia umbilical e veia cava inferior( 1-2 semana ). • Fechamento funcional do forame oval: ligação entre átrio direito e átrio esquerdo. • Fechamento canal arterial: ligação entre artéria pulmonar e aorta descendente (15 a 24h após ) SISTEMA HEMATOLÓGICO • Volemia: 80 a 85 mL/kg do peso do RN a termo • Totalizando = 300 ml • Fatores no volume Tempo de clampeamento do cordão; Anemia fisiológica. SISTEMA HEMATOLÓGICO Hemácias e hemoglobina elevadas as nascer Anemia Desintegração das hemácias Eritropoiese lenta até 6ª/8ª semana Defeitos da coagulação Diminui a síntese intestinal da vitamina K Atividade bacteriana Administrar 1 mg de vitamina K por via IM, para prevenir o aparecimento da doença hemorrágica do RN SISTEMA GASTROINTESTINAL Deficiência de amilase pancreática – apenas quebra os carboidratos simples Deficiência de lipase pancreática- limita a quebra de certos lipídios - ex: leite de vaca); Fígado imaturo: Atividade reduzida da enzima glicuronil transferase; Deficiência na formação de proteína plasmática, e produção de protombina e fatores de coagulação; Armazenagem reduzida de glicogênio. SISTEMA GASTROINTESTINAL Refluxo gastro-esofágico (RGE) – imaturidade esfincteriana, a redução da pressão do esfíncter esofágico e esvaziamento gástrico tardio – regurgitamento; Capacidade Gástrica limitada Peristaltismo aumentado na porção inferior do intestino. ALTERAÇÕES NOS PADRÕES DE EVACUAÇÃO DOS RN MECÔNIO: líquido amniótico, secreções intestinais, células mucosas descamativas e possivelmente sangue. 24 a 48h, porém pode durar até 7 dias. FEZES DE TRANSIÇÃO: Marrom-esverdeadas ou marrom- amareladas, finas e menos viscosas; podem conter coágulos de leite. FEZES LACTEAS: Leite materno (fazes amareladas, douradas, pastosas, odor de leite azedo) FEZES LACTEAS: Leite fórmula (fezes amarelo-pálido a marrom claro, consistência firme e odor mais forte) EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO Alterações no Volume Hídrico Corporal Total Velocidade do metabolismo do RN é duas vezes maior em relação ao peso corporal Rins imaturos não conseguem concentrar a urina para conservar a água corporal. RN e lactente mais propenso aos problemas de desidratação, acidose, e uma possível hiperidratação. Taxa maior de líquido extracelular SISTEMA RENAL • Deficiência funcional de concentrar a urina • A primeira micção deve ocorrer dentro das 24 hr; • Volume urinário em 24h: 200 a 300ml (primeira semana) • Bexiga esvazia voluntariamente com 15ml – resultando em 20 micções diárias. • Urina: incolor e inodora, densidade de 1020. Produção limitada do hormônio antidiurético Função tegumentar Ao nascimentos, todas as estruturas no interior da pele estão presentes, mas muitas das funções são imaturas Epiderme e derme estão frouxamente ligadas e muito delgadas Cristas interpapilares ainda não desenvolvidas.. Quantidade de melanina baixa ao nascimento; Fóliculos pilosos- assicrônia entre a perda de cabelo e o crescimento nos primeiros meses • O pH menor que 5 - ácido da superfície cutânea em adultos e adolescentes, causando efeito protetor contra microrganismos. O pH de RN tende ao neutro – diminuição da defesa contra microrganismos. Função tegumentar • Glândulas ativas: Glândulas Sebâceas Glândulas écrinas Glândulas apócrinas Ativas no final da vida fetal e início da infância; Altos níveis de Androgênios materno; Produz o verniz caseoso; Obstrução: milium Produção de suor em resposta a estímulo térmico ou emocional; Obstrução: miliária Permanecem pequenas e afuncionais até a puberdade Função imununólogica 1ª linha de proteção contra infecção: pele, membranas da mucosas. 