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Trabalho Gestao de Qualidade

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Introdução
 No atual meio empresarial, em que a competição e as exigências são cada vez maiores nacional e internacionalmente, é de extrema importância a preocupação das empresas com a satisfação de seus clientes, a melhoria contínua de seus processos e produtos e, consequentemente, a obtenção de resultados extraordinários. Esses são desafios a serem vencidos diariamente pelas organizações, que precisam fabricar e fornecer qualidade e ser produtivas e proativas. Isso está cada vez mais evidente diante das exigências do mercado e das necessidades das próprias organizações em gerar rentabilidade.
 Há muitas décadas que a qualidade e seus conceitos já são trabalhados pelas organizações no desenvolvimento de seus produtos e serviços, mas com a abordagem de diferentes visões em cada um desses períodos. Segundo Maria Esmeralda Ballestero-Alvarez, autora do livro “Administração da qualidade e da produtividade: abordagens do processo administrativo”, a evolução da qualidade está dividida em cinco grandes preocupações, as quais surgem ao longo do tempo: na década de 1950, surge a preocupação com o controle do produto, em como fazer com que o produto final seguisse os padrões do projeto inicial; na década de 1960, a preocupação passa a ser com o atendimento ao uso deste produto pelo cliente, e mantém-se a preocupação com o controle do produto; em 1970, inicia-se a preocupação com os custos e surge o controle total da qualidade (qualidade praticada em toda a organização); em 1980, a preocupação é focada no desejo dos consumidores, aproximando as empresas de seu mercado consumidor e nos anos de 1990, são acentuadas as questões referentes ao quadro social, político, econômico e financeiro, e a qualidade passa a fazer parte da estratégia da organização.
 Todas as preocupações da qualidade, que evoluíram com o tempo, foram complementando-se ao longo desta evolução, possibilitando a aplicação de todos esses conceitos em um sistema de gestão da qualidade (SGQ) único. Um SGQ deve suportar a estratégia da organização, dando subsídios para a tomada de decisões e a melhoria contínua.
“O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado” William Edwards Deming. 
1.1 Gestão da Qualidade no Japão.
 A revolução industrial japonesa durou cerca de quarenta anos. Teve como objetivo a defesa da nação contra o avanço dos colonizadores europeus. A indústria bélica teve um papel fundamental neste processo de modernização, uma vez que contava com amplo subsídio do governo, favorecendo a formação dos chamados Zaibatsu, inspiração para Willian Ouchiin titular seu livro Teoria Z, z de zaibatsu, onde as principais empresas eram organizadas em pequenos grupos. Cada grupo era composto por mais ou menos vinte a trinta grandes empresas, todas aglomeradas em torno de um banco poderoso.
 Essas grandes empresas representavam cada um dos importantes setores industriais da economia, como empresas de navegação, siderurgia, companhia de seguros, comércio, etc. Por outro lado, ao redor de cada uma dessas grandes empresas, existia uma série de empresa satélites que fabricavam submontagens ou prestavam serviços que eram vendidos exclusivamente a um único cliente maior.
 É importante observar que essas pequenas em presas não eram consideradas membros do grupo e por esta razão não desfrutavam da proteção financeira ou outros tipos de proteção oferecidos às grandes empresas. Esse modelo constituía um monopólio bilateral, onde as empresas satélites tinham somente um cliente e a grandes empresas somente um fornecedor para cada um de seus insumos. Por isso a importância da preservação de valores como confiança, sensibilidade e sutileza, e outros. 
 O desenvolvimento industrial é apenas o aspecto visível que repousa sobre esses valores que permaneceram. Um outro aspecto importante a ser ressaltado, é que, apesar da figura formal do Imperador, com a Revolução Meiji ascenderam ao poder os ex-samurais que, na falta de uma atividade militar, tornaram-se burocratas acumulando assim alguma, experiência administrativa. 
 Esses ex-samurais levavam consigo os valores distintivos de sua classe: compromisso com a educação, responsabilidade social, auto respeito e devoção à tarefa que deviam cumprir. O Japão adotou perante seus vizinhos uma atitude imperialista predatória a partir de suas vitórias nas guerras contra a China e contra a Rússia, no início do século até o meio do século XX, os produtos japoneses eram conhecidos como de baixa qualidade e baratos, e não gozavam da reputação que tem hoje em dia. Naquela época, a qualidade no Japão era obtida através da inspeção. 
