Introdução (1)

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LORDOSE
Aluna: Antônia Gomes de Oliveira
Professor: Celso Polakiewicz
Introdução
Um mundo globalizado, com mudanças rápidas e intensas exige organizações e pessoas preparadas para enfrentar demandas de ordem social e profissional. O acelerado desenvolvimento tecnológico e suas implicações na automação e o incremento de atividades no setor de prestação de serviços, aliados, ainda, a clientes mais exigentes, conscientes de seus direitos de consumidor e forte concorrência no mercado, impuseram novas demandas às organizações. Esse cenário tem gerado consequências negativas à saúde do trabalhador, alertando os profissionais de saúde para questões relacionadas ao incremento de doenças ocupacionais que incidem sobre os trabalhadores, interferindo em seus processos mentais, tanto numa dimensão individual quanto coletivamente.
Nas organizações, muitos trabalhadores vivenciam algum tipo de sofrimento físico ou psíquico decorrentes das atividades de trabalho. Sentimentos e emoções permeiam as relações de trabalho, pois são componentes intrínsecos à experiência humana. Cabe à Psicologia aceitar o desafio de prevenir os elementos psicológicas potencialmente desestabilizadoras para a saúde e intervir sobre as condições que os determinam.
Frente a toda esta situação o trabalhador enfrenta na atualidade um crescente desafio, o de enfrentar uma grande e crescente pressão psíquica em seu trabalho. Embora esta pressão não seja exclusiva do momento atual, é notório seu incremento a partir das últimas décadas, onde um cenário de diversas inovações implantadas no plano da tecnologia e das comunicações num mundo cada vez mais globalizados acaba por provocar também uma serie de ajustes no campo do trabalho.
Saúde Mental e Trabalho 
As sociedades passam na contemporaneidade por aceleradas mudanças, trazendo repercussões nos mais diversos âmbitos da vida. Somando -se a situação que se vive na atualidade uma crise econômica, como consequência da mesma muitas empresas tiveram muitos problemas provocando assim um índice de demissões significativa. 
Em paralelo a esta ocorrência, e por extensão a ela, a abertura de novas vagas também sofreu um acentuado declínio.
Frente a toda essa situação o trabalhador enfrenta a atualidade um crescente desafio, o de enfrentar uma grande e crescente pressão psíquica em seu trabalho. 
Um dos objetivos mais recentes da saúde mental não se restringe apenas à cura das doenças ou a sua prevenção, mas evitar esforços para a implementação de recursos que tenham como resultados melhorem condições de saúde para a população.
Não é raro encontrar pessoas que, por uma condição de sua psicodinâmica interna, possuem a propensão a trabalhar em excesso e a divertir-se muito pouco; outras, pelo contrário, passam os dias a divertirem-se; outras ainda não conseguem fazer nem uma coisa nem outra. Sabe-se hoje que tanto o trabalho, quanto a diversão em proporções satisfatórias são critérios para avaliar um funcionamento psíquico saudável.
A relação entre a saúde e o trabalho vem sendo alvo de investigações e estudos e, a saúde do trabalhador configurou‐se com uma questão prioritária para a área da saúde no Brasil. Essa preocupação com relação ao estudo sobre o trabalho e o trabalhador é importante, pois é através do conhecimento que podemos evitar, diminuir e alicerçar novas ideias aos problemas agravados ou provocados pelo trabalho tanto em nível individual como coletivo.
Através da história vemos o quanto avançou, mas que ainda tem‐se muito o que fazer, pois o atendimento é desigual, já que nos encontramos em uma sociedade completamente capitalista, aonde que tem muito, paga muito e recebe muito, enquanto os que pouco tem, recebem o proporcional a isso. Cada época tem a sua demanda diferenciada em virtude de que os instrumentos de trabalho se modificam, mas o homem continua sendo o mesmo trabalhador e o produto final, com suas necessidades, desejos, frustrações, etc. Sabe‐se que as patologias se originam de fatores biológicos, ambientais e socioculturais, enfim um conjunto de agravantes e não podem ser tratados somente com remédios que é o que acontece atualmente, essa visão abre uma porta para a reflexão sobre os modelos vigentes, ampliando a visão sobre a saúde ocupacional e da medicina em geral. Uma equipe multi ou interdisciplinar é o diferencial em todo este processo, pois é ela quem tem condições de abordar o todo, conhecer o indivíduo, suas necessidades, estudar a relação entre a patologia e o trabalho e contribuir para transformar este processo. Alguns elementos são reconhecidos como aqueles que têm certa interferência, ou uma tendência, a participar ativamente na qualidade de saúde mental do trabalhador na sua relação com o trabalho. Primeiramente, cabe discursar sobre a importância da motivação no trabalho.
