Buscar

AULA 7.1 CÁLCULO DE DIETA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DISCIPLINA: FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I 
Prof.ª. LILIANE MARTINS 
 
Iara Waitzberg Lewinski 
Data: 17/12/2009 
 
 
 
Como faço para calcular o volume de dieta enteral a ser 
administrado por horário? 
 
 
 
A primeira tarefa a se fazer é calcular o volume diário total da dieta 
enteral para que se obtenha o valor energético proposto. Para isto, 
basta dividir o valor energético total pela densidade calórica da fórmula 
enteral. 
Por exemplo: se o valor calórico total é de 1200 Kcal e a fórmula tem 
densidade calórica de 1,0 Kcal/ml, basta dividirmos 1200 por 1 e obter o 
resultado de 1200, ou seja, serão necessários 1200 ml para ofertar as 
1200 calorias ao paciente. 
 
No caso da alimentação intermitente, a administração da dieta deve ser 
iniciada com um volume baixo (60 ml a 100 ml) até atingir a 
concentração total diária, dividindo-se o volume total por 6 a 8 infusões 
(a cada 3 ou 4 horas, por exemplo), dependendo da aceitação e 
necessidade do paciente. 
 
Quando a infusão for contínua, deve-se administrar inicialmente a dieta 
na concentração total, começando com 10 ml/hora a 40 ml/hora, com 
aumentos de 10 ml a 20 ml a cada 8 a 12 horas, conforme tolerância do 
paciente. 
 
A aspiração de resíduos gástricos é útil para avaliar o esvaziamento 
gástrico e evitar o risco de regurgitação e aspiração pulmonar e deve ser 
feita sempre antes da administração da dieta. 
O procedimento de verificação do conteúdo residual gástrico é feito após 
injetar 3 ml a 5 ml de ar, com uma seringa grande (50 ml). 
 
Na presença de resíduos maiores que 200 ml com a sonda nasoenteral, 
ou maiores que 100 ml com a gastrostomia, associados a desconforto 
ou distensão abdominal, deve-se interromper a infusão da nutrição 
enteral (NE) e investigar radiologicamente o paciente. Na ausência de 
sintomas digestivos, recomenda-se retardar a dieta por uma hora e 
reavaliar o volume residual gástrico. 
 
O objetivo da NE (determinado pelos requerimentos energéticos) deve 
ser determinado e claramente especificado logo no início da terapia 
nutricional. 
A carga energética pode ser calculada por meio de calorimetria indireta, 
fórmulas simples (25 Kcal/Kg a 30 Kcal/Kg de peso corporal/dia) ou 
 
equações preditivas (como Harris-Benedict, Scholfield, Ireton-Jones, 
etc.), que devem ser utilizadas com cuidado, pois fornecem um 
resultado menos pontual. 
 
A NE deve fornecer no mínimo 50% a 65% das necessidades 
energéticas do paciente, durante a primeira semana de hospitalização, 
para que se possa obter os benefícios clínicos. 
Estudos revelam que esta quantidade é necessária para prevenir 
aumento da permeabilidade intestinal em pacientes com transplante de 
medula óssea, promover o rápido retorno das funções cognitivas em 
pacientes com injúrias de cabeça e para melhorar os resultados da 
modulação imune em pacientes críticos. 
 
Se o fornecimento de 100% das necessidades calóricas não puder ser 
atingido dentro de 7 a 10 dias por meio da NE, a complementação com 
nutrição parenteral pode ser considerada. Entretanto, isto aumentaria os 
custos hospitalares e não necessariamente reflete benefícios adicionais 
ao paciente, já que é a NE a responsável por manter a integridade 
intestinal, reduzir o estresse oxidativo e modular a imunidade sistêmica. 
 
 
 
Bibliografia (s) 
 
McClave SA, et al. Guidelines for the Provision and Assessment of Nutrition 
Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient. JPEN. 2009;33(3):277-316. 
Disponível em: http://pen.sagepub.com/cgi/reprint/33/3/277. Acessado em: 
09/12/2009. 
 
Alves CC, Waitzberg DL. Indicações e técnicas de administração em nutrição 
enteral. In: Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 
4.ed. São Paulo: Atheneu, 2009. P. 787-97.

Continue navegando