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ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA, POLÍTICA E JURÍDICA 
ESTUDO DIRIGIDO DA DISCIPLINA: 
GESTÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS 
MÓDULO C 2015 – FASE I 
 
REFERÊNCIA: BERNARDI, Jorge Luiz. BRUDEKI, Nelson Martins. Gestão de 
Serviços Públicos Municipais - Curitiba: InterSaberes, 2013. 
 
Neste roteiro destacamos a importância para seus estudos de alguns temas 
diretamente relacionados ao contexto estudado nesta disciplina. Os temas 
sugeridos abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta fase, e lhe 
proporcionarão maior fixação de tais assuntos, consequentemente, melhor 
preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse é apenas 
um material complementar, que juntamente com os vídeos e os slides das aulas 
compõem o referencial teórico que irá embasar o seu aprendizado. Utilize-os da 
melhor maneira possível. 
 
Excelentes estudos! 
 
Capitulo 1 - A Administração Pública (pág. 24 a 59) 
Tema: As competências dos poderes do Estado 
Este tema dispõe sobre os três poderes Executivo, Legislativo e Judiciário: 
Conforme o senso comum, a Administração Pública seria apenas o Poder 
Executivo, ou seja, o governo propriamente dito, com seus órgãos da 
administração direta e indireta, que gere, administra e executa o bem público, ao 
aplicar a lei. Observa-se porém que na concepção clássica da divisão dos 
poderes proposta por Montesquieu (2008), o poder está dividido em três - 
Executivo, Legislativo e Judiciário -, muito embora é um só, ou seja, é uno. Por 
conseguinte os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário compõem a 
Administração Pública, cada um com suas atribuições preponderantes, e 
harmônicas entre si, quais sejam: 
 Poder Executivo: sua atribuição preponderante é especialmente 
executar as leis elaboradas, governar o povo e administrar os interesses 
públicos. 
 Poder Legislativo: sua atribuição preponderante é especialmente 
elaborar as leis, criar o novo direito positivo e fiscalizar o Executivo. 
 Poder Judiciário: sua atribuição preponderante é especialmente 
distribuir a justiça, julgar, dirimir conflitos e aplicar a lei de forma 
contenciosa. 
 
Frisa-se que para esta disciplina quando houver referência a Administração 
Pública, também se estará apontando aos órgãos do Poder Executivo de modo 
geral. O art. 37 da Constituição Federal de 1988, o qual estabelece que a 
Administração Pública, direta e indireta, relativa a qualquer dos entes federados 
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), relativa a qualquer um dos 
poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), sempre deve obedecer “aos 
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. 
Então considerando a própria Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, 
conclui-se que esta estabelece que a Administração Pública está classificada em 
direta e indireta. 
 
Tema: Os princípios constitucionais da Administração Pública 
Um país merece e deve ser governado e administrado obedecendo e 
respeitando princípios estabelecidos, os quais apontam e garantem os rumos e 
a segurança jurídica. A Constituição Federal/1988 prevê em seu artigo 37, os 
princípios da Administração Pública a serem observados por seus Órgãos sejam 
da administração direta ou indireta, relativos dos poderes da União, dos estados, 
do Distrito Federal e dos municípios. Isso significa que não apenas o Poder 
Executivo, mas também o Legislativo e o Judiciário, devem obedecer a esses 
princípios quando da sua atuação como entes estatais que prestam serviços à 
comunidade. 
Os princípios constitucionais da Administração Pública (art. 37, CF) são: 
 
• legalidade: a lei é que determina o que deve ser feito e como devemos 
agir. 
 
• impessoalidade: a atuação da administração pública deve atingir, 
indistintamente, a todos que se encontram na mesma situação jurídica. 
 
• moralidade: para que o ato administrativo seja válido, deve ser moral, 
deve apresentar um componente ético. 
 
• publicidade: todo ato administrativo deve ser do conhecimento geral, o 
que possibilita ao cidadão fiscalizar a atuação dos agentes públicos. 
 
• eficiência: a administração pública deve assegurar à comunidade, com os 
mesmos recursos, mais serviços e de melhor qualidade e no menor tempo. 
 
Tema: O Princípio da Legalidade 
Um importantíssimo princípio que norteia a Administração Pública é o princípio 
da legalidade. Este princípio prevê que na Administração Pública a lei é que 
determina o que deve ser feito e como devemos agir, ou seja, nada podendo ser 
efetivado se não estiver previsto na legislação. 
Isso está taxativamente expresso no artigo 5º, inciso II, da Constituição 
Federal/1988: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei”. Esse procedimento caracteriza o princípio da 
legalidade, pois, novamente se frisa que na Administração Pública, tudo o que 
se fizer deve estar previsto em lei, ao contrário do que ocorre na vida privada, na 
qual tudo é lícito desde que não seja proibido por lei. 
 
Tema: Os princípios gerais da administração pública 
Além dos princípios previstas no artigo 5º, inciso II, da Constituição 
Federal/1988, existem outros princípios construídos em legislação ordinária 
e pela doutrina, são os denominados princípios gerais. Entre eles se 
encontram os princípios da supremacia do interesse público, da isonomia, da 
razoabilidade, da motivação, da boa-fé, da tutela, da continuidade, da 
proporcionalidade e da finalidade. 
 