 Com o termino da Segunda Guerra Mundial, o Japão era um país pobre, arruinado totalmente destruído. Dispunha apenas de um recurso, sua gente, sua poderosa força humana que levantou a nação e a colocou no topo do mundo econômico. 
 Havia um grupo de jovens empresário que queriam se dedicar à construção de uma nova nação, o mundo conhece as marcas destes empresários: Nikon, Sony, Toyota, Yamaha, Honda, entrersque se tornaram sinônimos ou benchmarking de qualidade. 
 O Japão perdeu a guerra militar, mas tem ganhado a guerra econômica de maneira absolutamente notável, a ponto de muitas nações e empresas ocidentais buscarem ansiosamente copiar o modelo japonês. 
Tentativa esta infrutífera para muitos países que não conseguiam perceber o invisível na sociedade organizacional japonesa.
 Fatores quanto a evolução da Qualidade no Japão que de forma indireta influenciou muitos países:
A contribuição dos experts americanos W. E. Deming e J. Juran;
A criação e ação da japanese union of scientist and engineers (juse);
A padronização ampla dos produtos;
A ampla comunicação e educação pública.
A liderança e direção centralizadas;
Envolvimento e comprometimento da alta administração empresarial;
O desejo de elevar a qualidade à condição de tópico de importância nacional; O Japão agregou valor ao conhecimento recebido do ocidente e desenvolveu as seguintes abordagens:
A participação dos funcionários de todos os níveis da empresa.
Foco no cliente, com uma cuidadosa atenção à sua definição de qualidade.
Aprimoramento continuo (kaizen) como parte do trabalho diário de todos os funcionários. 
 1. Controle de qualidade por toda a empresa – CWQC – O enfoque japonês.
 A partir do esforço de reconstrução do pós-guerra, a indústria japonesa surpreende o ocidente, ganhando liderança em diversos setores, fortemente ligados a qualidade, que se torna estratégia nacional de sobrevivência e competitividade. Enquanto que antes da II -Guerra predominava a visão de que os produtos japoneses eram baratos e ruins, a partir da década de 60 o Japão passa a ser modelo em gerenciamento da qualidade.
 Japão alguns autores de impotência (Ishikawa, Kondo, Kusaba, Mizumo, que propõem distinções do enfoque ocidental, e batizam-no de Controle de Qualidade por Toda a Empresa (CWQC, sigla do inglês: Company Wide Quality Control, também conhecido no Brasil por CQAE - Controle de Qualidade Amplo Empresarial). Observa-se que no Japão utiliza-se como sinônimos as siglas CWQC e TQC. Pode-se citar como importantes marcos deste desenvolvimento:
●
Criação em 1946 da JUSE (Japanese Union of Scientist and Engineers), entidade que se torna o centro de difusão das atividades de controle da qualidade no Japão.
●
As visitas ao Japão de Deming, em 1950 e Juran, em 1954, a convite da JUSE, que proferiram palestras à alta administração das empresas sobre controle estatístico da qualidade e gerenciamento da qualidade, tendo grande impacto;
●
A difusão em massa dos conceitos da qualidade, atravésde séries de rádio (1956 e1962), televisão (1959) e textos vendidos em bancas de jornais.
 
1.2 Gestão da Qualidade no Brasil.
 Apesar de algumas pessoas e empresas no Brasil tratarem o tema da Qualidade como algo ultrapassado, fora de moda ou até mesmo não ser mais fator diferencial de competitividade, atender e superar as expectativas do cliente – que na sua essência é Qualidade - continua sendo um desafio e busca constante para quem deseja permanecer no mercado. Entender o histórico da Qualidade no Brasil e conhecer as suas tendências possibilitarão que profissionais e empresas se preparem adequadamente para enfrentar e vencer competições cada vez mais acirradas e globalizadas.
 O histórico da Qualidade no Brasil não poderia deixar de ser uma evolução defasada em relação aos mercados mais avançados como o Europeu e o Norte-Americano.
