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BIOQUÍMICA DA NUTRIÇÃO COM CORRELAÇÕES CLÍNICAS Henrique Freire Soares http://riquenutri.blogspot.com.br Facebook: Henrique Soares Nutricionista Datas das aulas, às quartas-feiras das 20h00 às 22h00: Agosto/2014: 13, 20 e 27 Setembro/2014: 03, 10, 17 e 24 Outubro/2014: 01, 08, 22 e 29 Novembro/2014: 05, 12, 19 e 26 BIOQUÍMICA DA NUTRIÇÃO COM CORRELAÇÕES CLÍNICAS 2014 Henrique Freire Soares http://riquenutri.blogspot.com.br Facebook: Henrique Soares Nutricionista MÓDULO 1 – CARBOIDRATOS – AULA 1 METABOLISMO • CATABOLISMO - Liberação de energia - Exotérmicas - Oxidativa - Produção de ATP • ANABOLISMO - Armazenamento - Vias endotérmicas - Geração de futuros substratos (Glicogênio, TAG e MM) Robert H. Demling. Eplasty. 2009;9:e9. CÉLULA QUANDO DESEJA ANABOLIZAR, CRESCER, PROLIFERAR, PRECISA DE SINALIZANTES METABÓLICOS POR EXEMPLO - MTOR CÉLULA DO SISTEMA IMUNE, LINFÓCITO T Curr Opin Immunol. 2013 June;25(3):347-355. NÃO EXISTE NENHUM PRODUTO FINAL DE VIA METABÓLICA DE GERAÇÃO DE ENERGIA EM CONDIÇÕES FISIOLÓGICAS, SOMENTE EM CONDIÇÕES PATOLÓGICAS.P Correlação clínica: 1 – Gasto de P para atividades durante o dia e gordura 2 – Ganho muscular gasta ATP, (precisa comer), precisa de H2O, e desintoxica O ATP é o intermediário químico entre os processos liberadores e consumidores de energia. Na célula ele é produzido em reações exergônicas e gasto em reações endergônicas • Geração de energia resulta em metabólitos ácidos: - Carboidratos – ácido lactico e H+ - Gorduras – Corpos cetônicos - Proteínas – Amônia, uréia, sulfatos, fosfatos - Oxidação dos macronutrientes – CO2 H+ ≠ H2 Conceito de sinalização celular As vias bioquímicas são estimuladas ou inibidas por meio de sinais e sensores celulares: - Nutriente é sinalizante e sensor - Enzimas, intermediários e cofatores das vias são sinalizantes e sensores ex: caspases, AMPK, NAD/NADH e AMP/ADP/ATP - Peptídios são sinalizantes e sensores (mTOR, mTORC, sirtuinas, PGC-1alfa, FOXO) PARA GERAR ENERGIA? Importante é a velocidade de geração de energia, a quantidade de energia produzida e a capacidade de resintese, de manutenção constante da produção de energia Sistema ATP/CP + + Pi METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS GLICOSE • Glicose é a principal forma pela qual o carboidrato absorvido no TGI é apresentado às células do corpo. • Tem sua absorção intestinal afetada por várias outros componentes. Transporte de Glicose as células • Transporte facilitado – GLUTs – a favor de um gradiente de concentração • Cotransporte via SGLT – requerimento de energia – contra um gradiente de concentração, acoplado ao gradiente de concentração do Na++ - ocorre principalmente nas células epiteliais do intestino e túbulos renais. • Taste Receptors – T1R2, T1R3 TRATAMENTO DA DIARRÉIA SORO CASEIRO Sci Signal. 2012 Aug 28;5(239):pe36. Do pancreatic β cells "taste" nutrients to secrete insulin? CAMINHOS DA GLICOSE E AÇÃO DA INSULINA World J Gastroenterol. 2012 December 14; 18(46): 6771–6781. Hepatic expression and cellular distribution of the glucose transporter family. Lipid composition of cell membranes and its relevance in type 2 diabetes mellitus. Curr Diabetes Rev. 2012 Sep;8(5):390-400. Delaying of insulin signal transduction in skeletal muscle cells by selenium compounds Dióxido de selenio e selenito de sódio DETALHE IMPORTANTE: APÓS REALIZADAS AS SUAS FUNÇÕES, A EXTRAÇÃO SÉRICA DA INSULINA É FEITA PELO FÍGADO • Principal combustível utilizado pelo cérebro • O metabolismo de glicose apresenta problemas em algumas doenças metabólicas, resultado da hiperglicemia, da sua relação hormonal e de suas reações bioquimicas. GLICOSE Metabolismo de Carboidratos • As principais vias do metabolismo de carboidratos começam ou terminam com glicose. Glicogênio Glicose Piruvato Glicogenólise Glicogênese Glicólise Gliconeogênese Pentose-P Lipídios Aminoácidos Nucleotídeos GLICÓLISE GLICÓLISE • Para muitos tecidos, a glicólise é uma via fornecedora de energia de emergência - capaz de gerar 2 moles de ATP para cada 1 mol de glicose na ausência de O2 – Assim um tecido sem O2 – níveis de ATP mantidos pela glicólise (curto espaço de tempo) • Via utilizada por todas as células do corpo - extrair energia química • Converte glicose em piruvato e destina o piruvato para diferentes vias conforme a demanda celular (demanda bioquímica). • Produto final da glicólise é o piruvato. • Piruvato pode ser convertido a lactato, a etanol, a alanina, a oxaloacetato ou oxidado a CO2 e H2O, na mitocôndria. Reações da Glicólise • A glicólise ocorrem em 2 estágios – 1ª FASE – gasto energético – as formas fosforiladas da glicose e frutose são sintetizadas as custas de ATP – convertido em ADP – 2ª FASE – produção energética – 4 moléculas de ATP são formadas por molécula de glicose metabolizada. • Duas moléculas de NADH são formadas enquanto o piruvato é produzido ChemMedChem. Aug 2012; 7(8): 1318–1350. 