- supremacia do interesse público: determina que os interesses coletivos 
sempre são preponderantes sobre os interesses particulares. 
- isonomia: é o mesmo que o princípio da igualdade, está na Constituição 
Federal/1988, no caput do artigo 5º, o qual determina que “todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. 
- razoabilidade e proporcionalidade: determina que Poder Público deve 
agir com bom senso, havendo limites na sua atuação discricionária, a 
Administração Pública não deve agir com excesso ao aplicar a lei. 
- motivação: determina que a autoridade, ao praticar o ato, deve justificá-lo 
de forma fundamentada. 
- boa-fé: determina que a Administração Pública deve agir conforme 
princípios de justiça em obediência a determinadas normas predefinidas pelo 
Estado democrático de direito. 
- tutela: ou princípio da auto-executoriedade, determina que é dever da 
Administração Pública controlar seus próprios atos nos aspectos da 
legalidade, oportunidade e conveniência. 
- continuidade: determina que os serviços públicos essenciais não podem 
ser interrompidos. 
- finalidade: determina que o ato deve ter sempre um fim público ou social 
estabelecido em lei. 
 
 
Tema: Serviços Públicos 
 “Há consenso na distinção feita entre as funções públicas do estado e os 
serviços públicos que o Estado presta à sociedade”. 
As funções públicas são fundamentais para a existência do próprio Estado e 
caracteriza-se por atividades próprias e exclusivas do Estado, tais como 
legislativa; judiciária; de defesa (Forças Armadas); policial; fiscal; tributária. 
Já os serviços públicos se caracterizam por algo que o Estado oferece à 
comunidade, sendo de grande importância para os cidadãos que a constituem. 
 
Os serviços públicos constituem atividades exercidas pelo Estado, de forma 
direta ou indireta, que não são essenciais a ele, mas imprescindíveis à 
população. 
São exemplos de serviços públicos: 
• abastecimento de água; 
• serviços de esgoto; 
• iluminação; 
• transporte; 
• telefonia 
 
Tema: A Administração Pública e os serviços públicos municipais 
Existe uma interligação entre a Administração Pública e os serviços públicos 
municipais, considerando-se que se trata de uma função pública queimplica 
obrigatoriedade de ação. 
Analisando as políticas públicas no contexto da Administração Pública, pode-
se dizer que elas atendem às demandas de origem interna e externa que são 
apresentadas ao gestor. Na própria história da civilização, observa-se que foi 
essa a nossa trajetória evolutiva: surgiam as necessidades e buscava-se as 
soluções; surgiam novas necessidades e procurava-se novas soluções. 
Pode-se dizer que se trata de um processo de insatisfação-satisfação-
insatisfação. 
 
 
Capitulo 2 – Os Serviços Públicos (pág. 64 a 91) 
Tema: As competências municipais em relação aos serviços públicos 
Estão previstas na Constituição Federal diversas normas que tratam de 
serviços públicos, embora não haja uma conceituação a respeito (o que cabe 
à doutrina). A nomenclatura sobre a matéria não é, portanto, uniformizada. 
Há, no entanto, na Carta Magna, uma referência única e especial sobre a 
competência dos municípios de “organizar e prestar, diretamente ou sob o 
regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, 
incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial” (Brasil, 1988, art. 
30, V). No caso dos serviços públicos municipais, há uma conceituação 
básica de que eles devem ser de interesse local. Portanto, todos os serviços 
que são preponderantemente de interesse local são de competência 
municipal. 
 
Em relação aos serviços públicos, apresenta-se algumas conceituações 
básicas: 
1. A Escola do Serviço Público de Léon Duguit, define serviço público como 
“toda atividade cuja realização é assegurada, regulada e controlada 
pelos governantes, porque a realização dessa atividade é 
indispensável à realização e ao desenvolvimento da interdependência 
social e não pode se realizar a não ser com a intervenção da força 
governamental”. 
2. Para Hely Lopes Meirelles serviço público é definido como “todo aquele 
prestado pela Administração Direta ou Indireta através de normas e 
controles estatais, satisfazendo necessidades (essenciais ou 
secundárias) da coletividade”. 
3. Para Cançado e Espírito Santo (2004), serviço público pode ser 
considerado como toda atividade fornecida pelo Estado ou por quem 
esteja a agir no exercício da função administrativa, quando houver 
permissão constitucional e legal para isso. 
 
 
Tema: Os princípios dos serviços públicos 
Analisando o contexto no qual ocorre a prestação dos serviços públicos, 
deve-se sempre levar em conta o fato destes serem regidos por princípios, 
além dos princípios da Administração Pública e das demais regras e normas 
da Constituição Federal e da legislação e bem como vários aspectos 
relacionados à doutrina. Então, os princípios que regem os serviços públicos 
na sua formalização e execução são vários. Entre eles, pode-se dizer que os 
basilares são: da generalidade, da eficiência, da continuidade, da modicidade 
de tarifas, da uniformidade, democrático, da atualidade, da cortesia e da 
segurança. 
 
Observe-os separadamente: 
 
-Princípio da generalidade: os serviços públicos serão prestados aos usuários 
da forma mais abrangente possível. 
-Princípio da eficiência: prestar o serviço com eficiência implica que ele deve 
ser realizado com qualidade e baixo custo, pautado por inovações tecnológicas e 
de gestão. 
-Princípio da continuidade: significa que é vedado ao contratado paralisar a 
prestação de serviços públicos. 
-Princípio da modicidade das tarifas: a tarifa deve ser o suficiente para 
proporcionar a justa remuneração dos serviços prestados. 
-Princípio da uniformidade: consiste na prestação do serviço público de forma 
uniforme a todos os usuários que atendam aos requisitos técnicos e legais para 
sua prestação. 
-Princípio Democrático: para garantir a participação do beneficiário em todas 
as formas disponíveis de serviço público. 
-Princípio da atualidade: implica que a prestação do serviço público seja 
sempre atualizada e modernizada, tornando-o eficiente. 
-Princípio da cortesia: o serviço público deve ser prestado de forma cortês 
para com os usuários. 
-Princípio da segurança: os serviços públicos devem ser oferecidos com 
segurança, sem que haja riscos de danos para os usuários. 
 
