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Resumo de Direito Civil I

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Direito Civil como direito privado. 
Código Civil de 2002
Estrutura: Parte Geral e Parte Especial (Obrigações; Empresarial; Direito das coisas; Família e sucessões). 
Princípios: São clausulas gerais. Clausulas que tratam de princípios valorativos não expressos legislativamente. 
Eticidade: ética, boa fé. 
Sociabilidade: função social da propriedade (art. 1228, parágrafo único do Código Civil)
Operabilidade: conceitos aberto, margem para interpretação (art. 21 do CC)
Clausula Geral: Clausulas que tratam de princípios valorativos não expressos legislativamente.
Direito Civil e a Constituição de 1988
Antes de 88, Direito Privado e Publico não se misturavam. A partir dessa data o Código Civil passou a “andar junto” com a Constituição Federal no sentido de proteger a vida privada. 
O Código Civil foi constitucionalizado. 
Ex. Artigos 5°, 11 e 226 da Constituição tratam de matérias privadas como família e propriedade privada. 
	 
Aula 2- Aula de revisão de IED. 
Aula 3- Personalidade Jurídica. 
Conceito: Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. Esta é, portanto, qualidade ou atributo do ser humano. Pode ser definida como aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil. É pressuposto para a inserção e atuação da pessoa na ordem jurídica. 
Teorias usadas para explicar o inicio da personalidade jurídica:
Teoria Natalista: A personalidade jurídica começa com o nascimento com vida. 
Teoria Concepcionalista: O Nascituro já tem seus direitos assegurados. 
O sistema brasileiro adota as duas teorias, ou parte delas. 
Ex. Art. 2 do Código Civil. 
O fato de o bebê nascer com vida pode alterar uma linha sucessória, pois mesmo que ele tenha nascido e logo após morrido, existiu uma personalidade jurídica e o caso tem relevância jurídica. Ex. Caso do Ronaldinho e da Maria Chuteira. 
Embora o Nascituro não seja uma pessoa, o Código Civil também garante direitos como: a vida, de proteção e a alimentos. 
Ao nascer com vida> Adquire-se capacidade jurídica. > A personalidade jurídica é a medição de capacidade. >Sujeito capaz de adquirir direitos e contrair deveres. 
A capacidade pode ser capacidade de fato ou capacidade de direito. 
Capacidade de fato: 
Absolutamente incapaz: Artigo 3° do Código Civil. Menores de 16 anos só podem realizar atos da vida civil se forem representados, pois são absolutamente incapazes. 
Relativamente incapaz: Artigo 4° do Código Civil. Pode realizar atos da vida civil caso esteja assistido. 
São relativamente incapazes: Maiores de dezesseis e menores de dezoito; os ébrios habituais e os viciados em tóxicos para fins patrimoniais; os que não puderem exprimir sua vontade; pródigos para fins patrimoniais; Determinados indígenas (não aculturados) serão regulamentados por legislação especial. 
Art. 5°- Menoridade cessa aos 18 completos. 
Capacidade de Direito: Plena capacidade. Discernimento total necessário. 
Emancipação: 
Conceito: Plena capacidade civil antes dos dezoito. Artigo 5° do Código Civil. 
Voluntário: vontade dos pais. Art. 5°, I 
Judicial: ato do juiz. 
Legal: por casamento ( excepcionalmente artigos 1520 e 1517 do Código CC) Incisos III, IV e V não são mais aplicáveis. 
Morte – Fim da personalidade (Pessoa Natural) 
Morte real ou total: Consciência de que a morte ocorreu. Corpo presente, rito, enterro, comprovação em geral.
Morte presumida: Perigo de vida. Ex. Amarildo, Helisia (Caso do goleiro Bruno) 
Morte com comoriência: Quando duas ou mais pessoas morrem e não se consegue identificar qual precedeu um ao outro, presumir-se-ão mortos simultaneamente. Tem relevância no Direito de sucessão. 
Individualização da pessoa natural
Nome Civil: 
Elementos componentes do nome civil 
Prenome, nome próprio ou nome de batismo.
Sobrenome, patronímico, apelido de família ou nome de família. 
Agnome. É o sinal que se acrescenta ao nome completo para distingui-lo de outros parentes que possuem o mesmo nome. Ex: Filho, Neto, Segundo, II 
Cognome, ou apelido, epíteto, alcunha, hipocorístico. Ex: Xuxa, Pelé e Garotinho. 
Pseudônimo: Utilizado no meio artístico ou literário. Ex. George Orwell.
Os nomes em regras são imutáveis. 
Quanto à alteração do nome civil: 
Quando expuser o titular ao ridículo ou a situação vexatória, bem como se tratando de nome exótico. 
Havendo erro gráfico evidente caracterizado por equivoco de grafia. 
Para incluir apelido publico notório 
Pela adoção
Pelo uso prolongado e constante de nome diverso
Quando ocorrer homonímia depreciativa gerando embaraços profissionais ou sociais. Ex. Fernandinho Beira-Mar, nomes de celebridades, citados em músicas ou em comerciais de forma pejorativa.
Pela tradução em casos que o nome é grafado em língua estrangeira. Ex. Peter- Pedro. 
Quanto ao sobrenome: 
Pela adoção 
Pelo casamento, quando é facultativo a qualquer dos nubentes acrescerem o nome do outro, inclusive podendo ambos modificar o nome, acrescendo o nome do seu consorte. 
Pelo divórcio. 
Para a inclusão de sobrenome de ascendente, desde que não prejudique o patronímico dos demais ascendentes. 
