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Civil III contratos

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Civil III
Aula do dia 1
Contratos 
 
Lei 8245/91
Não há como haver um contrato sem um Negócio jurídico.
 Os contratos são espécies de negócio jurídico bilateral ,mas não é sinônimo de contrato bilateral. Contrato é modalidade , espécie de negócio jurídico bilateral.
    Negócio jurídico uni e bilateral é uma coisa, contratos unilateral e bilateral e outra.
  Contrato unilateral: é o fato de apenas uma das partes assume uma obrigação. ( doação).
A fiança também é um exemplo de contrato unilateral.
   Contrato bilateral: onde ambos os polos da relação jurídica assume a obrigação de satisfazer uma obrigação. Por exemplo, compra e venda, locação, contrato de transporte.
 Quando falamos em contrato, e essencial que ele obedeça a seus pressupostos de validade lá do art.104.
 
Art.104 ,I, II, III do CC: Para a realização dos contratos precisa de agente capaz, objeto lícito possível determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa em lei.
Temos também na doutrina a legitimidade, e a livre manifestação de vontade.
Art.666"  O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por menores
Art.588" O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores.
 A falta de legitimação pode levar a anulabilidade ou nulidade (art.166), se o indivíduo está proibido de realizar o negócio pela lei e mesmo assim ele realiza é nulo este negócio. Art.497
(Art.489
  Já na anulabilidade o indivíduo poderia praticar bastava atender os requisitos que a lei impõe, nesse caso insistindo, a lei coloca a anulabilidade. Ex : art.496
(Art.171)
 Quando falamos em contrato estamos falando da autonomia máxima da vontade, ou seja, ninguém compra nada sem está a fim de comprar.
   
(Art. 421) “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”
(Art. 422) “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.”
"Função social e boa fé objetiva condiciona a obrigação."
      Os contratos são modalidades de negócio jurídico onde as partes envolvidas declaram livre e conscientemente suas vontades e tem a possibilidade de determinar as consequências jurídicas dessa declaração que possui conteúdo econômico. A celebração de um contrato constitui a expressão máxima da autonomia da vontade que deverá ser exercida em consonância com dois princípios consagrados nos art. 421 e 422 do CC, quais sejam, a função social e a boa fé objetiva.
 A inobservância a esses dois princípios, que serão insertos genéricos, abstratos produzem inúmeras consequências por parte do judiciário que vão desde a invalidade de uma cláusula até a indenização passando pela invalidade do contrato como um todo.
Aula do dia 2.
Classificação dos contratos
(Bilateral =SINALAGMÁTICO)
Contrato bilateral imperfeito: É um contrato que é genuinamente unilateral, porem no curso da execução daquele contrato ele acaba por trazer uma obrigação pra aquela parte que antes não o possuía.
“Comodato é um contrato unilateral, mas se torna bilateral no decurso do tempo”.
 “A doutrina prevê ainda a figura do contrato bilateral imperfeito que vem a ser o contrato unilateral que no curso de sua execução passa a gerar uma determinada obrigação para aquele q de início não possuía.”
 No comodato, por exemplo, apenas o comodatário assume a obrigação de devolver o bem infungível. Porém se acaba por realizar benfeitorias necessárias terá direito de ser ressarcido pelo comodante que de início não possuía qualquer obrigação.
Existem três espécies de contratos reais:
-Comodato
-Mútuo
-Deposito
2-Contrato consensual e real
 Nos contratos consensuais como a compra e venda e a doação, à manifestação válida de vontade já é suficiente, há validade e produção de efeitos regulares do contrato independentemente da efetiva entrega da coisa, já que a entrega do bem e mera execução, exaurimento daquilo que foi pactuando.
 Na compra e venda tão logo o comprador e o vendedor manifestam sua vontade , seja por escritura pública ou documento particular , a depender da espécie do bem, um negócio já está apto a produzir efeitos de maneira que a entrega da coisa é mera consequência do contratado.
 “Os contratos reais condicionam a validade e produção de efeitos regulares a efetiva entrega do bem, tal como se vê no comodato, mútuo e depósito dentre outros.”
3- Contrato gratuito e oneroso:
Existe duas classificação de mútuo:
Puro e simples e unilateral ( pai que empresta dinheiro pra filho )
FENERATÍCIO: É aquele que há cobrança de juros, ex: cartão de crédito juros de banco. Ele continua real e por isso unilateral, pois o indivíduo e impelido a devolver o dinheiro e pagar os juros, ou seja, é oneroso.
CONTRATO ONEROSO COMUTATIVO E ALEATÓRIO:
Comutativo: É aquele em que as obrigações das partes são previamente ajustadas e guardam uma relação de proporcionalidade, e a regra. ( Art. 441 vide).
Aleatório: As obrigações das partes são previamente conhecidas, mas assume a obrigação de uma que seja desproporcional a outra. (contrato de seguro).
 Contrato gratuito: É aquele em que a parte assume determinada obrigação sem aguardar qualquer contra prestação em retorno. Praticando assim uma liberalidade. 
 
 Nos contratos onerosos: o indivíduo assume a sua obrigação aguardando uma contra prestação em retorno. É possível afirmar como regra que os contratos bilaterais são onerosos e os gratuitos unilaterais. Há, porém exceções como aconteceria, por exemplo, no mútuo FENERATICIO onde estamos diante de um contrato unilateral por que apenas o mutuário deve cumprir a obrigação, qual seja a de devolver a coisa e pagar os juros, porém oneroso considerando que o mutuante só empresta aguardando o pagamento de uma contra prestação.
 Os contratos onerosos são de duas espécies; os comutativos e os aleatório nos primeiros as obrigações  imputadas as partes guardam relação de proporcionalidade e por consequência são certas. Nos contratos aleatórios as obrigações ou apenas uma delas estão sujeitas a evento futuro e incerto, o risco, o que pode comprometer o equilíbrio das prestações de maneira que ambas assumem a possibilidade das obrigações serem desproporcionais ou até mesmo que um dos envolvidos eventualmente não tenha obrigação da satisfação de fazer como o seguro.
4- Contrato Formal e informal
Formal ou solene: É aquele contrato cujo necessariamente precisa ter uma certa formalidade para que seja válido.
Informais: A manifestação de vontade não precisa ter forma para que seja válido.
5- intuito personae (personalíssimo) e impessoal
Intuito personae: O negócio só se materializou pq atentou a personalidade de ambas das partes ( fiança, comodato.)
 Contratos personalíssimos são aqueles em que a identidade ou as qualidades de uma ou ambas as partes é essencial para a concretização do negócio, como acontece na doação, na fiança e no comodato.
 Contratos impessoais, são aqueles em que os atributos ou a identidade das partes é irrelevante para a concretização do negócio na medida em que o importante para a caracterização desses contratos e o seu aspecto econômico, como acontece na compra e venda e na locação, onde pouco importa quem são os envolvidos.
 Como regra contratos personalíssimos se extinguem com a morte da parte que se considerava como fundamental.
 Contratos impessoais, não possuem esse alcance, justamente pelo fato de que não há qualquer relevância em saber quem pactuou.
6 -De execução imediata, diferida oucontinuada.(art.478)
Imediata: tão logo manifestada à vontade das partes o negócio está realizado.
Diferida: a parte assume a obrigação de realizar a sua parte em momento futuro.
Continuada: a obrigação da parte não se satisfaz em único momento ou futuro, se realiza em momento continuo.
 Contratos de execução imediata: são aqueles que a obrigação e satisfeita tão logo manifestadas validamente à vontade, concomitantemente a celebração do negócio jurídico.
 Contrato de execução diferida: são aqueles em que a obrigação de uma ou de ambas as partes será entregue em momento futuro e por tanto superveniente a formação do negócio. Na compra pela internet a obrigação da loja virtual e diferida.
 No contrato de execução continuada: são aqueles em que a obrigação e satisfeita, não de uma única vez mais sim de forma sucessiva, em vários momentos no curso do contrato, como o locatário, que paga mensalmente o aluguel.
 O art. 478, que trata da chamada teoria da imprevisão se aplica apenas as duas ultimas hipóteses, considerando que, é impossível a revisão de um contrato que deve ser satisfeito de maneira imediata.
Aula do dia 8
Modalidades de contratos 
Contratos paritários e de adesão (art.423 e 424) art.221
 OS CONTRATOS PARITÁRIOS são aqueles em que idealmente as partes envolvidas discutem as cláusulas e condições e elaboram em conjunto o negócio desejado.
    Mesmo naquelas situações em que uma das partes elabora sozinha a integralidade do contrato ele permite a outra parte discutir o teor daquilo que foi elaborado nesse caso estamos diante do contrato PARITAL. 
   