Tema: Os serviços públicos próprios 
Conforme a classificação de Cunha (2004), citado por Brudeki e Bernardi “os 
serviços públicos são classificados em: serviços próprios, serviços de utilidade 
pública, serviços impróprios, serviços administrativos, serviços industriais, 
serviços uti universi e serviços uti singuli”. 
- Serviços de utilidade pública: são aqueles que a administração oferece 
de forma direta ou por delegação a terceiros, desde que as condições sejam 
regulamentadas com antecedência e os serviços estejam sob o controle do 
ente federado responsável, embora sejam executados por conta e risco dos 
prestadores, os quais recebem remuneração dos usuários. 
 
- Serviços próprios: como o nome indica, são aqueles com clara 
responsabilidade do Poder Público. Entre eles, podemos encontrar os 
serviços de segurança, polícia, higiene e saúde pública. Nesses casos, o 
Estado faz uso de sua prerrogativa de supremacia sobre aqueles que estão 
sujeitos a sua administração para realizar os serviços. 
 
- Serviços impróprios: não têm como objetivo as necessidades básicas da 
comunidade, mas as atividades que a administração presta de forma 
remunerada, por seus órgãos ou entidades descentralizadas (autarquias, 
empresas públicas ou sociedades de economia mista) ou, ainda, aqueles 
serviços cuja prestação é delegada a concessionários, permissionários ou 
autorizados. 
 
- Serviços administrativos: são aqueles que satisfazem às necessidades 
internas de um órgão ou possibilitam a preparação prévia de outros serviços 
que serão prestados pelo Poder Público – por exemplo, a imprensa oficial. 
 
- Serviços industriais: são os que geram rendimentos para quem os presta, 
por meio de remuneração (tarifa ou preço público) advinda do serviço 
utilizado. Esses serviços podem ser prestados por empresas públicas ou 
concessionárias, permissionárias ou que tenham autorização para executar 
a atividade. É o caso da prestação de serviço feito por uma empresa que seja 
concessionária distribuidora de energia elétrica ou transporte, entre outras. 
 
- Serviços uti universi (universais): são aqueles prestados pelo Poder 
Público sem a possibilidade de prévia identificação individual dos seus 
usuários. São financiados por tributos gerais, como os impostos. 
 
- Serviços uti singuli (individuais): são aqueles prestados a um número 
determinado de usuários ou que possibilitem a sua individualização (telefone, 
água e energia elétrica domiciliar). 
 
Tema: A descentralização administrativa 
Assim, o que observamos é que o processo de descentralização 
administrativa, especialmente no que se refere à prestação de serviços, que 
começara em 1960, de acordo com Cunha (2004), foi considerado, 
inicialmente, segundo Figueiredo (2006), como mecanismo suficiente para 
resolver todos os problemas intergovernamentais. Entretanto a partir da 
reforma administrativa implementada no final da década de 1990, esse 
processo passou a assumir uma nova postura, sendo considerado, assim, um 
mecanismo institucional, envolvendo, além das clássicas modalidades de 
descentralização, alguns novos arranjos públicos. Nessas modalidades de 
descentralização e novos arranjos públicos, encontramos, na prestação de 
serviços públicos, procedimentos como: terceirização, concessão, permissão 
e autorização. 
 
- A terceirização de serviços públicos- contratação de empresas 
especializadas (terceiros) para a realização de atividade-meio de 
determinada organização. Somente será permitida pela legislação vigente 
quando o plano de cargos e carreiras (União, estados e municípios) for 
omisso no tocante ao cargo que se pretenda terceirizar. No caso, porexemplo, de uma cidade em que a coleta de lixo é feita por uma empresa 
privada contratada mediante licitação, a terceirização consiste na contratação 
de empresas de limpeza e segurança pela Administração Pública. 
 
- A concessão de serviços públicos - o Estado, mediante autorização legal 
e realização de procedimento licitatório, delega ao particular a execução de 
serviço público, o qual deve ser prestado em conformidade com as condições 
previamente estabelecidas, sendo o concessionário remunerado por tarifas 
cobradas dos usuários do referido serviço. Isso ocorre quando, por exemplo, 
prefeituras de determinados municípios concedem a exploração do serviço 
de transporte coletivo urbano, mediante licitação, a empresas de ônibus 
privadas ou, então, o governo federal concede estradas para empresas 
privadas explorarem o pedágio em troca da manutenção e da duplicação das 
rodovias. A concessionária de serviços públicos tem a responsabilidade 
objetiva por danos a terceiros. No entanto, o Poder Público concedente 
também responde por eles. Presume-se que, se houve danos causados pela 
empresa concessionária, houve também falha administrativa na escolha ou 
na fiscalização das atividades da concessionária. Obviamente, isso se aplica 
quando fica provado que a falha na escolha ou na fiscalização da prestadora 
de serviços foi a causa do evento danoso. Portanto, a Administração Pública 
e a concessionária se vinculam reciprocamente, fixando os respectivos 
direitos e outras disposições relativas às finalidades do serviço. 
 
- A permissão de serviços públicos - modalidade de prestação indireta de 
serviço público por meio de pessoas de direito privado, chamadas 
permissionárias. Ela guarda estreita semelhança com o instituto da 
concessão e aplicam-se inteiramente aqui os princípios da responsabilidade 
objetiva, relativamente ao concessionário de serviço público. É um ato 
administrativo unilateral, por meio do qual o Poder Público delega a execução 
de um serviço ao particular que demonstrar capacidade para seu 
desempenho. A permissão é entendida como um ato precário e discricionário, 
podendo, ainda, ser gratuita ou onerosa. Constatamos esse tipo de 
ocorrência quando o município permite, mediante licitação, que particulares 
explorem o serviço de táxi em seu território. 
 
