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Infecções Bacterianas Agudas Maioria é oportunista – microflora oral; Raras são causadas por patógenos verdadeiros, comparativamente; e ocorrem em pacientes medicamente comprometidos. Efeito deletério - presença de pus. Patógenos oportunistas: Mais comuns; Princípio primário de tratamento - remoção da causa; Característica clínicas incomuns Surgem de: Crescimento excessivo de bactérias, leveduras da microflora; Alteração da condição ambiental local; Pode ocorrer de forma sistêmica - circulação sanguínea/tecidos; Pode ser causada por um único microrganismo ou por associação de duas ou mais espécies; Pode ocorrer mudança de microrganismo à medida que a doença avança - alterações ecológicas na região afetada – nutrientes, pH; Número de microrganismos excedem o valor crítico - DOSE INFECCIOSA MÍNIMA: Varia entre microrganismos, e pode variar entre indivíduos; Influenciada por fatores de predisposição; Temporários - terapia antibiótica de curta duração. É resolvido quando o fator e retirado; Permanentes – perda do funcionamento da glândula salivar. Nõ é possíve solucionar, sem recursos com antimicrobianos. Fatores fisiológicos: idade avançada, infância, gravidez, trauma, má nutrição, HIV, quimioterapia, terapia antibiótica; Efeitos no mecanismo de defesa: diminuição do fluxo salivar, perda de integridade dos tecidos, debilidade sistêmica - deficiência de elementos. Diagnóstico microbiológico: Histórico do paciente; Testes microbiológicos; Sintomas e indícios; Aspiração - cotonetes imersos em fluidos - coloração de Gram - análise de microrganismos: nº de microrganismo e céls inflamatórias; Terapia empírica - terapia antibacteriana é prescrita sem investigação microbiológica prévia. Clínico faz previsão a partir de sintomatologia e sinais clínicos apresentados, por conhecimento prévio de tal evento. CELULITE: Inflamação em tecidos moles; Penetra as camadas do tecido conjuntivo ou fáscia - destruição local. Trismus - limitação da musculatura oral, é efeito posterior ao acúmulo de pus e inflamação. Podem exercer efeitos sistêmicos - metabólitos bacterianos, exotoxinas, endotoxinas e produtos do hospedeiro na corrente sanguínea podem afetar o centro regulador da temperatura do hipotálamo (pirexia); Septicemia – quando não houve tratamento. Bactérias na circulação sanguínea -multiplicam-se; Infecção de órgão vital – cérebro, coração, rim, fígado; Perda de consciência ou comatose, febre, fatal. ABCESSOS: Coleção localizada de bactérias e seus produtos, céls inflamatórias, produtos de destruição de tecidos, proteínas do soro e outros materiais orgânicos; São polimicrobianos; Produção de enzimas neutralizadoras de antibiótico - resistência. Causam destruição de tecidos direta pela pressão que causa, ou pela ação de enzimas extracelulares bacterianas e do hospedeiro; São meios hipertônicos, de pH ácido; Em tecido ósseo: presença de osteoclastos - reabsorção óssea. Cronificação: fístula - abertura oral epitelizada. TRATAMENTO Primário: drenagem – abertura intra/extra-oral. Libera a maioria dos agentes infectantes, reduz nº de mo, facilita ação de defesa do organismo; Secundário: antibioticoterapia (AUXILIAR) - tem objetivo de limitar a dispersão na região, prevenir metastase a outros órgãos. Os antibióticos não atuam no centro do abcesso, por conta do pH e da hipertonicidade, que impedirão a interação entre bactéria e agente antimicrobiano. E, ainda, algumas enzimas bacterianas (betalactamase) destroem os antibióticos. Reidratação do paciente. Tipos comuns: ABCESSO DENTO-ALVEOLAR: Na polpa ou raiz do dente; Pode resultar em morte da polpa - progressão de cárie; Microrganismos anaeróbios facultativos e obrigatórios, proteolíticos; Maioria causado por bactérias endógenas; Bactérias exógenas - pacientes comprometidos ou infecção cruzada em procedimentos operatórios. Tamanho e expansão do abcesso - número de espécies viáveis presentes – sinergismo bacteriano