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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA ....... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CURITIBA/PR.
Processo nº........................
JORGE, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado regularmente constituído, vem respeitosamente à presença de V. Exa. e no prazo legal apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS
Nos termos do art. 403, parágrafo 3º do CPP consoante às razoes abaixo apresentados.
Trata-se a hipótese de processo promovido em face do acusado por suposta violação, art 217-A (2 X) N/F do art 69 e 61, II, L todos do CP de acordo com a lei nº 8.071/90.
A pretensão acusatória não merece prosperar consoante as fortes razões a seguir aduzidas:
DOS FUNDAMENTOS
ABSOLVIÇÃO – ATIPICIDADE (ERRO DE TIPO)
Cuida-se de a hipótese de fato atípico em razão da manifesta presença do erro de tipo que exclui o dolo.
Todas as provas produzidas atestam sem dúvida que o acusado não tinha consciência e vontade de praticar o ato sexual com a pessoa menor de 14 anos. 
Nesse sentido, vale destacar o depoimento da própria vítima, que frequenta bailes de adultos.
Importante destacar também os firmes depoimentos das testemunhas no sentido de que a vítima se vestia e portava-se de forma incompatível com uma adolescente de 13 anos e que qualquer pessoa acreditaria ser maior de 14 anos.
Por fim, no interrogatório, segundo depoimento do réu de que acreditava que a vítima era maior de 14 anos por acreditar que no local só pudessem frequentar pessoa maior de 18 anos.
Assim, não há dúvidas da ausência de consciência do réu acusado, da idade da vítima.
Diante da ausência de dolo, impõe-se a ABSOLVIÇÃO.
AUSÊNCIA DE CONCURSO DE CRIMES
Em eventual hipótese de condenação, não deve ser considerado o concurso de crimes, devendo o agente responder por apenas um crime e estupro de vulnerável.
Isto porque cuida-se de crime de ação múltipla ou tipo penal misto alternativo. Em tais casos, havendo a prática de mais de uma conduta prevista no tipo no mesmo contexto fático deverá haver responsabilização por apenas um único crime.
CRIME CONTINUADO
Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem as subsequentes ser havidas como continuação do primeiro, aplica-se lhe a pena de um só dos crimes, se idênticos, ou a mais grave, se diversas, aumentando, em qualquer caso, de 1/6 a 2/3.
Na improvável hipótese de ser reconhecido o concurso de crimes, a espécie presente é o crime continuado. 
Inegavelmente, estão presentes todas as hipóteses do artigo 71,CP.
Cuidam-se de crimes da mesma espécie praticados na mesma circunstância de tempo, lugar e modo de execução.
Portanto, no caso de condenação pelas duas infrações, a pena deverá ser exasperada.
AUSÊNCIA DE AGRAVANTE 
Não há qualquer prova de que o réu tenha ingerido álcool voluntariamente.
Sejam, provas orais ou periciais.
Nesse sentido pode-se ir mais além sequer há prova de embriagues, muito menos que o réu se embriagou com a finalidade de praticar crime.
Conclui-se, que deve ser afastada a agravante referida no caso da improvável condenação.
INCOSNTITUCIONALIDADE DO REGIME INICIAL FECHADO
Por fim, em caso de condenação, deve-se consignar a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do regime inicial fechado. O artigo 2º, parágrafo 1º da lei 8.072/90 é inconstitucional em síntese por violar o principio da individualização da pena, da isonomia e dignidade da pessoa humana.
Havendo condenação, o regime de cumprimento de pena, deve ser fixado de acordo com o que determina artigo 3, parágrafo 2º, alíneas “a”, “b”, “c”, do CP.
A Jurisprudência demonstra seu parecer:
STF - HABEAS CORPUS HC 111159 BA (STF)
Data de publicação: 07/10/2013
Ementa: Ementa: HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. INÉPCIA DA INICIAL ACUSATÓRIA. MATÉRIA NÃO APRECIADA NO ACÓRDÃO IMPUGNADO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PRECEDENTES. RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO PELA ACUSAÇÃO. NÃO PREENCHIMENTO DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. ANÁLISE INVIÁVEL EM SEDE DE HABEAS CORPUS. PRECEDENTES. ESTUPRO CONTRA VÍTIMA MENOR DE 14 ANOS. ART. 213 C/C ART. 224 , A, DO CP , COM REDAÇÃO ANTERIOR À LEI 12.015 /2009. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. CARÁTER ABSOLUTO. PRECEDENTES. OBRIGATORIEDADE DO REGIME INICIAL FECHADO PARA CUMPRIMENTO DA PENA. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ART. 2º DA LEI 8.072 /1990. ANÁLISE DAS CIRCUSTÂNCIAS JUDICIAIS. PRECEDENTES. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. O acórdão impugnado não apreciou o fundamento relativo à inépcia da denúncia. Desse modo, qualquer juízo desta Corte sobre a matéria implicaria indevida supressão de instância e contrariedade à repartição constitucional de competências. 2. Não cabe a esta Corte, em sede de habeas corpus, rever o preenchimento ou não dos pressupostos de admissibilidade do recurso especial, competência exclusiva do Superior Tribunal de Justiça ( CF , art. 105 , III ), salvo em hipótese de flagrante ilegalidade, o que não se verifica nos autos. Precedentes. 3. A jusrisprudência majoritária do Supremo Tribunal Federal reafirmou o caráter absoluto da presunção de violência no crime de estupro contra vítima menor de catorze anos (art. 213 c/c art. 224 , “a”, do CP , com a redação anterior à Lei 12.015 /2009), sendo irrelevantes, para tipificação do delito, o consentimento ou a compleição física da vítima. Precedentes. 4. Ao julgar o HC 111.840/ES (Pleno, Min. Dias Toffoli), esta Corte, por maioria, declarou incidentalmente a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072 /1990, com a redação que lhe foi dada pela Lei 11.464 /2007, afastando, dessa forma, a obrigatoriedade do regime inicial fechado para os condenados por crimes hediondos e equiparados. 5. Ordem parcialmente concedida para determinar...
Encontrado em: ao juízo competente que proceda à análise do regime inicial de cumprimento da pena à luz do artigo 33
DO PEDIDO
Ante tais razões espera respeitosamente de V. Exa.:
A absolvição do acusado na forma do artigo, 386, III ou VII do CPP;
Caso assim não entenda V. Exa., que seja afastado o concurso de crimes reconhecendo-se apenas uma imputação;
Ainda de forma alternativa, em caso de eventual condenação por 2 crimes, seja reconhecido o crime continuado, com a consequente exasperação da pena;
Por fim, que seja afastada a qualificadora da embriagues pré-ordenada com a fixação da pena no mínimo legal e imposição do regime menos rigoroso para o cumprimento da pena privativa de liberdade na forma do artigo 33 e seus parágrafos do CP.
Nestes termos, 
Pede deferimento
Local, data
Advogado
OAB/UF

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