- A autorização de serviços públicos: O instituto da autorização para 
execução de serviços ou realização de eventos está sujeito à regulamentação 
e ao controle pelo Poder Público. Como exemplo pode-se citar a autorização 
para o transporte de passageiros em peruas ou vans, além de outros, tais 
como o serviço de táxi. Essa modalidade de delegação de serviços públicos 
se caracteriza como ato administrativo unilateral, precário e discricionário, por 
meio do qual a Administração Pública, visando ao atendimento de interesses 
coletivos emergentes ou instáveis, delega a execução de uma atividade ao 
particular, de forma exclusiva e intransferível, ficando assim responsável pelo 
controle e pela qualidade dos serviços autorizados. É o que acontece quando 
o município dá autorização para que agricultores possam vender seus 
produtos numa feira livre. 
 
 
Capitulo 3 – O planejamento e a distribuição dos serviços públicos nos 
municípios e seus diferentes níveis de articulação (pág. 96 a 139) 
Tema: A urbanização e o loteamento 
Conforme as condições e consequências da urbanização é conveniente, para a 
comunidade, que a área urbana seja planejada de forma integrada, isto é, que 
todos os melhoramentos públicos sejam planejados coerentemente. Se existirem 
planos regionais, estaduais ou federais, é interessante que haja perfeita 
compatibilidade entre o plano urbano e esses planos, visando obter maior 
eficiência econômica do projeto. Isso implica um planejamento para: a ocupação 
do solo; o manejo de águas pluviais. 
 
As ações que ocorrem a urbanização e no loteamento de uma área: 
 
• a retirada expressiva de parte da sua vegetação que a protegia da ação erosiva 
das águas pluviais; 
• abrir ruas, fazendo cortes e aterros; 
• edificar nos lotes; 
• pavimentar ruas e habitar a área. 
 
Tema: Fundamento da transparência dos atos do governo 
No Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988, é permitido que obtenhamos 
informações de cunho pessoal que façam parte de um banco de dados, em 
qualquer nível da Administração Pública. No entanto, o termo cunho pessoal é 
passível de outro nível de interpretação jurídica e há controvérsias que podem 
servir de direcionamento para o processo de transparência na Administração 
Pública. A base para a transparência na gestão dos serviços públicos é a 
disponibilidade de informações relativas à gestão dos serviços. O principal 
fundamento é a garantia de acesso dos cidadãos às informações coletadas, 
produzidas e armazenadas pelas diversas agências estatais. Aliás, essa é uma 
condição para proteger a população de atos arbitrários dos governos, além de 
possibilitar a nossa participação na gestão da coisa pública. 
 
Tema: As consequências da urbanização mal planejada 
De acordo com Botelho citado por Bernardi e Brudeki (2013), as águas da chuva 
continuarão a cair na área e escoarão por ela. Essas águas, ao escoar, seguirão 
caminhos próprios e independentes dos desejos dos novos ocupantes da região. 
 
Se não forem tomados os devidos cuidados na área recém-urbanizada, 
quais são as consequências que poderão ocorrer: 
 
• erosões nos terrenos; 
• desbarrancamentos; 
• danos aos pavimentos causados pela alta velocidade das águas nas ruas; 
• criação de pontos de locais de escoamento natural das águas (pontos baixos e 
fundos de vale) – a ocupação desses locais impede a água de escoar, exigindo 
obras posteriores de correção; 
• assoreamento dos córregos pelo acúmulo de material erodido dos terrenos. 
 
 
Tema: A função da Lei Orgânica municipal 
Considerando a situação anterior à Constituição de 1988, observamos que nesta 
última a receita municipal cresceu: o município passou a arrecadar os impostos 
municipais (predial e territorial urbano, inter vivos, sobre serviços de qualquer 
natureza) acrescidos de maior participação nos impostos federais e estaduais. 
No texto da atual Carta Magna, um aspecto de real importância e significado foi 
a conquista de competências privativas ao município, como a de legislar em 
“assuntos de interesse local”, além da significativa ampliação da autonomia 
municipal expressa no poder de elaborar sua própria Lei Orgânica. A autonomia 
do município também se manifesta na capacidade que ele possui de elaborar a 
sua própria Lei Orgânica (art. 29, CF), uma espécie de “constituição municipal”. 
A função da LEI ORGÂNICA MUNICIPAL: A função da Lei Orgânica municipal 
é ordenar, regular e direcionar o cotidiano coletivo na área do município. 
 
Tema: Serviço público de drenagem 
A elaboração de um bom plano de drenagem é um assunto complexo, pois logo 
de início devem ser adotados critérios básicos de planejamento, para o sistema 
de drenagem inicial, para o sistema de macrodrenagem e para o programa de 
desenvolvimento das obras. Frequentemente, existem interferências nos planos 
regionais, por exemplo, de aproveitamento e controle de recursos hídricos. As 
restrições orçamentárias nem sempre são bem definidas e a programação das 
obras fica prejudicada. Por fim, são evidentes os benefícios, principalmente 
quanto ao desenvolvimento de áreas urbanas que ocorre de forma ordenada, a 
salvo de inundações e de prejuízos ao tráfego de pedestres e veículos. O 
SERVIÇO PÚBLICO DE DRENAGEM, conforme a Lei no 11.445/2007: “É o 
conjunto de atividades (operacionais, manutenção e administração) e 
infraestruturas (instalações operacionais de drenagem urbana[...], de transporte, 
retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição 
finaldas águas pluviais drenadas nas áreas urbanas)” (Brasil, 2007b art. 3, I, 
“d”). Quando bem projetado, o planejamento da drenagem inicial praticamente 
elimina as inundações na área urbana, evitando as interferências entre as 
enxurradas e o tráfego de pedestres e veículos, bem como danos às 
propriedades. O bom funcionamento do sistema de drenagem inicial depende 
essencialmente da execução cuidadosa das obras conforme projetadas, além da 
manutenção permanente com limpeza e desobstrução cuidadosa das bocas de 
lobo e das galerias antes das épocas chuvosas. Algumas instituições e 
autoridades se referem ao sistema de drenagem como sistema público de coleta 
de esgoto, talvez pelo motivo de que as águas das chuvas lavam ruas e 
calçadas, levando para o sistema de drenagem todo tipo de sujeira. Em verdade, 
essas águas podem ser tão poluídas quanto as águas dos resíduos residenciais. 
 
