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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
VALÉRIA BELLOZUPKO
LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: a importância do brincar pela perspectiva dos professores do CEIM padre armando
Videira
2015
LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: a importância do brincar pela perspectiva dos professores do CEIM padre armando
RESUMO: O presente artigo tem como tema a Ludicidade na educação infantil, onde o brincar é a principal linha de pesquisa, pois a brincadeira faz parte da vida da criança, sendo parte importante da construção cognitiva da mesma. Porém a ludicidade muitas vezes não é usada de forma a trazer um aprendizado significante para a criança. O objetivo deste trabalho é descobrir a importância do brincar pela perspectiva dos professores do CEIM Padre Armando por meio de pesquisa de campo, considerando que nos dias atuais ainda é possível encontrar muitos professores que não tem consciência do valor de se trabalhar com o lúdico. O referencial teórico baseia-se na construção do conhecimento, físico, cognitivo e social através de conceitos lúdicos, incluindo jogos, brinquedos e brincadeiras na educação infantil, reforçada por autores como: Piaget, Vygotsky e Kishimoto. 
Palavras- chave: Ludicidade. Aprendizado. Educação Infantil. Professor. Brincar
		
1 INTRODUÇÃO				
O presente artigo visa analisar a importância do brincar no desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil. Tem como objetivo analisar as concepções sobre ludicidade dos professores e estímulo da escola sobre o uso do lúdico e evidenciar a importância do brincar no processo de ensino e aprendizagem das crianças.
A temática deste projeto surgiu da afirmação de que os benefícios oferecidos pela ludicidade são muitos e contribuem para o crescimento da criança, aumentando seu interesse por tais atividades e estimulando assim o prazer do aprendizado. 
O ato de brincar na educação infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade. Deste modo, à criança estará resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a capacidade de compreender pontos de vista diferentes, de fazer-se entender e de demonstrar sua opinião em relação aos outros.
O lúdico é constituído por dois elementos: o prazer e o esforço espontâneo. É considerado prazeroso, devido a sua habilidade de envolver o indivíduo de forma intensa, desenvolvendo um clima de entusiasmo. Este aspecto de envolvimento emocional o torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para consecução de sua finalidade.
Sendo assim, a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido a influencia que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem. Para a realização deste trabalho, foi utilizada a pesquisa bibliográfica fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites referentes ao tema, após as principais considerações sobre ludicidade, foi feita uma pesquisa de campo com os professores da CEIM Pe. Armando da Costa com o objetivo de descobrir a opinião dos mesmos sobre a importância da aplicação da ludicidade em alunos da educação infantil. Deste modo, tal estudo proporcionará uma visão mais consciente acerca da importância do brincar na vida do ser humano, e em especial na vida da criança.
	
2 REVISÃO DA LITERARURA
	
O brincar pode ser incluído no processo escolar de uma forma estimulante, abrindo espaço para a expressão livre e envolvendo a criança num mundo cheio de imaginação. Pois quando a criança entra num processo de construção de conhecimento, começa a despertar o faz-de-conta. A partir deste momento, vai ter novas ideais e experiências, tornando-se um sujeito crítico e colocando-se em contato com as diferentes linguagens.
Segundo Vygotsky (1984), as crianças pequenas experimentam os seus desejos, muitos deles impossíveis de se realizarem de imediato. Para isso elas se envolvem num mundo imaginário onde os desejos são realizados, seria então o brincar a imaginação em ação. Do ponto de vista do desenvolvimento da criança o jogo traz vantagens sociais, cognitivas e afetivas. [...] o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança. Por meio dele, ela sempre age além do comportamento habitual de sua idade, é como se ela fosse maior do que na realidade. 
Conforme santos (1999), para a criança, brincar é viver. Esta é uma afirmativa bastante usada e aceita, pois a própria história da humanidade nos mostra que as crianças sempre brincaram, brincam hoje e, certamente, continuarão brincando. Sabemos que ela brinca porque gosta de brincar e que, quando isso não acontece, alguma coisa pode não estar bem. Enquanto algumas crianças brincam por prazer, outras brincam para dominar angústias, dar vazão à agressividade.