Estresse no trabalho
A expressão stress foi utilizada pela primeira vez pelo endocrinologista Hans Selye em 1936 na Áustria. Selye passou alguns anos observando pacientes e percebeu que sintomas como hipertensão, falta de apetite, desânimo e fadiga sem estarem doentes. Este fator chamou a atenção do médico que atribui estes sintomas a algo que ele chamou de “síndrome de estar enfermo”. O estresse não deve ser chamado de doença, mas um fator que leva até a doença. 
 LIPP (2005, p.10-20) afirma que o estresse “...é uma reação complexa e global do organismo, envolvendo componentes físicos, psicológicos, mentais e hormonais, que se desenvolve em etapas ou fases”.
O estresse vem ficando cada vez mais em evidência, o que tem feito diversos autores a se interessarem pelo tema. Isto deve-se ao aumento da intensidade da vida moderna, cada vez mais pessoas tem buscado preencher seu tempo com as mais diversas atividades e pouco tempo tem para cuidar de si. Este aumento significativo tem levado pessoas a se dedicarem mais ao trabalho, focar-se em metas que devem ser batidas no final do mês e até mesmo se ocupar em mais de uma empresa para elevar o salário no fim do mês. 
Segundo Liberato et al. (2013) “O estresse é essencialmente um grau de desgaste no corpo e de mente, que pode atingir níveis degenerativos”. 
Isso acontece porque as doenças acometidas pelo estresse podem chegar a um potencial destrutivo muito grande já que o mesmo tem fases que vão desde o estado mais simples, onde o estresse é necessário para impulsionar pessoas na sua rotina, o que não é necessária ente ruim, no entanto, num estágio mais avançado este problema pode levar até a morte, tamanho o poder destrutivo dele.
A pressão no trabalho é inevitável devido as demandas do ambiente de trabalho contemporâneo. A pressão percebida como aceitável pelo trabalhador pode até mesmo manter os trabalhadores alerta, motivados, capazes de trabalhar. Entretanto, quando esta pressão se torna excessiva ou, diferentemente, não-manejável, isto leva o estresse. O estresse pode prejudicar a saúde dos trabalhadores e sua performance elabora.
CONCLUSÃO
As políticas e gestão da saúde e da medicina do trabalho devem ser centradas no ser humano, isso porque, alguns desses fatores de riscos podem ocasionar uma diminuição do nível de saúde do trabalhador, bem como a qualidade das relações humanas na empresa. Todos eles interatuam e repercutem sobre o clima psicossocial da empresa e sobre a saúde física e mental dos trabalhadores. Os fatores psicossociais estão relacionados com os resultados econômicos das empresas, pois afetam a qualidade e produtividade. Além disso, respeitar os direitos de personalidade dos trabalhadores forma parte da obrigação legal no atual ordenamento jurídico.
Concluímos que, talvez uma das características importantes no que se refere à saúde dos trabalhadores seja a de que eles têm condições de reconhecer as situações de risco do trabalho para sua saúde, mas não têm tido outra opção que a submissão a tai s condições. É comum, atualmente, ouvir-se que quem tem um emprego, nãoimporta qual, já pode ser considerada uma pessoa de sorte. Essa submissão consciente a condições inadequadas, particularmente no que diz respeito ao ritmo de trabalho e às pressões cotidianas, parece estar se tornando um fator adicional de sofrimento psíquico que merece uma atenção especial da área de Saúde Mental e Trabalho.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
-Reaab Glina, Debora Miriam, Saúde Mental no Trabalho - da Teoria á Prática, Bauru, 2009.
-Cunha Ribeiro. Stress e Trabalho. Uma Abordagem Psicossomática. Edição: 4ª 2005.
- Liberato, Ballstaedt,H. L. Estresse no trabalho.2013
-WWW.SCIELO.ORG