 
Capitulo 4 – O saneamento básico (pág. 142 a 184) 
Tema: o planejamento democrático e a sustentabilidade 
No planejamento democrático, procura-se antever, com simulações, os impactos 
ambientais possíveis aos recursos naturais (renováveis ou não), ao mesmo 
tempo em que se procura incentivar a participação dos cidadãos nos projetos 
que lhes são de interesse, pois eles estarão mais próximos dos impactos 
causados pela alteração do meio ambiente. Todo esse processo, por sua vez, 
significará a inserção do novo ser humano biológico dentro de um estágio de 
desenvolvimento sociocultural que possa expandir a sua percepção dos limites 
decorrentes do funcionamento de cada nível de complexidade sistêmica do meio 
ambiente. Na opinião de Bezerra e Ribeiro, apud Bernardi e Brudeki (2013), a 
solução está no entendimento individual e na implementação das dimensões que 
compõem a questão da sustentabilidade. As dimensões que compõem a 
questão da sustentabilidade: Ambiental e ecológica; Social; Política; 
Econômica; Cultural; Espacial; e Institucional: 
 
• Ambiental e ecológica: exigem que as atividades antrópicas respeitem a 
capacidade de suporte do meio físico, mediante uso racional das potencialidades 
locais (naturais, cênicas e paisagísticas). 
• Social: enfatiza a necessidade permanente de facilitar e incentivar a inclusão 
social e a superação da pobreza, reconhecendo-se a universalidade dos direitos 
sociais e humanos, com base na equidade. 
• Política: busca a universalização dos direitos de cidadania. 
• Econômica: a premissa é uma eficiência que facilite a competitividade 
sistêmica e a acumulação de capital, tão necessárias ao processo de 
desenvolvimento local. 
Cultural: busca preservar e respeitar as características locais, regionais e 
nacionais, em resposta à padronização imposta pela globalização. 
• Espacial: procura incentivar um melhor relacionamento em âmbito regional, 
facilitando a exploração de recursos relacionados com a infraestrutura, de 
maneira a proporcionar uma distribuição mais justa. 
• Institucional: procura incentivar mais estabilidade e consistência dos arranjos 
institucionais de responsabilidade do gestor local. 
 
Tema: Serviços públicos de distribuição de água 
Com relação ao Serviços públicos de distribuição de água ao refletir sobre a 
distribuição de água potável nas cidades, Mascaró (1987), citado por Bernardi e 
Brudeki (2013), lembra que, normalmente, algumas estruturas não são 
percebidas pelo observador, o que não significa sua inexistência ou sua 
insignificância para o cotidiano da população. Enfim, o ambiente urbano é 
composto por uma série de sistemas estruturados para dar suporte ao cotidiano 
urbano – a infraestrutura de distribuição de água é uma delas. O principal 
objetivo do SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: Fornecer ao usuário 
água de boa qualidade para uso, em quantidade adequada e pressão suficiente. 
 
Tema: Águas de superfície 
Com relação ao tratamento da água a ser distribuída, as águas cruas, obtidas 
das fontes naturais, podem não ser completamente satisfatórias para o uso 
doméstico. Segundo McDermott apud Bernardi e Brudeki (2013), águas de 
superfície podem conter organismos patogênicos ou matéria suspensa, exceto 
em áreas de pedra calcária, nas quais a presença de organismos patogênicos é 
menos provável, mas a água pode ter gosto e odores ou impurezas minerais 
indesejáveis, limitando o seu uso. Algumas dessas características 
desagradáveis podem ser toleradas temporariamente, mas é desejável que a 
qualidade da água seja alçada para o mais elevado nível possível, utilizando-se 
o tratamento apropriado. Isso se aplica, também, àqueles casos em que a água 
é quase ideal (subterrânea), ou seja, o tratamento deve assegurar um padrão de 
potabilidade em todas as vezes que essa prática for utilizada. A qualidade da 
água da superfície muda constantemente, e os processos naturais de purificação 
não são consistentes ou de confiança para garantir a potabilidade que o uso 
doméstico exige, mesmo quando a água corre por meio de fissuras ou das 
canaletas subterrâneas por períodos de tempo prolongado. A importância do 
tratamento da água para o uso doméstico: Sob determinadas circunstâncias, 
o número de micro-organismos na água de superfície pode aumentar, em vez de 
diminuir. Somente o tratamento da água fornece a garantia adequada de que ela 
estará livre dos organismos patogênicos, de outros materiais ou de produtos 
químicos indesejáveis. 
 
Tema: Saneamento básico 
A Lei no 11.445/2013 estabelece diretrizes nacionais para o SANEAMENTO 
BÁSICO, essa nova lei se aproximou do entendimento técnico sanitarista 
predominante no Brasil e agregou ao conceito de saneamento básico um amplo 
leque de serviços conjuntos, os quais devem dispor de uma infraestrutura e de 
instalações operacionais de: abastecimento de água; esgotamento sanitário; 
limpeza urbana; drenagem urbana; manejo de resíduos sólidos; e manejo de 
águas pluviais. Outra novidade nessa lei é a presença do termo Universalização, 
o qual apresenta um sentido de disponibilização. A universalização do acesso 
para os serviços públicos de saneamento básico: Esse termo está associado a 
opção de acesso a todos, indiscriminadamente. A Universalização significa 
colocar à disposição do usuário, sendo que o seu uso dependerá do 
convencimento, da educação e da preocupação com esse recurso natural cada 
vez mais escasso, principalmente em regiões urbanas. 
 
