Etiopatogenia Doença Periodontal

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DOENÇA PERIODONTAL
DOENÇA INFLAMATÓRIA COMUM E COMPLEXA, CARACTERIZADA PELA DESTRUIÇÃO DOS TECIDOS 
PERIODONTAIS DE SUPORTE DENTÁRIOS MOLES E DUROS, INCLUINDO O OSSO ALVEOLAR E O LIGAMENTO 
PERIODONTAL
Carranza, 2011
APESAR DE A INFLAMAÇÃO TER INÍCIO POR BACTÉRIAS, A OCORRÊNCIA DO COLAPSO TECIDUAL QUE 
DIRECIONA VÁRIOS SINAIS CLÍNICOS DA DOENÇA RESULTA DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA DO HOSPEDEIRO 
QUE SE DESENVOLVE A FIM DE COMBATER ESTE DESAFIO DO BIOFILME SUBGENGIVAL
• DOENÇA INFLAMATÓRIA 
• DOENÇA INFECCIOSA – BACTÉRIAS QUE COLONIZAM A BOLSA
• INDUTORA DE RESPOSTA INFLAMATÓRIA AGRESSIVA
• CRÔNICO (GERALMENTE)
• RELACIONA-SE COM O ESTADO GERAL DO PACIENTE
• TABAGISMO – PRINCIPAL FATOR DE RISCO
CLASSIFICAÇÃO
DOENÇAS GENGIVAIS•
 DOENÇAS GENGIVAIS INDUZIDAS POR PLACA
DOENÇAS GENGIVAIS NÃO INDUZIDAS POR PLACA
PERIODONTITE •
PERIODONTITE CRÔNICA
PERIODONTITE AGRESSIVA
PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÃO DE DOENÇAS SISTEMICAS
Carranza, 2011
26 a – Fem.
• DOENÇAS PERIODONTAIS NECROSANTES
GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE
PERIODONTITE ULCERATIVA NECROSANTE
• ABCESSOS DO PERIODONTO
• PERIODONTITE RELACIONADA A LESÕES ENDODONTICAS (LESÕES ENDO-PERIO)
LESÕES ENDODONTICAS PERIODONTAIS
LESÕES PERIODONTAIS ENDODONTICAS 
LESÕES COMBINADAS
• DEFORMIDADES E CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO OU ADQUIRIDAS
FATORES LOCAIS RELACIONADOS A DENTES QUE MODIFICAM OU PREDISPÔEM A DOENÇAS GENGIVAIS 
INDUZIDAS POR PLACA OU PERIODONTITE
DEFORMIDADES OU CONDIÇÕES MUCOGENGIVAIS AO REDOR DOS DENTES
DEFORMIDADES E CONDIÇÕES MUCOGENGIVAIS EM REBORDOS EDENTULOS
TRAUMA OCLUSAL
O QUE CONSIDERAR?