O brinquedo fornece ampla estrutura básica para mudança das necessidades e da consciência. A ação na esfera imaginativa, numa situação imaginária, a criança das intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real e motivações voluntárias, tudo aparece no brinquedo, que se constitui, assim, o mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar. A criança desenvolve-se, essencialmente, através do brinquedo. Somente nesse sentido pode ser considerada uma atividade condutora que determina o desenvolvimento da criança. (VYGOTSKY, 1984, p117)
Sobre a influência que o brincar tem na formação social da criança, Lima (2006) afirma que lentamente com a brincadeira, a criança vai formando vínculos, pois brinca com objetos externos e internos, invertendo o papel da realidade e da fantasia, havendo uma troca entre os dois “mundos”. Brincando, a criança tem a oportunidade de enfrentar o medo daquilo que ainda não conhece, do que é novo para ela. É brincado com o desconhecido, que aquilo se torna conhecido, brincando com o medo, que o enfrenta, e acaba por vencê-lo.
A partir dos conceitos sobre o brincar no desenvolvimento humano, segundo Oliveira (2008), por meio da brincadeira, a criança pequena exercita capacidades nascentes, como representar o mundo e de distinguir pessoas, possibilitadas especialmente pelos jogos. Ao brincar, a criança passa a compreender as características dos objetos, seu funcionamento, os elementos da natureza e os conceitos sociais.
A primeira relação da criança com a aprendizagem é justamente o fato de a criança aprender a brincar, o fato de a brincadeira estar intimamente ligada à comunicação com outros indivíduos e ao contato com suas próprias emoções, o que favorece à criança, o desenvolvimento de sua auto-estima e a formação de vínculos. (DOHME, 1998, p. 163).
Para Piaget (1978) as origens das manifestações lúdicas acompanham o desenvolvimento da inteligência vinculando-se aos estágios do desenvolvimento cognitivo. Cada etapa do desenvolvimento está relacionada a um tipo de atividade lúdica que se sucede da mesma maneira para todos os indivíduos.
Através das brincadeiras, a criança aprende a seguir regras, experimenta formas de comportamento e se socializa, descobrindo o mundo ao seu redor. Cerisara (2002) coloca que toda situação imaginária que envolve o brinquedo já pressupõe regras, ocultas ou não e que o contrário é verdadeiro, ou seja, todo jogo tem explicitamente ou não, uma situação imaginária envolvida. Nesse sentido, o faz-de-conta é em especial significativo para o desenvolvimento infantil, por estar relacionado á imaginação. 
Do ponto de vista psicológico, Vygotsky (1984) atribui ao brinquedo um papel importante, ele é um motivo para ação. O autor ainda afirma que não é correto definir o brinquedo como uma atividade prazerosa à criança, pois muitas atividades não lhe proporciona prazer,uma vez que estas não lhe são atraentes, ou ainda, como no caso de jogos esportivos, que são muitas vezes acompanhados de desprazer, quando o resultado não é favorável ao aluno.
A brincadeira tem importância fundamental no processo de aprendizagem, pois segundo Pellegrini (1998), quanto mais estímulos o aluno receber mais facilidade ele tem para aprender. É importante que estes estímulos estejam voltados para o seu mundo, para a realidade de cada um e que estes possam despertar emoções positivas, pois assim, o aprendizado ocorrerá de forma mais eficiente.
Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Brasil, 2009), o conteúdo que compõe as propostas pedagógicas deve garantir à criança formas de apropriação, integração de conhecimentos e aprendizagem de várias linguagens, além de abranger os direitos à liberdade, expressão, respeito, convivência e interação com as outras crianças.
O artigo 4º das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (Brasil, 2009), expõe que “As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro de planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura”.
