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Caderno civil 2

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12/02/16
Direito das obrigações: São normas jurídicas a cerca de relações obrigacionais.
Relação obrigacional: É o vínculo jurídico de caráter pessoal e transitório em que uma das partes assume a qualidade de devedor perante outra denominada credora de uma prestação com conteúdo econômico consistente em dar, fazer, ou não fazer.
 CREDOR ------------ DEVEDOR
VÍNCULO A CERCA DE UMA PRESTAÇÃO 
(QUE DEVERÁ TER VÍNCULO ECONÔMICO, VÍNCULO VOLUNTÁRIO) Dar - Fazer - não fazer.
- RELAÇÃO OBRIGACIONAL é diferente do DEVER (moral, religioso, jurídico). O dever existe por si só, não se precisa manifestar vontade para ter que se cumprir um dever, somos obrigados a observar sob pena de sanção.
- ÔNUS: Não sou obrigado a observar mas se o fizer garanto alguma vantagem, algum direito. Também não é obrigação.
- OBRIGAÇÃO é diferente de ESTADO DE SUJEIÇÃO: É a situação jurídica em que uma pessoa se encontra no sentido de suportar (veja que não há consenso entre o titular do direito e a outra parte) os efeitos do exercício de um direito potestativo pelo seu titular.
- Direito potestativo é aquele em que o titular pode interferir na esfera jurídica de outrem independentemente da manifestação de vontade, do consentimento dele.
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO: (partes que compõem a relação obrigacional)
1) ELEMENTO SUBJETIVO: 
a) Sujeito Ativo: Credor
b) Sujeito Passivo: Devedor
Sujeito pode ser: 
- Capaz, 
- Incapaz (representado ou assistido), 
- Entes despersonalizados: Massa falida, espólio etc.
2) ELEMENTO OBJETIVO: Diz respeito ao objeto que tem que ser LÍCITO, POSSÍVEL, DETERMINÁVEL (é aquele que no momento da celebração da obrigação carece de certeza absoluta, mas já possui elementos suficientes (gênero) para possibilitar a liquidação (obtenção da certeza quanto ao objeto) em momento posterior a celebração) e DETERMINADO.
Mediato: Bem da vida que se quer. Ex: livro, casa...
b) Imediato:
 - Dar
 - Fazer
 - ou Não fazer
3) IMATERIAL: Vínculo jurídico que une duas partes (credor e devedor)
- SCHULD: Débito
- HAFTUNG: Responsabilidade patrimonial, a dignidade da pessoa humana é o limite para a invasão do credor, respeitando o mínimo existencial (mínimo necessário para uma vida digna).
* É possível responsabilidade sem débito Ex: Fiador. 
* Também débito sem responsabilidade Ex: dever ao jogo do bicho. 
DIFERENCIAÇÃO ENTRE DIREITO REAL E PESSOAL
DIREITO PESSOAL:
- A relação jurídica pessoal é o direito que une duas pessoas, essa relação normalmente é por tempo determinado, ou seja transitória.
- Há cooperação entre as partes
- Possui normalmente eficácia inter partes tendo direito relativo, ou seja, tem relação somente entre as partes contratantes.
- São ilimitados, pode-se celebrar relação obrigacional de varias formas, desde que as cláusulas não violem normas de ordem públicas.
DIREITO REAL:
- Uma pessoa exerce poder jurídico sobre uma coisa. Ex: direito de propriedade
- Perpetuidade
- Não há necessidade de cooperação de quem quer que seja 
- Eficácia Erga Omnes, produz efeitos contra toda coletividade.
- O rol de direitos reais é taxativo, tem que estar previsto no artigo 1.225 CC
FIGURAS HIBRIDAS: Mesclam algumas características do direito real e pessoal
a) Obrigação Propter Rem (Ob Rem, In rem): São obrigações que nascem independentemente da vontade do devedor, por ser ele titular de um direito real. Essas obrigações se transmitem automaticamente para o novo titular da coisa a que se relacionam. Ex: Quem compra um imóvel tem que pagar IPTU, quem compra um carro tem que pagar IPVA)
b) Obrigação com Eficácia Real: São aquelas celebradas entre duas pessoas, mas com efeitos erga omnes, ou seja, perante terceiros e por serem exceção normalmente estão previstas na lei. Ex: Anotação preventiva no registro imobiliário de compromisso de compra e venda daquele imóvel, Lei 8.245 Lei de locações. Ex: 1.245 CC.
c) Ônus Real: Trata-se de um gravame que limita o exercício de uma propriedade (gozar, usar, fruir e dispor). Ex: Servidão de passagem, usufruto.
OBRIGAÇÃO É DIFERENTE DE RESPONSABILIDADE:
RESPONSABILIDADE: Somente se configura quanto a prestação pactuada não é adimplida pelo devedor. Refere-se à autorização, dada pela lei, ao sujeito ativo (credor) que não foi satisfeito, de acionar o devedor, alcançando o seu patrimônio, que responderá pela prestação.
OBRIGAÇÃO: Dever do sujeito passivo (devedor) de satisfazer a prestação positiva ou negativa em benefício do credor.
22/02/2016
FONTES DAS OBRIGAÇÕES
1) Contratos: É o negócio jurídico que cria, modifica ou extingue direitos.
2) Atos Unilaterais: São manifestações de vontade de uma única pessoa com o fito de criar ou modificar direitos. Ex: Promessa de recompensa, testamento.
3) Títulos de crédito: É o documento literal e autônomo representativo de um crédito. Ex: Cheque, Nota promissória.
4) Lei: 
- Imediata: Ha divergência doutrinária a cerca da lei como fonte das obrigações, uma primeira corrente entende que a lei por si só não cria relação obrigacional, sendo, portanto fonte imediata.
- Mediata: Por outro lado há corrente majoritária no sentido de que a lei existe para regular os fatos cotidianos. Assim em não ocorrendo os fatos descritos na lei não há que se falar em incidência da mesma, sendo esta, portanto fonte mediata. 
5) Ato Ilícito: Ato contrário a lei passível de sanção. 
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES:
1) Obrigação de Dar: Consiste na entrega transferência ou restituição de coisa certa ou incerta. É também denominada de obrigação positiva.
2) Obrigação de fazer: É aquela que o devedor deve realizar determinado fato em benefício do credor. Ex: construir o muro.
3) Obrigação de não fazer: É aquela em que o devedor assume o dever de abstenção perante outrem. Ex: Vizinho assume obrigação de não construir um muro superior a 2 metros de altura.
4) Obrigação Simples: É aquela que apresenta um sujeito ativo, um sujeito passivo e um objeto.
5) Obrigação Composta ou Complexa: São aquelas com multiplicidades de sujeitos ou de objetos.
6) Obrigações Cumulativas ou Conjuntivas: São aquelas que possuem mais e um objeto e o devedor somente se libera cumprindo todos. É sempre acompanhada da conjunção aditiva "e "
7) Obrigações Disjuntiva: São aquelas com pluralidade de objetos e o devedor se libera cumprindo apenas um deles.