 O Controle Estatístico de Processo – CEP - foi sem dúvida a primeira ferramenta da qualidade a ser utilizada na indústria brasileira na década de 60. Na década de 70, algumas empresas, influenciadas pela Petrobrás, passaram a adotar a Normatização de seus procedimentos, baseados na 10CFR50, uma versão tenra das Normas de Garantia da Qualidade, as quais foram utilizadas como base para a geração da “família ISO 9000”, na década de 80. Ainda naquela década, aportou no Brasil o Círculo de Controle de Qualidade – CCQ, dando inicio a uma série de utilização de ferramentas japonesas por empresas instaladas no Brasil.
 No inicio da década de 90, estimuladas pela abertura de mercado no Brasil e pela globalização da economia, as empresas passaram a adotar sistemas de gestão oriundo do Japão, como a Gestão pela Qualidade Total - TQC, a Manutenção Produtiva Total – TPM e a Produção Enxuta – Just-In-Time ou Lean Manufacturing, este último inspirado no Sistema Toyota de Produção.
 Nesta mesma década foi criada a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade, responsável pelo Prêmio de maior reconhecimento de Excelência de Gestão, que utilizou como referência para seus critérios os Prêmios Malcolm Baldridge (Estados Unidos) e o Europeu. O governo brasileiro, com o objetivo de disseminar a Qualidade em todas as instituições, públicas e privadas, criou o Programa Brasileiro para Qualidade e Produtividade. Para o sucesso de qualquer uma destas Ferramentas ou Sistemas de Gestão, o Programa japonês 5S, foi e é utilizado de maneira unânime, como uma Base física e cultural.
 Ainda no final da década de 90, e já neste milênio, cresceu a utilização das técnicas de Six Sigma, para garantir a estabilidade de processos, com o objetivo de reduzir à quase zero (3,4 Partes defeituosas por Milhão) o número de não-conformidades.
 Após resultados extraordinários obtidos pela General Eletric, naquela época liderada pelo atual Consultor Norte-Americano Jack Welch, várias outras empresas passaram a adotar invariavelmente esta ferramenta gerencial de cunho estatístico. 
 As tendências para as próximas décadas é a integração sistematizada das várias ferramentas gerenciais, a exemplo do que já está ocorrendo com as Normas ISO 9001, 14001 e OHSAS 18001. O desafio para as empresas é criar um modelo de gestão que evite superposições de atividades muito comuns entre os programas, tais como: Comitês, Treinamentos, Verificações e Auditorias Internas e Externas, Planos de ações, Orçamentos, Reuniões de Follow-up, etc.
 Não é fácil encontrar consultorias com profissionais especializados em cada um dos temas. Normalmente há consultores que são especialistas em um dos temas e generalistas em outros. O ideal é que haja uma equipe de consultores especialistas em cada tema, mas com uma visão holística entre eles, ao mesmo tempo que tenham a flexibilidade para adequar a sua experiência às características e necessidades da empresa, sinalizadas pelas tendências de mercado.
1.3 Gestão da Qualidade nos Estados Unidos
 Nos EUA, o tratamento da qualidade desenvolveu-se a partir das indústrias bélica e nuclear e foi fortemente influenciado pelas exigências de segurança dessas aplicações. O estudo das falhas de segurança nessas áreas levou à conclusão de que estas eram provocadas, em boa parte dos casos, por problemas de natureza sistêmica. A visão norte-americana ficou centrada em assegurar que o sistema da qualidade fosse consistente e confiável, garantindo que o produto final atendesse às especificações estabelecidas. Tal abordagem denominava-se, então, de Garantia da Qualidade.
 O nascimento da qualidade total nos Estados Unidos foi uma resposta direta a uma revolução de qualidade no Japão após a II Guerra Mundial, como os principais fabricantes japoneses convertidos de produção de bens militares para uso interno à produção de bens civis para o comércio.
A resposta americana
Na primeira, os fabricantes E.U. realizada para a sua suposição de que o sucesso japonês foi o preço-relacionadas, e, portanto, responderam à concorrência japonesa com estratégias que visam reduzir os custos de produção interna e restringir importações. Isto, naturalmente, não fez nada para melhorar a competitividade americana em qualidade.