   NOS CONTRATOS DE ADESÃO uma das partes elabora sozinha todas as cláusulas e condições daquele contrato cabendo à outra apenas concordar sem que seja possível eventual discussão a respeito de seu texto. Como aquele que elabora tem o bônus de concluir o negócio, já que possivelmente tirará proveito dessa elaboração exclusiva assume também o ônus de ao elaborar cláusulas não claras ter a interpretação contra si.  Aquele que elabora essas cláusulas não pode elaborar condições que vão de encontro à própria natureza do contrato. Trata-se de cláusula nula e por consequência considera-se como não escrito. Em estacionamentos de shopping onde se cobra o consumidor, deverá ser restituído por eventuais furtos ou roubos, mesmo que exista cláusula isentando a administradora do pagamento. 
Sumula 335 do STJ 
*FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
"NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES: Não há neste momento nenhuma responsabilidade pela conclusão do negócio."
"PROPOSTA OU POLICITAÇÃO: Negócio jurídico unilateral, onde o policitante envia a proposta, e para ele é como se o negócio jurídico estivesse concluído."
      O processo de formação de um contrato pode acontecer através de uma longa caminhada e não em um único momento como aconteceria na compra de um celular junto a uma loja.
     Em um primeiro momento é possível se passar pela fase conhecida como negociações preliminares ou fase de cogitação onde as partes procuram conhecer as intenções da outra, especulações de preço sem que exista ainda qualquer direito e obrigação que possa conduzir ao eventual responsabilidade civil. Trata-se de etapa facultativa que pode evoluir para a elaboração da proposta.
 
 A PROPOSTA é negócio jurídico unilateral e deve conter todos os requisitos do negócio jurídico que se pretende celebrar. A proposta em princípio gera caráter vinculante ao promitente ou policitante, e é informal, muito embora deva no mínimo ser realizada por escrito na forma do artigo 221 para que obtenha credibilidade. 
      Na hipótese de óbito do promitente, será preciso observar a espécie de contrato que se pretendia concluir. Em se tratando de proposta de contrato personalíssimo sob o ponto de vista do proponente o resultado será a extinção do contrato, independentemente de qualquer indenização na medida em que não há qualquer responsabilidade pelo seu falecimento. Se a proposta disser respeito a um contrato impessoal será possível que o destinatário do mesmo que caso possua intenção em aceitá-la, exija o seu cumprimento no espólio, do patrimônio deixado pelo morto que ficará obrigado a cumprir aquilo que foi contratado pelo falecido. 
PROPOSTA ENTRE PRESENTES E ENTRE AUSENTE 
PRESENTE: contato físico, por telefone, está caracterizado quando a pessoa mantém contato imediato, nessa circunstância o destinatário deve de imediatamente aceitar.inc.1 art428 cc.
AUSENTES: não estão em contato imediato, ou estando, o aceitante ou destinatário ou oblato....
       O código prevê duas modalidades de proposta concretizada entre ausentes e a entre presentes. 
    Entende-se como proposta entre presentes aquela em que os envolvidos se encontram em contato direto, imediato, seja este meio físico ou eletrônico. Nesse contexto o proponente só está vinculado naquele momento do contato imediato. 
   Caso o destinatário da proposta que ganha o nome de OBLATO requeira tempo para refletir o contrato passa a ser entre ausentes e o correto é que o proponente fixe prazo para que o destinatário diga se quer ou não o contrato, findo o prazo estará desobrigado. 
Caso o proponente não tenha o cuidado de estipular o prazo para a aceitação caberá o magistrado decidir até quando o proponente está vinculado. Em se tratando de proposta modificada pelo destinatário o oblato passa a partir de então a ser proponente na medida em que é pressuposto inafastavél para a aceitação a adesão integral aos termos da proposta ficando evidente a figura da chamada contra proposta. 
	
(Art.430)
      O oblato assume a obrigação de enviar sua aceitação no prazo ajustado. Caso envie dentro daquilo q fora convencionado, porém caso a aceitação chegue ao conhecimento do destinatário, do proponente, fora do prazo por circunstâncias atribuível a fator externo muito embora o proponente não esteja mais obrigado a concluir aquele negócio jurídico deverá em homenagem a boa fé objetiva que vale também para a fase pré contratual comunicar ao oblato dessa circunstância já que para o aceitante aquele negócio jurídico já estaria concluído e por tanto pode adotar uma série de comportamentos visando a execução daquilo que para ele estaria concluído.
Aula do dia 9
Teorias
DA DECLARAÇÃO
DA EXPEDIÇÃO
DA RECEPÇÃO
(Art. 434, I,II,III, 435)
 No que diz respeito ao momento de formação dos contratos ha três teorias sobre o assunto. A teoria DA DECLARAÇÃO entende que o negocio está concluído a partir do momento em que o OBLATO declara que aceita independentemente do efetivo conhecimento do proponente. A teoria DA EXPEDIÇÃO reconhece que basta que a aceitação seja enviada ao preponente dentro do prazo para que o contrato seja compreendido como concluído. Muito embora o art. 434, pareça acolher em seu caput a referida teoria os seus incisos em verdade demonstram que o melhor é a TEORIA DA RECEPÇÃO na medida em que é imprescindível que a aceitação chegue ao conhecimento do proponente no prazo ajustado sobe pena do poponente poder considerar que não está mais obrigado a cumprir aquela avença. Mesmo que em momento futuro outras providencias precisem ser levadas em consideração para a formalização do acordado como a celebração de escritura publica, por exemplo, o contrato já está concluído com a aceitação tempestiva por parte do OBLATO de maneira que será possível se exigir perdas e danos.
CONTRATO PRELIMINAR ( Art.462 ao 466 do CC)
Pode ser conhecido também como Pré-contrato ou promessa de contratar
 O contrato preliminar vem tratado na parte geral dos contratos e justamente por sua colocação no código é possível se entender que tenha aplicação a todas as modalidades de contrato muito embora seja usualmente usado na promessa de compra e venda. Trata-se de um contrato e por consequência a sua desobediência gera evento responsabilidade civil que tem por objetivo delineara celebração de um contrato definitivo. As partes com a celebração do pré-contrato assumem essa obrigação com a grande vantagem de que estabelecem direitos e obrigações recíprocos sem a necessidade de se acolher a forma do contrato definitivo. Assim, em se tratando de imóvel a promessa de compra e venda é valida por documento particular o que não aconteceria se fosse definitiva.
VERINE CONTRA FACTUM PROPRIUM
 Em se tratando de bem imóvel o art. 1647, I exige no que diz respeito ao contrato definitivo a outorga uxória ou marital e no art. 462 a promessa também deverá conter essa anuência na medida em que se dispensa apenas a forma. Excepcionalmente o judiciário consagra como decorrência do principio da boa-fé objetiva o subprincípio conhecido como VERINE CONTRA FACTUM PROPRIUM consagrado expressamente no enunciado 362 da jornada de direito civil. De acordo com este subprincípio o individuo que opta por adotar um comportamento e depois no curso de um contrato opta por uma conduta reintegrada oposta a inicialmente acordada criando na outra parte a legitima perspectiva de que seu comportamento seria aquele não poderá em momento superveniente quando lhe for conveniente pretender fazer valer a conduta inicial na medida em que estaria de má-fé adotando comportamento.
ADJUDICAÇÃO COMPLUSÓRIA (é uma ação pessoal e não Real)
(*463 § único)
 Após as partes cumprirem as obrigações assumidas por ocasião da promessa passam reciprocamente a ter o direito de exigir a celebração do contrato definitivo. A exigência desse documento não será admitida se o contrato contiver clausula expressa admitindo o arrependimento podendo se afirmar que em caso de omissão contrato não poderá comportar desistência. E se tratando de promessa de compra e venda bem como de promessa de permuta onde as partes pretendam a concessão de um documento que vai oportunizar a aquisição da propriedade, o promitente comprador ou promitente permutante ajuizará ação conhecida como adjudicação compulsória. A referida ação é pessoal e não real o que significa que a sua propositura não está condicionada ao registro da promessa junto ao RI ( registro de imóveis), assim , a norma contida no art. 463, parágrafo único deve ser compreendida como uma recomendação àquele que pretende se tornar dono na medida em que ao realizar a promessa e registra-la evita que o proprietário venda ou prometa vender aquele bem a uma outra pessoa que tenha o zelo de registrar o seu documento fazendo com que a ação de adjudicação compulsória mesmo que procedente não tenha qualquer efeito no que diz respeito a aquisição da propriedade possibilitando apenas a satisfação em perdas e danos.
Súmula 239 do STJ
Aula do dia 15
( contrato preliminar continuação )
  É requisito de admissibilidade da ação  da adjudicação compulsória a constituição em mora do proprietário de forma que tenha a oportunidade de comparecer a cartório indicado por aquele que tem interesse na aquisição da propriedade. 
    A sumula 76 do STJ dispensa o registro, porém não a notificação do proprietário e caso a ação de adjudicação seja julgada procedente a sentença substituirá a escritura definitiva e poderá ser levado o registro junto ao RI. 
    Caso o interessado prefira ao invés de exigir a escritura definitiva postular perdas e danos poderá fazê-lo, sendo certo que o pedido indenizatório será a única opção na hipótese da promessa não ter sido registrada e o proprietário ter alienado o bem a terceiro.
Estipulação em favor de terceiro ( art.436 a 438)
   A estipulação em favor de terceiro, foge à regra geral do princípio da relatividade dos contratos. 
 Habitualmente apenas aqueles que anuíram ao contrato poderão ser por ele atingidos funcionando a estipulação como uma exceção a essa regra na medida em que terceiro alheio ao contrato originário é contemplado, beneficiado com a celebração daquele contrato.
 
