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1 Denúncia criminal 2

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
12ª Promotoria de Justiça de Campo Grande
2ª Vara Criminal Residual
Avenida Ricardo Brandão, 232, Inhangá Park, Campo Grande/MS 
www.mp.ms.gov.br
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL RESIDUAL DA 
COMARCA DE CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL
Autos número: 0022404-76.2016.8.12.0001
08.2016.00103724-5
Réu: Glaucia Maria Padim Piacentini Alves, Fabiano Alves da Silva
O Ministério Público, por seu Promotor de Justiça que esta subscreve, 
no uso de suas atribuições constitucionais e legais, com fulcro no artigo l29, I, da Constituição 
Federal de 1988, vem, perante Vossa Excelência, oferecer DENÚNCIA em face de:
GLAUCIA MARIA PADIM PIACENTINI ALVES, brasileira, 
nascida aos 15/05/1986, natural de Aparecida do Taboado-MS, 
portadora da cédula de identidade número 1401043 SSPMS, inscrita 
no Cadastro de Pessoa Física sob o número: 01889165123, filha de 
Everton Caramuru Alves e Cláudia Padim Dias, atualmente sob 
custódia da AGEPEN, pelo cometimento das seguintes condutas 
delituosas:
Consta dos autos que no dia 06 de maio de 2016, por volta das 02:30 
horas, na Rua Belo Horizonte, Bairro Jardim Imá, nesta cidade e Comarca, a denunciada, 
ciente da ilicitude do fato e reprovabilidade da conduta, vendeu e guardou, drogas, em total 
desacordo com a Portaria do Ministério da Saúde n° 344, atualizada pela Resolução - RDC n° 
026, de 15/02/2005, bem como subtraiu para si coisa alheia móvel pertencente à Fabiano 
Alves da Silva. 
Narra o incluso caderno inquisitivo que em data e horário acima 
dispostos, a guarnição policial atendia a uma ocorrência de homicídio figurando como vítima 
a pessoa de Fabiano Alves da Silva e ao chegar ao local fora interpelada pela testemunha 
Carlos Nei Marques Machado (morador das imediações) informando que momentos após os 
disparos, ao verificar a vítima ao solo, acionou a polícia, momento em que presenciou a 
denunciada Glaucia Alves subtraindo a motocicleta Honda Titan, placas HSB 5229, de 
propriedade da vítima Fabiano da Silva.
De posse das informações a equipe policial se deslocou ao imóvel 
indicado sendo atendida pela autora, a qual franqueou a entrada no imóvel. Realizadas buscas, 
logrou-se êxito em localizar a motocicleta acima descrita no interior de um dos quartos.
Diante da situação flagrancial, a denunciada confessou a subtração, 
informando que após ouvir os disparos avistou a vítima Fabiano da Silva caída ao solo junto 
ao veículo, oportunidade em que resolveu subtrair a res.
Ainda durante a abordagem policial a autora confessou conhecer a 
vítima afirmando que instantes antes do óbito havia comercializado entorpecentes a esta, 
recebendo um Iphone como pagamento.
Ante a evidência da traficância no local, as buscas no imóvel foram 
reforçadas tendo sido localizadas no interior do guarda roupas da DENUNCIADA quatro 
porções de substância análoga à cocaína, as quais juntas totalizaram 22, 05 g (vinte e dois 
gramas e cinco decigramas) de droga.
Ao ser interrogada a denunciada confessou a mercancia de drogas no 
local, afirmando que comercializava entorpecentes há aproximadamente dois meses, 
acentuando que não vendia somente porções pequenas, mas também grandes quantidades, 
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 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
12ª Promotoria de Justiça de Campo Grande
2ª Vara Criminal Residual
Avenida Ricardo Brandão, 232, Inhangá Park, Campo Grande/MS 
www.mp.ms.gov.br
sendo que o estupefaciente adquirido no Paraguay pela quantia de R$ 180,00 (cento e oitenta 
reais) o quilo da maconha e mais de R$1000,00 (mil reais) por quilo de cocaína, revendidos 
posteriormente por R$ 200,00 a caixa de cocaína e R$500,00, o quilo de maconha.
No local encontrava-se a testemunha Alex da Silva, o qual confirmou 
ser usuário de drogas e que estava ali para adquirir e consumir drogas. Foram ainda 
apreendidos cinco aparelhos de telefonia móvel, tratando-se evidentemente de produtos da 
venda de drogas
Submetida à análise preliminar, constatou-se que a substância 
apreendida trata-se do entorpecente vulgarmente conhecido por cocaína (fl.26).
