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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Processo de Fabricação de Queijo Coalho Elizama Rosa de Lima 1A 1. Acadêmicos do curso de Engenharia de Alimentos – Faculdade de Engenharia – UFPB. 1. INTRODUÇÃO A fabricação de queijo está relacionada com as primeiras civilizações da humanidade, estudiosos indicam que há 12 mil anos antes de cristo no período paleolítico superior. Os egípcios tinham no leite boa fonte de alimentação e sucessivamente a elaboração do queijo servia como forma de conservar este alimento. Porém, foram os romanos responsáveis pela difusão no mundo, elaborando diversas variedades, transformando, o queijo em iguarias em baquetes dos nobres. No século XIX com as revoluções indústrias o queijo havia passado de fabricação artesanal para escala industrial. Assim, o queijo tornou-se o produto consumido mundialmente ( PORTAL QUEIJOS NO BRASIL, 2015). Quanto ao valor nutritivo o queijo o está entre os alimentos mais completos e recomendáveis para a dieta, apresentando alta concentração de proteínas, gordura, sais minerais, vitaminas e alto teor de cálcio e fósforo. O valor nutritivo é semelhante com a carne, sendo que o do queijo é mais concentrado. ( PORTAL QUEIJOS NO BRASIL, 2015). De acordo com o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo de Coalho estabelece que o produto é obtido pela coagulação do leite por intermédio do coalho ou enzimas coagulantes, pela ação ou não de bactérias lácteas. Classificado de média a alta umidade, de massa semi-cozida ou cozida e um teor de gordura nos sólidos totais variável entre 35,0% e 60,0%. Como ingredientes opcionais da composição, podem-se listar cloreto de cálcio, o cloreto de sódio, condimentos e especiarias e o cultivo de bactérias lácteas selecionadas (BRASIL, 2001). Na padronização é irregular no seu processo de elaboração, sendo obtido a partir de leite cru e/ou pasteurizado, em formato retangular. Antigamente utilizava-se para coagulação do leite o coalho do estômago seco e salgado de animais silvestres ou bezerros, entretanto, esta prática foi substituída pelo uso de coalho industrial (CAVALCANTE et al., 2007; LIMA, 1996). As características distintivas do processo de elaboração são: coagulação em torno de 40 minutos; corte e mexedura da massa; remoção parcial do soro; aquecimento da massa com água quente ou vapor indireto até obtenção de massa semicozida (até 45ºC) ou cozida (entre 45º e 55ºC); adição de sal (cloreto de sódio) à massa; se for o caso, prensagem, secagem, embalagem e estocagem em temperatura média de 10 - 12ºC normalmente até 10 (dez) dias. Também podendo ser elaborado a partir de massa crua (sem aquecimento) (BRASIL, 2001). Logo, o objetivo da aula prática foi elaborar o queijo coalho obedecendo as normas regulamentares, demonstrando as técnicas de processamento e calculando o rendimento obtido. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 MATERIAL Para elaboração do queijo coalho foram utilizados: Leite pasteurizado; Cloreto de cálcio; Sal; Coagulante; Forma com prensador para queijo coalho; Faca; Balança; Fogão; Panela de alumínio; Utensílios plásticos. 2.2 MÉTODO 2.2.1 Processamento do Queijo Coalho Primeiramente aqueceu-se 4 litros de leite pasteurizado e à temperatura de aproximadamente 36 °C. Adicionou-se cloreto de cálcio, na proporção de 40 ml para 100 litros de leite, para proporcionar mais firmeza à massa, e o coagulante na proporção de 3 ml para cada 10 litros de leite. Então, deixou-se em repouso por 45 minutos até coagular. Aos 30 minutos de repouso, verificou-se a textura da coalhada com a utilização de uma faca, efetuando cortes para tentar formar grãos uniformes. Realizou-se a mexedura em movimentos lentos durante aproximadamente 10 minutos, até a deposição dos grãos de coalhada no fundo do recipiente (ANEXO A). Pesou-se a massa e não adicionou-se 2% de sal. Transferiu-se a massa diretamente para a forma com dessorador. Deixou-se em repouso por mais 30 minutos. Fez-se a primeira viragem. Após duas horas repetiu-se a operação de 3 viragem e salga. Deixou-se em repouso por mais 1 hora, levou-se os queijos à câmara fria e deixou-se por pelo menos 16 horas até o envase. 2.3 Rendimentos do Produto Final O rendimento do produto final foi estimado de acordo com a metodologia utilizada por Rossi et al. (1998), em litros de leite necessários para a elaboração de um quilo de queijo (L/kg). A mesma determina o rendimento dividindo-se o volume de leite empregado pela soma da massa dos queijos obtidos (Equação 1). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir da obtenção do queijo coalho na (Anexo A), o qual apresentou consistência semidura, textura compacta e macia, cor branco uniforme, sem formação de casca. Obedecendo a Conformidade com o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo de Coalho, em relação às características sensoriais. Porém o queijo não apresentou boa aceitação pelos alunos, este fato pode está relacionado com a falta do sal. Quanto ao rendimento de acordo com a equação 1 da metodologia de Rossi et al. (1988), obtivemos 400 gramas de queijo, o rendimento de 10 L/Kg. Caracterizando o rendimento esperado, visto que é necessário 10 litros de leite para cada quilo de queijo CONCLUSÃO Foi possível concluir que os produtos finais apresentaram características apropriadas de queijo coalho, atendendo assim as especificações das suas respectivas instrução normativa e resoluções, quanto as características sensoriais. REFERÊNCIAS PORTAL QUEIJOS NO BRASIL. Histórias do Queijo. 2015. Disponível em:< https://www.queijosnobrasil.com.br/portal/tudo-sobre-queijo/146-historia-dosqueijos>.Acesso em: 17 de agosto de 2017. PORTAL QUEIJOS NO BRASIL. Queijo e Nutrição. 2015. Disponível em:< https://www.queijosnobrasil.com.br/portal/tudo-sobre-queijo/143-queijo-e-nutricao>.Acesso em: 17 de agosto de 2017. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 30, de 26 de junho de 2001. Aprova os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Manteiga da Terra ou Manteiga de Garrafa; Queijo de Coalho e Queijo de Manteiga. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jul. 2001. Seção I, p.13-5. Disponível em:<https://www.univates.br/unianalises/media/imagens/Anexo_VIII_61948_8.pdf>. Acesso em: 18 de agosto de 2017. ROSSI, D. A.; ABREU, L. R.; FURTADO, M. M.; MOURA, C. J. Utilização do coalho bovino e coagulantes microbiano e genético na composição e rendimento do queijo Minas frescal. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, v.53, n. 305, p. 8- 14, set./dez. 1998. APENDICE Figura 1. Queijo coalho em repouso Fonte: Autor Figura 2. Queijo coalho obtido Fonte: Autor
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