  É possível identificar alguns exemplos 
 Como o seguro de vida, o seguro de veículos que contém a cláusula de indenização de terceiros e a doação daquelas hipóteses, em que o donatário aceita expressamente a obrigação de cumprir um ônus em favor de terceiros. 
 O promitente poderá assumir essa obrigação a título oneroso ou gratuito dependendo assim da forma como o contrato foi convencionado entre as partes.
 A estipulação é nítida hipótese de contrato de execução diferida ou de trato sucessivo na medida em que o contemplado não é imediatamente satisfeito com aquela obrigação.
 A circunstância que levará o terceiro a ser beneficiado consta expressamente no contrato originário e enquanto a mesma não for implementada o estipulante poderá, desde que isso não atinja a natureza do contrato como na doação que o terceiro e contemplado poderá ser executado pelo donatário, modificar a pessoa do terceiro. Após a circunstância se verificar , não será mais possível alterar a pessoa do beneficiado.
  Como regra incumbe ao estipulante já que foi ele que contratou executar aquele contrato salvo naquelas situações em que é da essência do mesmo que apenas o terceiro possa executa-lo, como o seguro de vida. 
 Naquelas estipulações que o estipulante permite ao terceiro exigir os termos do contrato, após implementada a circunstância contratada não será mais possível mudar o beneficiado que poderá em conjunto exigir os termos da estipulação. 
Promessa de fato de terceiro ( art. 439 e 440)
“Caso da Ivete 
A- obrigação de fazer com resultado 
B - da promessa de fato de terceiro.”
 Na promessa de fato de terceiro, determinada pessoa aqui chamada de contratante negocia com o promitente que assume a obrigação de que terceiro estranho ao contrato comparecerá em momento futuro para cumprir a obrigação assumida pelo promitente. Não há do que se falar no instituto da representação ou do mandato considerando que o promitente atua sem estar autorizado a fazê-lo.
   Assim, se determinada pessoa contrata com o arquiteto a reforma de sua casa e este assume a obrigação de que engenheiro calculista comparecerá ao ato inclusive já cobrando no serviço também esse valor assume uma promessa de fato de terceiro e por esta razão caso o terceiro não compareça apenas o mesmo poderá ser executado por aquele contrato. Porém se após a realização este terceiro indicado resolve anuir ao que foi pactuado pelo promitente passará a ocupar o seu lugar é qualquer pedido indenizatório será ajuizado contra ele.
 No artigo 439 §u. Constitui exceção a regra e incidirá naquelas hipóteses em que O promitente assumirá a obrigação de colher o consentimento de seu cônjuge alheio ao contrato originário tal como aconteceria na hipótese do locador colher a assinatura do marido na qualidade de fiador assumindo este a obrigação de colher a assinatura de seu cônjuge o que é essencial para a validade da fiança conforme se extrai do artigo 1647,III. Caso não obtenha o consentimento da mesma na forma deste artigo não arcará com perdas e danos partindo a norma da premissa de que os contratantes deveria saber que para uns atos o consentimento do cônjuge é fundamental. A norma, porém entendeu pela invalidade do contrato quando o justo seria que o cônjuge apenas com a sua parcela do patrimônio respondesse pela dívida. A grande diferença entre a estipulação e a promessa é que na primeira o terceiro é beneficiado com aquele contrato e na segunda o terceiro caso aceite ocupar o cargo do promitente assume determinada obrigação com o estipulante.
Aula do dia 16
PROMESSA DE DOAÇÃO 
         A doutrina entendia antigamente pela inadmissibilidade da promessa de doação argumentando que é incompatível com a ideia de liberalidade a possibilidade do doador ser exigido a cumprir o negócio jurídico que lhe traga diminuição patrimonial. Argumentar-se ainda que a lei de registro pública (6015/73) não permite o registro dessa escritura é por essa razão seria inviável a sua realização. Atualmente prevaleceo entendimento no sentido de admiti-la, inicialmente por que a figura do contrato preliminar está prevista na parte geral dos contratos e por essa razão se aplica a todos eles.
       A inviabilidade do registro não descaracteriza a possibilidade de concretiza-la até mesmo por que pode ser feito por documento particular.
     Por fim no momento em que a promessa e concretizado o doador exerce uma liberalidade e assume por que quer a possibilidade de no futuro, ser cobrado pelo que pactuou. É recorrente a celebração da promessa em divórcio, onde o casal delibera em transferir a propriedade de um imóvel para um dos filhos, o que por certo caracteriza uma promessa de doação.
Vícios redibitórios (art.441 a 446)
     A teoria dos vícios redibitórios é em regra inerente aos contratos onerosos comutativos onde as partes assumem reciprocamente uma proporcionalidade entre as suas prestações. Justamente por essa ideia é que ambas garantem que no momento da conclusão do negócio as obrigações guardem essa proporcionalidade assim, se a coisa entregue apresenta um vicio oculto anterior à conclusão do negócio jurídico que só se manifesta em momento posterior, e este vicio compromete o equilíbrio assumido anteriormente por que a coisa se tornou imprestável ou diminuiu consideravelmente o valor será possível fazer uso da teoria dos vícios redibitórios. A garantia assumida reciprocamente está presente até a efetiva entrega do bem móvel até a entrega do bem imóvel ou de suas chaves. É irrelevante para que o adquirente possa fazer uso dessas distinções o efetivo conhecimento por parte do alienante considerando que , a garantia de equivalência não está relacionada a presença de boa ou de ma fé.
         A teoria do vício oculto difere-se do erro que é um vício de consentimento na medida em que, no erro os fatos são apresentados ao declarante, porém o mesmo não os compreende e ainda assim, declara aquela vontade. 
        No vicio oculto como o vicio redibitório não era perceptível, não há do que se falar em vicio de consentimento. 
         Excepcionalmente a teoria dos vícios redibitórios será aplicada as doações com encargo. Nessa espécie de doação o donatário deverá cumprir um ônus em favor do próprio doador, de terceiro, ou da coletividade. Se ao receber o bem acaba por se deparar com o vicio oculto, considerando que o encargo trás o desfalque patrimonial ao doador e que o benefício econômico esperado pela doação não se concretiza, aliando-se ambos os fatores, aquele  contrato onde o donatário teria um benefício patrimonial, não está mais presente, seja por que a soma do que terá que gastar aliado ao cumprimento do cargo importa em verdadeira contraprestação ao bem doado,seja por que a perda do bem aliada ao que já se gastará pelo encargo lhe trata prejuízo econômico.
AÇÕES EDILÍCIA ( A ALEGAÇÃO QUE EU TENHO AO MEU FAVOR E O DA AÇÃO REDIBITÓRIO)
-AÇÃO REDIBITÓRIA 
-AÇÃO ESTIMATÓRIO OU “QUANTI MINORIS” 
    Constatado a presença de um vicio oculto, o adquirente dispõe de duas ações chamadas de edilícias, ambas tendo como fundamento a alegação de vicio redibitório. 
    Muito embora em determinadas situações a própria situação fática nos conduza a uma ação ou outra incumbe ao adquirente optar por qual ação edilícia propor criando no alienante um verdadeiro estado de sujeição de maneira que os prazos nessas ações são decadências, ou seja, não se interrompem nem se suspendem. 
     Na ação redibitória, o indivíduo pretende o desfazimento do negócio, e na estimatória o abatimento do preço. Em ambas as hipóteses constatada que o alienante agiu de ma fé e por consequência dolosamente na medida em que tinha que informar a presença do vício arcará também com perdas e danos, ou seja, com todos os prejuízos comprovados pelo adquirente a título de dano emergente e lucro cessante, desde que efetivamente comprovado.
Prazo :
   
 No que diz respeito ao ajuizamento das ações edilícias, inicialmente é preciso observar se a garantia contratual e voluntariamente assumida, considerando que os prazos legais só se iniciarão após findo o que foi ajustado pelas partes.
     Vícios ocultos que poderiam ser percebidos imediatamente ficam sujeitos aos prazos do art.445 caput.
     No que diz respeito a vícios que só poderiam ser conhecidos mais tardes e visando evitar a propositura de uma ação edilícia a qualquer tempo, o STJ entende que em se tratando de móvel, o adquirente terá 180 dias contados da entrega do bem para fazer uso dessas ações sendo certo que terá 30 dias contados do aparecimento do vício para mover a ação, enquanto ao imóvel este prazo é de 1ano contado da entrega, dispondo o adquirente de um ano para propor a ação edilícia contado da constatação do vício que poderá aparecer a qualquer tempo dentro de um ano.
EVICÇÃO ( ART. 447 Á 457)
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
 O fenômeno da evicção pode ser compreendido como a perda da coisa móvel ou imóvel em virtude de sentença judicial ou ato administrativo, que reconhece a propriedade ou posse da coisa em favor de um terceiro que não o alienante, terceiro este que é titular de um direito sobre a coisa anterior a alienação. A ideia do instituto é idêntica a dos vícios redibitórios e portanto inerente aos contratos onerosos comutativos onde as partes asseguram reciprocamente o equilíbrio entre as obrigações que é rompido pelo fato do bem não ser de propriedade ou integrar a posse legitima do alienante .
EVICTO- RÉU
EVICTOR- AUTOR
ALIENANTE- PESSOA QUE VENDE SEM PODER VENDER.
	
