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Convenções Coletivas, Prazo para Ajuizamento de Ação e Princípios do Direito do Trabalho

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Direito - Aula 1
	1.Porque as convenções não são reconhecidas juridicamente?
	As convenções coletivas assim como os acordos coletivos de trabalho são instrumentos jurídicos oriundos da negociação coletiva das categorias econômicas e profissionais, cujo resultado aplica-se às relações trabalhistas entre empregados e empregadores de determinada categoria. As convenções coletivas são firmadas entre sindicato dos empregadores (patronal) e sindicato dos empregados (profissional ou obreiro). Cabe destacar que as convenções coletivas são sim reconhecidas juridicamente, encontrando amparo em vários dispositivos da legislação brasileira, e cuja definição encontra-se inserta no art. 611 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), além de estar prevista no art. 6°,inciso VI e XIII da Constituição Federal.
	
	2.Qual é o prazo para ajuizamento de ação judicial, após a extinção do contrato de trabalho? Onde isso consta na CLT?
	O prazo para ajuizar uma ação trabalhista é de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. Ajuizada a ação neste prazo retroagem cinco anos para reclamar créditos trabalhistas. A previsão esta no artigo 7, inciso XXIX, CRFB. Abraços Carla Veloso.
3.POR QUE O DIRETO DO TRABALHO NÃO É CONSIDERADO, DIREITO SOCIAL?
Há uma divergência quanto a natureza jurídica do direito do trabalho. Existe uma corrente que compreende ser um direito social, mas não é majoritária. Dê uma lida nas correntes abaixo e se continuar com dúvidas peço que me envie nova pergunta. Embora para efeito de concurso se aceite a posição da ampla maioria no sentido da natureza privada do Direito do Trabalho, é válido o apontamento das correntes que se formaram na discussão do tema. São elas: 1. Teoria de Direito Público que ponderam que nas relações de trabalho, a livre manifestação da vontade das partes é substituída pela do Estado que intervém na relação jurídica entre empregador e empregado, por meio de leis imperativas e irrenunciáveis, como ensina seu precursor Arnaldo Sussekind. 2. Teoria do Direito Social segundo a qual o interesse coletivo da sociedade prevalece sobre o privado, perfazendo-se o ordenamento trabalhista com a finalidade de se proteger o empregado socialmente mais fraco, predominando, portanto o interesse social. 3. Teoria do Direito Privado que estabelece que a raiz do Direito de Trabalho encontra-se no Direito Civil, nas locações de serviços. Entendem os defensores desta teoria, que embora existam normas cogentes sobre a matéria, estas não afastam a natureza privada da relação jurídica, haja vista que os contratantes (empregador e empregado) são livres para estipular as regras de seu pacto de emprego, restando claro que a maioria das normas da CLT são de natureza privada. 4. Teoria do Direito Misto que entende que na verdade o Direito do Trabalho é um complexo de normas públicas e privadas.
4. O que é princípio da primazia da realidade ?
Significa que a verdade real prevalece sobre os documentos. ex. Se eu trabalho das 8 às 20:00, mas assino ponto das 9:00 às 18:00 o que irá valer como verdade é o horário que eu realmente trabalho, ou seja, 8 às 20:00 e para isso posso cobrar horas extras considerando esta jornada de trabalho. Da mesma forma eu posso pedir reconhecimento do vínculo de emprego mesmo sem ter Carteira Profissional anotada se eu comprovar que trabalhava como empregada. O princípio da primazia da realidade possibilita que acima de tudo a verdade dos fatos irá prevalecer.
5. Qual a diferença entre fontes materiais e fontes formais?
A fonte material do direito se caracteriza pelos movimentos sociais e podemos citar como exemplos manifestações feitas pelos cidadãos com objetivos de mudanças. Já as fontes formais são a exteriorização do direito, ou seja, a criação da norma jurídica. A fonte formal pode ser autônoma que tem como característica a norma criada pelas próprias partes como por exemplo convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo ou heterônoma que tem como característica quanto terceiro cria a norma e podemos citar como exemplo um artigo de lei, um decreto lei ou uma decisão judicial.
6. O que é princípio da Continuidade da Relação de emprego?
Os contratos de trabalho são, em regra, estipulados por prazo indeterminado. No entanto, existe a possibilidade de estipulá-los por prazo determinado, em algumas hipóteses previstas na lei, conforme autoriza a norma prevista no art. 443 da CLT, que assim estabelece: "Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência." Ora, importante destacar que o fundamento do princípio da continuidade da relação de emprego é a natureza alimentar do salário, já que o empregado é subordinado jurídica e economicamente ao empregador e, do
7. O que significa o princípio da Imperativa das Normas Trabalhistas?