 
Capitulo 5 – A gestão do resíduos sólidos (pág. 188 a 228) 
Tema: Remoção do lixo 
O Lixo “é todo e qualquer resíduo sólido proveniente das atividades humanas ou 
geradas pela natureza em aglomerações urbanas, como folhas, galhos de 
árvores, terra e areia espalhados pelo vento etc.”, conforme conceituação do 
Centro de Estudos e Pesquisas Urbanas (CPU, 1991), citado por Brudeki e 
Bernardi (2013). Já a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos “é o conjunto 
de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, 
transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da 
varrição e limpeza de logradouros e vias públicas”, de acordo com o art. 3º, I, “c” 
da Lei nº 11.445/2007 (Brasil, 2007b). Segundo o Centro de Estudos e Pesquisas 
Urbanas (CPU, 1991) o principal objetivo da REMOÇÃO DO LIXO GERADO 
PELA COMUNIDADE: “O principal objetivo da remoção do lixo gerado pela 
comunidade é evitar a proliferação de vetores causadores de doenças. Estes 
podem ser encontrados nos restos do que é consumido pela comunidade, por 
apresentarem condições ideais para se desenvolverem”. 
 
 
Tema: Fechamento de um lixão 
Os lixões a céu aberto são locais em que se processa a descarga de lixo sem 
qualquer controle sanitário, ao contrário dos aterros. Esse procedimento, 
infelizmente, ainda é o mais comum em nosso país, em virtude da abundância 
de terras disponíveis e do desconhecimento das implicaçõessanitárias que tal 
prática acarreta. O lixo descarregado diretamente dos caminhões, espalhado 
sem recobrimento em terrenos geralmente baixos e alagadiços, transforma-se 
de imediato em um foco de proliferação de insetos e roedores, com evidente 
prejuízo para a higiene da coletividade, mesmo que o lixão se situe distante de 
zonas urbanas. É usual encontrar pequenos focos de incêndio, uma vez que a 
decomposição da matéria orgânica da massa dos resíduos propicia condições 
favoráveis à proliferação do fogo. Além dessa situação, verifica-se com 
frequência a existência de criações de animais, porcos principalmente, que se 
alimentam dos refugos orgânicos. 
 
Os cuidados necessários no FECHAMENTO DE UM LIXÃO: são necessários 
vários cuidados no fechamento de um lixão. Tal prática deve obedecer a um 
processo ordenado e nunca ser um simples abandono. 
 
Portanto, os seguintes itens devem ser verificados: Um programa de extermínio 
de ratos na área do lixão é fundamental, pois, uma vez privados do alimento 
contido no lixo, eles migrarão para locais próximos. 
 
• Previamente à ação de apagar o fogo (é comum verificar que os resíduos 
sólidos estão sempre queimando), devemos delimitar a área que está 
queimando com algumas perfurações, para conhecer o estado do lixo nas 
camadas inferiores. 
• Imediatamente após a execução dos programas de extermínio dos ratos e 
extinção do fogo, o lixão deve ser recoberto e compactado. 
 
 
Tema: A classificação do lixo 
Classificar o lixo, de acordo com Zanta e Ferreira (2003), é importante para a 
escolha da estratégia de gerenciamento mais viável. Podemos dividi-lo em 
classes, da seguinte forma: Classe I – resíduos perigosos: são aqueles que 
apresentam periculosidade ou uma das características seguintes: 
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade: Classe 
II – não inertes: são aqueles que não se enquadram nas classes I e III, podendo 
ainda apresentar como propriedades a combustibilidade, a biodegradabilidade 
ou a solubilidade em água. Classe III – inertes: são aqueles que, por suas 
características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente. A 
definição de LIXO DOMICILIAR: É Lixo originado na vida diária das residências, 
constituído por restos de alimentos, produtos deteriorados, jornais, revistas, 
garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma 
grande diversidade de outros itens. 
 
 
 
 
Tema: Controle sanitário 
A higiene pública é o meio utilizado pelo Poder Público para a preservação da 
saúde da coletividade, segundo Meirelles (1996), citado por Brudeki e Bernardi 
(2013). Realiza-se pela imposição de medidas coercitivas e instrução constante 
dos indivíduos, visando a incutir-lhes hábitos e conhecimentos com que possam 
proteger a própria saúde e a dos outros. No âmbito da comunidade, a higiene 
coletiva se desdobra em atividades e serviços de alta complexidade e 
importância, como são os do controle sanitário propriamente dito. 
 
Os itens que o controle sanitário abrange: 
 
 a limpeza de vias e logradouros públicos; 
• a remoção e o destino final do lixo coletado em seu território; 
• a inspeção de gêneros alimentícios; 
• a fiscalização dos recintos franqueados ao público; 
• as edificações urbanas; 
• os veículos de transporte coletivo; 
• o estado dos quintais das residências particulares; 
• tudo o que possa constituir veículo ou foco de moléstia e doenças ou 
desfavorecer a saúde da população urbana e rural. 
 