Pela união estável. 
Alterações motivadas: as citadas acima. 
Alterações imotivadas são as mudanças por vontade e sem se enquadrar nos casos descritos. 
Lei 6015, art. 56. Só poderá ser alterado o nome no período de 1 ano após o indivíduo completar 18. 
Estado Civil 
Familiar: Casado, solteiro, divorciado. 
Político: Nacionalidade. 
Pessoal: Relativamente ou absolutamente incapaz. Plenamente Capaz. 
Domicílio Civil 
Conceito: Artigo 70 do Código Civil. “O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.” (OBS. Pluralidade de domicílios: Artigos 71 ao 74)
Conceito doutrinário: Sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos de direito e onde pratica habitualmente seus atos e negócios jurídicos. 
Elementos: 
Objetivos: Fixação da pessoa em determinado lugar.
Subjetivo: Intenção de ali permanecer com animo definitivo.
Tipos de domicílio: 
Voluntário: aquele que é fixado por vontade. 
Legal ou necessário: determinado pela lei. Artigo 76. Exceção à regra. 
Especial: definido por contrato. Mais presente em questão processual. 
Ausência 
Ocorre a ausência quando uma pessoa desaparece de seu domicilio sem deixar noticias. Ex. A pessoa foi trabalhar e nunca mias foi vista. 
Irá abrir-se um processo de ausência para que primeiramente seja declarada a ausência dessa pessoa e futuramente declarar a morte presumida do individuo, depois de um longo tempo. 
Art. 22 do CC: Desaparecendo uma pessoa do seu domicilio sem dele haver noticia, se não deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhes os bens, o juiz a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
Obs¹: O juiz só age se for provocado. 
Só ocorrerá a curadoria dos bens quando: 
1 A pessoa desapareceu e não se tem notícia dela
2 A pessoa não deixou procurador. 
3 O interessado ou o Ministério Público ajuizou a ação de ausência 
4 O juiz declara a ausência da pessoa. 
5 O juiz nomear um curador para administrar os bens do ausente 
Obs²: Procurador com poderes insuficientes- Art. 23 do CC 
Em regra, quando a pessoa deixar um procurador não se necessitará de um curador. Contudo caso o Procurador: a) não quiser exercer o mandato; b) não puder exercer o mandato (viagem, doença); c) os poderes dele não forem suficientes. 
Daí se faz necessário o juiz nomear um curador. 
Art. 24 do CC 
O Juiz fixará os poderes e obrigações do curador 
Art. 25 do CC- Quem será o curador? 
1° na ordem de preferencia será o cônjuge, desde que não esteja separado judicialmente ou de fato por mais de dois anos. 
Art. 25, §1°, do CC 
Na falta do conjugue, será nomeado
2° na ordem de preferencia: os pais. Não os ascendentes, pois poderia se tratar dos avós. 3° Na ordem de preferencia: os descendentes. 
Art. 25 §2°-Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. 1) filhos, 2) netos, ) 3 Bisnetos. 
Art. 25 §3° - Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. Exemplos: Irmão, sócio, amigo, tio, etc. 
Ausência- Sucessão Provisória 
Art. 26 do CC 
Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. 
Quando se poderá ser aberta a sucessão provisória? 
1 ano = curadoria
3 anos= se o ausente deixou procurador. 
A declaração de ausência objetiva a proteção do patrimônio do desaparecido levando a sucessão provisória e a sucessão definitiva. 
Diferença entre a sucessão provisória e definitiva. 
Provisória
1 -A pessoa é considerada ausente. 2- Os herdeiros possuem apenas a posse dos bens. 3- Os herdeiros não podem alienas os bens do ausente 
Definitiva 
1- A pessoa é considerada morta. 2- Os herdeiros possuem a posse e a propriedade dos bens. 3- Os herdeiros podem dispor dos bens da forma que bem entenderem. 
Art. 27 do CC- Quem são os interessados na sucessão provisória? 
O cônjuge, desde que não separado judicialmente. 
Os herdeiros presumidos (os colaterais, por exemplo, tios, sobrinhos, irmãos), herdeiros legítimos(cônjuge, ascendentes e descendentes) 
Os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte (casa de locação). 
Os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
Art. 28 Curadoria dos bens do ausente 
Só produzirá efeitos após 180 dias de publicada em Diário Oficial (Imprensa). Mas durante esse período a sentença pode transitar em julgado, daí pode-se fazer a abertura de testamento da pessoa ausente e a partilha de bens. 
Art. 30 Os herdeiros devem prestar garantias 
Caso haja alguma coisa com o patrimônio do ausente, o herdeiro responderá com o próprio patrimônio. 
§1° Aquele que não tiver como dar essas garantias será excluído da partilha 
§2° O cônjuge, ascendentes e descendentes, uma vez provada que são herdeiros, poderão, independente de garantia, entrar na posse dos bens. 
Art. 31 Alienação dos bens imóveis do ausente 
Alienação dos bens do ausente: 1- por ordem judicial; 2- para evitar a ruina. 
Exceção: Pode haver a substituição dos bens do ausente, caso, por exemplo, ele seja criador de gado e não haja entre os herdeiros alguém que saiba dar prosseguimento ao ramo. 
Art. 33 Como ficarão os frutos e rendimentos dos bens do ausente? 
Os ascendentes, descendentes ou cônjuge podem ficar com o rendimento total que o bem gerar. Porém se for outros sucessores estes deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos. 
Parágrafo Único. Ele perderá os 50% que ficou capitalizado a sua espera se for provado que a ausência foi voluntária e injustificada. 