Diante disso, o papel do educador é estimular a imaginação das crianças, despertando ideias e questionando-as para que busquem soluções. 
A criança desenvolve-se pela experiência social, nas interações que estabelece desde cedo, com a experiência sócio-histórica dos adultos e do mundo por eles criados. Dessa forma, a brincadeira é uma atividade humana na qual as crianças são introduzidas constituindo-se em um modo de assimilar e recriar a experiência sócio-cultural dos adultos. (WAJSKOP, 2001, p.25)
Nessa perspectiva, é preciso que o educador reconheça as implicações da atividade lúdica como meio para o desenvolvimento da criança, além de compreender a realidade individual dos alunos e propiciar atividades lúdicas levando em consideração os interesses e as necessidades o aluno. 
O brincar é agradável por si mesmo, aqui e agora. Na perspectiva da criança, brinca-se pelo prazer de brincar, então porque suas consequências sejam eventualmente positivas ou preparatórias de alguma outra coisa. No brincar, objetivos, meios e resultados tornam-se indissociáveis e enredam a criança em uma atividade gostosa por si mesma, pelo que proporcionou no momento de sua realização. (MACEDO, 2005, p. 14).
O educador que se utiliza de jogos torna o aprendizado mais dinâmico, desenvolvendo também a sua criatividade, inovando assim suas aulas. Antunes (1998, p. 36) considera que o jogo ajuda o educando a construir suas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade e simboliza um instrumento pedagógico que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem.
O trabalho do professor, não consiste em resolver problemas e tomar decisões sozinho. Ele anima e mantém as redes de conversas e coordena ações. Sobretudo, ele tenta discernir, durante as atividades, as novas possibilidades que poderiam abrir-se à comunidade da classe, orientando e selecionando aquelas que não ponham em risco algumas de suas finalidades mais essenciais na busca por novos conhecimentos. (SMOLE, 2000, p.136).
Portanto, ao professor cabe o papel de mediador, orientando o aluno para ter iniciativa em propor novas respostas para as situações-problema apresentadas.
Sobre o papel da escola no trabalho lúdico, Almeida (2000) defende que é preciso compreender claramente que o trabalho escolar deve ser mais que um jogo e menos que um trabalho (restrito). É um equilíbrio entre um esforço e um prazer, instrução e diversão, educação e vida, nas escolas maternais e jardins será ainda quase um jogo, um divertimento, um desafio; seres mais avançados estarão próximos ao trabalho (produção, elaboração, busca, descoberta do conhecimento). 
Fridmann (1996) escreve que a escola tem que trabalhar para que a criança desenvolva integralmente. Para que isso ocorra a mesma deve dispor de vários recursos necessário, metodologia diversas e materiais variados. A autora enxerga a escola como um local de transformação social:
A escola é um elemento de transformação da sociedade; sua função é contribuir, junto com outras instâncias da vida social, para que esta transformação se efetive. Nesse sentido, o trabalho da escola deve considerar as crianças como seres sociais e trabalhar com elas no sentido de que sua integração na sociedade seja construtiva (...). A educação deve instrumentalizar as crianças de forma a tornar possível a construção de sua autonomia, criticidade, criatividade, responsabilidade e cooperação. (FRIDMANN, 1996, P. 54)
O uso dos “brinquedos educativos” também é bastante interessante, desde que haja realmente um objetivo na utilização dos mesmos, visando o desenvolvimento da criança e não apenas dados com intenção de distraí-la por alguns momentos. Eles são ótimos instrumentos para o processo de ensino-aprendizagem, desde que usados adequadamente, pois através deles é possível que a criança trabalhe diversos aspectos, Kishimoto (2005) esclarece:
O uso do brinquedo educativo com fins pedagógicos remete-nos para a relevância desse instrumento para situação do ensino aprendizagem e de desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a criança pré-escola aprende de modo intuitivo, adquire de noções espontâneas, e processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, afetividade, corpo e interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande relevância para desenvolvê-lo. Ao permitir a ação intencional (afetividade), a construção de representações mentais ( cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sócio motora ( físico) e as trocas de interações ( social), o jogo contempla várias formas de representação da criança ou suas múltiplas inteligências, contribuindo para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil, ( KISHIMOTO, 2005, p. 36)
Kishimoto (2005) também declara que o brinquedo educativo tem duas funções dentro da realidade escolar: a lúdica proporciona prazer e diversão e educativa, pelos conhecimentos e habilidades possíveis de serem desenvolvidos através desses instrumentos.