e sinergismo patogênico. Atividade proteolítica aumentada. Degradação de proteínas do soro, IgG e outras imunoglobulinas, desativam leucócitos, retiram ferro das moléculas do hospedeiro, produzem sulfato de hidrogênio. Tratamento: drenagem, extração do dente ou abertura da câmara pulpar e retirada da polpa necrótica. Se houver febre, grande expansão local - antibióticos são prescritos. ABCESSO PERIAPICAL: Acomete bolsas periodontais, juntamente com doenças do periodonto; Bolsas periodontais obstruídas/bloqueadas com bactérias no interior; Trauma; Cárie; Bacteremia, infecção linfático periodontal. Implante com material estranho; Sintomatologia dolorosa, especialmente durante mordida, edema na área; Bactérias anaeróbias, bacilos Gram negativos; Tratamento: drenagem da área por extração ou incisão; cirurgia periodontal, tratamento periodontal. Terapia antibiótica quando necessário - metronidazol com ou sem amoxacilina. ANGINA DE LUDWIG: "sufocamento/asfixia". Celulite envolvendo espaços submentoniano, sublingual ou submandibular, nos espaços fasciais; Prevotella, Porphyromonas, Fusobacterium e Streptococcus. Secundária a extração dentária ou abscesso dentário; Associada a infecção de glândula salivar submandibular ou trauma no assoalho da boca; Lesão extensa – edema retesado; Incisão - saída de pus; Extensão para espaços no pescoço que se torna duro e tenso. Língua deslocar-se para trás - sentido da orofaringe; Pode bloquear passagem do ar – traqueostomia necessária; Tratamento: drenagem cirúrgica, altas doses de antibiótico em período prolongado em todos os casos (intravenosa), ou ambos. Penicilina, amoxilina, metronidazol. PERICORONARITE: Inflamação de tecidos moles – ao redor do dente, podendo colidir com os dentes antagonistas, causando incômodo e dor; Envolve coroa do dente parcialmente erupcionado; Infecção polimicrobiana - anaeróbios estritos; Idade – 17 a 25 anos; Geralmente, mais associada ao dente molar ("siso"); Pode causar trismus; Tratamento: debridamento local da bolsa ao redor do dente, usualmente por irrigação. Uso de terapia antibiótica SE necessário. ENTRETANTO, o dente responsável não consegue erupcionar, e pode ocorrer então recidiva; indicando então a extração como tratamento. OSTEOMIELITE: Infecção óssea aguda ou crônica; Afeta parte medular do osso, podendo atingir também placa cortical e periósteo; Sintomas: dor severa, pirexia, aumento de tamanho dos linfonodos; pode ocorrer parestesia ou percepção sensorial alterada. Tecidos moles da região ficam distendidos – podem romper e expor osso; Pode conter pus - fístula sinaliza; Pode ser causado por trauma severo – fratura de mandíbula quando há exposição óssea; Osteorradionecrose – irradiação - neoplasias; Tratamento: cirúrgico (retirada de tecido morto) ou antibioticoterapia (prologada – garantia de efetividade). A cirurgia tem alto capacidade de complicações, como infecção posterior do osso remanescente. Reconstrução óssea (enxerto) após tratamento cirúrgico. ALVEOLITE SECA: Forma LOCALIZADA de osteomielite; Ocorre após extração do dente – falha na cicatrização do alvéolo. Aparência: cavidade vazia, sem organização ou coágulo sanguíneo; Muito dolorosa e sensível ao toque; Trauma pós-extração; Anaeróbios estritos; Profilaxia: uso de clorexidina subgengival no pré-operatório, uso de metronidazol profilático (pac. medicamente comprometido). Tratamento: debridamento do alvéolo (gerando novo coágulo - sutura preservativa de coágulo) e uso de compressas antissépticas e calmantes. Uso de metronidazol ADICIONAL, SE houver comprometimento sistêmico. INFECÇÃO ASSOCIADA A IMPLANTES: Por conta de preparo cavitário - aquecimento, técnica inadequada; Microbiologia periimplantar específica; Anaeróbios obrigatórios; INFECÇÕES ASSOCIADAS AO TRATAMENTO ENDODÔNTICO: Polimicrobianas – 20 bactérias diferentes; Anaeróbios estritos; Canais infectados; Dentes doloridos; Edema; Secreção.
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