Art. 35- Será declarado o falecimento do ausente na data que se encontrarem o corpo ou vestígios. 
Art. 36- Se o ausente aparecer cessarão as vantagens dos sucessores ficando eles responsáveis pelos bens até a entrega. 
Ausência- Sucessão Definitiva 
Devemos lembrar que se trata de morte presumida, pois como não temos um corpo, a presunção se dá pelo decurso de tempo. 
Sucessão definitiva= declaração de morte da pessoa. 
Art. 37 Quando se abre a sucessão definitiva?
Dez anos depois de passada em julgada a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. 
Cauções= garantias 
Art. 38 O prazo pode ser encurtado se o ausente tiver 80 anos de idade e não se tem notícia dele por 5 anos. 
1) Dez anos após transitada em julgada a sentença da Sucessão Provisória 
2) se a pessoa já possui mais de 80 anos e faz mais de 5 anos que não se tem notícias 
Art. 39 E se o ausente aparecer? 
Após 10 anos se o ausente aparecer (Obs: 10 anos após a abertura da sucessão provisória) ele terá direito nos bens no estado que estão, os sub rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
OBS²: Parágrafo único > Caso nenhum interessado promover a sucessão definitiva e o ausente não regressar, os bens arrecadados passarão ao domínio do município, Distrito Federal ou União, se estiver em território federal. 
Aula 5- Direito de personalidade 
Artigo 11. São absolutos e subjetivos, ou seja, todos têm que respeitar e é a faculdade da pessoa de defender seu próprio direito. 
Conceito: É o direito que a pessoa tem de defender os direitos de sua própria existência; os direitos inerentes ao ser humano; os direitos da pessoa. 
Ex. Direito a vida, ao nome, a honra, disposição do próprio corpo, saúde e imagem. 
Características: 
A) Intransmissíveis: Pertence ao seu titular e não pode transmitir a outra pessoa. Ex. nome e imagem.
B) Irrenunciáveis: Não se pode abrir mão dos direitos da personalidade. Ex: a vida. 
C) Indisponíveis: Nem sempre a pessoa pode dispor da forma que quiser. Ex. doação de um órgão não duplo, como o coração. A integridade física é indisponível. 
D) Imprescritíveis: Não se perdem por não terem sido exercidos a algum tempo. Ex. Certidão de nascimento tardia. 
E) Inatos: Todos nós temos. 
F) Extrapatrimoniais: Não estão sujeitos a valores ou aferição econômica, imateriais. 
G) Absolutos: Não permite relativização, pode-se exigir que todos respeitem esse direito. 
H) Vitalícios: válido desde o nascimento até a morte, alguns persistindo até após a morte como o direito a honra e à imagem. Ex. Solitário de Copacabana e publicações no Facebook. 
Alguns tipos: 
Disposição do Próprio Corpo> Artigos 13 do Código Civil, Art. 14, Art. 199, §4° da CF
A integridade física é um direito da personalidade e, portanto, é indisponível e inviolável. 
Transgêneros- Enunciado 276, IV Jornada Civil, art. 13. 
Sobre doação de órgãos pós vida- Prevalece a vontade da pessoa- 277, IV Jornada Civil, art. 14 
Saúde> artigo 15 do CC 
Se não for da vontade da pessoa se submeter a tratamento médico ou processo cirúrgico ninguém pode obriga-la. Princípio da Autonomia da Vontade. 
Enunciado 403 da V Jornada de Direito Civil, art. 15- É respeitado a crença da pessoa caso essa não deseje tratamento médico, incluindo transfusão de sangue, com dois requisitos: a) capacidade civil plena; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada. 
Em caso extremo de vida ou morte será levada em consideração a proteção da vida e vontade médica. 
Privacidade/ Imagem> Art. 5°, Inciso X da CF; Art. 17, Art. 20, Art. 21 do Código Civil. 
Trata-se da violação do Direito da Imagem. Não se pode pegar a imagem para fins comerciais, difamatórios ou qualquer outro que seja sem a autorização do agente. 
Direito ao esquecimento- A possibilidade de impedir a divulgação de informações que apesar de verídica cause prejuízo a determinada pessoa. Ex. Crimes/Acidentes que ocorreram a determinado tempo. 
Pessoa Jurídica 
Pessoa jurídica é a reunião de pessoas, de bens, que empreendem esforços em busca de fins comuns, podendo ser sujeito de direitos e deveres na ordem civil. 
Requisitos: a) Reunião de Pessoas e bens; b) Finalidade em comum; c) Personalidade e capacidade jurídica. 
Pessoa Jurídica de Direito Privado 
A) Associações; B) Fundações de Direito Privado; C) Sociedades; D) Empresas Individuais; E) Organizações religiosas; F) Partidos Políticos. 
Pessoa Jurídica de Direito Público 
A) União; Poder executivo (incluindo a pessoa do presidente), ministérios, secretarias e seus órgãos (exército). 
B) Estado; Governador, secretarias e seus órgãos (Polícia Civil). 
C) Distrito Federal; Governador, secretarias e seus órgãos. 
D) Municípios; Prefeito, secretarias e seus órgãos. 
E) Autarquias; INSS 
F) Fundações Públicas; Banco Central, Inep, Universidades Públicas. 
Diferença entre Autarquias e Fundações Públicas 
Autarquias são compostas por associação, ex. INSS; Fundações Públicas contém base patrimonial, ex.UFRJ. 
Administração Pública Direta e Indireta 
Administração Pública Direta> Tem personalidade Jurídica própria, mas não suas entidades. Exemplo: União- Exército; Estado- Polícia Civil. Municípios e o Distrito Federal também fazem parte dessa categoria. 