Os jogos são de suma importância, desde que o professor esteja preparado para aplicar essas atividades. É necessário um planejamento que estabeleça seus objetivos. Não há como um professor ter uma boa prática sem ter uma base no teórico, por esse motivo os professores têm que estar sempre pesquisando, e se aprimorando sempre em constante atualização.
O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado para realiza-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante. ( ALMEIDA, 2000, p.63)
Com relação à formação profissional, o professor deve estar habilitado e atuar como educador é preciso que ele saiba conduzir o processo de ensino-aprendizagem de forma democrática, organizando a participação educandos na conscientização social. Cabe então ao docente interceder neste processo, propondo, uma pedagogia da autonomia onde o sujeito é autor do seu próprio conhecimento e o educador é o mediador do processo de ensino aprendizagem.
No que diz respeito à relevância do conhecimento na formação do professor Isabel Alarcão (2003, p. 15) relata que nesta era chamada de sociedade da informação e do conhecimento “o conhecimento tornou-se e tem de ser um bem comum. A aprendizagem ao longo da vida, um direito e uma necessidade.” Enfatizando com esta afirmação sobre o quanto o conhecimento se tornou indispensável perante as exigências deste novo tipo de sociedade. Estefator provoca a reflexão sobre o quanto o educador deve buscar atualizar-se para que possa atender as demandas desta sociedade inovada, ressaltando também, que o conhecimento é um processo contínuo que acontece por toda a vida e que nunca acaba.
3 METODOLOGIA
	 Optou-se por utilizar a pesquisa bibliográfica, expondo a revisão literária com a fundamentação teórica a respeito da importância da ludicidade na educação infantil na perspectiva de autores como Piaget, Vygotsky e Kishimoto.
	Foi elaborado também, como forma de pesquisa de campo, um questionário destinado aos professores para obter dados referentes opinião deles sobre a relevância da ludicidade na educação infantil e o suporte que recebem da escola para este tipo de atividade.
	Posteriormente a aplicação da pesquisa, foi executada a tabulação dos dados coletados. Os resultados passaram por minuciosa análise, que assim gerou um relatório composto pelo diagnóstico final sobre o tema. 
	Sendo assim, este estudo buscou analisar a opinião de educadores sobre como o lúdico é importante no processo de formação da criança na educação infantil, bem como de quais as formas o tema é aplicado na unidade escolar onde lecionam, constatando assim suas contribuições de aprendizagem no desenvolvimento dos educandos. 
3.1 Análise E Resultados Dos Dados 
	
	A pesquisa de campo foi feita por meio de questionário com as seguintes perguntas:
Você considera importante a prática do lúdico na educação infantil? Por quê?
 Você trabalha com alguma ferramenta lúdica? Qual?
De que forma o lúdico esta inserido no planejamento?
Quais as principais dificuldades para a execução da ludicidade em sala de aula?
A escola possui materiais necessários para trabalhar o lúdico?
( ) Sim ( ) Não
A escola estimula o uso do brincar no processo de aprendizagem?
( ) Sim ( ) Não
Foram entrevistadas oito professoras das mais diversas áreas de ensino da Creche Pe. Armando da Costa, localizada no bairro Santo Antônio em Campos Novos, SC. Por meio das perguntas acima citadas, os educadores puderam expressar sua opinião sobre a aplicação da ludicidade no ensino infantil.