 Muito embora a evicção seja instituto típico dos contratos onerosos comutativo é possível aplica-lo as doações onerosas, as doações de encargo, quando o donatário após cumprido em parte ou totalmente o seu encargo viera a ser surpreendido pela perda do bem comprovando-se assim que o valor gasto até então, representa uma contraprestação ao beneficio econômico que agora deixou de perceber. Nas doações pura e simples a evicção nãose de flagra considerando que o donatário só terá beneficio econômico com a mesma que deixa de ser experimentada pela perda do bem. Caso eventualmente o donatário já tenha realizado despesas, e até mesmo construído um bem poderá se voltar contra o doador, exigindo reparação civil, não estando porém presente evicção. Difere-se da doação de encargo porque nesta foi assegurada que o seu cumprimento asseguraria a propriedade do doador e isto consta documento de alienação o que vem a ser rompido pela perda do bem diferentemente da doação pura e simples onde o prejuízo não consta, não é inerente ao documento de alienação.
Para que a evicção esteja caracterizado o evictor, terceiro estranho a alienação, deve comprovar do seu direito a coisa anterior a alienação. Assim, se o evictor tem o usucapião do bem confirmada a seu favor no momento da alienação o adquirente , evicto poderá exigir todos os prejuízos de uma evicção que se contata. No entanto, se no momento da alienação o evictor ainda não tinha tempo suficiente para usucapião e o evicto deixa consumar o prazo sem tomar qualquer atitude visando retirar o evictor daquele bem, deu causa a perda da coisa e portanto não há o que se falar em evicção já que a propriedade em favor do evictor é superveniente a alienação.
A evicção se aplica as aquisições realizadas em hasta pública ou seja as compras realizadas por determinação judicial onde um bem do executado é alienado para satisfação de suas dividas. Tecnicamente não há o que se falar em evicção na medida em que a alienação não acontece onerosamente em caráter voluntario e sim o devedor é forçado a vender. Caso o requerente seja surpreendido como o reconhecimento judicial de que o bem pertence a outrem poderá de acordo com o art. 447 do CC exigir os prejuízos decorrentes dessa alienação. O correto seria que o executado proprietário do bem fosse responsabilizado por isso já que é ele que deve garantir que a coisa lhe pertence. Alguns sustentam que a responsabilidade é dos credores que muito embora não tenham participado da alienação receberam o
beneficio econômico da mesma. Como o executado, proprietário do bem, não terá como arcar com os prejuízos da evicção a quem sustente que é possível ajuizar ação contra o estado argumentando que como o judiciário promoveu a alienação do bem criou um adquirente a legitima expectativa de que o bem pertencia ao executado de maneira em que constituiria verdadeiro comportamento contraditório a isenção de todos e qualquer responsabilidade quando criou junto ao adquirente a legitima expectativa de que seria dono do bem.
Autor – EVICTOR
Réu – evicto
Art 125, I CPC
206 , pg 3º CC – Prescrição 3 anos
Ajuizada a ação onde o evictor pretende para si o bem alienado , o evicto diante da possibilidade da perda da coisa deverá no mesmo processo oferecer a chamada denunciação da lide o que permite da eventualidade da perda da coisa o magistrado no mesmo processo determine a composição dos prejuízos diante do alienante. A denunciação da lide permite que o assunto seja resolvido de forma mais célere evitando-se assim que o evicto no futuro tenha que promover ação autônoma para recuperar os prejuízos que experimentou. Caso opte em deixar de oferecer a denunciação junto a contestação disponha do prazo de 3 anos contados do transito em julgado da sentença que reconhece a perda do seu bem para ajuizar o pedido de reparação na forma do artigo 206 § 3°, V, CC.
Aula do dia 8
22/08/2017
 
Art. 450
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
 
Ajuizada a ação pelo evictor onde ele postule a entrega do bem por força de direito anterior a alienação, o evicto deve aproveitar a oportunidade para requerer todos os prejuízos que eventualmente venha a experimentar pela perda da coisa. Inicialmente deverá o adquirente requerer a devolução do preço , considerando o valor do bem , a época da constatação da evicção e não levando em conta o que efetivamente foi pago , os frutos, os rendimentos que o adquirente tenha percebido após a citação valida confirmada pela procedência do pedido de retomada na medida em que a partir daquele momento o evicto passa a ser considerado possuidor de má-fé e deve restituir ao evictor aquilo que poderia ter recebido . O evicto poderá também requerer todas as perdas e danos que efetivamente comprovar. Imaginando que o evicto tenha comprado o terreno e nele construído uma escola é possível o pedido contra o alienante de lucro cessante na medida em que não poderá mais explorar economicamente aquele bem. As despesas do contrato desde que comprovadas também poderão ser requeridas das como escritura, registro e imposto de transmissão. As partes ao contratarem poderão diminuir ou aumentar as garantias daquela evicção já que inerente a autonomia da vontade há possibilidade de proceder dessa forma. Assim, pode, por exemplo, fixar uma multa por eventual evicção ou apenas o alienante responder por algumas das verbas prevista no art. 450.
 
ART 449
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
RISCO GENÉRICO OU RISCO ESPECIFICO:
 
Muito embora a regra seja o alienante recompor todos os prejuízos do evicto é possível que exista clausula expressa onde o alienante fique isento de toda e qualquer responsabilidade por uma abstrata evicção assumindo o adquirente o risco genérico desta constatação. Neste contexto se a evicção vier a se concretizar terá direito ao evicto apenas ao ressarcimento do preço. Em outra oportunidade e mais uma vez o adquirente tendo celebrado contrato contraditório , poderá o mesmo ter assumido o risco específico da evicção declarando no documento de alienação ter ciência de ação que poderá comprometer a transação efetivada . Caso a perda do bem seja contatada não poderá o adquirente exigir qualquer valor do alienante
 
 
Art 453
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
Art 1219 –
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
 