Administração Pública Indireta> Entidades públicas que tem personalidade jurídica própria. Autarquias e Fundações Públicas. 
Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno e Externo 
Pessoa Jurídica de Direito Público Interno> Interno pois trata-se internamente da República Federativa do Brasil e das pessoas jurídicas existentes nela. Ou seja, União, Estado, Municípios, Distrito Federal, Autarquias e Fundações Públicas. 
Pessoas Jurídica de Direito Público Externo> Tratam de assuntos externos à Federação. Ou seja, segundo o artigo 42 do Código Civil, Estados Estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo Direito Internacional Público. 
A União é a única no sentido que ela assume caráter interno e externo, quando o presidente está em viagem internacional diplomática. 
Responsabilidade Civil Objetiva
Adotada pela Pessoa Jurídica de Direito público. Fundamento na Teoria do Risco Administrativo (não na do risco integral, em que o Estado responde em qualquer circunstância). 
Nessa teoria a vítima fica isenta de provar que houve culpa ou dolo, somente sendo necessária a comprovação do nexo de causalidade. 
O Estado exonerar-se-á da obrigação de indenizar se provar: 
a) culpabilidade exclusiva da vítima; 
b) força maior;
c) caso fortuito e
d) estado de necessidade.
Responsabilidade Civil Subjetiva
Adotada pela Pessoa Jurídica de Direito privado. A responsabilidade civil subjetiva depende de culpa ou dolo, sendo necessária a comprovação de algum destes. Responde pelo Código Civil. “Só responde pelo dano, em princípio, aquele que lhe der causa”. 
Pessoa Jurídica e o Direito de Personalidade
 A pessoa jurídica possui, como defende a posição doutrinária majoritária, alguns direitos de personalidade como direito à imagem e à honra. Contido no Art. 52, a exemplificação determina “ aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos de personalidade”
Para ser detentora de direito de personalidade, a pessoa jurídica tem que existir. Diferentemente da pessoa natural que a condição para existência jurídica é o nascimento, a pessoa jurídica tem como condição para a existência a vontade. 
Início da Personalidade Jurídica 
O início se dá pelo registro dos atos constitutivos. O local onde deve ser levado varia de acordo com as categorias de pessoa jurídica. 
Fim da Personalidade Jurídica
Assim como ocorre com as pessoas naturais, a extinção da pessoa jurídica determina o fim de sua personalidade jurídica. Deve ser lembrado que a extinção nunca é instantânea, pois, seja qual for a hipótese, deverá ser feita sua liquidação, com a realização do ativo (crédito) e o pagamento do passivo (débitos). 
Desconsideração da Personalidade Jurídica 
A desconsideração da personalidade jurídica pode ser definida como a simples medida processual em que o juiz determina a inclusão dos sócios ou administradores de uma pessoa jurídica no polo passivo da demanda pra que respondam com seu próprio patrimônio particular pelas dívidas dela. 
Teorias à cerca da desconsideração da Personalidade Jurídica 
Teoria Maior – É aquela que exige um motivo para que ocorra a desconsideração da personalidade, não bastando a simples inexistência ou insuficiência de bens da pessoa jurídica. Se faz necessário mostrar a inadimplência, o desvio de finalidade (desvio de função) ou a confusão patrimonial (assim como a fraude, abuso de direito) da Pessoa Jurídica. 
Teoria Menor – É aquela que não exige motivos para que seja decretada a desconsideração, bastando a inexistência ou insuficiência de bens da pessoa jurídica executada. 
Dos bens – Aula 8
Conceito doutrinário: Em sentido filosófico, é tudo o que satisfaz uma necessidade humana. Juridicamente falando, o conceito de coisas corresponde ao de bens, mas nem sempre há perfeita sincronia entre as duas expressões. Às vezes, coisas são gêneros e bens, a espécie; outras vezes, é ao contrário e por fim, usados como sinônimos. 
Classificação em corpóreos e incorpóreos.
Bens corpóreos: Objeto que podemos determinar em gênero, quantidade e qualidade. Ex. Cadeira. 
Bens incorpóreos: Objeto que não podemos classificar em gênero, quantidade e qualidade. Ex. Direito de imagem. 
Classificação no código civil: 
Bens considerados em si mesmo: 
Imóveis - Art. 79: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Natural – Solo; subsolo (o que é diferente das riquezas nele encontradas); Espaço aéreo (no caso que haja uma construção de dois andares, por exemplo).
Artificial – Acessões artificiais, ou seja, os produzidos pelo trabalho do homem. É tudo que o homem incorporar permanentemente ao solo, de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano. 
Ficcional ou Legal – Art. 80: Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram (trata-se de bens imateriais, que não são em si, móveis ou imóveis. O legislador, no entanto, para maior segurança das relações jurídicas, os considera imóveis. A lei considera os direitos sobre imóveis – servidões, usufruto, uso, habitação, rendas constituídas sobre imóveis, penhor, anticrese e hipoteca, além da propriedade – como imóveis, e, como tal, as respectivas ações, que são a própria dinâmica desses direitos (ações de reivindicação, hipotecárias, etc. Ex. Vitor que se apropria da casa de praia do vizinho e este entra com uma ação, que ao vender a respectiva casa, a transfere para o comprador.) II – O direito à sucessão aberta (o direito à sucessão é o complexo patrimonial transmitido pela pessoa falecida a seus herdeiros. É considerado bem imóvel, ainda que a herança seja considerada apenas de móveis. Neste caso, o que se considera imóvel não é o direito aos bens componentes da herança, mas o direito a esta, como unidade. Somente com a partilha e sua homologação judicial deixa de existir a herança, passando os bens a serem encarados individualmente. A sucessão aberta abarca tanto os direito reais como os pessoais. Dessa ficção legal deflui que a renúncia da herança é renúncia de imóvel, devendo ser feita por escritura pública ou termo nos autos mediante autorização do cônjuge, se o renunciante for casado. Ex. Venda dos bens no inventário). 