1. ESTADO GERAL DO PACIENTE
2. FATORES LOCAIS – BIOFILME
3. FATORES DE RISCO À DOENÇA
ESTADO GERAL DO PACIENTE
DOENÇAS DE BASE (DIABETES, ALTERAÇÕES HORMONAIS. ARTRITES, ARTRO• SES)
IMUNIDADE•
ESTRESSE•
DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS / PSICOLÓGICAS•
CAPACIDADE MOTORA•
FATORES LOCAIS
• PRESENÇA DO BIOFILME – CÁLCULO SUB
• DIFICULDADE DE HIGIENIZAÇÃO
• RESTAURAÇÕES MAL ADAPTADAS
• TRAUMA OCLUSAL
FATORES DE RISCO 
• FUMO
• DIABETES 
• HIV
• ÁLCOOL
• OBESIDADE
• CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS
FATORES DE RISCO EMERGENTES
PRÉ-REQUISITOS PARA O INÍCIO E 
PROGRESSÃO DA DOENÇA
• PATÓGENO PERIODONTAL VIRULENTO
• O AMBIENTE LOCAL
• SUSCEPTIBILIDADE DO HOSPEDEIRO
PATÓGENO PERIODONTAL VIRULENTO
TODAS AS CEPAS DE ESPÉCIES PATOGÊNICAS SÃO REALMENTE VIRULENTAS•
A VIRULÊNCIA NEM SEMPRE É IGUAL•
ALGUNS GENÓTIPOS DIFERENTES DO • M.O. PODEM CONTER DIFERENTE VIRULÊNCIA 
UMA OUTRA EXIGÊNCIA PARA UM PATÓGENO EXPRESSAR VIRULÊNCIA • É POSSUIR TODOS OS ELEMENTOS 
GENÉTICOS NECESSÁRIOS
O PATÓGENO DEVE ESTAR NO LOCAL CORRETO EM UM SITIO (P.EX., NA ÁR• EA APICAL DA BOLSA ADJACENTE 
AO EPITÉLIO) EM NÚMEROS SUFICIENTES PARA INICIAR A DOENÇA
EXISTE PROVAVELMENTE UM NUMERO MÍNIMO DE PATÓGENOS NECESSÁRIO PA• RA INICIAR A DOENÇA
O AMBIENTE LOCAL
AS INTERAÇÕES BACTERIANAS EXERCEM UM PAPEL NA NATUREZA DAS ESPÉC• IES QUE COLONIZAM UM 
SITIO E, SUBSEQUENTEMENTE, SOBRE O DESFECHO SAÚDE OU DOENÇA
TAIS INTERAÇÕES DEMONSTRAM O POTENTE PAPEL DAS ESPÉCIES MICROBIA• NAS RESIDENTES, 
PERMITINDO OU PREVENINDO O ESTABELECIMENTO OU A DIFUSÃO DE ESPÉCIES PATOGÊNICAS
O AMBIENTE SUBGENGIVAL PODE AFETAR A PATOGÊNESE DA DOENÇA DE OUT• RAS MANEIRAS. UMA DAS 
MANEIRAS MAIS INTRIGANTES ESTA ́ CENTRADA NO RECONHECIMENTO DE QUE CEPAS VIRULENTAS DE 
ESPÉCIES PATOGÊNICAS NEM SEMPRE EXPRESSAM SEUS FATORES DE VIRULÊNCIA
EM GERAL• , O “REGULADOR” GLOBAL SIMULTANEAMENTE ATIVA OU INATIVA A PRODUÇÃO DE FATORES DE VIRULÊNCIA. O 
REGULADOR É AFETADO POR FATORES ESPECÍFICOS NO MEIO LOCAL, TAIS COMO A TEMPERATURA, PRESSÃO OSMÓTICA OU 
CONCENTRAÇÃO DE FERRO, MAGNÉSIO OU CÁLCIO
POR EXEMPLO• , O NÍVEL DE FERRO NO MEIO IRÁ AFETAR A EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS DA MEMBRANA EXTERNA DO P. 
GENGIVAIS, AFETANDO TAMBÉM A VIRULÊNCIA DAS CEPAS EM MODELOS ANIMAIS
AT• É MESMO A PRESENÇA DE OUTRAS ESPÉCIES ESPECIFICAS PODE LEVAR À EXPRESSÃO DE GENES DE VIRULÊNCIA POR 
ESPÉCIES PATOGÊNICAS
POR EXEMPLO, A PRODUÇÃO DE UMA PROTEÍNA DE SUPERFÍCIE PELO STREPTOCOCCUS CRISTATUS CAUSOU A REPRESSÃO DO 
GENE FIM-A DE P. GINGIVALIS, POSSIVELMENTE INFLUENCIANDO O DESENVOLVIMENTO DE UMA PLACA PATOGÊNICA
O EFEITO DO MEIO NA EXPRESSÃO DO FATOR DE VIRULÊNCIA PARECE SER • UMA ÁREA FÉRTIL PARA 
INVESTIGAÇÃO
CONCEITUALMENTE, UM PATÓGENO PODE RESIDIR SILENCIOSAMENTE EM UMA• ÁREA DURANTE ANOS 
COMO UM MEMBRO COMPATÍVEL DA MICROBIOTA. NO ENTANTO, ALGUM ESTRESSE GERADO POR UMA 
ALTERAÇÃO NO MEIO PODE INFLUENCIAR O MICRORGANISMO PARA QUE EXPRESSE FATORES OCULTOS HA ́
TEMPOS, TORNANDO-O VIRULENTO
SUSCEPTIBILIDADE (RESISTÊNCIA) DO 
HOSPEDEIRO
• DEFEITOS NOS NÍVEIS OU FUNÇÃO DE LEUCÓCITOS POLIMORFONUCLEARES
• DEFEITOS NA REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE
• TABAGISMO
• DIETA
• DOENÇAS SISTÊMICAS (DIABETES, HIV....)