No ano passado, a concorrência de preços diminuiu, enquanto a concorrência qualidade continuou a aumentar. Até o final da década de 1970, a crise de qualidade americano chegaram a grandes proporções, atraindo a atenção dos legisladores nacionais, os administradores e os meios de comunicação. A NBC-1980 TV reportagem especial, "Se o Japão pode ... Why Can't We?" Destacou como o Japão havia capturado a auto mundo e os mercados eletrônicos. Finalmente, as organizações E.U. começou a ouvir.
 Os principais executivos de grandes corporações E.U. avançou para a liderança pessoal do movimento da qualidade. A resposta E.U., enfatizando não apenas estatísticas, mas as abordagens que abraçou toda a organização, tornou-se conhecida como Total Quality Management (TQM).
 Várias outras iniciativas de qualidade seguidos. A série ISO 9000 de normas de gestão da qualidade, por exemplo, foram publicados em 1987. O Baldrige National Quality Program e Malcolm Baldrige National Quality Award foi instituído pelo Congresso E.U. mesmo ano. As empresas americanas estavam em lenta primeiros a adotar as normas, mas finalmente chegou a bordo.
 2.1 H.G.Q.T 
 Para entender sobre qualidade, é necessário conhecer o significado de seu termo. A palavra qualidade, vem do latim ‘qualitate’. Os principais autores sobre o tema, como Deming, Crosby, Juran e Feigenbaun, procuraram defini-la de acordo com uma série de princípios, as necessidades de seus clientes de forma agradável. Além disso, cada pessoa tem uma visão diferente no momento de comprar um produto ou desfrutar de um serviço, pois, estarão baseadas naquilo que aprenderam, nas suas expectativas e também em suas necessidades, que poderão ser distintas.
 A qualidade de um produto ou serviço pode ser mensurada, quando essa, atende às necessidades de seus clientes de forma agradável. Além disso, cada pessoa tem uma visão diferente no momento de comprar um produto ou desfrutar de um serviço, pois, estarão baseadas naquilo que aprenderam, nas suas expectativas e também em suas necessidades, que poderão ser distintas.
 O conceito de Gestão da Qualidade foi evoluindo com o passar do tempo, a medida em que as pessoas tornaram-se , mais exigentes em suas avaliações. 
 Inicialmente, surgiu na Segunda Guerra Mundial, para corrigir os erros dos produtos bélicos, mas anteriormente o termo utilizado era “Controle de Processos”. Com sua evolução, passou a denominar-se Garantia da Qualidade, utilizando normas específicas para cada etapa. Após isso, surgiu o Controle da Qualidade, no início do século XX por Frederick Taylor e Ford.
 Atualmente, os consumidores exigem cada vez mais qualidade dos serviços e produtos que adquirem. Por isso, surgiram ferramentas do governo para auxiliar nadefesa do consumidor. No Brasil, por exemplo, existe o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (SINDEC), sistema do Ministério da Justiça que realiza a gestão dos atendimentos realizados pelo Procon; e o site Consumidor.gov, uma plataforma que faz a integração entre empresa e consumidor, com o objetivo de ajudá-los a solucionar os problemas de consumo. Essa plataforma está sob a supervisão do Procon e da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça.
 2.2 Del de qualidade
 No final do século XIX a montadora de automóveis Panhard & Levassor (P&L) ainda montava veículos sob medida, o que equivale nos dias de hoje a montagem de protótipos. Essa empresa montava os carros de acordo com os pedidos de seus clientes, logo, não havia dois carros iguais. Um grupo de artesãos altamente qualificados era responsável pela fabricação e montagem das peças. Naquele tempo um problema comum era o erro dimensional, em que o tamanho de um veículo diferia bastante do outro produzido sobre o mesmo projeto, esse erro ocorria em função das peças serem feitas por diferentes artesãos. Esse sistema de montagem se estendeu até a Primeira Guerra Mundial e em alguns casos até os dias de hoje, como é o caso dos automóveis Rolls Royce
 
A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e com ela muitas mudanças ocorrem nas indústrias e nos sistemas produtivos. Na mesma época também ocorreu à transição entre feudalismo e capitalismo, e assim a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção.