OBS: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; (Muito comum nos EUA. Ex. Retirada da casa do terreno por empresa especializada e transferida para outro lugar) II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem (Portas e janelas são bens imóveis mesmo quando retiradas provisoriamente) 
Móveis: Art. 82: São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da distinção econômico-social. 
Naturais - Móvel propriamente dito. Dividem-se em: bens suscetíveis de movimento próprio (ex. animais) e bens suscetíveis de remoção por força alheia (objetos inanimados, não imobilizados por sua destinação). 
Ficcional ou legal – Art. 83: Consideram- se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico (ex. energia elétrica), II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes (ex. Carro financiado pela Caixa Econômica Federal), III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações (Toda relação obrigacional é um Direito Pessoal de caráter patrimonial. Ex. créditos, direito de autor). 
OBS: Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Bens fungíveis e infungíveis: Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outrosda mesma espécie, qualidade e quantidade. (fungível= substituível); Possibilidade de substituição. Ex. Um professor que dá determinada aula na faculdade é fungível, assim como o pedreiro contratado para determinada obra. Já o professor que coloca um módulo de curso a venda e as pessoas comprar justamente pelo fato de ser ele, é infungível, assim como o palestrante esperado ou o cantor contratado. 
Bens consumíveis e não consumíveis: Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. Duráveis podem ser considerados consumíveis caso sejam colocados em alienação, ex. carros à venda na concessionária. 
Bens divisíveis e indivisíveis: Art. 87. Bens divisíveis são os que podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Tem de se analisar a natureza do objeto, levando em conta esses três fatores, para poder dizer se é divisível. Ex. Barra de chocolate é divisível, já que a não ocorre alteração na sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. Coisa que não ocorre com a barra de ouro, pois mesmo que não ocorra alteração na substância nem prejuízo do uso a que se destina, ocorre diminuição considerável no valor. Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. Coisa indivisa; pode ocorrer em divórcios litigiosos, pois os bens divisíveis ficarão indivisíveis até o acerto das partes. 
 Bens singulares e coletivos: Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentes dos demais. Art. 90. Constitui universidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Universalidade de fato: podem ser comercializados separadamente; ex. um livro, estabelecimento comercial. Art. 91. Constitui universidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Universidade de Direito: acervo, bens coletivos. Livro pertencente a uma biblioteca. 
Bens reciprocamente considerados: 
Bens principais e acessórios. Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõem a do principal. Ex. Um carro, uma casa são principais, já uma roda e um fogão são acessórios. Os bens acessórios se dividem em: 
Pertenças: Presentes no artigo 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação da vontade, ou da circunstância do caso. São bens que não constituindo parte integrante, se destinam de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento do outro. Ex. o equipamento de som em relação ao automóvel, os armários embutidos em relação ao imóvel; máquinas utilizadas em uma fábrica, os implementos agrícolas, as provisões de combustível, os aparelhos de ar condicionado”. Quando se compra o principal não se compra o acessório, salvo exceções.
Frutos: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. Frutos são utilidades produzidas periodicamente, por uma coisa; são bens que se retiram do bem principal, em síntese são bens ou rendimentos que a coisa principal produz. São divididos em naturais (o que a natureza produz), artificiais ou industriais (que contém ação humana, mesmo sendo uma plantação) e civis (rendimentos que se possa tirar da coisa; aluguéis, filhotes ou a diária do carro emprestado p/ UBER). De acordo com o art. 95, apesar de ainda não separados da coisa principal podem os frutos e os produtos serem objeto de negócio jurídico. Ex. frutos de uma lavoura podem ser negociados ainda pendentes.
Produtos: São as utilidades que se extraem de uma coisa, diminuindo-lhe a quantidade. São produtos, pois estes não são produzidos periodicamente. Ex. Ouro em uma mina, petróleo em uma reserva, pedra em uma pedreira. De acordo com o art. 95, apesar de ainda não separados da coisa principal podem os frutos e os produtos serem objeto de negócio jurídico. Ex. Ouro pode ser negociado antes de sua extração. 
Rendimentos: Em síntese, rendimentos são frutos civis, as prestações periódicas em dinheiro, decorrentes da concessão do uso e gozo”. Ex. Aluguem de um apartamento, carro, etc. 
Benfeitorias: Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. Benfeitorias são obras realizadas pelo homem na estrutura da coisa principal, com o propósito de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentem o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. São as benfeitorias de mero capricho ou recreação. Aumentam o valor da coisa ou tornam a coisa mais agradável. Ex. trocar o piso, construir uma piscina, uma sauna, decoração em gesso no teto. §2º São úteis as que aumenta ou facilitam o uso do bem. São as que aumentam ou facilitam o uso da coisa. Ex. aumento do estacionamento, instalação de aparelhos hidráulicos, abertura de uma janela/porta em um ambiente sem circulação de ar. §3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Têm por fim conservar a coisa e impedir que ela se deteriore ou pereça. Ex. concerto do telhado que está ruindo, da parede que sofreu infiltração, reparação de uma coluna. Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Ex. Caso do Vitor que se apropriou da casa de praia vizinha. 
