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1 Gestão da Manutenção Industrial Aula 4 Prof. Luiz Felipe Cougo Gestão da Manutenção Manutenção Preditiva e Criticidade Manutenção Preditiva � Manutenc ̧ão que permite garantir uma qualidade de servic ̧o desejada, com base na aplicac ̧ão sistemática de técnicas de análise, (…) (...) utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenc ̧ão preventiva e diminuir a manutenc ̧ão corretiva”. (ABNT NBR 5462-1994) � Qualquer atividade de Manutenção cuja estratégia esteja fundamentada em reparar, restaurar ou substituir um dispositivo após a detecção de uma falha iminente � Indicar as condic ̧ões reais de funcionamento das máquinas com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de degradac ̧ão � Ex.: através de CEP – predizer a ocorrência de uma falha 2 Objetivos e Características da Manutenção Preditiva � Otimizar a troca dos componentes estendendo o intervalo de manutenção � Eliminar desmontagens desnecessárias para inspec ̧ões � Impedir o aumento de danos � Reduzir o trabalho de emergência não planejado � Aumentar o grau de confiança de um equipamento ou linha de produc ̧ão e outros � Possibilita predizer quando os componentes estarão próximos de seu limite de vida � Possibilita a parada do equipamento antes que os danos severos possam ocorrer � Viabiliza a montagem de equipamentos substitutos (Spares) � Permite controlar solicitações com o objetivo de estender o tempo operacional � Cria as condições para a definição das causas do efeito Importante � Exige mão de obra constantemente treinada e especializada (própria ou terceirizada) � Exige recursos de análise em geral que demandam custos 3 Manutenção Preditiva Tipos de monitoramento 1. Subjetivo 2. Objetivo 3. Contínuo Subjetivo � Exemplos • “Ronco” do motor de um carro • Ruídos de: rolamentos, polias, redutores • Folgas • Trepidações • Coloração de fluidos etc. Objetivo � Para este tipo de monitoramento é necessário a utilização de equipamentos e instrumentos específicos Características a) O valor medido independe do operador do instrumento b) Os valores podem ser armazenados para análises posteriores c) É necessária a capacitação do operador do instrumento e do analista dos resultados d) O instrumento deve ser calibrado = confiabilidade � Métodos de aplicação – Exemplos • Estudo das vibrações, • Análise dos óleos • Análise do estado das superfícies e análises estruturais de peças • Termografias • Ultrassom • Ferrografia 4 � Com este procedimento pode- se planejar a intervenção (preventiva ou corretiva), planejando os recursos necessários e realizando a programação dos serviços, evitando-se desperdícios e perdas na produção Contínuo � Este modo de acompanhamento também pode ser considerado como objetivo, inclusive envolve suas características � O monitoramento contínuo tem crescido muito no setor industrial, inclusive com a monitoração remota Passos Necessários para um Trabalho de Manutenção Preditiva � Definição do que se deseja monitorar no item/processo � Determinação da grandeza/variável do processo que melhor retrate o que se deseja monitorar � Especificação do instrumento adequado para a aquisição das informações (da variável) Definir Parâmetros de Controle � Instrumentalizar � Treinar � Treinar � Treinar � Monitorar e analisar 5 Manutenção Detectiva � Assim como a Manutenção Preditiva, a Manutenção Detectiva gera corretiva planejada, ou seja, uma vez detectada a falha, é programada a sua correção � A Manutenção Detectiva é focada em sistemas de proteção, que não podem falhar quando solicitados, visando aumentar sua confiabilidade. Estes que, se falharem, podem colocar em risco a segurança ou a continuidade operacional Engenharia de Manutenção Consiste em deixar de ficar consertando e evoluindo para: � procurar causas básicas � modificar situações permanentes de mau desempenho � eliminar problemas crônicos � melhorar padrões e sistemáticas � desenvolver manutenibilidade Consiste em deixar de ficar consertando e evoluindo para: � fornecer informações ao projeto/ fabricante � interferir tecnicamente nas compras � planejar intervenções � treinar pessoal � reduzir custos � etc. 6 Gerência de Manutenção – Ações � Gestão de equipamentos � Gestão das atividades de manutenção � Gestão de sobressalentes � Gestão de recursos humanos � Gestão da documentação � Gestão econômica Gestão da Manutenção Viabilidade e Criticidade � Critérios a considerar • Qualidade • Prazo • Custo Manutenção Estratégica � Custo relativo da manutenção em relação ao faturamento bruto das empresas (dados de 2011): • Médio = 3,95 % • Mínimo = 1,50 % (Petróleo) • Máximo = 10,00% (Aeronáutica e Eletroeletrônica) Custos de Manutenção � Composição básica • Custo da mão de obra própria • Custo de serviços de terceiros • Custo de material � Origens • Diretos • Indiretos 7 � Diretos • Execução dos reparos: corretiva, preventiva, preditiva, detectiva � Indiretos • Perdas na produção • Indenizações por danos pessoais • Indenizações por danos ambientais • Outros Balanço nos custos de manutenção Qual tipo de manutenção usar? � Não há uma abordagem de manutenção que seja intrinsicamente ruim. O que há são escolhas mal feitas ($) (Ocorrência) Corretiva 0 Preditiva Preventiva Diagrama da Manutenção � Corretiva: quanto maior a ocorrência, maior custo, relação proporcional � Preventiva: quanto maior a ocorrência, menor custo, até a um estágio de estabilidade (estoques, paradas programadas) � Preditiva: inicialmente um custo elevado, por questões de investimentos e a tendência é quanto maior a ocorrência, menor o custo. A ação é dada na hora e no ponto certo 8 Prevenir e detectar falhas Inspeções através dos operadores Controle programado Em serviçoTPM Prevenir e detectar falhas Medições Controle programado Em serviçoPreditiva Garantir por determinado período seu funcionamento Parada para inspeção ou troca de componente Inspeção programada Fora de serviço Preventiva tradicional Retorno ao serviço Troca de componentes FalhaFora de serviçoCorretiva Objetivo da intervenção Tarefa a realizar Motivo de inspeção Tipo de funcionamento Tipo de manutenção Viabilidade Tipos de manutenção X Operacionalização Definição de Criticidade � Existem diversos modelos que podem ser utilizados para definir o grau de importância de um Ativo para a organização. As seguintes ferramentas podem contribuir para tomada de decisão e realização de PCM adequado: • Classificação dos ativos • Matriz de Probabilidade X Severidade • Matriz GUT • Hazop • FMEA • Árvore de falhas • etc. Exemplo de Criticidade Classe “A” ���� equipamentos vitais aos processos e únicos � São os equipamentos que participam do processo produtivo de forma direta ou indireta, cuja parada provoca a perda total da função do sistema � Estes tipos de equipamentos não possuem redundâncias e são únicos no processo � Para estes equipamentos são indicadas manutenção Preditiva com monitoramento e controle rigorosos usando a manutenção preventiva nos componentes onde seja conhecido o TMEF – Tempo Médio Entre Falhas (MTBF – Mean Time Between Failures) 9 Classe “B” ���� equipamentos vitais aos processos e com duplicate � São similares aos equipamentos Classe“A”, porém possuem redundância e, portanto provoca somente perda parcial da produção � Importante ressaltar que esta parada parcial também ocasiona perda de faturamento para a empresa � Para estes equipamentos a indicação de manutenção é a mesma que a indicada para a Classe “A” (basicamente, equipamentos classe A onde é possível e viável a redundância) Classe “C” ���� equipamentos não vitais ao processo e únicos � São os equipamentos que não participam diretamente do processo produtivo, ou seja, a parada desta classe de equipamentos não interrompe a produção � Mesmo assim, sua quebra causa um desconforto grande para as instalações da empresa � Para estes equipamentos também se recomendam as manutenções preditivas e preventivas, porém as exigências são menores que as apresentadas nas Classes “A” e “B” Classe “D” ���� equipamentos não vitais ao processo e com duplicate � Esta categoria engloba os mesmos aspectos apresentados pelos equipamentos de classe “C”, sendo que a grande diferença reside no fato de não serem equipamentos únicos para realizarem suas funções � Para equipamentos desta classe, em alguns casos nem manutenção preventiva se realiza, deixando ações somente para as intervenções corretivas 10 Classe “E” ���� equipamentos que não participam do processo produtivo � São para equipamentos que não participam do processo produtivo e suas paradas ou redução de desempenho por falhas não causam nenhum impacto na produção � Para esta classe de equipamentos, a princípio bastaria a manutenção corretiva Classe “F” ���� equipamentos fora de operação � A princípio não se realiza nenhum tipo de manutenção nestes equipamentos, porém alguns equipamentos ou componentes devem ter um plano de manutenção específico � Este procedimento é realizado para evitar a sua degeneração perdendo valor no descarte. A ideia básica é vender o equipamento com o valor de um usado que é superior ao valor pago por sucata Fonte: Rodrigues, UTFPR – 2012
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