Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TERAPIA NUTRICIONAL NUTRIÇÃO ENTERAL/ PARENTERAL Profª Margarete Consorti Bellan Nutrição Enteral (NE) • “Terapia de nutrição enteral (TNE) corresponde a um conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio de nutrição enteral (WAITZBERG, 2000).” Nutrição Enteral (NE) • A resolução RDC 63 da ANVISA de 06/07/00, define nutrição enteral como • “alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.” Vias de acesso • Nasoenteral • Gastrostomia • jejunostomia Vias de acesso /vantagens LocalizaLocalizaçção gão gáástricastrica LocalizaLocalizaçção ão duodenal e jejunalduodenal e jejunal Vantagens Vantagens �� Maior tolerância a Maior tolerância a ffóórmulas variadasrmulas variadas �� Boa aceitaBoa aceitaçção de ão de ffóórmulas rmulas hiperosmhiperosmóóticasticas �� Progressão mais rProgressão mais ráápida pida ao VET idealao VET ideal �� Maior volume em Maior volume em menor tempomenor tempo �� FFáácil posicionamento da cil posicionamento da sondasonda �� Menor risco de Menor risco de aspiraaspiraççãoão �� Maior dificuldade de Maior dificuldade de sasaíída acidental da da acidental da sondasonda �� Permite nutriPermite nutriçção ão enteralenteral quando a quando a alimentaalimentaçção gão gáástrica strica éé inconvenienteinconveniente Vias de acesso /desvantagens LocalizaLocalizaçção ão ggáástricastrica LocalizaLocalizaçção ão duodenal e jejunalduodenal e jejunal Desvantagens Desvantagens �� Alto risco de Alto risco de aspiraaspiraçção em ão em pacientes com pacientes com dificuldades dificuldades neuromotorasneuromotoras de de deglutideglutiççãoão �� Ocorrência de tosse, Ocorrência de tosse, nnááuseas ou vômitos useas ou vômitos que favorecem a saque favorecem a saíída da acidental da sondaacidental da sonda �� Risco de aspiraRisco de aspiraçção ão em pacientes que têm em pacientes que têm mobilidade gmobilidade gáástrica strica alterada ou são alterada ou são alimentados alimentados àà noitenoite ��Requer dietas Requer dietas normonormo ou ou hipoosmolareshipoosmolares Indicações da Nutricional Enteral Pacientes que não podem Pacientes que não podem se alimentarse alimentar Inconsciência, anorexia Inconsciência, anorexia nervosa, lesões orais, AVC, CAnervosa, lesões orais, AVC, CA Pacientes com ingestão oral Pacientes com ingestão oral insuficienteinsuficiente Trauma, queimados, Trauma, queimados, septicemia,alcoolismo, septicemia,alcoolismo, depressão gravedepressão grave Pacientes nos quais a Pacientes nos quais a alimentaalimentaçção comum produz ão comum produz dor ou desconfortodor ou desconforto DoenDoençça de a de CrohnCrohn, colite , colite ulcerativaulcerativa, carcinoma de TGI, , carcinoma de TGI, pancreatitepancreatite, quimioterapia, , quimioterapia, radioterapiaradioterapia Pacientes com disfunPacientes com disfunçção no ão no TGITGI SSííndrome de mndrome de máá absorabsorçção, ão, ffíístula digestiva, sstula digestiva, sííndrome do ndrome do intestino curtointestino curto Contra-indicações de NE • Disfunção do TGI ou condições que requerem repouso intestinal • Obstrução mecânica do TGI • Íleo paralítico • Hemorragia GI severa • Fístula no TGI de alto débito (500 ml/dia) • Enterocolite severa • Pancreatite aguda grave • Doença terminal • OBS.: – Expectativa de utilizar a TNE em período inferior a 5-7 dias (pacientes desnutricos) ou 7-9 dias (pacientes bem nutridos) Dose e velocidade de administração • Adminstração intermitente – inicial com 100 ml – Volume aumentado a cada 24 / 48 h até atingir VET – Se necessário, grandes volumes ( 500 ml) infundidos de 3-4 h – Resíduos