Bens públicos: Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. São as coisas corpóreas ou incorpóreas pertencentes ao Estado, ou seja, as pessoas jurídicas de direito público interno. Podem ser divididos em: 
Bens de uso comum do povo: Praias, cachoeiras, rios, etc. 
Bens de uso especial: prédios onde funcionam as repartições burocráticas, batalhões de polícia e do exército. São inalienáveis (não podem ser vendidos), impenhoráveis (não podem ser comercializados) e imprescritíveis (não podem ser perdidos por usucapião.
Bens dominicais: bens que não sou de uso comum ou especial – terras devolutas. 
Aulas 9 - Fatos e negócios jurídicos 
Conceito de fato: todo acontecimento a que a norma jurídica atribui efeito. 
Fatos: 				
a) Vontade humana – fatos ou atos jurídicos
b) alheios à vontade humana – fatos naturais
Atos jurídicos: 		
a) Lícitos
	b) Ilícitos (186, 187, 188) (em regra sempre gera sanção) 
Classificação de fato:
Sentido amplo: todo acontecimento depende ou não da vontade humana, que a lei atribui certos efeitos. Ex. raio em carros. 
Sentido estrito: Independe da vontade humana (fatos naturais). 
c) Ato fato: É um fato jurídico qualificado pela atuação humana. (Ato fato = ato jurídico, porque depende da vontade do homem). 
Negócio jurídico 
Conceito: Advém da manifestação, em regra, de duas ou mais vontades como objetivo de criar, modificar ou extinguir relações jurídicas. Ex. contrato de compra e venda. 
Classificação 
Quanto a formação		
Unilateral: só uma parte tem a obrigação. Ex. promessa de recompensa. 
Bilateral: as duas partes têm a obrigação. Um de dar o preço e o outro de dar a coisa. Como o direito; um de receber a coisa e outro de receber o preço. 
Plurilateral: Ex. locação de imóvel por x amigos. 
Quanto ao sacrifício patrimonial das partes
Oneroso: prestação e uma contraprestação. 
Gratuito: Comodato. Ex. bomba de combustível, geladeira da AMBEV. 
Quanto ao momento da produção dos efeitos
Inter vivos: ato praticado entre vivos. 
Mortis causa: testamento. Só gera efeito pós falecimentos. 
Quanto as relações recíprocas
Principais: negócios que tem a existência própria e não depende de outro. Ex. compra e venda.
Acessórias: são os negócios jurídicos que tem sua existência subordinada ao principal. Ex. fiança. 
Quanto à forma
Solene: observa a forma prescrita na lei. Ex. contrato de compra e venda. 
Não solene: liberdade de forma, só não pode ofender a moral, a fé pública e os bons costumes. Ex. compra de um salgado. 
Quanto à eficácia 
Consensuais: se aperfeiçoam apenas com a vontade (consenso) das partes. Ex. compra e venda
Reais: se aperfeiçoam (validade) com a entrega da coisa. Ex. comodato e mútua. 
Interpretação do negócio art. 110/114
Aula 10 – Noções sobre os planos de existência, validade e eficácia do negócio jurídico. 
Plano de existência 
Vontade 
Expressa 
Escrita
Oral/Verbal
Gestos (ex. plaquinha de leilão)
Tácita (omissão) ex. renovação na assinatura da revista. 
Objeto 
Determinado – disponível por gênero, qualidade e quantidade
Determinável – disponível por gênero e quantidade. 
Forma 
Prescrita – determinada na lei 
Não definida na lei – liberdade de forma 
Plano de validade 
Art. 104 – I agente capaz; II objeto lícito (drogas/fruto de roubo ou furto); III possível (indulgências) 
Art. 108 (Exceção à regra da solenidade) Na compra e venda de imóveis que ultrapassem o valor de 30x o maior salário do país, tem que ter uma escritura pública. 
Da condição, do termo e do encargo 
Além dos elementos estruturais, que constituem requisitos de existência e de validade do negócio jurídico, pode este conter outros elementos meramente acidentais, introduzidos facultativamente pela vontade das partes, não necessários à sua existência. Aqueles são determinados pela lei; estes dependem da vontade das partes. Uma vez convencionados, têm o mesmo valor dos elementos estruturais e essenciais, pois passam a integrá-lo, de forma indissociável. 
Da Condição – é o acontecimento futuro e incerto de que depende a eficácia do negócio jurídico. Da sua ocorrência depende o nascimento ou a extinção de um direito.
Art. 121 – Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
	Condição Suspensiva é a condição que suspende o exercício e a aquisição do direito até o seu implemento. A condição suspensiva impede que o negócio jurídico produza efeitos desde o momento de sua celebração. Ex. venda a contento.
Condição Resolutiva é aquela que, quando verificada (finalizada), põem fim aos efeitos do negócio jurídico. Ex. pagamento total de veículo.
Condição puramente potestativa: são condições ilícitas, pois são aquelas que sujeitam a eficácia do negócio jurídico ao puro arbítrio de uma das partes. Ex. “pagarei quando puder”, amanhã doarei o relógio, se eu quiser.
Do Termo – é o dia ou momento em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico. É a clausula que subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento futuro e certo. Ao contrário da condição, que somente pode ser criada pela vontade das partes, o termo pode ser introduzido pelas partes (termo convencional) ou pode ser estipulado em lei (termo legal ou termo de direito). 