8) Obrigações Alternativas: Constituem subespécie das obrigações disjuntivas. Eis que diante da pluralidade de objetos o devedor se libera cumprindo um ou outro. Virá acompanhada da conjunção alternativa "ou". 
9) Obrigações Facultativas (Soldado de reserva): Outra subespécie da disjuntiva, ocorre quando o objeto é definido, sendo portanto único, mas fica estabelecido que a critério do devedor este poderá entregar coisa diversa.
10) Obrigações Divisíveis: São aquelas cujo objeto pode ser fracionado, em regra. Ex: Dívida e dinheiro
11) Obrigações indivisíveis: São aquelas cujo objeto não pode ser fracionado. Ex: Entrega de um touro.
12) Obrigação Solidária: São aquelas em que há pluralidade de credores e/ou devedores com direito ou devendo todo o objeto, seja ele divisível ou indivisível.
13) Obrigação Instantânea: São aquela cujo cumprimento se da logo após a celebração da obrigação. Ex: Compra e venda à vista.
14) Obrigação Diferida: São aquelas cujo cumprimento se dá em momento único e posterior a celebração. Ex: Contrato de compra e venda feita de uma televisão nas casas Bahia só que a televisão não tem em estoque, então só será entregue em 5 dias.
15) Obrigação Continuada ou de trato sucessivo: São aquelas cujo cumprimento se da de forma reiterada, ou seja, mediante a prática de várias condutas em prol do devedor. Observe-se que a prestação é única, mas cumprida mediante atos reiterados. Ex: Compra e venda à prazo. 
16) Obrigações Líquidas: São aquelas em que há certeza quanto aoobjeto. Ex: sou devedor de 10 caixas de morango tipo A.
17) Obrigações Ilíquidas: São aquelas que necessitam de fixação do objeto, contendo apenas elementos necessários a essa providência. Ex: Sentença: Julgo procedente o pedido, condenando o réu a pagar danos morais (Não se sabe quanto). 
18) Obrigação Civil: É aquela em que o não cumprimento da prestação faz com que o patrimônio do devedor responda pelo prejuízo causado do credor. É o objeto do nosso estudo. Ex: 
19) Obrigação Moral: É aquela cujo descumprimento não traz qualquer sanção civil ao devedor inadimplente, mas apenas sanção de ordem moral. 
20) Obrigação de Meio: É aquela em que o devedor não assume o dever de atingir o resultado pretendido pelo credor, mas sim o de empregar todos os seus conhecimentos e técnicas adequados a atingir tal fim. Ex: O advogado que defende uma causa.
21) Obrigação de Resultado: Nela o devedor assume a obrigação de obter o resultado pretendido pelo credor de modo que não se obtendo o devedor é considerado inadimplente. Ex: Cirurgia plástica estética.
22) Obrigação de Garantia: É aquela que visa a eliminar determinado risco. Ex: Contrato de seguro (garantir). 
 
23) Obrigação Natural ou moral: É aquela em que o devedor não possui responsabilidade. Ex: Jogo (não regularizado), prescrição.
MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES:
1)OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA : Entregar, transferir ou restituir coisa determinada que tem definição quanto ao seu gênero, quantidade e as vezes qualidade. 
a) Os acessórios do bem principal vão segui-lo a não ser que haja estipulação em contrário no instrumento, no contrato e as circunstâncias do caso (Art. 233): Principio da gravitação jurídica: O bem acessório segue o principal. 
b) Se a coisa certa se perder antes da tradição, ou seja, da entrega da coisa ou pendente condição suspensiva (Art. 234): Futuro próximo e incerto que pode não se concretizar:
- Sem culpa do devedor: Ocorrerá a extinção da obrigação, sem obrigação de indenizar, somente restituir quantia, se recebida.
- Com culpa do devedor (dolo ou culpa): Responderá pelo equivalente (valor da coisa perdida) mais perdas e danos (eventuais prejuízos que a pessoa teve. Art. 402). 
c) Se a coisa certa se deteriorar, ou seja, a coisa existe, mas não apresenta todas as suas condições ideais, não está em perfeitas condições (Art. 235):
- Sem culpa do devedor: O credor pode resolver a obrigação (extinguir) ou receber a coisa com abatimento do preço que perdeu.
- Com culpa do devedor (Art. 236): O credor pode exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se encontra, sendo que em ambos caso com direito a reclamar indenização das perdas e danos, se passível de comprovação dos eventuais prejuízos.
d) Até a tradição da entrega o bem pertence ao devedor, se houver melhoramento na coisa, este poderá exigir aumento no preço, se o credor não anuir, poderá o devedor extinguir a obrigação (Art. 237).
29/02/16
Se a obrigação for de restituir coisa certa, ou seja, de devolver determinada coisa (Art. 238):
- Se a coisa se perdeu sem culpa do devedor: O credor sofrerá a perda e a obrigação será resolvida (extinta), sem direito a indenização, ressalvados os direitos até a data da perda, ou seja, se a coisa gerou frutos até a sua perda, sem a atuação ou despesa do depositário, que inclusive tinha ciência de que as utilidades pertenciam ao credor, este terá direito sobre elas até o momento da destruição.
- Se a coisa se perdeu com culpa do devedor (art.239): Responderá o devedor pelo equivalente mais perdas e danos.
Se a coisa restituível se deteriorar (art. 240): 
- Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor: O credor receberá a coisa no estado em que se encontra, sem direito a indenização.
- Se a coisa restituível se deteriorar com culpa do devedor: O credor receberá o equivalente (valor do objeto), mais perdas e danos.
Na obrigação de restituir, se houver melhoramento ou acrescido à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor (quem tem que devolver a coisa), fica o lucro pertencendo ao credor (dono da coisa), sem indenização ao devedor (Art. 241).
Se o melhoramento ou acréscimo for com despesa ou trabalho por parte do devedor, este terá que ser restituído pelo credor, sendo aplicadas as normas das benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé (Art. 242).
- Benfeitorias feitas pelo possuidor de boa fé (art. 1.219): Terá direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis (também tendo direito de retenção) podendo levantar as voluptuárias.
- Benfeitorias feitas pelo possuidor de má fé (art.): Só terá direito a ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e não tem direito a retenção.
2) OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA: 
a) A coisa incerta será indicada, ao menos pelo gênero e pela quantidade (Art. 243)
Gênero ou quantidade: A Obrigação de dar coisa incerta é representada com relação ao gênero e quantidade, que são o mínimo para que haja uma relação obrigacional. 
Em regra a escolha cabe ao devedor, se o contrário não estiver estipulado no titulo da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a dar a coisa melhor (Art. 244).
Notificada a escolha ao credor sobre o objeto escolhido, ocorre o fenômeno da concentração da obrigação ou do débito, onde passamos a ter a obrigação de dar coisa certa (perda, deterioração) (Art. 245).
Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito, pois "Gênero não perece" (Art. 246).
