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MODELO RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ____ ª VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE FLORIANOPOLIS/SC.
 JONAS FAGUNDES, brasileiro, solteiro, _________, portador da Cédula de Identidade nº _________ – SSP/XX, inscrito no CPF sob o nº 123.456.789-00, residente e domiciliado na Avenida das Acácias, nº 100, Bairro União, CEP 88.010-030, cidade de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, vem por intermédio de seu advogado, conforme procuração juntada em anexo, com o acatamento e respeito devidos a Vossa Excelência, propor a presente:
 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
Pelo rito ordinário, contra a Empresa Lojas Mensa, estabelecimento inscrito no CNPJ sob o nº 15.155.000/0001-00, com sede na Alameda das Flores, nº 30, Bairro Lagoa da Conceição, CEP 88.010-000, cidade de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, considerando os fatos e fundamentos a seguir:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Vale ressaltar que o Requerente não dispõe condições financeiras de suportar as custas processuais e honorárias advocatícios, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos das Leis nº 1060/50 e 5584/70, conforme declaração firmada em anexo.
BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS
O Reclamante foi admitido pelo Reclamado no dia 01 de Agosto de 2016, para exercer o cargo de montador. O mesmo afirma que foi contratado para realizar a montagem dos móveis comercializados pela empresa na capital catarinense. Jonas aduz que foi celebrado contrato de prestação de serviços, que previa que ele deveria montar os móveis nos locais indicados pelas Lojas Mensa Ltda., ou seja, nas residências de seus clientes. 
Em média, a remuneração do reclamante era de R$ 20,00 (vinte reais) por cliente visitado, totalizando R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais) por mês. Para realizar as visitas aos clientes em Florianópolis/SC, fazia uso de sua motocicleta, cujo além do contrato de prestação de serviços, outro foi firmado, referente ao aluguel do veículo, pelo qual as Lojas Mensa Ltda. pagavam R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) por mês, valor este já incluso os gastos com combustível e manutenção da moto. 
O Reclamante cumpria uma jornada de segunda a sábado, que consistia em chegar às Lojas Mensa às 08h00, ocasião em que pegava a lista dos endereços dos clientes em que deveria comparecer para a montagem dos móveis e seu último cliente era por volta de 20h00, obtendo uma hora de almoço.
A prestação de serviços vigorou de 01/08/2016 até 31/01/2017, quando foi rescindido pelas Lojas Mensa que como argumento utilizou a crise econômica, que por sua vez, teria inviabilizado sua manutenção. Pela rescisão do referido contrato, Jonas não recebeu os valores devido da multa, aviso prévio, montante relativo às férias e ao décimo terceiro salário, mas apenas o valor relativo à montagem dos móveis em janeiro de 2017. Nesse mesmo ato também foi rescindido o contrato de locação da motocicleta.
Em face do exposto, essas são as razões pelas quais o Reclamante apresenta-se a esta Justiça Especializada em defesa dos direitos que lhe foram violados.
 1) DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO
O reclamante não foi devidamente registrado pela reclamada para exercer a função do serviço de montador, do qual foi admitido em 01 de agosto de 2016, permanecendo nessa função até o mês de janeiro de 2017, quando foi dispensado injustamente.
Vale ressaltar que o Reclamante jamais teve sua CTPS assinada e registrada pela Reclamada. O art. 3º da CLT, estabelece os requisitos necessários para que um individue seja reconhecido como empregado:
“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
No decorrer do período em que o Reclamante realizou a prestação de serviços, todas as características do vínculo de emprego estavam presentes, quais seja a onerosidade, pessoalidade, subordinação e não eventualidade. Conforme destacamos abaixo:
- Subordinação; rota determinada, relatório, horário a cumprir, negligência do contrato;
- Pessoalidade, sem substituição, com penalidades;
-Onerosidade, R$ 20,00 (vinte reais) por visitas, totalizando R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais) mensais, mais R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) da locação da moto e comprovantes de pagamento;
- Habitualidade, necessidade de comprimento, segunda a sábado das 08:00 ás 20:00 horas;
- Jonas é pessoa física cumprindo todos os requisitos;
- Reconhecimento do vínculo, anotação na CTPS de acordo com Artigo 3° da CLT.
-Princípio da Verdade Real.
O Reclamante cumpria jornada de trabalho delimitada pelo empregador (segunda a sábado das 08:00 às 20:00h) e mediante de perceber uma contraprestação mensal.
Isto posto, requer que o vínculo empregatício seja reconhecido, para que a reclamada proceda à anotação da CTPS do reclamante, assim gerando todos os efeitos legais, como pagamento das verbas rescisórias e indenizatórias, advindas da rescisão do contrato de trabalho sem justa causa, tal como a liberação das guias de seguro desemprego e/ou pagamento de indenização correspondente.
2) DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO
Haja vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado, uma vez que é previsto no artigo 487 da CLT, cujo estabelece que a não concessão de aviso prévio pelo empregador impõe o direito ao pagamento dos salários do respectivo período, integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais.
- Artigo 487 da CLT:
 “Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
II- trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951).”
- Lei nº 12.506, de 11 de Outubro de 2011:
Art. 1o  O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa; 
Parágrafo único.  Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias;
O reclamante faz jus, portanto, ao recebimento do Aviso Prévio indenizado.