Pode ser inicial ou suspensivo (contrato de locação celebrado no dia 20 de determinado mês para ter vigência no dia 1º do mês seguinte, esta data será o termo inicial); final ou resolutivo, se ficar estipulada a data que cessará a locação, essa será constituirá o termo final. Pode ser também dilatorial, com a possibilidade de aumentar.
Prazo é o intervalo entre termos. 
Do Encargo – Também chamado de modo é a determinação que, imposta pelo autor de liberalidade, a esta adere, restringindo-a. É a cláusula que impões uma obrigação a quem é beneficiado por uma liberdade, seja essa obrigação de dar, fazer ou não fazer. Ex. Doação de terreno feita ao município X para que nele se construa uma escola. Nomeação de uma pessoa como herdeira em um testamento, contudo que ela cuide do animal de estimação.
Aula 11 Erro e ignorância 
Art. 138 a 144 
Erro: Falsa representação de realidade que determina a manifestação de vontade, de tal forma que se os negociantes soubessem da realidade, não celebrariam o negócio. 
Ignorância: Total desconhecimento da realidade. 
Obs. O erro não pode ser grosseiro 
Algumas situações tratadas no CC. 
Falso motivo – motivo errado. Vendedor alega um motivo para venda quando na realidade é outro o motivo. Viagem a NY/Vizinhos barulhentos. 
Transmissão errônea da vontade por meio interpostos – ex. venda de peças como se fosse ouro, mas na realidade são folheadas. 
Erro de indicação da pessoa ou de coisa – ex. doações para suposto filho; anúncio de carro diferente do que se pretende vender nos classificados. 
Erro de cálculo – ex. balança errada. 
Substancial – 	Erro de direito. Natureza do ato, objeto principal, identidade ou qualidade da pessoa. 
Acidental - 	Todas as outras situações não descritas à cima. 
Dolo 
Artigos 145 a 150 
A vontade é viciada intencionalmente e o agente acaba realizando um negócio que não realizaria se não tivesse sido enganado. 
	Dolo Malus – prejudicial. Negócio não teria ocorrido caso fosse evidente. 
	Dolo Bonus – indiferente para o agente. Negócio seria realizado de qualquer forma, só acarretaria um abatimento no valor. Art.146
	Dolo Comissivo (positivo) – intencionalmente viciado. 
	Dolo Omissivo (negativo) – conhecedor das qualidades fica omisso. 147. 
	Dolo de terceiro – Quando o terceiro é contratado para intermediar e sabe dos defeitos. Ex. corretora de imóveis ou agência de veículos (consignação).
	Dolo do representante – Quando há uma procuração para alguém lhe representar no negócio jurídico via contrato de mandato. Art. 149. 
Ambas as partes agem com dolo – Art. 150 Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alega-lo para anular o negócio, ou reclamar a indenização. 
Coação 
Artigos 151 a 155. 
É a ameaça física e moral considerável, suficiente para constranger alguém a prática de um negócio jurídico. 
Ex. Blazer do professor. 
Requisitos da coação: 
	Grave violência psicológica. 
	Ameaça de dano inerente. 
	A ameaça deve ser injusta. Não se configura ameaça alguém que esteja dentro do exercício do Direito nem por temor reverencial (ex. dever dinheiro ao chefe e vender o carro sem que ele o ameace, só pelo medo da posição que ele exerce). 
	Declaração de vontade viciada. Quando não for espontânea. 
Pode ser exercido por terceiros e se a pessoa não souber o negócio é válido, cabendo apenas ao terceiro à reparação dos danos. 
Aula 12
Estado de Perigo 
Art. 156 Configura-se estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. 
Premente necessidade de se salvar ou a pessoa de sua família. 
Elemento objetivo: obrigação excessivamente onerosa; 
Elemento subjetivo: Vítima e Parte Beneficiada. 
Ex. Anúncio de jornal ou internet para vender algum bem, a baixo do valor de mercado, com a justificativa de pagamento de tratamento. O agente quando informa isso ao comprador ganha uma garantia de ter seu dinheiro de volta alegando estado de perigo. 
Ex². Financiamento com juros abusivospara usar o dinheiro em tratamento próprio ou alguém da família. 
Lesão 
Art. 157 Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
Requisitos: 
Objetivo: Onerosidade excessiva 
Subjetivo: Inexperiência ou estado de necessidade do declarante, independente do conhecimento da outra parte. 
Ex de inexperiência: Taxa de corretagem para quem compra. Graças a inexperiência do agente em negócios imobiliários, ele arca com custos que não deveria. 
Ex de estado de necessidade: o agente prestes a ser despejado aceita pagar um aluguel abusivo em outra residência. 
Fraude contra credores 
Art. 158 Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. 
Conceito: É o artifício utilizado pelo devedor com intuito de burlar o recebimento do credor; consiste na alienação de bens capazes de satisfazer a pretensão legítima do detentor do crédito. É todo ato praticado pelo devedor com a intenção de fraudar os seus credores do que lhe é devido.
Credor Quirógrafo: é o credor que não possui qualquer título de garantia ou preferência, em relação aos bens do devedor, devendo, por isso, ser pago segundo a força dos bens livres do devedor. 
Caso um devedor realize um negócio jurídico estando insolvente, aquele que é credor sem garantias pode anular o negócio. 
Devedor insolvente: é o devedor que deve mais que possui. É aquele que não paga suas d´vidas na data aprazada. 
Anulação do negócio jurídico > ação pauliana. Utilizada para anular o negócio. 
Ex. Vender as coisas para não pagar os credores e distribuir o valor na conta de laranjas. Contrato de doação com valor superior as das dívidas ou já solvente. 