 O adquirente na denunciação da lide poderá requerer as benfeitorias necessária e uteis do alienante diante da remota possibilidade do evictor não lhe ter pago . O bem foi conservado ou aumentou consideravelmente o seu uso diante da conduta do adquirente de maneira que se realizou essas despesas antes de ser citado na ação proposta pelo evictor agia de boa fé incidindo assim o art. 1219 CC. Quanto a benfeitoria voluptuária até mesmo pelo alcance do art. 1219 , o evicto poderá leva lá consigo ou caso contrario perderá o valor gasto. Na hipótese do bem móvel ou imóvel ter perecido em poder do evicto e o juiz tenha julgado procedente o pedido do evictor como aconteceria por exemplo se o imóvel tivesse pegado fogo ainda assim o evicto terá direito a todas as verbas previstas no art 450 além das benfeitorias. A evicção pode ser total ou parcial como aconteceria por exemplo caso o evictor pedisse parte da metragem quadrada adquirida pelo evicto. Nestecontexto o evicto adquirente optará ao seu critério requerente a indenização pelo prejuízo experimentado ou o desfazimento do negócio a seu critério .
Art 454
Aula do dia 23
Semana 1
A-Agente capaz...... tds do art. 104
Legitimação e manifestação de vontade livre e consciente 
B- E tudo pq o contrato ele não se concretiza sem a manifestação de vontade livre e consciente. Expressão maxima da liberdade de contratar.
C-muito embora a autonomia da vontade seja inafastável para a concretização do negócio , ela é condicionada a esse princípio da função social.
2-r: ( fase de tratativa)
Sim, a troca de e-mails que antecedeu a proposta revela as negociações preliminares por fase de tratativas, onde trocaram ideias, informações, antes da proposta ou do contrato definitivo. 
B-sim , proposta entre presentes.
C- que o proponente está vinculado a tds os termos que ele fixar nas cláusula . E não pode em momento futuro caso seja aceito, voltar a trás .
D- Não há prazo , ela precisa ser imediatamente aceita, no momento onde a o contrato imediato.
E- No momento da aceitação da proposta ( recepção, expedição, declaração). Só entre ausentes.
F- e o lugar da proposta art.435
Evicção 
Evictor
Evicto (adquirente)
Alienante
 A denunciação da lide, permite que o evicto postule todas as verbas prevista no artigo 450 do código civil. 
 Quanto ao preço o valor a ser pago e o valor atual na forma do parágrafo único e não o que for entregue em momento anterior. Quanto aos frutos, rendimentos , que a coisa principal periodicamente oferece normalmente traduzidos através de aluguel até a citação válida o adiquirente possível evicto não tem consciência formal da possibilidade de perder aquele bem e por tanto é considerado um possuidor de boa fé. Após a citação válida, caso o evictor obtenha êxito em sem pedido de retomada e postule a entrega dos frutos que o evicto percebeu desde a citação válida poderá fazê-lo cabendo o adquirente na denunciação requerer esses valores do alienante. 
 Quanto as benfeitorias até o evicto ser citado e possuidor de boa fé devendo o evictor indeniza-lo pelas benfeitorias necessárias e úteis na medida em que o bem foi conservado por ato do evicto e conta com acréscimo pela realização das benfeitorias úteis, de forma que não seria razoável por constituir verdadeiro enriquecimento sem causa, a ideia de que o evictor não indenizasse. 
 Quanto às voluptuatias, aplica-se o artigo 1219, que autoriza o evicto a levá-las consigo caso não traga prejuízo ao bem, perdendo tudo aquilo que gastou se não poder levar.
 Após a citação confirmada pela procedência do pedido de retomada pelo evictor será considerado de ma fé aplicando-se o artigo 1220, que só lhe assegura indenizacao pelas necessárias.
 Muito embora o ressarcimento dessas despesas, deva correr por conta do evictor que é o diretamente beneficiado com a sua realização deverão tais despesas serem também requeridas na denunciação da lide na eventualidade do evictor não pagar.
 O evicto poderá requerer ainda lucro cessante comprovando cabalmente que a perda daquele bem importa em perda patrimonial daquilo q se deixou de lucrar. 
 A evicção é inerente à todo e qualquer contrato oneroso comutativo e dessa forma não precisa está prevista expressamente no documento de alienação. As partes valendo-se da autonomia da vontade poderão aumentar ou diminuir as garantias de uma eventual evicção estipulando uma multa para a sua ocorrência ou retirando uma das verbas tratadas no artigo 450. É possível ainda q o indivíduo assuma o risco genérico ou específico de uma eventual evicção. No primeiro caso apenas faz inserir naquele contrato cláusula em que assume abstratamente a possibilidade de perder o bem e nesse contexto caso a evicção venha a ser constatado a consequência será o direito do adquirente /evicto a receber apenas o pagamento do preço e nada mais. Caso tenha assumido o chamado risco específico da evicção que, por exemplo, indicou no documento de alienação ter ciência da existência de processo capaz de permitir a perda do bem na eventualidade da mesma vir a ser constatada o adquirente evicto , não terá o direito de recebe qualquer valor por aquela evicção. Em ambas as hipóteses celebrou contrato aleatório assumindo assim os riscos da eventual evicção que acabou por se consumar em seu prejuízo. 
O evicto terá direito a tds as verbas previstas no artigo 450, mesmo que a coisa pereça em seu poder salvo se ficar caracterizado que procedeu dolosamente em relação ao bem. Assim, se adiquiriu a posse de uma casa e essa vem a ser incendiada , o evictor recuperará o terreno e ainda assim o evicto terá direito a tds as verbas previstas no art.450 salvo se ficar caracterizado que o incêndio foi por ele provocado intencionalmente.
 A evicção pode ser total ou parcial, em sendo parcial caberá ao adquirente ou evicto, optar entre requerer o fim do contrato na denunciação da lide ou o abatimento no preço exigindo ainda valor proporcional ao desfalque experimentado, já que a utilização do bem não será a mesma diante daquela perda.
Caso da aula 4
Não , pelo princípio do enriquecimento sem causa. Na evicção tem a perda da coisa por sentença judicial ou ato administrativo, ali a empresa entrega por espontânea vontade. O problema não elucida se o problema do credor e antecedente ou posterior à alienação. (O fundamento que está errado)
Aula do dia 29
Art.467 ao 471
CONTRATO DE PESSOA A DECLARAR.
O contrato com pessoa a declarar também conhecido pela cláusula "electio amici " está presente naquelas hipóteses em q uma das partes através de uma cláusula expressa faz inserir o fato de que o contrato será cumprido e executado por ele ou por pessoa a indicar. No momento da celebração este terceiro é desconhecido o que é habitualmente feito como forma de evitar acréscimo no valor da transação caso este terceiro se identificasse de plano. 
 Esta cláusula não é a mesma coisa que a representação seja ela legal ou convencional considerando que na representação, o representante pratica negócio jurídico em nome próprio que repercute diretamente sobre a esfera jurídica alheia a do representado de forma que o negócio permite que a outra parte conheça a pessoa do representado no momento da conclusão diferentemente do que acontece no contrato de pessoa a declarar onde o terceiro não é de imediato identificado, constituindo assim uma eventualidade.
A figura do contrato de pessoa a declarar não significa a mesma coisa do que a estipulação em favor de terceiro. Nessa ultima o terceiro é mero beneficiado e por tanto não deve cumprir qualquer obrigação. Na cláusula “electio amici” o terceiro que venha eventualmente a assumir os direitos e obrigações e parte integrante do contrato e deverá cumpri-lo fielmente. Dessa forma na cláusula “electio amici” o indicado precisa possuir capacidade de fato e legitimação não se exigindo a capacidade civil plena para ocupar a posição de terceiro beneficiado na estipulação.
 Caso o terceiro não aceite a indicação, não seja nomeado ou tendo sido eleito insolvente, o contrato produzirá efeitos entre os contratantes originários de maneira que, aquele q assume a possibilidade de indicar esse terceiro sabe dessa eventualidade o prazo para que terceiro comunique ao promitente de que passou a ocupar o local do contratante originário e de 5 dias caso não tenha sido estipulado expressamente outro prazo. 
 A aceitação por parte de terceiro é negócio jurídico unilateral e receptício na medida em que só produzirá efeitos após ser conhecida pela outra parte do contrato. A aceitação deverá possuir a mesma forma do contrato originário, ou seja, em se tratando de compra e venda de imóvel a aceitação deve acontecer por escritura pública já que está é exigida para o contrato originário.
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS (ART.472 AO 480).
 A extinção dos contratos naparte geral, não trata de todas as possibilidades de extinção anômala do contrato na medida em que deixa de prever a morte de uma das partes em contrato personalíssimo, a falência da PJ.
 A forma regular de extinção de um contrato está relacionada ao cumprimento pontual das obrigações.
RESILICAO. 
 Na resilição estamos diante de um contrato válido e apto a produzir efeitos regulares em que as partes ou uma delas pelas suas declarações de vontade reconhecem a perda superveniente da eficácia negocial sem que tenha havido inadimplemento pelos envolvidos. 
 Os contratantes originários ou apenas um deles reconhecem validamente q aquele negocio jurídico deixará de produzir efeitos.
Assim, se uma pessoa contrata na planta a aquisição de um imóvel e posteriormente já tendo dado início ao pagamento ou não, se arrepende da conclusão do negócio e com a anuência do vendedor põe fim ao contrato estamos diante de uma resilição. 
Lei 8245 art6 . Forma de resilicao de contrato unilateral.
Revogacao e renúncia ,682 também é uma forma de resilicao de contrato .
Art.835
 Como o contrato foi pactuado pela manifestação de vontade de ambas as partes nada mais natural que a sua extinção deva ocorrer da mesma forma, ou seja, a resilicao como regra é bilateral ganhando assim o nome de distrato. O distrato precisa conter a mesma forma do contrato originário. Assim, em se tratando de permuta de imóveis em que a escritura pública é exigível o distrato deve conter a mesma formalidade. 
 Excepcionalmente admiti-se a resilicao unilateral que em princípio não deve obedecer a nenhuma forma ou formalidade. A resilicao unilateral pode estar pactuada expressamente no contrato como arrependimento, ou estar previsto em lei, o que acontece ora , sem qualquer justificativa como se extrai do artigo 6 da lei de locação , mais normalmente está relacionada a contratos que exigem para a sua execução a confiança entre as partes que vem a ser rompida no curso do mesmo tal como mandato que admite renúncia ou revogação, na forma do artigo 682 do código civil. Em outras oportunidades a norma admite a resilicao unilateral pq estamos diante de contratos unilaterais onde não é justo impor um sacrifício inesgotável a aquele q assume sozinho obrigações daquele contrato tal como se extrai da fiança, que admite a resilicao unilateral na forma do artigo 835 do código civil. A resilicao normalmente se materializa através da denuncia muito embora o legislador faça menção a outros termos tratando daquele instituto tais como revogação, renúncia e aviso prévio dentre outros. 
Mesmo naquelas hipóteses em que o legislador assegure o poder de resilir ou ele esteja previsto convencionalmente não pode ser exercido de maneira abusiva de forma a proporcionar a outra parte um prejuízo. O abuso de direito constitui ilícito civil e o exercício de um direito legítimo em caráter desproporcional enseja perdas e danos por parte daquele q sofre esse exercício abusivo. Caso aquele q possa resilir unilateralmente provoca prejuízo com o seu poder de resilir aquele q sofre os efeitos dessa resilicao poderá requerer ao judiciário que a mesma só produza efeitos em momento superveniente após se recuperar dos investimentos e gastos feitos. Assim, se uma empresa contrata um escritório de advocacia que se vê obrigado a realizar inúmeros investimentos para atender aquele cliente não é justo que aquela empresa possa resilir unilateralmente em prazo não razoável sem que arque com os prejuízos experimentados pela sociedade de advogados.
Aula do dia 30
RESCISÃO 
 A palavra rescisão não é utilizada pelo legislador na parte geral dos contratos de maneira que a doutrina adverte sobre o correto emprego da expressão. Apesar de alguma discussão doutrinária majoritariamente se entende que deve ser guardado para aquelas hipóteses em que estamos diante de um vicio objetivo contemporâneo a formação do contrato. Assim, a palavra rescisão deve ficar guardada para a extinção provenientes de evicção, vícios redibitórios e ainda para as hipóteses de lesão e estado de perigo em que é justamente a desproporção que autoriza o desfazimento do negócio jurídico. De acordo com a melhor doutrina a anulabilidade deveria ser restrita as hipóteses de vício subjetivo, erro, dolo e coação moral, o que não está presente no estado de perigo e na lesão. 
RESOLUÇÃO 
-inexecução voluntária 
-inexecução involuntária 
 A resolução tal como a resilicao está relacionada a perda de eficácia superveniente do negócio celebrado, porém, pela ideia de inadimplemento. O contrato estaria apto a produzir efeitos regulares, porém, o não cumprimento da obrigação gera a possibilidade de se requerer a resolução. 
 A resolução pode acontecer por uma inexecução voluntária ou involuntária, na segunda o não cumprimento se deve a caso fortuito ou força maior, que na forma do enunciado 548, da jornada de direito civil incumbe ao devedor provar. 
 Se a hipótese e de inadimplemento de maneira que a obrigação não possa mais ser cumprida só cabe o pedido de resolução sem perdas e danos. Se o advento do caso fortuito ou da força maior apenas retarda o cumprimento da obrigação que ainda pode ser cumprida a hipótese e de mora e nesse contexto o credor poderá optar entre a resolução ou exigir o cumprimento do contrato, porém sem perdas e danos. 
 Na inexecução voluntária o tratamento será idêntico, porém sendo acrescentado o pedido de perdas e danos que terá o cabimento tanto na mora como no inadimplemento.
 A todo contrato bilateral e inerente à ideia de possibilidade de resolver diante do inadimplemento. Poderão as partes entretanto prever cláusula expressa no sentido de assegurar a resolução em caso de inadimplemento oq normalmente é constatado através de cláusula que permita considerar rompido o contrato diante do inadimplemento de um número especifico de prestações. Mesmo existindo a cláusula resolutivo expressa ou pacto comissório o credor busca o judiciário para que o mesmo reconheça as suas perdas e danos e ainda seja obtida a certeza jurídica do inadimplemento e da resolução do contrato , já que enquanto a isso a sentença será declaratória. Na hipótese do contrato não conter a cláusula resolutivo expressa o credor necessariamente deverá busca o judiciário e a sentença nesse contexto terá caráter desconstitutivo da relaxo jurídica. 
 ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL OU INADIMPLEMENTO MÍNIMO 
Enunciado 361
 Mesmo existindo cláusula resolutivo expressa a jurisprudência tem reconhecido algumas situações em que a mesma não produz efeitos imediatos. O enunciado 361 da jornada de direito civil consagra expressamente a teoria do adimplemento substancial ou inadimplemento mínimo. Entende-se através da mesma que aquele q cumpre grande parte de suas obrigações na celebração do contrato não pode ser penalizado com o pedido de resolução quando o seu inadimplemento seja considerado pequeno diante das obrigações cumpridas até então. Nessas circunstâncias entendem a doutrina e jurisprudência que a possibilidade de resolução constituiria verdadeiro abuso de direito por parte do credor que em homenagem a boa fé objetiva e o princípio da ...... dos contratos , deveria adotar posturas no sentido de sua concretização e não dá sua resolução. Nessas circunstâncias caberá o credor apenas o pedido de cobrança da diferença sem a possibilidade de resolução do negócio jurídico. Em outra circunstâncias o judiciário tem exigido a constituição do devedor em mora deixando de atribuir eficácia a cláusula resolutiva expressa, a sumula 369 do STJ é nítido exemplo do entendimento que deve se oportunizar o devedor a continuidade do contrato permitindo que o mesmo aqui com todas as parcelas atrasadas e caso isso deixe de acontecer ai sim a consequência seria a resolução retroativa a data do inadimplemento. 
 A doutrina e a jurisprudência tem reconhecido a chamada violação positiva de um contrato que estará presentenaquelas hipóteses em que a obrigação é entregue, cumprida porém o contrato deixou de atingir a sua finalidade considerando que o legítimo interesse de um dos envolvidos não foi alcançado, ou seja, a finalidade do contrato não foi obedecida pela ofensa aos deveres anexos, laterais por uma das partes. O desrespeito aos deveres de informação, cooperação e proteção, poderão conduzir ao pedido de resolução apesar da obrigação está aparentemente satisfeita. Na informação as partes precisão, mesmo que não inquiridas, prestar todas as informações necessárias ao fiel cumprimento daquele contrato, o dever de proteção implica em reconhecer que a pessoa precisa pautar sua conduta observando o legítimo interesse da outra parte com a celebração daquele contrato.
 Por fim o dever anexo de cooperação está relacionado a ideia de que as partes precisam mutuamente colaborar com o fiel cumprimento do contrato. 
 Desobedecidos um ou mais desses deveres será perfeitamente possível requerer a resolução desde que a hipótese comporte o inadimplemento.
Aula do dia 4
AXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS ART.476 CC, ART. 491
(Exceção do contrato não cumprido)
A EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO está relacionado aos contratos bilaterais onde ambas as partes assumem obrigações a serem satisfeitas. Através dessa alegação aquele q deve cumprir a sua obrigação em segundo lugar ou concomitantemente ao do outro se nega realizá-la sob o argumento de que, a outra parte não cumpriu sua obrigação e por essa razão não pode exigir o cumprimento da sua. Trata-se de alegação comum em contestação onde o réu não discuti o conteúdo do contrato e nem mesmo o seu dever de cumpri-lo sustentando apenas que não deve cumprir naquele momento. Por essa razão é conhecido como uma exceção dilatória. Muito embora seja tese usada como matéria de defesa, nada impede que o prejudicado com o não cumprimento alheio se antecipe e promova o pedido de resolução de contrato. 
EXCEPTIO NON RITE ADIMPLENTI CONTRACTUS 
 A EXCEÇÃO PODE DIZER RESPEITO A UMA INEXECUÇÃO PARCIAL, onde o indivíduo não alega que a outra parte deixou de cumprir a sua obrigação sustentando apenas que o serviço efetuado e defeituoso seja em razão da qualidade ou da quantidade. 
 Da mesma maneira que a exceção tradicional o indivíduo que pretender alega-la normalmente assim procede ao ser acionado, por alguém lhe cobrando a entrega da prestação e nesse contexto pode arguir essa espécie de exceção, onde se poderá pretender que o serviço seja executado corretamente ou ainda com abatimento pela prestação defeituosa. As partes podem renunciar ao direito de arguir a exceção total ou parcial, e caso isso aconteça assumem a obrigação de dá continuidade ao contrato mesmo diante do inadimplemento. Trata-se de cláusula comum em contratos feitos com a administração pública, onde habitualmente o poder público exige que a pessoa que com ele contratou continue adimplindo suas obrigações por um período mesmo diante dó inadimplemento da administração pública. 
(Art.477)
 O artigo 477 trata da exceção do contrato de execução a prazo onde após a conclusão do negócio jurídico a o fundado receio de que a obrigação atribuível a uma das partes não seja satisfeita, por conta da sua diminuição patrimonial. É perfeitamente possível alega-lá aquele que deveria cumprir a sua obrigação em primeiro lugar desde que prove que a continuidade das suas prestações possivelmente não levará a outra parte a cumprir a dela diante do justo receio do inadimplemento. Nesse contexto o indivíduo poderá ajuizar medida judicial requerendo que a outra parte preste garantias de que cumprirá ou ainda requerendo ao magistrado que inverta a ordem no cumprimento das obrigações. Serve de exemplo, a hipótese do indivíduo que vem pagando pontualmente o seu imóvel na planta e vem a ser surpreendido, pelo fato da construtora está muito a quem do cronograma da obra.
 A celebração de um contrato passa pela ideia da autonomia da vontade e da liberdade de contratar, e uma vez celebrado o contrato, o mesmo faz lei entre as partes e dessa maneira, uma vez celebrado, deverá ser cumprido rigorosamente em seus termos. 
(Salve et repet)
 PACTA SUNT SERVANDA, tem por consequência a intangibilidade dos contratos de maneira que em princípio não é admitida a interferência do judiciário naquela relação jurídica que foi estabelecida voluntariamente. No curso dos anos passou a se constatar que essa não interferências implicaria em situações demasiadamente sacrificante, considerando que fatos justificáveis e posteriores a contratação poderiam conduzir a um sacrifício absurdo em favor de um envolvido. Em especial a partir da primeira guerra mundial foi desenvolvida a cláusula rebus sic staniibus de maneira que , os contratos devem ser satisfeitos fielmente pelas partes desde que as condições se vigoravam por ocasião de sua celebração ainda estejam mantidas. Mudanças consideráveis naquilo que foi acordado não podem fazer com que o indivíduo deva cumprir aquilo que foi inicialmente ajustado. 
TEORIA DA IMPREVISÃO 
Art 478.
 Como influência da cláusula rebus, o código civil adotou expressamente a conhecida teoria da imprevisão admitindo a revisão e excepcionalmente a resolução do contrato naquelas situações em que ficasse caracterizado fato imprevisível e superveniente que pudesse comprometer o equilíbrio contratual inicialmente firmado. A circunstância que permite a revisão ou resolução deve obrigatoriamente ser superveniente ao contrato e em hipótese alguma pode está relacionada aos riscos normais daquela contratação. O CDC no artigo 6 inc.5 prevê também, outro desdobramento da cláusula rebus, porém este mas vantajoso ao prejudicado com o equilíbrio inicial. Trata-se da chamada quebra da base objetiva do contrato que não exige para a sua configuração a prova da razão pela qual o equilíbrio inicial foi rompido bastando que fique comprovado o desequilíbrio superveniente nas obrigações de maneira que o cumprimento se tornará sacrifício exagerado ao consumidor. As obrigações nas relações de consumo pode ter se tornado excessivamente onerosos devido à qualquer circunstância, tais como doença incapacidade laboral e etc., o que jamais seria admitido como argumento na forma do artigo 478 do CC.
AULA 12
05/09/2017
Art.1219 O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e uteis, bem como, quanto...
BOA FÉ
À ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL
À VERINE (COMORTAMENTO CONTRADITÓRIO) CONTRA FACTUM PROPRIUM
à TU QUOQUE
à SUPRESSIO/SURRECTIO
Art. 422- BOA-FÉ OBJETIVA
O art. 1219 do CC , consagra uma modalidade do contrato de exceção não cumprido na medida em que a devolução do bem estará condicionado ao pagamento das benfeitorias necessárias e úteis de maneira que não subsisti naquele momento.
 