3) OBRIGAÇÃO DE FAZER:
 
Consiste na obrigação do devedor que se recusar a realizar a prestação a ele imposta ou só por ele realizável, a indenizar perdas e danos (Art.247). Ex: Um serviço de fotógrafo em festa de aniversário.
Se a prestação do fato tornar-se impossível (Art. 248): 
- Sem culpa do devedor Extinção da obrigação, sem obrigação de indenizar.
- Se por culpa do devedor: Responderá o devedor por perdas e danos. 
Se o fato puder ser executado por terceiro (obrigação de fazer de natureza fungível) (Art. 249): Se o fato puder ser praticado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar a custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Nesse caso o credor deverá entrar com uma ação judicial em face do devedor inadimplente para que ele pague o valor da contratação do terceiro, pode ainda requerer perdas e danos por parte do devedor. Na obrigação de fazer infungível, somente o devedor poderá cumprir a obrigação, NÃO poderá ser cumprido por terceiro.
Em caso de urgência (Parágrafo único): Em caso de urgência, em que não dá tempo de recorrer ao judiciário, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
4) OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER: Consiste na obrigação assumida pelo devedor, de não praticar determinado ato, beneficiando o credor. 
Se sem culpa do devedor torna-se impossível abster-se do ato (Art.250): Extingue se a obrigação. 
Se praticado pelo devedor o ato, cuja abstenção se obrigou (Art. 251): O credor pode exigir através do poder judiciário, que o devedor desfaça, sob pena de o credor desfazer a suas próprias custas e depois exigir do devedor perdas e danos.
 Em caso de urgência (Paragrafo único): Poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. (autotutela, o próprio credor desfaz e depois pede ressarcimento). 
5) OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS: São aquelas obrigações em que há pluralidade de obrigações, e que o devedor se libera cumprindo uma ou outra. 
Nas obrigações alternativas a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou, ele que vai escolher entre as prestações eleitas, sem a interferência do credor. Ao passo que ele escolhe e comunica ao credor ha a concentração da obrigação, trazendo a certeza do objeto e se eleentrega o objeto ocorre a extinção da obrigação (Art. 252).
Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação, ou se tornada inexequível sem culpa do devedor, subsistirá o debito quando a outra (Art. 253): O credor será obrigado a receber a outra coisa sem direito a indenização.
Se por com culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha (Art. 254): Ficará o devedor obrigado a pagar o valor da coisa que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos. 
Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações torna-se impossível por culpa do devedor (Art. 255): O credor terá direto de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos.
Se por culpa do devedor ambas prestações se tornarem inexequíveis (Art. 255): Poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.
Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor (Art. 256): A obrigação ficará extinta.
DIFERENÇA ENTRE OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS E FACULTATIVAS: 
Obrigação facultativa: Consiste em obrigação de dar coisa certa sendo que ao devedor é facultado o cumprimento com prestação diversa, desde que pactuada no momento da celebração. essa segunda prestação denomina-se "soldado de reserva", ressalte-se que não se exige o devedor qualquer justificativa para decisão de cumprimento da obrigação com a prestação reserva.
Diversamente do que ocorre nas alternativas, na facultativa o perecimento da prestação dita principal não permite que o credor exija o soldado reserva, aplicando-se as normas da obrigação de dar.
 
07/03/16
6) OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS : Pluralidade de credores/devedores
a) Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível (Art. 257): Havendo pluralidade de credores e devedores, sendo a obrigação divisível, entende - se que todos os credores possuem partes iguais no crédito. É possível que haja uma divisão diferente somente se vier expresso. O mesmo acontece com os devedores. Cada um deve somente a sua quota parte, não é possível cobrar de um indivíduo a parte do outro.
b) A obrigação é indivisível (Art.258): Quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. 
Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível (Art. 259): Cada um dos devedores será obrigado pela dívida toda. 
O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados (Parágrafo único): O devedor que pagar a divida toda, tem o direito de cobrar dos outros devedores a quota parte de cada um.
 
Se a pluralidade for dos credores (Art. 260): Quando a obrigação é indivisível, o credor deve cobrar a dívida toda somente de um devedor. Sub-rogação ocorre quando um paga a dívida toda sozinho e tem o direito de cobrar a quota parte dos outros; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
 I - a todos conjuntamente: Se a pluralidade for de credores, quando o devedor quiser pagar, para que ele se garanta deverá entregar com todos os credores presentes.
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores: Se não puderem estar todos juntos terá que ter caução de ratificação, para garantir que se o credor que recebeu não pagar a quota parte dos demais, o devedor poderá restituir com o valor do caução. 
Se um só dos credores receber a prestação por inteiro (Art. 261): A cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
Se um dos credores remitir a dívida (Art. 262): A obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
O mesmo critério se observará (Parágrafo único): no caso de transação, novação, compensação ou confusão.
 Perde a qualidade de indivisível (Art. 263): A obrigação que se resolver em perdas e danos.
Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores (§ 1o ): Se a coisa se perder com culpa dos devedores responderão todos por partes iguais (indenização + equivalente). Se a coisa se perder por negligência de todos os devedores, a dívida será dividida igualmente pelos três.
Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos (§ 2o ): Se a culpa for somente de um devedor, será dividido o valor do bem pelos três, mas somente o que foi culpado responderá pelas perdas e danos sozinho.
7) OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIA: São aquelas em que há pluralidade de credores ou de devedores com direito e obrigados pela prestação integral, não há presunção de solidariedade, somente existindo, se houver previsão legal ou no instrumento da relação obrigacional, na forma do artigo 265 do CC.
Pluralidade de credores com um devedor ou devedores com um credor, cada credor tem direito a prestação integral e cada devedor é devedor da dívida toda.
Há solidariedade (Art. 264.): Quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
 A solidariedade não se presume (Art. 265): Ela resulta da lei ou da vontade das partes.
A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos cocredores ou codevedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro (Art. 266):
SOLIDARIEDADE ATIVA: Pluralidade de credores
Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. (Art. 267):
Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar (Art. 268).
O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago (Art. 269):
Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível (Art. 270):
Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade (Art. 271):
O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba (Art. 272):
A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros (Art. 273):
14/03/16
Quando um dos credores demandar o devedor, este poderá alegar toda e qualquer matriz de defesa, se uma das matérias alegadas pelo devedor tiver natureza personalíssima em relação a um determinado credor, somente contra este produzirá os seus efeitos. As alegações de cárter geral produziram os seus efeitos contra qualquer credor (Art. 274). 
SOLIDARIEDADE PASSIVA: 
SOLIDARIEDADE PASSIVA: Pluralidade de devedores, onde cada devedor deve somente a sua quota parte, porém o credor tem o direito de exigir de qualquer um dos credores a dívida toda, então o débito (schuld) é somente da quota parte de cada um, porém a responsabilidade (haftung) é do valor total.
