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DIREITO CIVIL II - CCJ0013
Título	
SEMANA 5
Descrição	
Caso Concreto: 
Na legislação brasileira não há previsão sobre a distinção das obrigações de meio e de resultado e na doutrina há muita controvérsia sobre a questão, principalmente no que diz respeito ao ônus da prova para comprovação da responsabilidade. Diante desse contexto, é de extrema importância avaliar o atual posicionamento jurisprudencial frente ao tema. O CDC tem previsão expressa acerca da responsabilidade do profissional liberal, no parágrafo 4º do artigo 14, com a seguinte redação: "A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa". Ou seja, a responsabilidade é subjetiva, depende da prova da culpa do profissional. A maioria das atividades exercidas por profissionais liberais no Brasil são consideradas como obrigações de meio, ou seja, não há uma garantia do resultado a ser alcançado. Contudo, caso o consumidor não fique satisfeito com o trabalho realizado, caberá a este comprovar a	culpa	do	profissional. Assim, o médico, por exemplo, não tem como prometer o sucesso de um tratamento para uma doença de seu paciente, assim como o advogado que atua no processo não tem o dever de garantir o resultado da demanda ao seu cliente. Faça uma pesquisa junto aos Tribunais Superiores e veja qual tem sido a tendência das decisões a esse respeito.
R: Nesse sentido, o STJ, ao julgar o REsp 799.241, entendeu que o gestor de investimento não pode ser responsabilizado pelos prejuízos causados ao investidor em razão da desvalorização do Real ocorrida em 1999. Os ministros defenderam que o gestor não garantiu o lucro da operação, mas sim que empregaria todos os meios visando a obtenção de lucro, ou seja, sua obrigação é de meio e não de resultado.
Em contrapartida, nas obrigações de resultado, a jurisprudência vem entendendo que, quando o resultado prometido não é alcançado, já há uma presunção de culpa e assim inverte o ônus da prova, cabendo ao profissional provar que o resultado não foi alcançado por circunstâncias alheias a sua conduta, como por exemplo, a culpa exclusiva do consumidor que não seguiu corretamente as orientações do profissional.
No julgamento do REsp, o STJ reconheceu a responsabilidade do dentista pelo insucesso de um tratamento ortodôntico, defendendo que, nos procedimentos odontológicos, os profissionais se comprometem com o resultado do tratamento que tem cunho estético e funcional.
O mesmo entendimento é aplicado às cirurgias plásticas: a utilização da técnica adequada para o procedimento não é suficiente para elidir a culpa do médico. Se o resultado esperado não for alcançado, o profissional terá a obrigação de indenizar.
Em suma, apesar das tendências jurisprudenciais apontadas, é muito tênue a distinção entre obrigação de meio e de resultado, devendo sempre que possível ser analisada a contratação entre profissional e cliente a fim de verificar se a obrigação assumida tem o compromisso com a finalidade em si ou se o profissional apenas empregará todos os esforços para alcançar o objetivo.
Doutrina francesa: A distinção entre obrigações de resultado e de meio não está prevista na legislação brasileira, nem mesmo há consenso na doutrina pátria sobre o assunto. O entendimento majoritário é aquele formulado por Renè Demogue, que foi adotado pela doutrina francesa. Segundo o jurista francês, nas palavras de Teresa Ancona Lopez, na obrigação de meio a finalidade é a própria atividade do devedor e na obrigação de resultado, o resultado dessa atividade. Contudo, há quem considere, como o professor Pablo Rentería, que a divisão proposta pela doutrina francesa a qual atribui ao consumidor o ônus de provar a culpa do profissional nas obrigações de meio é contrária à atual evolução da responsabilidade civil, dificultando a tutela jurídica da vítima, em particular do consumidor, vítima da atuação desastrosa do profissional liberal, a quem se incumbe, via de regra, obrigação de meios (Obrigações de Meio e de Resultado: Análise Crítica).
Doutrina francesa 
A distinção entre obrigações de resultado e de meio não está prevista na legislação brasileira, nem 
mesmo há consenso na doutrina pátria sobre o assunto. O entendimento majoritário é aquele 
formulado por Renè Demogue, que foi adotado pela doutrina francesa. 
Segundo o jurista francês, nas palavras de Teresa Ancona Lopez, na obrigação de meio a finalidade 
é a própria atividade do devedor e na obrigação de resultado, o resultado dessa atividade. 
Contudo, há quem considere, como o professor Pablo Rentería, que a divisão proposta pela 
doutrina francesa a qual atribui ao consumidor o ônus de provar a culpa do profissional nas 
obrigações de meio é contrária à atual evolução da responsabilidade civil, dificultando a tutela 
jurídica da vítima, em particular do consumidor, vítima da atuação desastrosa do profissional 
liberal, a quem se incumbe, via de regra, obrigação de meios ( Obrigações de Meio e de Resultado: 
Análise Crítica).
Doutrina francesa 
A distinção entre obrigações de resultado e de meio não está prevista na legislação brasileira, nem 
mesmo há consenso na doutrina pátria sobre o assunto. O entendimento majoritário é aquele 
formulado por Renè Demogue, que foi adotado pela doutrina francesa. 
Segundo o jurista francês, nas palavras de Teresa Ancona Lopez, na obrigação de meio a finalidade 
é a própria atividade do devedor e na obrigação de resultado, o resultado dessa atividade. 
Contudo, há quem considere, como o professor Pablo Rentería, que a divisão proposta pela 
doutrina francesa a qual atribui ao consumidor o ônus de provar a culpa do profissional nas 
obrigações de meio é contrária à atual evolução da responsabilidade civil, dificultando a tutela 
jurídica da vítima, em particular do consumidor, vítima da atuação desastrosa do profissional 
liberal, a quem se incumbe, via de regra, obrigação de meios ( Obrigações de Meio e de Resultado: 
Análise Crítica).Doutrina francesa A distinção entre obrigações de resultado e de meio não está prevista na legislação brasileira, nem mesmo há consenso na doutrina pátria sobre o assunto. O entendimento majoritário é aquele formulado por Renè Demogue, que foi adotado pela doutrina francesa. Segundo o jurista francês, nas palavras de Teresa Ancona Lopez, na obrigação de meio a finalidade é a própria atividade do devedor e na obrigação de resultado, o resultado dessa atividade. Contudo, há quem considere, como o professor Pablo Rentería, que a divisão proposta pela doutrina francesa a qual atribui ao consumidor o ônus de provar a culpa do profissional nas obrigações de meio é contrária à atual evolução da responsabilidade civil, dificultando a tutela jurídica da vítima, em particular do consumidor, vítima da atuação desastrosa do profissional liberal, a quem se incumbe, via de regra, obrigação de meios ( Obrigações de Meio e de Resultado: Análise Crítica).
Questão Objetiva:
 
Nas obrigações alternativas, é correto afirmar-se que (TJSC/2002): 
a) a escolha cabe sempre ao credor; 
b) podem as partes convencionar que a escolha caiba ao credor; 
c) inexequíveis ambas as obrigações, o credor poderá reclamar o valor de ambas; 
d) tornadas impossíveis as prestações, ainda que inexistente culpa do credor, a obrigação de cumpri-las não se extingue;
 e) em se tratando de prestações anuais, a opção, uma vez feita, é obrigatória para todas as prestações
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