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QUESTÕES PROCESSO CIVIL III AV2

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REVISÃO AV2 – PROCESSO CIVIL
Quais são os requisitos para a interposição do recurso adesivo? O que ocorre se o recurso principal não for conhecido?
Sucumbência recíproca, ou seja, duas partes devem ter sucumbido na ação para legitimar o recurso interposto, considerando que se não há sucumbência, não há interesse para recorrer.
Recurso interposto pela outra parte, ou seja, a apresentação do recurso adesivo é subordinada ao recurso independente, se o recurso independente inexistir, a outra parte fica impossibilitada de recorrer adesivamente.
Apelação, Resp e RE –o recurso adesivo é cabível tão somente quando vinculado a recursos de apelação, recurso especial e recurso extraordinário.
Importa ressaltar que, se o recurso principal não for conhecido, o adesivo também não o será, visto que este é subordinado aquele.
Em quais hipóteses deverá ser suscitado o incidente de arguição de inconstitucionalidade? (art. 948)
Caberá a interposição do Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade ao Tribunal de Justiça, que possui competência originária para processar e julgar o incidente, quando se entende que uma lei ou ato normativo do poder público viola a constituição federal.
Importante ressaltar que somente o pleno do Tribunal ou seu órgão especial podem julgar o incidente em razão do princípio da reserva de plenário, art. 97, CF.
Em quais hipóteses a apelação será recebida somente no efeito devolutivo?
As hipóteses estão elencadas no art.. 1012, § 1º, do CPC:
Divisão e demarcação terras;
Alimentos;
Julgamento improcedente dos embargos do executado ou sem resolução do mérito;
Procedente instituição de arbitragem;
Confirma, concede ou revoga tutela provisória;
Interdição
Qual a diferença entre error in judicando e error in procedendo?
Error in procedendo: erro com a condução do processo, ou seja, caracteriza a violação de uma lei processual e, como consequência, o recurso interposto contra decisão que contem tal vicio, objetiva a anulação do ato.
Error injudicando: erro na aplicação da lei material e como consequência do recurso, reforma-se o ato.
Em quais hipóteses é cabível o recurso ordinário constitucional? Qual é o órgão competente para julgá-lo?
Caberá ao STF, nas seguintes hipóteses – MS, HD, MI e HC -> decididas em única instância pelos tribunais superiores quando denegatória a decisão. Além disso, 102, II, CF.
Caberá ao STJ – MS, HC -> decididos em única instância pelos TJ e TRF quando denegatória. Além disso, causas em que forem parte Estado Estrangeiro / Org. Internacional contra município ou pessoa residente.
Art. 1.027 CPC, 102, II, CF, 105, II, CF
109, II
Qual a finalidade dos embargos de declaração? Eles suspendem ou interrompem o prazo para interposição de outros recursos?
A finalidade dos embargos é de sanar eventual omissão, obscuridade ou contradição nas decisões prolatadas em Juízo (art. 1.022, CPC), além de servir para prequestionamento, consoante Súmula 98, do STJ. 
Interrompem o prazo, exceto se não forem conhecidos.
Segundo a sistemática do novo CPC, quando o relator poderá decidir monocraticamente?
Art. 932.  Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
É possível aplicar o princípio da fungibilidade nos embargos de declaração?
Sim, há expressa previsão legal sobre essa possibilidade, conforme consta do art. 1.024, § 3º, CPC, quando os Embargos de Declaração podem ser convertidos em Agravo Interno.
Quando os embargos de declaração possuem efeito modificativo?
Em regra, não possuem efeitos modificativos, visto que o objetivo dos embargos não é alterar a decisão prolatada, todavia, não é impossível de ocorrer, eis que quando reconhecida uma obscuridade, omissão ou contradição, o juiz poderá alterar a decisão e gerar o efeito modificativo. 
Quando ocorrer tal fenômeno enquanto a decisão já for objeto de outro recurso, neste caso, pelo embargado, este terá direito de complementar as razões do recurso interposto, conforme art. 1.024, § 4º, do CPC - princípio da complementaridade.
Segundos as regras do CPC, quais instrumentos são capazes de produzir precedentes obrigatórios?
Incidente de resolução de demandas repetitivas, Incidente de assunção de competência, Julgamento do Recurso Extraordinário em razão da repercussão geral
Qual a principal diferença entre jurisdição contenciosa e voluntária? 
Existência de pretensão resistida. Na jurisdição contenciosa, há lide, portanto, há interesse e exercício do contraditório, visto que há uma controvérsia a ser solucionada com o julgamento de mérito.
Já na jurisdição voluntária, não há que se falar em litigio, visto que a parte somente visa o reconhecimento de um direito o qual não é contestado por ninguém.
Em quais hipóteses o divórcio, a separação e a extinção de união estável podem ser feitas por escritura pública e judicialmente?
Não havendo nascituro e filhos incapazes e observando os requisitos legais, quais sejam: consensualidade entre os cônjuges, ausência de filhos e obrigação de atuação de um advogado, podem ser realizados por escritura pública, extrajudicialmente, conforme art. 733, do CPC.

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