A partir da Revolução Industrial, a customização dos produtos é substituída pela padronização e inicia-se a produção em larga escala. É nesse período que também ocorre à substituição das ferramentas pelas máquinas, de energia humana pela energia motriz, e, do modo de produção que até então era doméstico para o sistema fabril. Levando a um processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.
Com todas essas mudanças foi possível estabelecer a produção em massa, que encontrou na linha de montagem um modelo ideal. A partir do momento em que é estabelecida a produção em massa, também é estabelecido que cada funcionário teria domínio de apenas uma função, e este a repetiria várias vezes ao longo de sua jornada de trabalho.
Nesta época já era utilizado o modelo de administração taylorista, ou Administração Científica. Esse modelo retirou do trabalhador as etapas de concepção e de planejamento do produto. Em meio a essas mudanças surge a função do inspetor, o qual era responsável pela qualidade dos produtos.
Durante esse período, as necessidades dos clientes não eram muito levadas em consideração, ou seja, não direcionavam o desenvolvimento de novos produtos. 
Ford viu que o mundo estava preparado para um carro financeiramente acessível, assim ele buscou as técnicas de produção em massa como a única forma de viabilizá-lo. Para isso ele definiu o preço de venda e desafiou a organização a fazer com que os custos fossem suficientemente baixos para garantir aquele preço, Assim, ele conseguiu oferecer ao mercado o que ele queria: um modelo simples e acessível.
A empresa Ford, passou de 1908 até 1927 produzindo um único modelo de automóvel, o Ford T que também ficou conhecido como Ford Bigode, além de produzir um único modelo, eles também eram pintados em uma única cor, a preta. Apesar das peculiaridades a respeito do Ford T ele se tornou o carro do século, chegando a 15 milhões de unidades vendidas, e ainda quebrou o mito de que carro era só para classe alta da sociedade.
 
Com essas mudanças também ocorreu uma grande evolução nos conceitos de controle de qualidade, cabendo a Ford um papel importante. Foi dele a ideia de adotar um sistema de padronizado de medidas para todas as peças, facilitando assim a montagem e eliminando o problema do “erro dimensional”. Com a expansão do modelo de linha de montagem em diversos setores industriais, passou a ser importante investir no desenvolvimento de áreas como a metrologia, sistemas de medidas e especificações, tudo isso para garantir a intercambialidade das peças. Nessa época o foco do controle de qualidade era a inspeção, e ainda eram desprezados os conhecimentos das necessidades do cliente e a participação do trabalhador, as quais eram levadas em consideração no período artesanal.
 Em 1924, Walter A. Shewhart cria o gráfico de controle, onde ele uniu conceitos de estatística à realidade produtiva da empresa de telefonia Bell Telephone Laboratories. Ele também foi o responsável pela criação do Ciclo do PDCA (plan-docheck-act), o qual auxilia até os dias de hoje as atividades de análise e soluções de problemas.
 Com o desenvolvimento dos sistemas de medidas, das ferramentas de controle estatístico do processo e o surgimento de normas específicas o controle de qualidade evoluiu muito na década de 30. Nessa mesma época surgem também os conceitos de técnicas de amostragem, que permitiram então a verificação por amostragem, o que fez com que acabasse a função do inspetor, diminuindo assim os custos indiretos da empresa. Ainda na década de 30, surgem as normas britânicas e americanas de controle de estatístico da qualidade, que são: British Standard BS 600 e American War Standards Z1.1 – Z1.3.
Durante a Segunda Guerra Mundial os conceitos de controle estatístico da qualidade se difundiram pelo mundo, principalmente nas indústrias bélicas e que fabricavam produtos utilizados na guerra. Porém, só no período pós-guerra é que surgiram novos conceitos com relação à Gestão da Qualidade.