Ante o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por meio 
do Promotor de Justiça que esta subscreve, DENUNCIA GLAUCIA MARIA PADIM 
PIACENTINI ALVES, já qualificada, como incurso nos artigos 155, caput, do Código 
Penal e artigo 33, caput da Lei 11.343/06 (Lei de drogas); requerendo que seja a presente 
recebida, autuada, de modo a iniciar o devido processo legal, com a citação e a intimação do 
denunciado para que ofereça resposta à acusação, prosseguindo o processo em regulares 
termos, realizando-se a instrução, o interrogatório e o julgamento do denunciado nos termos 
da legislação vigente, a fim de que seja condenado nas penas da tipificação acima, ouvindo-se, 
durante a instrução, as testemunhas abaixo arroladas.
Como diligência, requer sejam solicitados os antecedentes criminais 
do denunciado junto ao Cartório Distribuidor local, II/MS, II/BA e INI/DF, sendo todos 
atualizados e detalhados, solicitando-se que seja especificado, quando houver condenação, a 
data em que esta ocorreu e de eventual cumprimento da pena, bem como, a juntada aos autos 
do laudo definitivo da substância apreendida.
Requer, outrossim, sejam notificados do oferecimento da inicial 
acusatória os administradores do Sistema Nacional de Informações SINIC e os da Rede 
INFOSEG, para o fim de que a informação seja registrada no sistema de dados.
Ademais, este órgão ministerial aguarda a juntada aos autos do Laudo 
de Exame Toxicológico Definitivo da droga e do Laudo de Exame Pericial realizado no 
aparelho celular do denunciado. 
Deixa o Ministério Público de propor a suspensão condicional do 
processo, pois tal benefício mostra-se incabível diante da elevada pena prevista para o ilícito 
penal em que a ré se encontra incurso.
Quanto ao crime de receptação indicado no relatório do encartado 
inquérito policial, vê-se, ademais, que no caso em exame, o recebimento de aparelhos furtados 
em pagamento de droga serviria para tipificar o ato mercantil caracterizador do crime de 
tráfico não havendo, nessa hipótese, como considerar dois crimes autônomos, sob pena de 
gerar dupla punição pelo mesmo ato. 1
Diante do exposto, a fim de evitar o nefasto bis in idem, o Ministério 
Público promove o arquivamento do presente inquérito policial exclusivamente quanto ao 
delito de receptação (artigo 180, caput do Código Penal), com as baixas de estilo, sem 
1 *TÓXICO e RECEPTAÇÃO Crime de tráfico e receptação - Quadro probatório que não traz a necessária 
certeza quanto à mercancia Posse para uso próprio - Depoimento de agentes policiais Validade e suficiência 
desde que inexistente contradição ou confronto com as demais provas Análise que se faz em cada caso concreto 
Ausência de atos que indiquem, com segurança, a finalidade mercantil - Dúvida remanescente que autoriza a 
desclassificação para o delito do art. 28 da Lei 11.343/06 Receptação absorvida pelo crime de tráfico - 
Recurso parcialmente provido, com expedição de alvarás de soltura (voto n. 14.220)*. (TJ-SP - APL: 
42213520098260576 SP 0004221-35.2009.8.26.0576, Relator: Newton Neves,Data de Julgamento: 06/12/2011, 
16ª Câmara de Direito Criminal, Data de Publicação: 07/12/2011)
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 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
12ª Promotoria de Justiça de Campo Grande
2ª Vara Criminal Residual
Avenida Ricardo Brandão, 232, Inhangá Park, Campo Grande/MS 
www.mp.ms.gov.br
prejuízo do disposto nos artigos 18 e 28 do Código de Processo Penal.
Por fim, este órgão ministerial informa que nesta data foi procedida a 
entrega do inquérito policial por meio físico no cartório da 2ª Vara.
ROL: 
1. David da Silva e Souza, Policial Militar, fls. 03/04;
2. Erisvaldo Falcão de Oliveira, fls. 07/08;
3. Alex da Silva, fls. 10.;
4. Carlos Nei Marque Machado, fl. 20.
Campo Grande, 10 de junho de 2016
Rodrigo Yshida Brandão
 Promotor de Justiça
(Assinado por certificação digital) 
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