 O adimplemento substancial pode ser sustentado diante das espécies de contrato caracterizando que a inexecução parcial é pequena de maneira que o pedido de resolução não possa ser concedido pelo cumprido quase integral do contratado.
 Os princípios da função social e da boa-fé objetiva funcionam como verdadeira condicionante a autonomia da vontade. Estamos diante de conceitos genéricos, indeterminados, propositalmente inseridos na norma dessa forma em homenagem ao principio da operabilidade como forma de conferir maior longevidade a norma na medida em que a avaliação dessas expressões varia de acordo com o tempo e o caso concreto. Ambos possuem função interpretativa, construtiva e integrativa . Interpretativa porque a leitura de todos os dispositivo do CC deve ser realizada observando essas clausulas gerais, a função integrativa se revela através do uso desses princípios como solução para casos concretos naquelas hipóteses em que não há norma expressa para a solução do caso e por fim essas clausulas gerais são utilizadas expressamente pelo legislador na redação de seus artigos. A boa-fé objetiva deveser obedecida em todas as etapas do contrato nas fases pré-contratual e de execução. Impõe aos contratantes o dever de adotar condutas honrosas, comportamentos que esperaria a outra parte tivesse consigo.
TU QUOQUE
SUPRESSIO/SURRECTIO
Art.180
O subprincípio da TU QUOQUE é uma derivação da boa-fé objetiva implica em reconhecer que aquele que viola determinada norma legal ou disposição contratual não pode em momento futuro pretender fazer valer aquela mesma norma a seu favor. O art. 180 do CC é exemplo típico de aplicação desse instituto bem como a própria exceção do contrato não cumprido, na medida em que aquele que deixa de cumprir aquele contrato em momento superveniente quer exigir que a outra parte cumpra as suas obrigações. A SUPRESSIO (perde) são duas faces da mesma moeda e por essa razão deve ser analisada em conjunto. PELA SUPRESSIO o individuo titular de um direito legitimo poderá deixa-lo de exercer por um período prolongado, de forma a criar na outra parte a legitima expectativa de que não mais exigiria o cumprimento daquela obrigação. Assim, ultrapassado o prazo que a jurisprudência considerar como razoável o titular do direito perde a oportunidade de exerce-lo de maneira que cria-se em favor daquele que sofreria o exercício daquele direito a SURRECTIO ( que é beneficiado, que ganha o direito).
DUTY TO MITIGATE YOUR OWN LOSS ( ENUNCIADO 169)
A expressão consagrada pelo enunciado 169 está diretamente relacionada a ideia de que o credor deve promover tal logo que possível todas as medidas judiciais e extrajudiciais do sentido de promover o recebimento de seu credito. Se o credor retarda a adoção dessas medidas contribui para o agravamento de seu prejuízo financeiro e uma de suas consequências que a jurisprudência reconhece para tanto está relacionada a diminuição do valor dos juros que mesmo não estando prescrito poderão ser reduzidos diante da conduta do individuo que deixou de imediatamente promover a defesa de seus interesses.
FUNÇÃO SOCIAL
À LESÃO A INTERESSES META INDIVIDUAIS
À 3° OFENDIDO (ART 17 DO cdc – O TERCEIRO OFENDIDO) ( SUMULA 537 DO STJ)
À 3° OFENSOR
A regra da intangibilidade do contrato deve ser relativizada a luz da função social admitindo-se que um contrato como um todo, uma clausula contratual ou até mesmo uma conduta possa ser realizada pelo poder judiciário toda vez que se entender que ela provoca uma lesão ao interesse publico. A falta de adequação a ideia de função social pode dizer respeito ao próprio contrato naquelas situações em que muito embora as partes tenham anuído a sua celebração identifica-se uma lesão a interesse meta individuais. Serve de exemplo a exibição de imagem considerada vexatória ou humilhante em que o próprio individuo consentiu na divulgação . E possível ainda que aquele contrato produza efeitos em relação a terceiros que diante da relevância do contrato firmado e de sua natureza poderá invocar cumprimento daquele contrato em seu favor , servem de exemplo os arts. 17 d o CDC bem como a sumula 537 do STJ .Por fim, terceiro estranho ao contrato poderá praticar uma conduta visivelmente contraria aquilo que a coletividade julgara como correto provoca.
Aula do dia 12
CONTRATOS EM ESPÉCIE 
O contrato de compra e venda , poderá ter por objeto bem móvel ou imóvel e além dos pressupostos gerais de validade de todo e qualquer negócio jurídico destacando-se o consentimento na medida em que o legislador ao tratar desse contrato em específico contém várias normas a seu respeito, o preço é elemento essencial a todo contrato dessa natureza. O preço pode ser determinado ou determinável deixando para ser estabelecido concretamente em momento futuro, desde que a partir do momento da celebração do contrato possa identificá-lo como, por exemplo, um valor de um boi em um determinado lugar. 
 Não é possível que o preço seja deixado ao árbitro de uma das partes considerando que , por certo, abusaria da posição, e o contrato genuinamente oneroso comutativo passaria a ser aleatório, fugindo-se assim, a própria essência do contrato de compra e venda. É possível porém que o arbitramento do preço seja deixado ao arbítrio de terceiro é caso o msm não aceite a consequência será a ineficácia do negócio jurídico. 
Artigo 496
Enunciado 545
 O artigo 496 do CC trata de uma das hipóteses mais continente de consentimento, e exige que todos os descendentes anuem ao contrato celebrado entre pai e filho. 
 A hipótese e tratada pelo legislador como de nulidade relativa, e como o legislador não faz menção a qualquer prazo, aplica-se o artigo 179 estabelecendo que o interessado dispõe de 2 anos para ajuizar a ação anulatória. Trata-se de prazo decadencial e por esta razão não se interrompe e não se suspende. A grande questão que se coloca diz respeito ao termo inicial para contagem do prazo. O correto seria aplicar a teoria da "actio nata", entendendo q o prazo começará a correr do efetivo conhecimento da transação e não dá conclusão do negócio jurídico. O enunciado 545 acaba por afastar quanto aos bens imóveis a teoria da "actio nada" , na medida que presume absolutamente a oponibilidade erga omnes criada pelo registro. 
 Trata-se de hipótese de nulidade relativa considerando o prejuízo estritamente privado de uma transação feita nesses moldes. 
 A hipótese enseja o pedido de invalidade considerando que o legislador parte da premissa de que um pai não venderia um bem para o filho pelo valor de mercado sendo mais coerente aceitar que o pai nada recebeu. A medida em que todos os descendentes consentem expressamente com aquela venda não poder questiona-la em momento posterior considerando que a ninguém e dado o direito de tirar benefício de sua própria torpeza, sendo clara a aplicação da "tu quoque."
 Se a hipótese fosse de doação a mesma seria validada no momento da conclusão do negócio porém o descendente donatário ficaria obrigado a levá-la ao conhecimento do juízo do inventário para conferir se houve ofensa aos direitos dos demais descendentes. Na compra e venda se todos consentiram a sua celebração presumam-se válida como se tivesse sido pactuada em favor de um terceiro qualquer de maneira que dispensa qualquer providência por ocasião do óbito do alienante. 
ARTIGO 533, II
 Em se tratando de troca ou permuta as partes celebram contrato onde o interesse de ambos os envolvidos e o bem móvel ou imóvel que a outra parte tem a oferecer. Muito embora alguns doutrinadores entendam que na troca o valor em dinheiro não possa superar a metade do valor do bem que lhe é entregue, o fundamental para sua caracterização é identificar se ambos os contratantes possuíam interesse efetivo na coisa móvel ou imóvel oferecida pelo outro. Muito embora o artigo 533, II do CC preveja a possibilidade de anulação, bastando que os valores dos bens sejam desiguais não se deve admitir a aplicação literal desse artigo. 
 Se o ascendente após a permuta venha a ficar com o bem de maior valor, não há por que se permitir o pedido de anulação, já que por ocasião do óbito do ascendente os descendentes não experimentarão qualquer prejuízo. Porém se o ascendente vem a ficar com o bem de menor valor é possível presumir que o descendente não entregou a diferença é por essa razão a ação anulatório é extremamente viável. 
 Tanto na compra e venda como na troca se o descendente comprovar que efetivamente pagou o valor total ou a diferença no caso da permuta não será declarada a anulação do negócio jurídico, considerando a inexistência de prejuízo aos descendentes que não consentiram. O ônus da prova nessas circunstâncias, incumbirá ao descendente que participou da negociação. 
ARTIGO 490CC
"RES PERIT DOMINO"
 O artigo 492 caput consagra a regra da "res perit domino " deixando claro que se a coisa vier a perecer ou sofrer diminuição considerável por caso fortuito ou força maior, a coisa perecerá para o dono de maneira que em especial no que diz respeito a bem móvel, ondea aquisição da propriedade se da pela tradição, entrega, até que isso aconteça os riscos deram assumidos pelo vendedor proprietário. A entrega da coisa deverá em regra ser concretizado no local onde ela estava, na celebração do contrato. 
 Se, por exemplo, o comprador contrate o transporte para outro local ou deixa de pegar o bem na data convencionada, a regra da "res perit domino" ficará afastada de maneira que o comprador assumirá os riscos da perda não culposa do bem. 
 Em se tratando de imóvel a aquisição da propriedade se da como regra pelo registro de maneira que será possível observar, a partir de quando o comprador passou a ter a entrega da posse do bem de maneira que será possível eventualmente afastar a res perto domino, caso o vendedor mesmo após a venda permaneça no bem.
Aula do dia 13
PREFERÊNCIA, PRELAÇÃO LEGAL: ARTIGO 504 DO CC
 O artigo 502 trata da responsabilidade pelo custas das obrigações “propte REM” tais como condômino e IPTU, trata-se de norma dispositiva, e não imperativa de maneira que as partes podem transferir ao adquirente a responsabilidade pelo pagamento dessas obrigações que se venceram antes da entrega da coisa. Justamente por se tratar de obrigação "propte rem", o condomínio e o município cobraram seus créditos do atual proprietário e este em seguida poderá recobrar o prejuízo do vendedor salvo se tiver assumido o pagamento daquilo que se venceu antes da entrega. 
 