O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto (Art. 275) 
Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores (Parágrafo único)
Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores (Art. 276): a responsabilidade dos herdeiros do devedor será intra vires hereditaris, ou seja, somente responderam até o limite do que eventualmente recebido. Assim, em caso de herança negativa ou positiva,mas com montante inferior à dívida, o credor não terá a satisfação integral do seu crédito. Os herdeiros do devedor falecido não são solidários, ou seja, o credor não pode cobrar de um deles toda a quota parte do finado. 
Tal situação não se confunde em caso de prestação indivisível (hipótese em que qualquer herdeiro poderá responder pela dívida toda) ou quando ainda não tiver ocorrido a partilha dos bens, pois nesse caso o espólio (conjunto de bens e deveres deixados pelo falecido) tem natureza indivisível. 
O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada (Art. 277): 
Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes (Art. 278): 
15/03/16
Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos, o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado (Art. 279): Remissão Art 942, parágrafo único 
Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida (Art. 280):
O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro codevedor (Art. 281.): Em havendo a possibilidade de alegar – se exceção pessoal a um dos devedores solidários, esta só será apreciada de o titular deste direito for o demandado (réu), se entretanto o demandado for outro codevedor a exceção pessoal não poderá ser alegada e o devedor titular deverá responder perante os demais com a sua quota parte, podendo posteriormente voltar – se contra o credor para o ressarcimento do prejuízo suportado.
O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores (Art. 282): O credor pode renunciar a solidariedade, fazendo com que o devedor ou devedores beneficiados só paguem por sua quota parte, e no pelo valor total.
Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais (Parágrafo único): Se um ou mais devedores forem livrado 
O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores (Art. 283.): Havendo um devedor insolvente, os demais dividem a quota parte do insolvente entre eles.
No caso de rateio entre os codevedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente (Art. 284.): aquele devedor que eventualmente foi exonerado (obteve uma renuncia) da solidariedade também responde pela quota parte do insolvente, pois ele foi liberado da solidariedade, mais não do débito. Porém se todos os demais forem insolvente e só o que obteve a renúncia puder pagar, ele só pagará a sua quota parte e não o debito todo, pois o credor lhe concedeu a renúncia. 
Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar (Art. 285.): Se um dos devedores pagar a dívida toda, e essa dívida interessar somente a um único devedor entre outros, este que pagou tudo poderá cobrar a dívida toda somente do devedor interessado. Ex: locatário.
22/03/16
CESSÃO DE CRÉDITO: É negócio jurídico onde o credor de uma obrigação (chamado cedente) transfere a um terceiro chamado cessionário, sua posição ativa (de credor) na relação obrigacional, independentemente de autorização do devedor (chamado cedido), que tem que ser notificado sob pena de ineficácia em relação a ele. É uma forma de transmissão de obrigações, seu objetivo é fazer circular o crédito. 
Credor = Cedente
Terceiro = Cessionário
Devedor = Cedido
A transferência de crédito pode ser onerosa ou gratuita, sabendo-se que só haverá mudança do credor, o devedor continua o mesmo, assim como o crédito cedido.
Oposição do devedor: Em regra não pode o devedor (cedido) impedir a cessão de crédito, salvo se antecipar o pagamento da obrigação ou se estiver expresso no contrato celebrado entre credor e devedor o não cabimento da cessão de crédito, conforme artigo 286 segunda parte CC.
a) O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação (Art. 286): Nem todo crédito pode ser cedido, pois não se cabe ceder créditos que são inalienáveis e personalíssimos, como por exemplo, crédito alimentício, salário, uma vez que necessários a subsistência do credor.
b) Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios (Art. 287): Ou seja, os juros, multa, encargos, etc.
c) É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1o do art. 654 (Art. 288): Não se exige formalidade para a sua celebração, podendo inclusive ser verbal, no entanto para ter efeitos contra terceiros, deve ser feita por escrito, conforme artigo 288 do CC, e em caso de ser por instrumento particular, deverá se revestir das solenidades do artigo 654, parágrafo primeiro CC, e se por instrumento público na forma do artigo 215 CC.
d) O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do imóvel (Art. 289): Ele pode averbar no registro de imóveis a cessão de crédito.
e) A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita (Art. 290): Acessão dispensa a anuência do devedor, que não pode impedi-la, salvo se o devedor pagar antecipadamente sua dívida ao devedor primitivo. Conduto, é obrigatória a notificação do devedor, sob pena de não ter eficácia contra o cedido, devendo a notificação ser feita por escrito e conter o ciente do devedor.
f) Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do título do crédito cedido (Art. 291): Prevalece a cessão que se completar com a entrega do titulo de crédito.
g) Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação (Art. 292): O devedor fica desobrigado, se já tiver pagado o credor antes de saber da cessão ou se ele pagar no caso de mais de uma cessão notificada o cessionário que lhe apresenta, com o titulo de cessão, o da obrigação cedida.
h) Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido (Art. 293).
i) O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente (Art. 294): No momento em que for notificado da cessão, o devedor tem que avisar ao terceiro que houve coação por parte do credor originário, para que assim ele possa de boa fé opor ao credor (originário) as exceções pessoais (defesa) que ele tiver.
j) Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé (Art. 295): RESPONSSABILIDADE DO CEDENTE: CESSÃO PRÓ-SOLUTO: Regra pela qual o cedente fica responsável pela existência do crédito ao tempoem que cedeu, ou seja, deve garantir que o crédito existe, mas não responde pela solvabilidade do devedor. 
k) Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor (Art. 296.): CESSÃO PRÓ-SOLVENDO. Cedente responde existência de credito
l) O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a cobrança (Art. 297): Cedente responde solvência do devedor. Ele responde pelo limite que cedeu mais juros e correção do período que a pessoa não recebeu.
m) O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro (Art. 298): 
ESPÉCIES DE CESSÃO DE CRÉDITO
CONVENCIONAL: Decorre do acordo de vontades entre o cedente e o cessionário.
 
LEGAL: Imposta por lei, por exemplo, os arts. 287 CC, 346 CC.
JUDICIAL: Determinada pelo juiz, como por exemplo, a adjudicação de acervo; supressão de declaração de cessão por parte de quem era obrigado a fazê-lo.
 GRATUITA: Quando não há contraprestação por parte do cessionário.
ONEROSA: Quando há contra prestação por parte do cessionário, ou seja, venda do crédito.
TOTAL: Transfere todo o crédito e seus acessórios.
PARCIAL: Transfere apenas parte do crédito. Não é disciplinada especificamente pela lei, por isso, não se pode falar em preferência em favor do credor primitivo ou de alguns cessionários no caso de cessões parciais sucessivas, art 291 CC. 
29/03/16
As cessões de crédito podem ser pró-soluto ou pró solvendo:
CESSÃO PRÓ-SOLUTO (296): Regra pela qual o cedente fica responsável pela existência do crédito ao tempo em que cedeu, ou seja, deve garantir que o crédito existe, mas não responde pela solvabilidade do devedor. 