Refere-se a um princípio trabalhista. O Princípio da Imperatividade das Normas Trabalhistas refere-se que as normas de trabalho são imperativas ou obrigatórias, não podendo haver transações, renúncia em relação a essas normas ou direitos trabalhistas, salvo se houver previsão conforme os artigos 9°, 444° e 468° da CLT. Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticadoscom o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Art. 468 -Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta aocargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. Com base no seguimento deste princípio prevalece no ramo juslaborativo o domínio de regras jurídicas obrigatórias em detrimento (em prejuízo) de regras apenas dispositivas. Se fazendo dessa forma imperativas, não podendo no todo terem sua regência contratual afastada em caso de manifestação simples da vontade daspartes. Há no tocante a autonomia da vontade dentro do contrato de trabalho uma restrição que prevalece contrapondo no ajuste das condições contratuais a diretriz de soberania estabelecida pela parte contratante. Existe assim este princípio como forma eficaz de manter as garantias fundamentais do trabalhador em face de poderes inerentes ao contrato de trabalho, ainda que o empregado tenha aderidoespontaneamente à cooperativa, a invalidade do ajuste é flagrante. Devendo portanto haver prevalência das normas trabalhistas, não podendo as partes, via de regra, as afastarem mediante declaração bilateral de vontades, caracterizando, assim, restrição à autonomia das partes no ajuste das condições contratuais trabalhistas. Veja se compreendeu? Beijos Carla Veloso.
8. Qual o prazo da prescrição trabalhista para ajuizar ação trabalhista?
Conforme o artigo 7, inciso XXIX, CRFB o prazo são dois anos após a extinção do contrato de trabalho, retroagindo-se cinco anos da data do ajuizamento da ação trabalhista.
9. O que foram as corporações de Ofício? Qual a diferença entre o tempo da escravidão e servidão?
As corporações deofício foram o início da comercialização de produtos. O Mestre produzia e criava uma obra e com o auxílio do trabalho dos companheiros (remunerados) e aprendizes (não remunerados - estavam lá para aprender) vendiam os produtos. A servidão o servo é livre, mas preso a terra. Nela ele tem a proteção do senhor feudal, mas segue as determinações deste. Todos os produtos que ele possui são dele. O escravo não tinha nenhum direito e somente obrigações. Ele era considerado coisa. Beijos
10. Qual a diferença entre Direito e Moral?
O Direito advém da coerção enquanto a moral se origina da conduta e da credibilidade de uma lei.
11. Qual a diferença entre relação de emprego e relação de trabalho?
A relação de emprego esta inserida dentro da relação de trabalho. A relação de trabalho presume a existência de todos os tipos de trabalhadores, sejam, autônomos, estagiários, servidores, avulsos e do outro lado os tomadores de serviços. Já a relação de emprego presume a existência de empregado (subordinado, habitual, oneroso, pessoal e pessoa física) e empregador.
12. Quais os requisitos para existência do contrato de trabalho?
Ele poderá ser verbal ou escrito e deverá ter capacidade, objeto lícito e formalidade prevista em lei.
13. Quais são as formas do contrato de emprego?
O contrato de emprego é o pacto, expresso ou tácito, verbal ou escrito, pelo qual o empregado, que é uma pessoa física, compromete-se a prestar serviços não eventuais e subordinados, mediante remuneração do empregador. Logo, pode-se afirmar que o contrato de emprego pode ser classificado em expresso, que pode ser verbal ou escrito, e tácito. O contrato de trabalho expresso (verbal ou escrito) é aquele em que não fica nenhuma dúvida sobre a existência do pacto laboral, ou seja, é manifestado de forma clara em que o empregado se compromete a prestar serviços ao empregador, mediante uma remuneração. Será verbal, quando não houver maiores formalidades, e não houver anotação na carteira de trabalho (CTPS). Nesse aspecto é importante destacar que para que seja reconhecida a validade do contrato de emprego não é necessário que seja escrito ou registrado na CTPS. Isso porque ele pode ser provado por outros documentos ou testemunhas. Decorre do princípio da primazia da realidade. Já o contrato escrito é aquele em que é formalizado através da anotação do contrato na carteira de trabalho. Já o contrato tácito, é aquele em que nasce da prática de atos inequívocos que correspondem a existência de um pacto, ainda que não manifestado de forma expressa. Isso significa que haverá todos os elementos da relação de emprego, quais seja, pessoa física, pessoalidade, remuneração e habitualidade na prestação de serviços.
14. Quais são os requisitos legais para a tipificação do conceito de relação de emprego?
Os requisitos legais para a configuração de uma legítima relação de emprego são: pessoalidade, não eventualidade, subordinação jurídica, onerosidade, alteridade. Entende-se por pessoalidade que o empregado é pessoa física, e presta os seus serviços pessoalmente, não podendo ser substituído por outra pessoa ainda que a seu mando. Não eventualidade ou habitualidade ocorre quando o empregado pratica as suas atividade laborais regularmente, pelo menos mais de 02 vezes na semana. Subordinação jurídica ocorre quando o empregado executa suas atividades sob às ordens e direção do empregador. Alteridade significa que o empregado presta os seus serviços sem assumir os riscos do negócio, que fica por conta do empregador. Portanto, o empregado trabalha por conta alheia, enquanto o trabalhador autônomo trabalha por conta própria.

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