 O artigo 504 do CC, trata da chamada preferência legal onde o alienante que seja condômino de coisa indivisível estará obrigado a dar preferência aos demais co-proprietário tanto quanto, ou seja, pelo mesmo valor e nas mesmas condições que alienaria o bem a terceiro. O objetivo da norma é o de evitar um grande número de proprietários sobre o mesmo bem, na medida em que quanto mais donos tem , maior a probabilidade de conflitos de interesses. A prelação legal tem lugar apenas se a alienação e onerosa devendo o co-proprietario colher a assinatura dos demais evitando-se assim uma alegação de desconhecimento por parte deles. 
 Habitualmente é realizada através de notificação extrajudicial. Em se tratando de alienação onerosa a preferência deverá ser obedecida, porém, quanto à gratuita, como se pratica uma liberalidade não há do que se falar em preferência alguma. 
 Caso a venda da quota-parte seja concretizada sem o direito de preferência à venda e válida, porém não produz efeitos imediatos em relação aos demais coproprietários justamente por que estes não terão obrigatoriamente interesse na coisa e podem não ter condições financeiras de pagar aquela quantia de maneira que não há qualquer sentido em se proceder o desfazimento do negócio jurídico. Caso um condômino tenha interessa na aquisição da coisa deverá ajuizar ação de consignação em pagamento cumulado com pedido de adjudicação compulsória em face de terceiro, que não terá qualquer prejuízo com a perda do quinhão que acabou de adquirir já que a demanda é contra ele proposta. 
 A prioridade na aquisição dos bens será daquele que realizou benfeitorias de maior valor independentemente da sua natureza, ou seja, voluptuárias, necessárias ou úteis. 
VENDA AD MENSURAM X VENDA AD CORPUS 
VENDA AD MENSURAM:
 O artigo 500 do CC trata da venda ad mensuram que estará presente naquelas hipóteses em que o interesse do comprador está diretamente relacionado a extensão, área, a quantidade de terreno por ele adquirido por esta forma se após a conclusão do negócio jurídico o comprador verificar que a área por ele obtida não corresponde aquela que conta no registro por ser inferior poderá o comprador em um primeiro momento exigir um complemento da área. Não sendo isso possível, caberá ao seu livre arbítrio optar entre o abatimento do preço e o pedido de recisão do negócio jurídico e não de resolução considerando que não se trata de hipótese de perda superveniente por inadimplemento mais sim de vício objetivo concomitante a celebração do negócio. 
 Não há do que se falar na presença do vício oculto que ensejaria a caracterização do vício redibitório, já que a metragem , jamais correspondeu aquela constatada no registro.
 O prazo é decadencial de 1 ano a contar do registro , entendendo a norma que , o comprador nesse período teria prazo mais que suficiente para tomar conhecimento de que adquiriu quantia inferior. §2
 Excepcionalmente o vendedor poderá alegar a seu favor a venda ad mensuram quando convencer o magistrado que possui justo motivo para desconhecer a metragem do seu imóvel. Nessas circunstâncias caberá ao vendedor, a sua opção, exigir a devolução do excesso ou o pagamento da diferença. Em hipótese alguma será admitido o pedido de rescisão, considerando que por um lado o comprador poderia está se enriquecendo sem justa causa por outro lado o vendedor deveria conhecer as metragens de seu bem de forma que não é correto penalizar o comprador com o desfazimento do negócio jurídico. 
VENDA AD CORPUS:
 Caso a alienação tenha sido feita ao adquirente que tem interesse no imóvel em si e não em suas metragens ou extensão caso após a compra fique comprovado que as metragens adquiridas não correspondem às que constam na escritura nada poderá ser feito pelo adquirente que celebrou venda ad corpus tal como se vê em aquisições de apartamentos terrenos e sítios. 
RETROVENDA
 