CESSÃO PRÓ-SOLVENDO: Neste caso o cedente (credor primitivo) mediante cláusula contratual expressa e prévia, se responsabiliza pela solvência do devedor. Assim, além de garantir a existência do crédito (que é a regra), torna-se corresponsável pelo pagamento da divida, até o limite que recebeu do cessionário, acrescido dos encargos legais. Art 295 a 297 CC
VEDAÇÃO:
1) Quando houver cláusula proibitiva expressa. Ex: Em um contrato de mútuo em que A empresta a B certa quantia, os contratantes podem pactuar cláusula vedando a cessão daquele crédito.
2) Vedação legal: Por exemplo, os direitos personalíssimos, tal como o crédito de alimento. O artigo 1.749, II, CC, também prevê a vedação do tutor constituir-se cessionário de crédito ou de direito contra o tutelado.
3) Quando a natureza da obrigação for incompatível com a cessão. Ex: 1.749, inciso III CC, pois para o contrato de cessão é necessário a aplicação do art. 104 do CC, ou seja, os requisitos do negócio jurídico, e neste caso o tutor não tem legitimidade para ser cessionário de crédito ou direito contra o tutelado 
* Curatela: doença 
* Tutela: 
SUB-ROGAÇÃO: 
Ato pelo qual se substitui uma pessoa ou coisa em lugar de outra, ou seja, quando um indivíduo cumpre a obrigação no lugar do devedor (pagamento), com o consentimento deste, fica investido no direito do credor. Existe a sub-rogação de coisa, por exemplo, quando uma pessoa recebe determinado bem em herança e este é gravado com cláusula de inalienabilidade, só poderá ser o mesmo vendido se outro for adquirido e a citada cláusula passar a incidir sobre o mesmo. Ex: 1.848, parágrafo II.
Existe ainda a sub-rogação de credor, quando um terceiro quita uma dívida e se sub-roga no lugar do credor. A sub-rogação encontra – se prevista no código civil nos art. 346 a 351.
DIFERENÇA ENTRE CESSÃO DE CRÉDITO E SUB-ROGAÇÃO:
1) A cessão de crédito pode se dar a título oneroso ou gratuito, já a sub- rogação apenas a título oneroso.
2) Na César de crédito conserva – se o vínculo obrigacional , (credor e devedor), na sub-rogação pressupõem – se o cumprimento (extinção) do vínculo obrigacional por um terceiro.
3) O sub-rogado na forma dos arts. 349 e 350 do CC passa a poder exercer os direitos do credor assim como as ações, privilégios e garantias do credor primitivo, sendo certo que se a sub-rogação for legal, o sub-rogado não poderá exercer esses direitos e ações além dos limites do seu desembolso, visando assim impedir o caráter especulativo.
O terceiro não interessado pode pagar a dívida, mais não se sub-roga nos direitos do credor, salvo se houver concordância das partes.
ASSUNÇÃO DE DIVIDA – CESSÃO DE DÉBITO: 
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava: Negocio jurídico por meio do qual o devedor com expresso consentimento do credor, transmite a um terceiro a sua obrigação. Notificado o credor para se manifestar, o seu silêncio importa em recusa.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa. 
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.
A assunção do terceiro exonera o devedor primitivo.
Como o patrimônio do devedor é a garantia do credor, este precisa anuir expressamente para que a cessão tenha validade. Art. 299 a 303 CC.
OBS: Se o credor ao tempo da cessão não tinha conhecimento da insolvência (insuficiência de patrimônio) do devedor, se restabelece a obrigação com o devedor primitivo, ou seja, não se exonera o devedor se o terceiro (cessionário) era insolvente ao tempo da cessão de debito. Art. 299 
Terceiro = cessionário
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação. Remissão (Art 166 e 171CC):É possível que a substituição do devedor seja anulada ou nula: erro, dolo, estado de perigo. Nesse caso reestabelece – se a relação originária com todas as suas garantias, porém as garantias de terceiros não se restabelecerá, a não ser que estes tivessem ciência do vício. 
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo: Somente aquele que sofreu o vício pode alegar caso seja demandado as exceções pessoais. 
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento: O terceiro que comprou o imóvel hipotecado pode pegar o dinheiro e quitar a dívida, mesmo em nome do credor originário, porém ele tem que notificar o credor hipotecário (banco) e se esse não responde em 30 dias entende-se o seu consentimento. 
Enunciado 424 jornada de direito civil art. 303 segunda parte.
CESSÃO DE CONTRATO:
Quando alguém assume a posição de credor e devedor numa mesma relação é uma cessão de contrato, tem que haver o consentimento de ambas as partes. 
26/04/16
Do pagamento art. 304 CC
Modos de extinção de uma relação obrigacional. Ela pode ser extinta de forma:
Direta: Quando houver o pagamento direto
Indireta: Quando não houver o pagamento direto e sim o indireto. Ex: consignação em pagamento, dação em pagamento e novação etc.
- Conceito: O pagamento é o direito subjetivo que o devedor possui em cumprir com a prestação avençada da forma, tempo e modo devido, liberando-se da qualidade de devedor.
- Quem pode pagar: 
》 O devedor: é o legitimado ordinário a efetuar o pagamento (direito subjetivo)
Oterceiro pode efetuar o pagamento a obrigação:
》 Terceiro interessado: Interesse jurídico. Ex: Os garantidores em geral (fiador) que tem interesse jurídico que a dívida seja sanada para que não entre no seu patrimônio. Ele pode exercer o direito subjetivo de pagar, caso o devedor não pague.
》 Terceiro Não interessado: Não possui interesse jurídico. São pessoas que não tem interesse jurídico, nenhum vínculo jurídico com o inadimplemento do devedor, porém podem pagar para ajudar o devedor. Ex: Pai, mãe etc.
OBS: Tem interesse jurídico aquelas pessoas que podem suportar as consequências do inadimplemento. Essas pessoas podem integrar a relação obrigacional ou não.
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor: Se o devedor e o terceiro com interesse jurídico, esbarraram em atos do credor que impossibilitem o pagamento, esses poderão se valer de meios conducentes à exoneração (suficientes de liberação do devedor). Ex: Consignação em pagamento, onde a pessoa entrega o pagamento ao juízo. 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste: O terceiro não interessado poderá pagar, somente se não houver oposição do devedor. Deverá ter a aceitação do mesmo, pois senão não será um ato válido. 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor: Se o terceiro paga a dívida do devedor em nome próprio, não há liberalidade, então tem o direito ao reembolso, que se não for feito de forma amigável o terceiro terá de entrar com uma ação de regresso.
Sub-rogação significa substituição, então quando o terceiro interessado paga a dívida do credor há uma sub-rogação, ele substitui o credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
 Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação: O terceiro não interessado perde o direito de reembolso quando pagar sem ciência do devedor ou com oposição deste. Tal situação ocorrerá se o devedor possuir argumentos convincentes para ilidir a cobrança do credor.
 Se o terceiro não interessado pagar em nome do devedor sem que o devedor soubesse desse pagamento, ele prática uma liberalidade e não tem direito de ressarcimento, também não há qualquer efeito com relação ao credor, pois ele recebeu e deu a quitação, então não tem mais o que ele fazer.