A partir do ano de 1945, começam as surgir nos Estados Unidos as primeiras associações de profissionais da área da qualidade, primeiro surge a Society of Quality Engineers, no ano seguinte, 1946, surge a American Society for Quality Control (ASQC), e com essas associações começam a surgir nomes importantíssimos para a Gestão da Qualidade, como Joseph M. Juran. Assim como ocorreu nos Estados Unidos, em 1950 é criada no Japão a associação japonesa de cientistas e engenheiros, a JUSE (Japan Union of Scientists and Engineers).
Em 1951 Juran lançou a publicação Planning and Practices in Quality Control, a qual apresentava um modelo que envolvia planejamento e apuração dos custos da qualidade. Nessa mesma época Armand Feigenbaum começa a tratar a qualidade de forma sistêmica nas organizações, e assim ele formula o Total Quality Control (TQCControle de Qualidade Total), o qual influenciou muito no modelo proposto pela International Organization for Standardization (ISO), a série ISO 9000. Também na década de 50, mais precisamente em 1957, Philip B.Crosby começa a utilizar os elementos que criaram o programa Zero Defeito, o qual passou a ser muito utilizado na época, tanto em programas militares como em empresas.
Ao mesmo tempo em que todos esses sistemas de qualidade eram criados nos Estados Unidos, o Japão que ainda estava em reconstrução no período pós-guerra, também já iniciava seus primeiros passos nos sistema de qualidade. W. Edwards Deming e Juran estiveram no Japão, e influenciaram muito no modelo de qualidade criado lá, ao mesmo tempo, esses dois estudiosos também foram influenciados pelo modelo japonês, o qual tinha fortes aspectos relacionados à participação dos trabalhadores e da alta gerencia como fundamentais para a boa Gestão da Qualidade
Além desses teóricos, vários outros também influenciaram no modelo japonês, Company Wide Quality Control – CWQC, que no Brasil ficou conhecido como Controle de Qualidade Amplo Empresarial, entre esses teóricos está Taiichi Ohno, um dos idealizadores o Sistema Toyota de Produção, que ficou mais conhecido como produção enxuta ou lean production. Taiichi Ohno influenciou muito esse sistema de qualidade, principalmente pela aversão que ele possuía ao desperdício, um dos alvos dele foi a eliminação da inspeção, para isso ele desenvolveu nos trabalhadores a responsabilidadepela qualidade do que produziam, além disso, Ohno reservava um horário periodicamente para que os trabalhadores, em equipe, discutissem melhorias no processo. Esse conceito de melhoria continua na busca da perfeição (kaisen) era importantíssimo para o modelo japonês, outro elemento importante para esse sistema eram as parcerias realizadas com os fornecedores pra garantir a qualidade do que recebiam
Assim como Ohno, Kaoru Ishikawa fez várias contribuições ao modelo japonês, tais como: na formulação do CWCQ e na difusão das sete ferramentas da qualidade, as quais foram amplamente utilizadas nos Círculos de Controles de Qualidade (CCQs) ou grupos de melhoria, esse sistema ainda é utilizado em diversas organizações.
Na década de 60, Mizuno e Akao ajudaram a resgatar a proximidade com o cliente, propondo o método de Desdobramento da Função da Qualidade, QDF, e Taguchi deu enfoque as atividades de projeto, como fundamentais para a satisfação do cliente e também para a criação da qualidade robusta (robust quality) 
No Ano de 1987, com o apelo da globalização, é criado o modelo normativo ISO para a área de Gestão da Qualidade, a série 9000, Sistemas de Garantia da Qualidade. 
Essa norma facilitou as exportações de forma geral, assim como a relação entre clientes e fornecedores ao longo da cadeia produtiva dispersa geograficamente. A seleção de fornecedores que possuíam essa norma em suas empresas diminuiu as auditorias que ocorriam na seleção destes, pois se passou a utilizar as auditorias de terceira parte, credenciadas para esse fim. O Sistema ISO difundiu-se rapidamente, e tornou-se em muitos casos o requisito de ingresso em muitas cadeias produtivas, principalmente para as indústrias automobilísticas, que acabaram criando diretrizes adicionais a essa norma, como a QS 9000, que acabou convergindo para uma especificação técnica ISO TS 16949, em 1999 para todo o setor. No ano de 2000 foi realizada a terceira revisão na série, ISO 9000:2000, que passou a adotar uma visão de Gestão da Qualidade e não mais da garantia, acrescentando ainda elementos da gestão de processos, gestão por diretrizes e o foco no cliente. A norma ISO 14000:1996 da Gestão da Qualidade possui forte relacionamento com a série ISO 9000.