 3) 13° DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL DE: 2/12;
A Lei nº 4090/62 e a Lei nº 4749/65 prescrevem que o décimo terceiro salário será pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do décimo terceiro salário.
Assim, tendo iniciado o contrato do reclamante no mês de Agosto de 2016 e com término em Janeiro de 2017, deverá ser paga a quantia de 2/12 em relação à remuneração percebida.
4) FÉRIAS PROPORCIONAIS: +1/3 . 7/12;
O reclamante tem direito de receber o período inconcluso de férias, acrescido do terço constitucional, em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT:
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977).
E art. 7º, XVII da CF/88:
Art. 7º São direitos dos trabalhadoresurbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
Sendo assim, tendo o contrato iniciado no mês de agosto de 2016 e terminado no mês de janeiro de 2017, o reclamante faz jus as férias proporcionais acrescidas do terço constitucional.
5) FGTS + MULTA DE 40%
Dispõe o art. 15 da Lei nº 8036/90 que todo empregador deverá depositar até o dia 7 de cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% de sua remuneração devida no mês anterior.
De acordo o § 1º do art. 18 da Lei n. 8.036/90, a seguir transcrito:
“Art. 18. (...)
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.”
Além disso, por conta da rescisão indireta do contrato de trabalho, deverá ser paga uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, de acordo com § 1º do art. 18 da lei 8036/90 c/c art. 7º, I, CF/88.
Sendo assim, deverá a Reclamada ser condenada a efetuar os depósitos correspondentes todo o período da relação de emprego, tendo em vista que a CTPS da Reclamante não foi sequer assinada.
6) MULTA DO ARTIGO 477, § 8º DA CLT
O Reclamante foi demitido sem que lhe fossem pagos as verbas rescisórias, devendo, portanto, a Reclamada arcar com o pagamento da multa prevista no artigo 477, § 8º da CLT que dispõe:
Art. 477:
(...)
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
7) MULTA DO ART. 467 DA CLT
A Reclamada deverá pagar o Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme art. 467 da CLT, transcrito a seguir:
“Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento a Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. ”
Dessa forma, protesta a Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas incontroversas na primeira audiência.
8) COMUNICAÇÃO DE DISPENSA; SEGURO DESEMPREGO; (TERMO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO).
A Resolução CODEFAT 467/2005 estabeleceu critérios relativos à integração das ações de concessão do Seguro-Desemprego e de assistência aos trabalhadores demitidos face às alterações introduzidas na Lei nº 7.998/90 e na legislação trabalhista.
Terá direito a perceber o Seguro-Desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa, inclusive a indireta. Ante a ausência de registro em CTPS, a Reclamada não entregou as guias rescisórias, o que impediu o Reclamante de se valer do Seguro Desemprego, razão pela qual deve a mesma por sua conduta lesiva indenizar o Autor sob este título.
9) DAS HORAS EXTRAS
O Reclamante cumpria uma jornada de 60 (sessenta) horas semanais, sendo: Segunda á Sábado, no período entre 01 de Agosto de 2016 até 31 de Janeiro de 2017, totalizando 80 (Oitenta) sábados.
Valor referente: há 800 horas (50%) trabalhadas aos sábados (10 horas por dia).
O trabalho extraordinário era cometido semanalmente, ante ao fato de que a Reclamada não remunerava corretamente as horas extraordinárias de trabalho do Reclamante, a mesma é credora das que excederam a jornada normal de trabalho de 8 horas diárias ou 44 horas semanais, mais os reflexos destas em 13º salário, férias+1/3, FGTS+40%, INSS, aviso prévio, DSRs, adicionais e multas.
III. DOS PEDIDOS
Diante das considerações expostas, pleiteia a Reclamante a condenação da Reclamada nos seguintes pedidos, resumidamente:
Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, devido à situação econômica do autor, que não possui condições de custear o processo, sem prejuízo próprio; nos termos do art. 790, §3º, da CLT;
Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do previsto no artigo 334 do NCPC;
A notificação da Reclamada para oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;
Julgar ao final TOTALMENTE PROCEDENTE a presente Reclamação, declarando o vínculo empregatício existente entre as partes, condenando a empresa Reclamada a:
Reconhecer o vínculo empregatício anotando a CTPS do Reclamante no período de agosto de 2016 a janeiro de 2017 na função de montador de móveis;
Pagar o aviso Prévio indenizado, saldo de salário, 13º salário proporcional, terço constitucional de férias, horas extras, proporcionais + 1/3, os depósitos de FGTS de todo o período acrescido de multa de 40% a título de indenização.
Liberar as guias do seguro-desemprego ou indenização correspondente;
Ademais, condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no § 8º, do art. 477 da CLT, e, em não sendo pagas as parcelas incontroversas na primeira audiência, seja aplicada multa do art. 467 da CLT, tudo acrescido de correção monetária e juros moratórios.
Requer, ainda, a condenação da Reclamada ao pagamento das contribuições previdenciárias devidas em face das verbas acima requeridas, visto que caso tiverem sido pagas na época oportuna, não acarretariam a incidência da contribuição previdenciária. 
 IV. DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
Dá-se à causa o valor de R$ ________,___ (_____________ e ____________) para efeitos fiscais.
Termos em que
Pede Deferimento.
Florianópolis/SC, 06 de março de 2017.
____________________________
(Assinatura do advogado)
____________________________
(Nº da OAB)

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