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu: O pagamento só será válido,ou seja, produzirá efeito, se o imóvel entregue for do legítimo proprietário ou de quem o represente, caso contrario será ineficaz. 
Parágrafo único. Se si der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la: Se for dado pelo devedor coisa fungível ao credor como pagamento o credor consumir e mais tarde souber que o devedor não era dono da coisa fungível que foi dada, o verdadeiro proprietário da coisa deverá cobrado do devedor as perdas e danos. Se si tratar de bem consumível, o pagamento permanecerá, não terá como desfazer.
- Dação em pagamento (Art. 307): Dação em pagamento é cumprir com a prestação diversa da que foi pactuada. Ex: Eu devo 100 mil reais em dinheiro, não tendo esse valor para ressarcir então pago dando um imóvel de mesmo valor. Pode ocorrer o efeito repristinatório, quando uma pessoa que não é dono, da o imóvel e depois tem que se desfazer, voltando ao estágio anterior.
Diferença da cessão de crédito para sub-rogação:
- Na cessão de crédito não ocorre o pagamento, na sub-rogação ocorre o pagamento da divida.
- Na cessão de crédito as garantias dos terceiros só permaneciam se eles consentirem, na sub-rogação as garantias vão automaticamente sem precisar de permissão se for terceiro interessado, se for terceiro não interessado não sub-roga-se. 
02/05/16
Daqueles a Quem se Deve Pagar:
Art. 308: O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito: O pagamento feito, a outra pessoa que não seja o credor ou quem o represente, é valido se ratificado pelo próprio credor. O pagamento efetuado a outra pessoa que não seja o credor ou quem o represente, mais que se reverteu a seu proveito também é eficaz. 
O pagamento é válido: 
- Quando o devedor prova que o pagamento reverteu em benefício do credor (mesmo sendo totalmente incapaz).
- Pagamento ratificado pelo credor (não foi feito o pagamento especificamente ao credor mas ele deu a quitação).
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor: Credor putativo é aquele que aparenta ser credor mas não é. O pagamento feito é válido, mas tem que observar a boa fé objetiva. 
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu: Não é valido pagamento feito ao credor incapaz de quitar, exceto se comprovado que em favor dele se reverteu. 
incapaz: No caso de credor incapaz deve-se pagar ao seu representante legal. 
Capaz: No caso de credor capaz, paga-se a ele mesmo pois possui legitimidade. 
Representante Convencional: Em caso de Representante convencional (por mandato = procuração) paga-se a ele mesmo.
Art. 311 - Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias que contrariarem a presunção daí resultante: Presume-se relativamente (ou seja admite prova em contrario) que a pessoa que possui a quitação está autorizado a receber o pagamento, neste caso não há necessidade de comprovar que o valor reverteu em favor do credor, a não ser em caso de circunstâncias que contrariem a presunção de quitação podemos citar um cheque que ao receber está com a assinatura rasurada.
Art. 312 - Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor: Se o devedor tiver ciência da penhora sobre o crédito ou da discussão existente a cerca do mesmo, este deverá depositar a prestação a disposição do juízo onde tramitará as respectivas demandas, sob pena de não o fazendo correr o risco de pagar de novo, caso não haja o devido repasse pelo credor que recebeu.
Solvens: Quem paga (devedor ou terceiro)
Accipiens: Quem recebe (Credor Putativo, credor)
02/05/16
Do Objeto do Pagamento e Sua Prova:
Prestação:
 Dar: dinheiro ou coisa
fazer 
não fazer
Perdas e danos 
. Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa: Pelo princípio da identidade física do objeto eu só sou obrigado a dar a quitação se o objeto avençado for o combinado, se a pessoa entregar objeto diverso do que foi convencionado e eu aceitar também haverá pagamento, mas de forma indireta (Dação em pagamento).
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou: Se as partes concordarem pode-se pagar por partes, se nada estiver convencionado sobre isso o credor não é obrigado a aceitar o pagamento por partes.Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes: A dívida tem que ser paga no vencimento, sob pena de incorrer em mora. A dívida em dinheiro tem que ser paga em moeda corrente do país, ou seja, não é obrigado aceitar cheque, cartão de crédito, moedas estrangeiras etc, porém se o credor quiser aceitar ele pode. Sempre observando o valor nominal, princípio do nominalismo, ou seja, observando os valores de cada nota, também não podendo ser exigido que se pague com tantas notas de tantos reais. 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas: A cláusula de escala móvel que é um índice da atualização, representa uma exceção ao princípio do nominalismo.
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação: Ocorrendo por motivos imprevisíveis desproporção entre o valor da prestação devida e o valor da prestação no momento de sua execução, a pedido da parte pode o juiz corrigi-lo com base na Teoria da Imprevisão, assegurando quanto possível o valor real da prestação.
A partir de um fato imprevisível e de caráter geral a situação econômico – financeira da relação obrigacional restou prejudicada, fazendo com que o poder judiciário reduzisse o valor de uma delas a fim de readquirir – se tal equilíbrio. O caráter geral significa que o fato deve atingir uma coletividade de pessoas, de modo que O STJ entende que no nosso país inflação e desemprego não são causas imprevisíveis.
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial: Em regra não se pode convencionar pagamento em ouro ou moeda estrangeira a não ser pelo decreto 857/69 que estipula que a fixção em moeda estrangeira é valido na celebração de contratos internacionais.
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada: A quitação é direito subjetivo do solvens, de modo que se o credor não quiser dar a quitação o solvens pode reter o pagamento.
 Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante: Requisitos 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida: Os requisitos do art. 320 são dispensáveis, pois sem esses requisitos ainda valerá a quitação se houver presunção de que a dívida foi paga.
Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores: Se vc fizer o pagamento das últimas parcelas de uma dívida periódica, sem pagar as primeiras, presume-se, ou seja, admitindo prova em contrário, que estão solvidas as parcelas anteriores.
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos: Devendo o boleto atrasado com juros, e não tendo o dinheiro para pagar toda a dívida, o dinheiro que vc der vai quitar primeiro os juros e depois o que sobrar abate do capital.
09/05/16
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento: 
 Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento: 
Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida:
 Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução:
09/05/16
Do Lugar do Pagamento: 
Quando do contrato não consta o local onde a prestação deverá ser quitada
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias: No silêncio das partes a regra é que a prestação deve ser paga no domicílio do devedor, chamada pela doutrina de obrigação quesivel, neste caso é o credor que deve ir até o domicílio do devedor para receber o cumprimento da prestação, essa regra só existe na falta de convenção pelas partes. 
Fora isso pode as partes convencionar em e ser feita em qualquer lugar, a doutrina chama isso de obrigação portável.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles 
Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem: O que transfere tem que ser feito no local da situação do imóvel, ou seja, o registro tem que ser feito no local onde se encontra o imóvel. 
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. 