A respeito da importância do lúdico imposta primeira pergunta, a resposta foi unânime: todas acreditam que o brincar tem importância crucial na educação infantil, sobre o porquê, a maioria respondeu que o lúdico contribui na formação da criança para a vida.
Na segunda questão, sobre quais ferramentas lúdicas elas utilizam, a maioria respondeu que estimula o brincar por meio de atividades envolvendo música e utilizando materiais como cordas, bolas e brinquedos educativos que ajudam no desenvolvimento da coordenação motora, lateralidade e estruturação espacial da criança.
Quanto à inserção do lúdico no planejamento, todas relataram que a escola dá suma importância ao trabalho do mesmo em sala, e sobre o suporte de materiais para trabalhar com a ludicidade, expuseram que a escola CEIM Pe. Armando de Costa constantemente adquire novos materiais e brinquedos educativos que possibilitam o trabalho do tema com os alunos e a unidade escolar estimula sempre o uso do lúdico no processo ensino-aprendizagem, onde sucessivamente o assunto é pautado em reuniões pedagógicas com o objetivo de instigar os educadores a manterem essa forma de ensino em suas aulas, e não apenas no período de recreação.
Diante das respostas, é possível perceber que as educadoras entrevistadas tem a consciência do quanto é importante trabalhar o lúdico na fase de formação da criança, e que também a escola CEIM Pe Armando de Costa da todo o suporte necessário e inclusive estimula o uso do brincar como forma de ensino.
4 REFERÊNCIAS 
ÂNGELO: 32 Idéias divertidas que auxiliam o aprendizado. São Paulo: Informal, 1998.
ARAUJO, Fabíola Peixoto de. Ludicidade e infância. Pedagogia. Fundação Universidade do Tocantins. Curitiba: EADCON, 2008. 
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução CNE/CEB 5/2009. Brasília: Diário Oficial da União, dez. 2009.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, 1998. v. 2.
BITTENCOURT, Glaucimar Rodrigues. FERREIRA, Mariana Denise Moura. A importância do lúdico na alfabetização. Publicado julho 2, 2008 DOHME, V. D’
BROUGERE, Gilles. A criança e a cultura lúdica. Rev. Fac.Educ. [online]. 1998, vol.24, n.2, pp. 103-116. ISSN 0102-2555. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-25551998000200007
 
FRIEDMANN, Adriana: Brincar, crescer e aprender. São Paulo: Moderna, 1996.
GOULART, Íris Barbosa.Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor.Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
KISHIMOTO. Tizuko Morchida. Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação. 6. ed. Rio de Janeiro: vozes, 1993.
KISHIMOTO,Tizuko Morchida. (org.). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 8ª.ed. São Paulo: Cortez, 2005.
LAVORSKI, Joyce, Júnior Venditti, Rubens. A ludicidade no desenvolvimento e aprendizado da criança na escola.
MACEDO, Lino. PASSOS, Norimar Christe. PETTY, Ana Lúcia Sícoli. Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.
PEREIRA, Mary Sue. A descoberta da criança: introdução à educação infantil. Rio de Janeiro: WAK, 2005. In: ARAUJO, Fabíola Peixoto de. Ludicidade e infância. Pedagogia. Fundação Universidade do Tocantins. Curitiba: EADCON, 2008.
PIAGET, J. & INHELDER, B. A psicologia da criança. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1989.
SANTOS, Santa Maili Pires. A ludicidade como ciência. Petrópolis: Vozes, 2001.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedo e infância: um guia para pais e educadores. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
SNEYDERS, Georges. Alunos felizes. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. Tradução: José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. São Paulo: Martins Fontes. 1984. 
VYGOTSKY, L. S.; Luria, A. R. (1996). "A criança e seu comportamento". In: Estudos sobre a história do comportamento: o macaco, o primitivo e a criança. Porto Alegre, Artes Médicas, pp.151-238.

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