 As cláusulas especiais relativas a compra e venda só produziram efeitos se estiverem expressamente previstas na escritura ou no documento particular. No que diz respeito a retrovenda, clausula que se pode ser inserida em transações envolvendo imóvel, o vendedor assegura para si no prazo máximo de 3 anos a possibilidade de retornar a ser proprietário. Durante este período o comprador será considerado proprietário resolúvel já que a sua propriedade não é instituída ao seu favor de forma perpétua, sem qualquer aviso , na medida em que está sujeita a um evento futuro é incerto, o exercício do direito de retrato por parte do vendedor. O vendedor será obrigado a devolver o preço atualizado, todas as benfeitorias necessária comprovadas e as úteis e voluptuarias caso tenham sido autorizados. O direito de retrato não é personalíssimo e dessa forma é perfeitamente exercitável pelos herdeiros do vendedor respeitado o prazo máximo de 3 anos. Como a cláusula de retrovenda consta expressamente do título é impossível alegar o seu desconhecimento, e assim, caso o comprador aliene estes bens, não é possível que o adquirente venha a sustentar eventual boa fé e deverá entregar ao vendedor caso o mesmo exerça o direito de retrato. 
Aula do dia 19
VENDA A CONTENTO OU VENDA SUJEITO A PROVA ARTIGO 509 ao 512
O artigo 509 aos 512 trata de venda a contento ou venda sujeito à prova onde o comprador leva a coisa consigo para q verifique se a mesma lhe agrada ou se lhe cabe. Em ambas as hipóteses, estamos diante de um negócio jurídico existente válido, porém ineficaz na medida em que o comprador ao assumir a posse direta da coisa móvel ou imóvel não tenha a obrigação de concretizar o negócio jurídico. Desta forma e para a garantia de ambas as partes a melhor opção é inserir naquele contrato prazo para que o comprador diga se quer ou não a aquisição daquele bem. Enquanto o prazo estipulado não se esgotar os riscos da perda não culposa da coisa corre por conta do proprietário, o vendedor, incidindo assim a regra da “res perit domino”. Ultrapassado o prazo estabelecido sem que o comprador diga se quer ou não a coisa os riscos passaram a correr por sua conta na medida em que está em mora. Mesmo estando em mora, o comprador não está obrigado a adquirir o bem, mas poderá ser obrigado judicialmente a devolver a coisa, ou arcar com seu valor caso a mesma pereça em seu poder acrescentando ainda eventual pedido de perdas e danos caso a perda da coisa seja culposa voluntário.
PREFERÊNCIA CONVENCIONAL (artigo 513 ao 520)
A preferência convencional como sugere o próprio nome é prevista através

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