gástricos verificados antes de cada refeição – Refeição suspensa se resíduos superiores a 150m • Administração contínua – Iniciada com volume de 25 a 50 ml/h/dia – Aumentar gradativamente até velocidade máxima de 100 a 150 ml/h Dose e velocidade de administração • No duodeno ou jejuno • Gotejamento controlado • Escoamento rápido = cólicas e diarréias • Confirmação radiológica do posicionamento da sonda • Iniciar alimentação diluída com 50 ml/h • Se não houver efeitos colaterais, aumentar velocidade 25/50 ml/h/dia até atingir o volume necessário • Aumentar a osmolalidade até atingir as demandas nutricionais • Na infusão contínua = sonda enteral Fórmulas enterais/valores de osmolalidade da solução/ mOsm/L de água Hipotônica Hipotônica Menor que 300Menor que 300 Isotônica Isotônica 300 300 -- 350350 Levemente hipertônicaLevemente hipertônica 350 350 -- 550550 Hipertônica Hipertônica 550 550 –– 750750 Acentuadamente Acentuadamente hipertônicahipertônica Maior que 759Maior que 759 Densidade calórica nas fórmulas enterais Densidade calDensidade calóóricarica Kcal/mLKcal/mL HipocalHipocalóóricarica 0,6 0,6 –– 0,80,8 NormocalNormocalóóricarica 0,9 0,9 –– 1,21,2 HipercalHipercalóóricarica 1,3 1,3 –– 1,51,5 Acentuadamente Acentuadamente hipercalhipercalóóricarica Maior que 1,5Maior que 1,5 Classificação das dietas enterais/quanto ao preparo • Artesanal – Preparada à base de alimentos in natura – Mistura de produtos naturais e industrializados • Industrializada – Pó para reconstituição, pacotes de 60-100 g ou latas de 400 g – Líquida semi-pronta, em frascos ou latas – Prontas para uso, em frascos ou bolsas próprias para acoplar ao equipo de infusão Nutrição Parenteral Trato GI funcionante Sim Não Use NPTUse NE Curto prazo SNG,SNE,SNJ Longo prazo Gastrostomia, jejunostomia Curto prazo NPP Longo prazo NPT • Suprimento de todas as necessidades nutricionais e metabólicas por via endovenosa, em pacientes que não podem ser alimentados por via oral ou enteral adequadamente: – Ingestão insuficiente – Incapacidade de utilização dos nutrientes adequadamente • Apenas quando a utilização do trato digestivo estiver impossibilitada, limitada ou contra-indicada. Se possível, fazer combinação das duas vias (enteral e parenteral). • TGI não funcionante – Obstrução intestinal total – Íleo por qualquer causa (peritonite) • Perdas aumentadas/má absorção – Vômito incoercível – Diarréia severa alta (>1500 ml/d) – Fístula de alto débito – Síndrome de intestino curto –Má absorção severa • Repouso intestinal ? • Pré-operatório: indicado apenas em pacientes desnutridos graves, por no mínimo 7 a 10 dias (Buzby, 1991) • Pós-operatório: apenas se a via enteral não for possível (Moore, 1992) – Se NPT no pré-operatório – Desnutrição severa – Após jejum 1 semana PO – Complicações graves, como infecção, insuficiência respiratória ou renal aguda, fístula ou pancreatite • Vias de administração – Central • NPT através de intracath (cateter venoso central), veia jugular ou sub-clávia, ou PICC (cateter central de inserção periférica) • Possibilita o uso de soluções de maior osmolaridade (1800 mOsm/kg) • Previsão de uso de NP > 10 - 14 dias • Situações de hipercatabolismo (stress severo) • Vias de administração – Periférica (NPP através de veia periférica) • Limita o uso de soluções de até 900 mOsm/l,(concentrações deglicose até 10%) • Uso diário de lipídeos • Necessidade de maior volume infundido • Indicado por até 5 -7 dias NP • Transição/suplementação NE • Situações de stress moderado/leve PICC – cateter central de inserção periférica Cateter Venoso Central BOM DIA !!!!
Compartilhar