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ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA – TAL 44 -O homem primitivo: a partir do consumo da carne ainda crua é quando acontece uma mudança – benéfica do ponto de vista evolutivo – significativa da fisiologia anatômica. A partir do tratamento térmico com o fogo, foi desenvolvida uma mandíbula que não precisava exercer tanta força. -Pelo valor calórico e energético da carne, a quantidade de comida necessária ao longo do dia diminuiu. Processo de secagem ao sol. • Secagem ao sol: desidratação superficial com remoção de umidade aumenta a duração da carne. • Defumação: estocagem da carne acima do fogo utilizado. -Homero: primeiro relato escrito de técnicas de conservação em Ilíadas e Odisseia. Utilizava-se “sal divino” para conservação, quando na época ainda não se sabia a composição desse sal. O sabor diferenciado da carne após utilização do sal vem da contaminação dele (muitas vezes proveniente da sua localização natural), denominado salitre (KNO3) – “cura”. Esse salitre propiciava cor e sabor próprios. Processo de defumação. -Egípcios: fonte cárnea mais facilmente acessível eram as aves (principalmente pombos e codornas). A civilização egípcia foi feita ao redor de rios, motivo pelo qual se utilizava mais aves aquáticas desidratadas, peixes desidratados, curados ou assados. As técnicas utilizadas para manutenção da caça incluíam salga e desidratação ao sol. -Romanos: primeiro relato do uso de gelo/ neve na conservação de alimentos. Essa técnica de conservação incluía buracos feitos na neve ou na própria terra para manter a carne armazenada por até 6 meses sem alterar características microbiológicas ou sensoriais. -Bucaneiros (idade média): disputa pela carne conservada impulsionou piratas a saquear carnes, ouro e bebidas alcoólicas transportadas em navios. Ou seja, por muito tempo a carne foi utilizada como mercadoria de troca. -Juntamente com a colonização do território americano, desenvolveu-se a agricultura e criação de animais (rebanho bovino no velho oeste americano). Com aumento da população e início da industrialização, destacou- se a produção de charque. -No Brasil, isso se deu início um pouco depois, quando imigrantes portugueses foram para o sul do país para cultivar as terras – terreno mais plano e com clima mais agradável –, dando início ao desenvolvimento do rebanho bovino de espécies mais suscetíveis ao calor. Nessa região, iniciou a implementação de charqueadas (região do Prata) em Pelotas, RS. Samuel Wilson. -Em 1812, dá início a grandes abatedouros nos Estados Unidos. Foi observado que era necessário abate mesmo em inverno rigoroso pela demanda e começaram a utilizar o gelo de lagos e rios congelados, transportando esse material a uma estrutura de alvenaria para manter a carne refrigerada. Juntamente com o início de abatedouros, ocorreu uma guerra entre EUA e Reino Unido. Os barris separados com carne para abastecer o exército continham as iniciais U.S., criando o “tio Sam” de Samuel Wilson, dono de um dos maiores abatedouros na região. -Napoleão Bonaparte: técnicas mais avançadas que utilizavam calor. Foi instaurado uma campanha militar para quem conseguisse manter produtos cárneos com maior vida de prateleira (12.000 francos como prêmio). Nicholas Appert desenvolveu a “apertização”: aquecimento em jarras de vidro fechadas. -1811: indústria de enlatados. -Louis Pasteur: pasteurização – destruição microbiana por aquecimento. -1915: surgimento dos primeiros refrigeradores, os quais ficavam presente somente em locais de comércio da carne. -1930: criação do primeiro refrigerador doméstico. Esse refrigerador não fez tanto sucesso, tendo registro de somente 200 exemplares vendidos. -Novos métodos de conservação incluem embalagens novas, aditivos, irradiação e alta pressão hidrostática. Irradiação é mais utilizada em produtos de maior valor – tecnologia GRASS. -Principal fonte proteica das dietas ocidentais. Do ponto de vista nutricional, possui quase todos os aminoácidos essenciais e são facilmente absorvíveis, além de vitaminas (complexo B, ferro e zinco) e minerais. -Consumidor: acreditava-se que o teor de colesterol/ gordura saturada na carne suína era alto, além de haver associação com doenças e problemas sanitários. -Capitalismo: redução do custo ao máximo obedecendo a legislação. -Mercado de carnes é ainda promissor, apesar do crescimento de movimentos como o veganismo. Projeção do agronegócio – produção de carne (mil toneladas).
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