 Aula 13 Invalidade do negócio jurídico
Ato Nulo – 
Matéria de ordem pública;
Pode ser arguido pelo MP, quando lhe couber intervir, ou qualquer interessado e deve ser declarada ex offício pelo juiz, que não pode supri-las;
Não pode ser ratificado;
Pode ser suscitado a qualquer momento, não prescreve, pois é matéria de ordem pública;
Eficácia ex tunc, retroage a data do ato praticado;
Sentença declaratória, o juiz declara a existência ou inexistência da nulidade; 
Ação declaratória de nulidade; 
O vício não convalesce com o tempo (imprescritibilidade da nulidade), não prescreve, pode ser a qualquer momento;
Ex. Artigos 549 (nulidade de doação), 166 (negócio jurídico celebrado por absolutamente incapaz).
Ato anulável 
Resguardar interesses eminentes privados; 
Só pode ser alegado pelas pessoas a quem aproveitem, não podendo ser suscitada ex officio pelo juiz, além de produzir efeito tão somente entre as partes; 
Pode ser ratificado;
Há prazo decadencial para ser suscitado;
Eficácia ex nunc, efeitos não retroagem; 
Sentença constitutiva;
Ação anulatória;
O vício convalesce com o tempo, há um prazo, após isso o ilícito torna-se lícito.
Simulação – é o ato pelo qual alguém, conscientemente e com a conivência do destinatário da declaração de vontade, declara hipótese diversa da efetivamente pretendida, com o intuito de esconder a real intenção das partes. 
Ex. Doação para o pai que não paga Imposto de Renda. 
Requisitos 
Incompatibilidade entre a vontade real e a vontade declarada; 
Consciência das partes;
Intenção de esconder a realidade.
Espécies 
Simulação Absoluta – Negócio simulado inexistente, vazio de conteúdo. 
Simulação Relativa – Negócio simulado esconde outro negócio, chamado negócio dissimulado. Ex. compra/venda de pai para filho, quando na realidade é uma doação.
Simulação Relativa Objetiva: Emite-se declaração de vontade ou confissão falsa com o propósito de encobrir ato de natureza diversa, cujos efeitos desejados pelo emissor são proibidos pro lei;
Simulação Relativa Subjetiva: A declaração aparenta conferir direitos a uma pessoa, mas, na verdade, transmite a um terceiro, estranho a relação. Ex. contrato de compre e venda com comprar a declarar. Declara a uma laranja para esse repassar para a amante. 
Diferença entre sentença declaratória e constitutiva 
Declaratória – declara a existência ou não de uma relação jurídica. Ex. Paternidade. 
Constitutiva – cria, resguarda ou modifica a relação jurídica. Ex. divórcio. 
Aula 14 e 15 Prescrição e Decadência 
Prescrição pode ser definida como perda de pretensão de reparação do direito violado em virtude da inércia de seu titular, no prazo previsto em lei. 
Pretensão – Conceito: é o poder de exigir de outrem, coercitivamente, o cumprimento de um dever jurídico previsto em lei ou em contrato. A pretensão é, portanto, o poder de exigir o cumprimento de um direito patrimonial em juízo. 
Ex. o direito de cobrar uma dívida vencida e não paga; o direito de cobrar indenização em virtude de danos causados; o direito de cobrar os aluguéis atrasados. 
Teoria Alemã: Prescrição extingue a pretensão (art. 189 do Código Civil – Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206)
Espécies de prescrição: 
Extintiva: faz desaparecer a pretensão. 206 e o prazo para pagar pensão.
Aquisitiva: Relativa a direito das coisas. Ex. usucapião urbano. Ligado a direitos reais e serve para adquirir direitos.
 
Ordinária: Prazo é genericamente previsto em lei. Art. 205 (A prescrição ocorre em 10 anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor). Genérica; tudo que não estiver enquadrado no 206 terá prazo de 10 anos.
Especial: Os prazos prescricionais são pontualmente revistos. Art.206. 
Intercorrente: é a que ocorre no decurso do processo. Ex. prazo para prescrição do processo (5 anos)
Alegação – Art. 193 A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisprudência, pela parte a quem aproveita. Matéria de ordem pública. 
Impedimentos e suspensões. 
Suspensão: Arts. 197 a 201. Relações onde não há prescrição. 
Interrupção: Arts. 202 a 204. Traz o prazo para o zero. Ex. Art. 202 II – “por protesto, nas condições do incido antecedente”. Citação válida, mesmo estando o prazo em 4 anos, 11 meses e 29 dias, ele retorna para o zero. 
Prazos: arts. 205 e 206.
Ex. A dívida não prescreve. O que prescreve é a pretensão de cobrança, ou seja, o credor não pode ir a justiça cobrar. A justiça do trabalho e a prescrição de 2 anos para exercer a pretensão de cobrar a dívida.
Decadência – É a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular no período determinado em lei (decadência legal), o pela vontade das partes (decadência convencional). 
Direito Potestativo – pode ser definido como aquele que confere ao seu titular o poder de provocar mudanças na esfera jurídica de outrem de forma unilateral, sem que exita um dever jurídico correspondente, mas tão somente um estado de sujeição. 
Ex. o direito de anular um contrato por vício de vontade. Prazo de entrega do direito. Semana de correção de prova. Vício Redibitório. 
Artigos 178 e 179. 207 e 211.
Espécies 
Legal, vontade da lei. Não podem ser aumentados nem diminuídos pelas partes.
Convencional, vontade das partes. Ex. prazo de garantia estabelecido entre as partes em um contrato de compra e venda.

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