2ª linha de defesa: elementos celulares Leucocitose (neutrófilos, monócitos, eosinófilos e linfócitos Te B) 3ª linha de defesa: anticorpos O RN não são capazes de produzir sua própria imunoglobulina (IG), mas recebe de forma passiva na forma de IgG. SISTEMA ENDÓCRINO • Hormônio Antidiurético • Hormônios sexuais da mãe no bebê Produção em quantidade limitada; Risco a desidratação. Grandes lábios hipertrofiados; Mamas ingurgitadas; Presença do leite de bruxa; Pseudomenstruação (secreção leitosa) SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICA • Sistema esquelético • Sistema MuscularQuantidade maior de cartilagem; Processo de ossificação em intensidade no primeiro ano de vida. Crescimento no tamanho do tecido: hipertrofia (aumento do tamanho e do volume das células) x hiperplasia (aumento do número de células) Termorregulação • Produção de calor no RN: Gordura marron Termogênese capacidade de equilibrar a temperatura interna do corpo com a do meio ambiente O corpo do RN passa de uma temperatura de 36ºC (ventre materno), para uma temperatura inferior Termorregulação • Fatores que predispõem a perda de calor: Fina camada de gordura subcutânea do RN não fornece isolamento térmico para conservação de calor; Área corpórea proporcionalmente maior em relação ao peso Incapacidade de tremer (termogênese sem tremor) Tremor produz calor Termorregulação A Organização Mundial de Saúde define como faixa de normalidade a temperatura do RN de 36,5 a 37°C e classifica a hipotermia conforme a gravidade: Hipotermia leve: temperatura entre 36,0 e 36,4°C. Hipotermia moderada: temperatura entre 32,0 e 35,9°C. Hipotermia grave: temperatura menor que 32,0°C. Mecanismos de perda de Calor • CONDUÇÃO: Transfere o calor de um para o outro, ocorre quando a criança tem contato direto com objetos frios; Intervenções de enfermagem 1. Aquecer estetoscópio 2. Aquecer as mãos ou lavar as mãos com agua aquecida 3. Proteger placas de raio X 4. Forrar balança antes de pesar RN 5. Quando retirar RN incubadora ou berço de calor irradiante manter pré aquecidos. Mecanismos de perda de Calor • CONVECÇÃO: Ocorre por um fluxo de ar passando pela superfície da pele. Intervenções de enfermagem 1. Evitar a abertura das portinholas das incubadoras. 2. Utilizar manga de íris na portinhola da incubadora para reduzir perda calor. Intervenções de enfermagem 1. Administração oxigênio e ar via capacete aquecidos (temperatura 32ºC a 36ºC) e ventiladores (35º C a 36º C) Intervenções de enfermagem 2. RN em berço aquecido com , <1500 g ou temperatura instável usar tenda de material plástico transparente. 3. Utilizar lâmpadas de aquecimento quando for necessário para realizar procedimento. Mecanismos de perda de Calor • EVAPORAÇÃO: perda de calor quando o líquido vira vapor Intervenções de enfermagem 1. Após parto, secar RN e mantê-lo em superfície aquecida 2. Trocar fraldas quando necessário 3. Banho RN faze- ló por partes, secando em seguida e menores de < 1500g dentro incubadora Mecanismos de perda de Calor • RADIAÇÃO: perda de calor para uma superfície fria próxima sem contato direto. Intervenções de enfermagem 1. Manter as incubadoras e os berços aquecidos afastados de paredes, janelas e correntes de ar condicionado. 2. Manter RN em incubadora aquecida, os < 1500g ser colocados em incubadoras de parede dupla para manter a temperatura corporal nos níveis normais. REFERÊNCIA 1. WONG. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro- Elsevier, 2011.p.204-207 2. Raquel Tamez. Enfermagem na Uti neonatal. Rio de Janeiro- Guanabara 3. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 4 v.
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