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato: O pagamento reiteradamente feito em local diverso do pactuado sem oposição do credor faz presumir renúncia do credor ao local estipulado no contrato. A doutrina chama isso de supressio (direito suprimido que importa em renúncia ao local do pagamento). Surrecio (o devedor adquiri definitivamente o direito de efetuar o pagamento em local diverso do previsto o contrato). Suprecio e Surrecio proíbem o comportamento contraditório pelo princípio da boa fé objetiva, que é cláusula aberta tendo conceito jurídico indeterminado, onde somente o caso em concreto dirá. 
Do Tempo do Pagamento
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente: Em regra o pagamento é avista, imediato, se não ficou estipulado que a obrigação é de trato sucessivo, continuado, o pagamento deverá ser feito imediatamente, salvo disposição em contrario que é a autonomia privada (pessoas privadas podem auto regrar-se)
Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor: 
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
 I – no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
 II – se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; 
III – se cessarem, ou se si tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
10/05/16
Do Pagamento em Consignação: É o meio indireto de extinção da relação obrigacional em que o devedor diante das dificuldades atribuídas pelo credor para a efetivação do pagamento deposita em estabelecimento bancário oficial ou mesmo em juízo a prestaçãodevida. As dificuldades trazidas pelo credor faz com que este esteja em mora creditoris .
Consignação em pagamento extrajudicial (somente dinheiro):Quando o devedor não consegue pagar o credor, este pode depositar em conta, através de um estabelecimento bancário oficial (Banco do Brasil e CEF). Após o pagamento em conta judicial o Banco tem 10 dias, a partir do retorno do AR( aviso de recebimento) positivo, para notificar o credor de que o devedor depositou o dinheiro. O credor pode aceitar (haverá a extinção da obrigação pelo pagamento), recusar (a relação obrigacional não é extinta, e o devedor pode entrar com uma ação de consignação judicial) ou silenciar (haverá a extinção da obrigação pelo pagamento).
Ação de Consignação em pagamento: Quando se entra direto pelo meio judicial, no final dessa ação terá uma sentença que, se for julgada procedente a consequência é a extinção da obrigação, se a sentença for julgada improcedente significa que o devedor não pagou, não depositou corretamente e ele está com juros de mora, em atraso desde a data do vencimento. Essa ação cabe de acordo com o art. 335
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais
Art. 335. A consignação tem lugar:
 I – se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; 
II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos (obrigação quesível);
 III – se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; 
V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento: Se o seu pedido foi julgado improcedente você pagará tudo que você devia mais juros de mora. 5 dias da data do deposito. 
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.
Devedor: consignante
Réu: consignatário
Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as consequências de direito: Enquanto o credor não se manifestar (aceite ou recusa), o devedor pode desistir de efetuar o pagamento em consignação,e poderá levantar o valor depositado 
 Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores: Pode depois da sentença o consignante desistir do deposito, mas não basta o consentimento do credor, mas também o consentimento dos outros devedores e fiadores. 
Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no levantamento, perderá a preferência e a garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores e fiadores que não tenham anuído: O credor citado que contestou ou aceitou o depósito e o concordar com a desistência por parte do devedor ele perde a preferência, perde os fiadores e eventuais devedores solidários também estará exonerados, ou seja é possível após a manifestação do credor haver desistência do deposito se este aceitar.
Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada. 
Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente: O devedor poderá intimar o credor para que ele em 5 dias faça a escolha, se ele não fizer a escolha o direito a concentração passa a ser do devedor. 
Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor: Se for julgado procedente o pedido, as despesas com os custos da manutenção da coisa ficam por conta do credor, se julgado improcedente quem arca é o devedor. 
Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento: Se a pessoa é devedora de uma obrigação litigiosa, tem que fazer a consignação em pagamento para não pagar mal e ter que pagar de novo. 
Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação: São os próprios credores que notificam o devedor para que ele deposite em consignação com medo de que um credor passe a perna no outro.
Do Pagamento com Sub-rogação 
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: 
I – do credor que paga a dívida do devedor comum; 
II – do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; III – do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
 I – quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
 II – quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito. 
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores. 
Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.
 Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever.
Da Imputação do Pagamento
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos: Imputação ao pagamento ocorre quando o devedor possui dois ou mais débitos da mesma natureza perante um só credor sem patrimônio suficiente para saldar todos e a este a lei permite indicar qual débito está pagando. Para imputar é necessário que todas as dívidas estejam líquidas e vencidas. 
 Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo: 
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital:Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa: 
Dação em Pagamento: Ocorre quando o devedor efetua o pagamento com objeto diverso do que foi pactuado, com o consentimento expresso do credor. 
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida (c/c 313): 
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda: Aplica-se as regras da compra e venda: Garantias legais: Vícios redibitórios (vícios ocultos), evicção (perda do direito transmitido)
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão: São aplicadas as normas referentes a cessão de credito. 
OBS: Titulo de credito é um documento onde esta descrito um credito em favor de alguém. O titular do credito é aquele que portar o titulo, determinado devedor não pode opor ao portador do titulo uma defesa se ele é terceiro. 
23/05/16
Da Novação: É o meio indireto e não satisfatório de extinção da relação obrigacional em que o credor e devedor por meio de ato negocial decidem constituir uma nova relação obrigacional com o fim de substituir a anterior, que ainda esta pendente. 
Requisitos :
Relação pendente
Nova relação substituta
Modificação substancial do objeto
Animus novandi: Vontade de criar uma nova relação.
- Expresso
- Tácito 
Modalidades:
Novação Objetiva: Tão somente diferença substancial no objeto, mantendo-se as mesmas partes.
Novação Subjetiva ativa: Nova relação com mudança de credor: Novo credor, mesmo objeto, mesmo devedor, e a relação estará quite com o credor originário, por causa de novo contrato.
Novação Subjetiva passiva: Novo devedor
- Novação Subjetiva passiva por expromissão: Substituição do devedor sem o consentimento deste. (art.362)
- Novação Subjetiva passiva por delegação: Há a participação do devedor primitivo. (art.363)
Art. 360 Dá-se a novação:
 I – quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; 
 II – quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; 
III – quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este. (Subjetiva ativa)
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira: Intenção de novar é a intenção de constituir uma nova relação para substituir a anterior.
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste: Novação Subjetiva passiva por expromissão
 Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição: Em regra com a novação subjetiva passiva ocorre a liberação do devedor originário perante o credor, aja vista a extinção da relação anterior. Essa conclusão é inerente a novação subjetiva passiva por expromissão ou por delegação sem má fé do devedor primitivo. No entanto se o devedor primitivo, na novação passiva por delegação agiu de má fé para obter a sua substituição, sabendo por exemplo que o novo devedor era insolvente ou mesmo de outro motivo que tornar- se difícil o adimplemento da novação poderá o credor voltar-se contra o devedor primitivo. 
 Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação: Os bens do terceiro só estarão no novo contrato se ele consentir, se não, ele estará liberado. 
Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados: Se um dos devedores solidários fizer uma novação sem a participação dos demais, estes estarão exonerados da relação, não respondendo por mais nada. 
 Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal: Se o devedor fizer uma novação sem a anuência dos seus fiadores, estes estarão exonerados, não respondendo por mais nada.
 Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas: Não pode novar obrigação nula ou já extinta. Pode-se ter novação de dívida prescrita, é uma declaração do devedor de estar renunciando a prescrição, uma renuncia tácita.
24/05/16
Da Compensação 
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem: A compensação pode ser total ou parcial.
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis: 
Dividas liquidas: É aquela em que se tem definição quanto a quantidade e qualidade do objeto. O objeto tem que estar 100% definido.
Dividas vencidas/exigíveis: Não se pode compensar uma prestação que ainda não venceu. Não se tem compensação legal de dívida prescrita
Dividas fungíveis: Os objetos da relação têm que ser fungíveis entre si, ou seja, dívida de dinheiro só se compensa com dinheiro. Os objetos tem que ser homogêneos. 
Compensação convencional: Onde vigora a autonomia das partes se pode fazer compensação de qualquer objeto, sem serem fungíveis entre si. Só não pode ferir as normas de ordem publica.
Compensação judicial: Aquela determinada pelo juiz nos autos do processo. 
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato. 
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado: 
1a- Corrente diz que o fiador só pode opor compensação com relação ao credito do afiançado. Justificativa de que para que se tenha compensação o devedor e credor tem que ser recíprocos, o fiador é responsável então não há reciprocidade, ou seja, não poderá haver compensação.
2ª – Corrente do professor Gustavo Tempedina não faz essa diferenciação, entende que pode haver compensação com o credito do afiançado contra o demandante e também em relação ao credito do próprio devedor. UMA VEZ DEMANDADO, ESSE FIADOR PODE OPOR COMPENSAÇÃO CONTRA QUALQUER CRÉDITO. Corrente mais aceita. 
Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a compensação.
 Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto: (Dividas que não se podem compensar por causa da relação obrigacional)
 I – se provier de esbulho (tomar a posse de forma injusta. Ex: sem terra), furto ou roubo; 
II – se uma se originar de comodato, depósito (personalíssimo) ou alimentos; Se ambas as dívidas forem de comodatos, deposito ou alimentos ai pode.
 III – se uma for de coisa não suscetível de penhora: Não pode compensar se um dos objetos não for suscetível de penhora, Ex: salário da pessoa. 
 Art. 374. (Revogado).62
 Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas: Clausula excludente, onde no próprio contrato as partes convencionam pormútuo acordo a exclusão do direito de compensar, e nenhuma das partes poderá opor compensação. A renúncia é um ato unilateral e pode ser feito somente por uma parte, porém a outra parte poderá opor compensação pois ela não renunciou.
Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever: O terceiro que assume débito de outrem não pode opor compensação.
 Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente: Se o devedor for notificado, e não opor exceção (sobre compensação contra o credor originário ) no momento da cessão, depois não poderá opor exceção (a compensação que tinha) ao novo credor, porém, se o devedor não tiver sido notificado, ou informou ao novo credor ele poderá opor exceção pessoal (defesa). 
Em havendo cessão de crédito, sabe-se que é necessária a ciência inequívoca do devedor sob pena de ineficácia com relação a este. Se notificado o devedor e este titular de crédito contra o credor cedente não informar ao terceiro cessionário sobre tal direito, não poderá contra este opor compensação.
Por outro lado, se o devedor não for notificado ou se notificado, informar ao cessionário sobre tal direito, poderá opô-lo em momento oportuno. 
Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação. 
Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento.
 Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio credor disporia: Se ocorrer a penhora do crédito, não poderá haver compensação, para poder resguardar o direito de terceiro. 
É possível que o devedor se torne credor do seu credor originário e não possa opor compensação, isto acontecerá se um terceiro penhorar o credito do credor originário antes que o devedor passe a ser credor. Neste caso a lei prioriza o direito do terceiro que passou a ser beneficiário do crédito antes que o devedor se torna-se credor. 
Da Confusão: Ocorre a confusão quando a qualidade de credor e devedor se confundem na mesma pessoa. 
Confusão total: Quando o sujeito for credor e devedor de uma mesma quantia.
Confusão parcial: Quando o sujeito for credor e devedor de uma quantia parcial que não chega ao valor total.
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor: 
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.
 Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade.
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior.
Da Remissão das Dívidas: É a declaração de vontade reptícia em que o credor perdoa total ou parcialmente a obrigação. É tida como um negocio jurídico, pois necessita de um acordo, de uma convenção, da declaração de vontade de ambas as partes. 
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.: É um ato jurídico bilateral, tem que haver concordância do devedor para que a divida seja perdoada.
OBS: Quando o devedor quiser perdoar e o credor não aceitar o perdão: Se o credor não cobrar e o devedor não pagar, havendo a prescrição da obrigação, o instituto que ocorre é a renuncia. 
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir. 
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida. 
Art. 388. A remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida: 
Av2
Figuras híbridas 
*Meios indiretos (consignação, confusão...) priorizar a lei , ler os art.
Conceito de obrigações 
Obrigação solidária 
Obrigação de fazer
Casos concretos
Semana 9:
João deve R$ 1.000,00 a Pedro que recebe esse valor, por depósito em sua conta bancária, após o vencimento da dívida, conforme prometera João. Acreditando haver recebido a dívida, Pedro remeteu o título a João, dando-lhe quitação da dívida e, em seguida, recebeu uma cobrança de seu sócio José que alega haver depositado a importância em conta errada e por engano. O que deve fazer José para reaver seu dinheiro?
R)José demonstrando erro pode reclamar de João a restituição do valor depositado.
Obj.:
-A
-"A" e D
Semana 10:
Roberto adquire um imóvel no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) pagável em dez parcelas iguais e mensais de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Roberto efetua o pagamento regular de nove parcelas. Em decorrência de fatores alheios à sua vontade, torna-se inadimplente em relação à última parcela. No intuito de honrar o compromisso e liquidar o seu débito, ele oferece ao credor um veículo avaliado em R$ 50.000,00. Após avaliar o bem, o credor aceita o veículo e dá quitação da parcela vencida. Qual a forma utilizada pelas partes para liquidação da última parcela? Fundamente sua resposta.
  
R)Dação em pagamento art.356
Obj.:
1-C (art347. ,II)
2-C ( não pode convencionar)
Semana 11:
(Juiz Substituto MG 2004/2005) João compra de Mário determinado bem, sendo o preço fixado para pagamento a prazo. Vencido o prazo, João pediu prorrogação, mas Mário dele exigiu nota promissória, com o mesmo valor, com nova data de pagamento, mas sem qualquer ressalva. Não sendo pago o título na data aprazada, Mário pediu a rescisão do contrato, com a devolução do bem, apresentando a nota promissória nos autos. Qual seria a decisão CORRETA do Juiz. Justifique a sua resposta
R)Deve o juiz decretar a rescisão do negócio sob o fundamento de que não havendo ressalva e não tendo intenção do credor de fazer circular o título, houve simplesmente confirmação da obrigação e não novação.
Obj.:
1-D
2-D( art.319)

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