Tema: A contaminação da água pelo chorume 
Com relação à degradação ambiental e devido a intensificação do crescimento 
populacional no planeta, as transformações ganharam velocidade expressiva e 
o uso dos recursos, que antes era sustentável, agora passou a ser considerado 
agressão – impactos ambientais propriamente ditos. Assim, foi sendo 
estabelecido no planeta um modelo de desenvolvimento baseado na exploração 
intensiva dos recursos naturais para geração de alimentos e bens de consumo. 
A exploração dos recursos naturais gera, entre tantas outras coisas, a fabricação 
de bens de consumo de curta vida útil. Além de explorar intensivamente os 
recursos naturais, o que já cria sérios problemas ambientais, o homem ainda 
devolve para o meio ambiente todos os resíduos oriundos dessa exploração, do 
transporte, do beneficiamento e da fabricação de produtos para consumo. Muitos 
desses produtos, quando atacados por ácidos ou fogo (nas lixeiras), liberam 
substâncias altamente tóxicas e letais para os seres vivos. Vale salientar que a 
concentração média do valor poluente do chorume chega a ser dez vezes 
superior ao valor poluente do esgoto domiciliar. 
 As consequências da contaminação da água pelo chorume: Uma vez 
contaminada pelo chorume, a água estará infectada com produtos químicos 
tóxicos e letais, que entram na cadeia alimentar do homem via agricultura 
irrigada, via abate de animais e, em muitos casos, via água de abastecimento, já 
que o tratamento de água feito no país é convencional e não retira os produtos 
químicos já dissolvidos (cianetos, nitratos, organoclorados, pesticidas, 
defensivos agrícolas etc.). 
 
Tema: A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos 
A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos constitui--se num verdadeiro 
marco na gestão do lixo no Brasil. Ela envolve todo tipo de lixo (com exceção 
dos radioativos, que são objeto de legislação específica). A Política Nacional de 
Resíduos Sólidos integra: a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 
9.795/1999); a Política Federal de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007; e Lei 
nº 11.107/2005). De acordo com o estabelecido art. 7º o serviço público de 
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos é composto pelas 
seguintes atividades: 
• coleta, transbordo e transporte de resíduos; 
• triagem para fins de reuso ou reciclagem, tratamento, inclusive por 
compostagem, e disposição final de resíduos sólidos; 
• varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos. 
 
Tema: Os projetos de reciclagem e compostagem do lixo 
Com relação a importância social do lixo, no que diz respeito aos aspectos 
sociais, para Pereira Neto (1999), citado por Bernardi e Brudeki (2013), os 
projetos de reciclagem e compostagem não só servem para eliminar a 
condenável prática da catação de recicláveis nos lixões, como garantem a 
oportunidade de absorção dessa mão de obra na usina. Assim, as pessoas 
trabalham com segurança trabalhista e médica em projetos que têm não só a 
preocupação de tratar convenientemente o lixo, mas também de resgatar a 
cidadania dessas pessoas. Outro aspecto social de relevância bem peculiar a 
esses sistemas de reciclagem e compostagem diz respeito à mobilização 
comunitária para a implantação do projeto de coleta seletiva. Esses projetos só 
atingem seus objetivos caso haja participação comunitária em todos os níveis. 
As oportunidades que os projetos de reciclagem e compostagem do lixo 
criam para a comunidade: Os projetos criam, entre outros aspectos, 
oportunidades para a comunidade se reunir, participar, discutir e decidir sobre a 
solução de seus problemas. 
 
Capitulo 6 – Alguns serviços de articulação local com características 
peculiares (pág. 232 a 251) 
Tema: Os serviços funerários 
Desde o período colonial, os serviços funerários, no Brasil, são uma atividade 
eminentemente local, sendo de competência do município a sua regulação. A 
partir da primeira Constituição republicana, de 1891, a administração dos 
cemitérios passou a ser laica, sob a administração dos municípios. Na época, 
determinava a Carta Magna, no art. 72, parágrafo 5º, que: “Os cemitérios terão 
caráter secular e serão administrados pela autoridade municipal, ficando livre a 
todos os cultosreligiosos a prática dos respectivos ritos em relação aos seus 
crentes”. O processo de escolha da funerária atualmente: a Administração 
Pública, para os casos de descentralização dos serviços por meio de 
permissionários, pode optar pela: 
• metodologia randômica – sorteio aleatório; 
• escolha de funerárias, desde que as regras sejam claras. 
De forma geral, a empresa funerária deve obedecer às normas do município em 
que ocorrer o funeral, o qual também deve ser o município da empresa, em 
função da fiscalização municipal e das possíveis multas por infrações cometidas. 
 
Capitulo 7 – Serviços públicos de articulação local com diretrizes de âmbito 
nacional (pág. 256 a 273) 
Tema: Serviço de táxi 
Há serviços públicos administrados, normalmente, por meio de licenças 
(podendo ser temporariamente pessoal e intransferível). Na operacionalização 
desses serviços, o instrumento usualmente praticado pela gestão municipal é a 
permissão concedida ao profissional habilitado, com liberação por meio da 
licença de operação. O serviço de táxi de um município se enquadra no tipo de 
serviço acima descrito. A definição de gestão de serviços de táxi e indique o que 
cabe à administração municipal fazer para o gerenciamento desse serviço. 
Trata-se de uma modalidade do sistema de transporte, mais precisamente de 
caráter público individual, na qual os passageiros têm possibilidade de escolha 
do local de embarque ou desembarque. Cabe à administração municipal: 
fiscalizar os serviços; fixar as tarifas que serão praticadas pelos permissionários; 
impor a troca de veículos após certo tempo de operação, se esse procedimento 
constar na regulamentação municipal do serviço de táxi. 
 
Capitulo 8 – A gestão do transporte coletivo (pág. 280 a 321) 
Tema: As etapas do planejamento de um sistema de transporte 
Para o município oferecer um serviço de transporte coletivo de qualidade à sua 
população é necessário um estudo do processo de mobilidade, ou seja, existe a 
necessidade de um planejamento. Para elaboração de um planejamento, 
devem-se seguir etapas sugeridas por Hutchinson (1979) citado por Brudeki e 
Barnardi. 
As etapas necessárias ao planejamento de um sistema de transporte: 
 
1) Definição do problema: define a interface entre o sistema e o seu meio 
ambiente e identifica uma regra ou um critério que possa ser usado pelo 
planejador para identificar o sistema ótimo. 
2) Geração da solução: gera uma linha de soluções que satisfaçam aos 
objetivos previamente estabelecidos tanto em níveis mais altos como em mais 
baixos e que não violem as delimitações dos objetivos. 
3) Análise da solução: prevê provável estado operacional de cada um dos 
sistemas alternativos gerados na fase anterior, de acordo com as expectativas 
quanto à situação do meio ambiente. 
4) Avaliação e escolha: visa identificar o sistema alternativo que satisfaça 
aos objetivos da melhor forma possível. 
5) Implementação: formula a estratégia para a implementação do sistema 
escolhido durante o período de planejamento. 
 
