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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 80ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS/SC Processo nº 009000-77.2014.5.12.0080 SOCIEDADE EMPRESÁRIA PEDREIRA TNT Ltda., já qualificada nos autos da reclamação trabalhista que lhe move GILSON CARDOSO DE LIMA, inconformada com a sentença proferida nos autos do processo em epigrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência interpor, por meio de seu procurador firmatário (procuração em anexo), com fundamento no artigo 895, I, da CLT, apresentar: RECURSO ORDINÁRIO Conforme razões em anexo. Ainda, requer o Recorrente o recebimento do presente recurso, bem como a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho para conhecimento e apreciação na forma da lei. Nesses Termos, pede deferimento. Florianópolis, data ___________________________ (Nome do Advogado) OAB - XXXXX AO EGRÉGIO TRIBUNAL DO TRABALHO DA X REGIÃO Processo nº 009000-77.2014.5.12.0080 Recorrente: Sociedade Empresária Pedreira TNT Ltda. Recorrido: Gilson Cardoso De Lima COLENDA TURMA EMERITOS JULGADORES Não merece prosperar a sentença proferida pela 80ª Vara do Trabalho de Florianópolis, pois é contraria as provas contidas nos autos e na legislação vigente, conforme restam demonstradas na presente peça recursal. I - Do Adicional de Periculosidade O Juízo deferiu adicional de periculosidade na razão de 50% sobre o salário básico, pois a perícia realizada nos autos detectou a existência de risco à vida (contato permanente com explosivos). Porém, conforme o artigo, 193, § 1º, da CLT, o adicional de periculosidade dever ser de 30% (trinta por cento). II - Do FGTS O Magistrado determinou o depósito do FGTS no período de 2 (dois) meses em que o Recorrido esteve afastado por auxílio-doença previdenciário (código B-31). Entretanto, o auxílio-doença não gera obrigação para a Recorrente de depositar o FGTS, mas apenas se fosse auxílio-doença acidentário, segundo o escrito do Artigo 15, § 5º, da Lei nº 8.036/90. III - DA MULTA O Juízo também deferiu a multa do Art. 477, § 8º, da CLT, pois o pagamento das verbas devidas pela extinção do contrato foi feito na sede da empresa, não tendo sido homologado no sindicato de classe ou autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego. Porém, o requerimento do Recorrido é improcedente, porque o contrato que vigora por menos de 12 (doze) meses, não sendo, dessa forma, necessária a homologação da rescisão do contrato de trabalho, conforme artigo 477, § 1º, da CLT. IV - DO DANO MORAL O Magistrado deferiu dano moral, determinando que juros e correção monetária fossem computados desde a data do ajuizamento da ação. Contudo, a correção monetária deverá ser computada a partir da condenação, e não do ajuizamento da ação, conforme a Súmula nº 439 do TST. V – DA INDENIZAÇÃO POR MÁ FÉ Por fim, o Juízo deferiu, com base no artigo 1.216 do Código Civil, a indenização pelos frutos de má-fé percebidos pela Recorrente, porque esta permaneceu com dinheiro que pertencia ao Recorrido. Porém, conforme dita a Súmula nº 445 do TST, o artigo citado pelo Magistrado de 1° Grau como fundamentação não é aplicável ao Direito do Trabalho. Face o exposto, requer a recorrente seja recebido e provido o presente recurso no sentido de que seja reformada a sentença, nos aspectos ora ventilados. Nesses termos, Pede-se deferimento. Local e data ______________________________ (Nome do Advogado) OAB- XXXXXX
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