1. Fosforilação da Glicose • Reação irreversível de fosforilação – captura • Reação catalisada pela hexoquinase – Atua na maioria dos tecidos – Enzima regulatória da Glicólise – Capaz de fosforilar várias hexoses além da glicose – Inibida pelo produto da reação –glicose 6P – Inibidores ambientais Conceito da demanda metabólica Biochem J. Mar 1, 2009; 418(2): 261–275. • Glicoquinase (GK): – No fígado – Difere da hexoquinase pois requer uma > concentração de glicose – Só funciona qd a [ ] intracelular de glicose no hepatócito está elevada - após o consumo de uma refeição rica em CHO – Não é inibida pela glicose-6P – Não funciona para outros CHO´s Lado bom = câncer Lado ruim = diabetes 1º desvio metabólico da via glicolítica 2. Conversão da glicose 6P em frutose 6-fosfato 3. Fosforilação da Frutose 6-fosfato em 1,6 difosfato • Reação irreversível catalisada pela fosfofrutoquinase-1 (PFK-1) – PONTO de CONTROLE MAIS IMPORTANTE. • É a etapa limitante da velocidade na glicólise • A PFK-1 é controlada pelas [ ] de ATP e frutose 6-P – PFK-1 inibida por níveis de ATP e citrato – “riqueza de energia” – PFK-1 ativada por [ ] de AMP – “pobreza de energia” Relação clínica com suplementação de ATP? Relação clínica com gasto de energia durante o dia? Adenosine 5'-triphosphate (ATP) supplements are not orally bioavailable: a randomized, placebo-controlled cross-over trial in healthy humans. Uric acid concentrations in healthy volunteers after oral ATP or placebo supplementation. A single dose of 5000 mg ATP J Int Soc Sports Nutr. 2012 Apr 17;9(1):16. Eight healthy volunteers participated in a cross-over study. 4. Clivagem da frutose1,6-difosfato • A aldolase cliva a frutose 1,6-difosfato em diidroxiacetona fosfato (DHAP) e gliceraldeido 3-fosfato (2 produtos com 3 carbonos) 5. Isomerização da dihidroacetona fosfato • A triose fosfato isomerase converte a dihidroxiacetona fosfato (DHAP) a gliceraldeído3-fosfato 2º desvio da viaglicolítica 6. Oxidação do gliceraldeído 3- fosfato • Primeira reação de oxido redução da glicólise • Gliceraldeído 3 fosfato desidrogenase – GAPDS - Enzima inibida pelo radical Superóxido (O2 -) Verde – Acrossoma e Secreção acrossomal B - Mitocôndrias Cell Calcium. 2012 Dec 20. pii: S0143- 4160(12)00188-1. doi: 10.1016/j.ceca.2012.11.010. Agrotóxicos, via glicolítica e infertilidade S-a-chlorohydrin (SACH) Agrotóxico ↓ Secreção acrossomal PLoS One. 2012; 7(8): e43004. (S)-α-Chlorohydrin Inhibits Protein Tyrosine Phosphorylation through Blocking Cyclic AMP - Protein Kinase A Pathway in Spermatozoa 7. Formação do 3-fosfoglicerato e do ATP a partir do 1,3 difosfoglicerato e ADP 3º desvio metabólico da via glicolítica para formação de aminoácidos Proc Natl Acad Sci U S A. 2014 Jul 28. pii: 201322912. [Epub ahead of print] Proc Natl Acad Sci U S A. 2014 Jul 28. pii: 201322912. [Epub ahead of print] Rev Bras Psiquiatr 2003;25(3):177-83 J Biol Chem. 2012 June 8; 287(24): 19786–19791. 8. Troca do grupo fosfato do carbono 3 para o carbono 2 – Forma-se o 2 -fosfoglicerato 9.Desidratação/hidratação para formação do PEP - Enzima enolase 10 – PEP se transforma em piruvato - Nova formação de 2 moléculas de ATP - 3ª Enzima irreversível 1 - Descarboxilação oxidativa – Acetil CoA – Ciclo de Krebs (CTE ou transaminação ou síntese de ácidos graxos) 2 - Carboxilação do piruvato em oxaloacetato – repor intermediários do CK, manter queima de gordura e substrato para gliconeogênese 3 - Redução do piruvato a etanol (intestino) 4 - Redução a lactato – anaerobiose 5 - Conversão em alanina (ALT ou TGP) Destinos do Piruvato - Redução do piruvato em lactato (lactato desidrogenase – LDH) • Formado pela ação da lactato desidrogenase – produto final da glicólise anaeróbica em células eucarióticas • Importante para resintese de NAD e manter resintese constante de ATP • A formação de lactato é o principal destino do piruvato nas hemáceas, cristalino e córnea, medula renal, testículos, leucócitos, maioria das células tumorais, ou em células com disfunção mitocondrial. 1 – Porque piruvato tem que virar lactato? 2 – Quando lactato volta a ser piruvato, o que acontece? 3 – Qual outro caminho do lactato?
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