 Esse modelo começou a ser implantado no Brasil a partir de 1990. Através dele, a organização passou a adquirir novas competências como: aprender novos procedimentos, ter atitudes diferenciadas, interação com o público interno e externo e também com o mercado.
 Além disso, a década de 90 trouxe o início da utilização das normas ISO 9000, bem como, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, criado pelo Governo Federal com o objetivo de auxiliar na competitividade dos produtos brasileiros. Vários Estados do Brasil implantaram e criaram programas da qualidade.
 3. Considerações Finais
 Como foi dito no início deste trabalho, a centralidade da produção do conhecimento é essencial e imprescindível na estratégia de transformação que permitirá a elevação do nível global de competitividade da economia. É só por meio de um processo de desenvolvimento econômico, social e político que se pode, efetivamente, oferecer às diferentes camadas da sociedade a melhoria das condições de vida, ansiadas por todos, respeitando-se os valores éticos e morais que pautam as organizações deste país. A educação é o início gerador do processo de gestão pela qualidade e deve também agir como facilitador da implantação desse processo, para a melhoria eficiente, efetiva e eficaz de seus próprios objetivos.
 Referência
 http://www.inmetro.gov.br
 http://www.abnt.org.br
 ABNT. NBR ISO 9000:2000. Sistema de gestão da qualidade: requisitos. Rio de dezembro, 2000.
 ALGARTE, W.; QUINTANILHA, D. A história da qualidade e o Programa Brasileiro da Qualidade e produtividade. Rio de Janeiro: nov., 2000.
 Ohno, Taiichi (1988). Toyota Production System: Beyond Large-Scale Production (English translation ed.). Portland, Oregon: Productivity Press. pp. 75–76. 
Jump up^ Selden, Paul H (1997). Sales Process Engineering: A Personal Workshop. Milwaukee, WI: ASQ Quality Press. pp. 113–120.
Jump up^ Emiliani, Bob; Stec, David; Grasso, Lawrence; Stodder, James (2007). Better thinking, better results: case study and analysis of an enterprise-wide lean transformation (2nd ed.). Kensington, Conn: Center for Lean Business Management. .
Guide to Quality Control (Kraus, 1976);
QC Circle Koryo (JUSE, 1980);
Quality Control Circles at Work (JUSE, 1984);
What is Total Quality Control? (Prentice Hall, 1985)
 • Juran Planejando para a Qualidade - Joseph M. Juran - São Paulo: Pioneira, 1992
 • Qualidade é Investimento - Philip Crosby - Rio de Janeiro: José Olimpio Editora, 1988
• Qualidade - A revolução da Administração - W. Edwards Deming - Rio de Janeiro: Masques Saraiva, 1990
• O Método Deming de Administração – Mary Walton - Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1989
• Controle da Qualidade Total - No Estilo Japonês - Vicente Falconi - Rio de Janeiro: Bloch Editora, 1992
• TQC - Estratégia e Administração da Qualidade - Kaoru Ishikawa - São Paulo: IM&C International, 1984
• Kaizen - A estratégia para o Sucesso Competitivo - Masaaki Imai - São Paulo: IMAM, 1990
• CCQ - Círculos de Controle da Qualidade - Romeu Carlos L. de Abreu - Rio de Janeiro: QualityMark, 1991
• Juran's Quality Control – Handbook - Joseph M. Juran - Frank M. Gryna - USA: McGraw Hill, 1988
• Qualidade - Ferramentas para uma Melhoría Contínua - The Memory Jogger - Michael Brassard - Rio de Janeiro: QualityMark, 198
• Just-In-Time - Uma Estratégia Avançada de Administração - Richard T. Lubben - São Paulo: McGraw Hill, 1989
• A Bíblia do 5S - Haroldo Ribeiro -Salvador: Casa da Qualidade Editora, 2006
• TPM Report - Haroldo Ribeiro - São Paulo: EPSE Editora, 2005

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