 
Tema: O serviço de transporte coletivo 
Para a gestão urbana, o primordial é que o transporte privado dê lugar ao 
transporte público coletivo, em virtude do elevado número de veículos que 
transitam nos grandes centros em horários específicos, causando lentidão. 
O veículo privado, em outros tempos, era considerado produto de luxo, adquirido 
somente por uma pequena parcela da população. Com o passar dos anos, em 
virtude do barateamento dos veículos associado a financiamentos atraentes, 
cresceram os congestionamentos de veículos privados em horários específicos, 
prejudicando o trânsito de forma geral, em especial as pessoas que utilizam o 
serviço de ônibus. Os municípios possuem responsabilidade direta sobre a 
organização do seu transporte público. Os SERVIÇOS DE TRANSPORTE 
COLETIVO podem ser executados: Os serviços públicos de transporte coletivo 
tanto podem ser executados diretamente pela prefeitura como pela autarquia 
municipal, por entidade paraestatal do município ou por empresas particulares, 
mediante concessão ou permissão – formas estas expressamente previstas no 
art. 30, V, da Constituição Federal – ou, ainda, por autorização. 
 
Tema: O TRANSPORTE COLETIVO sob a ótica do Direito Público 
O desafio enfrentado pelo gestor público local em administrar as necessidades 
de mobilidade populacional é contínuo, árduo e, muitas vezes, não reconhecido 
pelos usuários. Não há uma definição legal de transporte coletivo urbano, porém 
a definição operacional, segundo Borges (2006), citado por Bernardi e Brudeki 
(2013), “abrange o transporte público não individual, realizado em áreas 
urbanas, com características de deslocamento diário dos cidadãos”. A definição 
de TRANSPORTE COLETIVO sob a ótica do Direito Público: É o conjunto de 
ações estruturadas pela Administração Pública, é o conjunto de ações 
estruturadas pela Administração Pública e colocadas à disposição da população 
(observando-se todos os princípios que norteiam o serviço público) para facilitar: 
• o deslocamento pessoal; 
• o desenvolvimento socioeconômico; 
• a inclusão social; 
• o uso racional do solo. 
 
Tema: O transporte público coletivo 
Consideramos importante destacar que as modalidades de transporte 
metropolitano podem ser classificadas, na concepção de Josef Barat apud por 
Bernardi e Brudeki (2013), em três sistemas: a) metrô, ferrovia suburbana, 
bondes e ônibus – estes últimos com elevada capacidade unitária operando em 
vias isoladas, constituindo o sistema de transporte público de massa; b) ônibus 
convencionais e micro-ônibus, como sistema de transporte público 
complementar ao anterior; c) automóveis privados e táxis, como sistema de 
transporte individual. Tais sistemas devem integrar-se no sentido de 
proporcionar etapas articuladas nas viagens urbanas, suburbanas, muito embora 
seja crescente a competição entre o transporte público e o transporte individual 
nas grandes concentrações urbanas modernas. A definição de TRANSPORTE 
PÚBLICO COLETIVO: o Transporte público coletivo é “serviço público de 
transporte de passageiros acessível a todos através de pagamento 
individualizado, com itinerários e preços da tarifa fixados pelo Poder Público”. 
 
Tema: Redes alternativas de transporte coletivo 
O planejamento das redes de transporte público, segundo Bruton citado por 
Bernardi e Brudeki (2013), envolve o mesmo processo adotado geralmente para 
o desenvolvimento de redes viárias, embora os fatores que necessitam ser 
considerados sejam completamente diferentes. Além disso, o modo como esses 
fatores são considerados também varia em função de como o transporte público 
é visto: apenas como um componente do sistema de transporte global; ou em 
relação a outros aspectos do planejamento social e urbano. Os dois modos 
básicos de transporte público que são examinados no 
DESENVOLVIMENTO DE REDES ALTERNATIVAS DE TRANSPORTE 
PÚBLICO: Primeiramente, o transporte rápido de massa (metrô ou ferrovias 
suburbanas) e em segundo lugar o ônibus. 
 
 
 
Tema: o conceito de acessibilidade 
Consideramos importante destacar que as modalidades de transporte 
metropolitano podem ser classificadas, na concepção de Josef Barat (1975, p. 
36), apud Bernardi e Brudeki (2013), em três sistemas: a) metrô, ferrovia 
suburbana, bondes e ônibus – estes últimos com elevada capacidade unitária 
operando em vias isoladas, constituindo o sistema de transporte público de 
massa; b) ônibus convencionais e micro-ônibus, como sistema de transporte 
público complementar ao anterior; c) automóveis privados e táxis, como sistema 
de transporte individual. Tais sistemas devem integrar-se no sentido de 
proporcionar etapas articuladas nas viagens urbanas, suburbanas, muito embora 
sejacrescente a competição entre o transporte público e o transporte individual 
nas grandes concentrações urbanas modernas. A definição de 
ACESSIBILIDADE: Tem relação com a possibilidade de o cidadão ter acesso a 
um determinado serviço público, o que, no caso do transporte público coletivo, 
significa possibilitar que qualquer cidadão adentre ao sistema para realizar uma 
atividade particular cuja locomoção é imprescindível.

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