DIABETES
AUMENTO NA PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA DA DOENÇA PERIODONTAL•
PERIODONTITE • É MAIS GRAVE EM JOVENS OU ADULTOS DIABÉTICOS DO QUE NOS INDIVI ́DUOS-CONTROLE NÃO-DIABÉTICOS
INÚMEROS PATÓGENOS PERIODONTAIS SUSPEITOS ESTAVAM ELEVADOS EM SÍ• TIOS DOENTES DE DIABÉTICOS 
INSULINODEPENDENTES COM POBRE CONTROLE METABÓLICO, INCLUINDO P. INTERMEDIA, P. MELANINOGENICA, C. 
GRACILIS, E. CORRODENS, F. NUCLEATUM E C. RECTUS
O ASPECTO CURIOSO DOS ESTUDOS EM INDIVÍDUOS HIV• -POSITIVOS E DIABÉTICOS É QUE AS LESÕES PERIODONTAIS, NA 
SUA MAIOR PARTE, PARECIAM ESTAR RELACIONADAS AOS JÁ́ SUSPEITOS PATÓGENOS PERIODONTAIS
ESTUDOS COMO ESSES SUGEREM QUE A SUSCEPTIBILIDADE ALTERADA NO HO• SPEDEIRO PODE MODIFICAR A INTENSIDADE 
DE PROGRESSÃO DA DOENÇA NOS INDIVÍDUOS AFETADOS
TABAGISMO
OS TABAGISTAS APRESENTAM MAIOR PERDA ÓSSEA, MAIOR PERDA DE INSER• ÇÃO, BOLSAS PERIODONTAIS 
MAIS PROFUNDAS E MENOS SANGRAMENTO GENGIVAL DO QUE OS NÃO-TABAGISTAS
A DIFERENÇA NA PREVALÊNCIA DESSAS ESPÉCIES AJUDA A EXPLICAR A MA• IOR GRAVIDADE DA DESTRUIÇÃO 
PERIODONTAL EM TABAGISTAS, UMA VEZ QUE MAIS SÍTIOS ESTÃO EM RISCO (COLONIZADOS POR PATÓGENOS 
EM POTENCIAL NESSES INDIVÍDUOS
FUMAR CIGARROS PODE AFETAR DIRETAMENTE OS PATÓGENOS OU SEUS HABI• TATS LOCAIS
O USO DE TABACO TAMBÉM PODE AFETAR A HABILIDADE DO HOSPEDEIRO EM• CONTROLAR A INFECÇÃO POR 
MEIO DA DIMINUIÇÃO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA LOCAL E SISTÊMICA
A COLONIZAÇÃO MAIS EXTENSA POR PATÓGENOS PERIODONTAIS PODE DIFIC• ULTAR A TERAPIA PERIODONTAL, 
JÁ́ QUE A ELIMINAÇÃO OU O CONTROLE DAS ESPÉCIES SE TORNARIAM DIFICULTADOS.
INFECÇÃO PELO HIV
DOENÇAS SISTÊMICAS DEBILITANTES PODEM ALTERAR A CAPACIDADE DO HO• SPEDEIRO EM SUPORTAR 
INFECÇÕES
ESPÉCIES PATOGÊNICAS INCOMUNS PODERIAM ESTAR ENVOLVIDAS, OU DE Q• UE A MODIFICAÇÃO NA 
RESISTÊNCIA DO HOSPEDEIRO ERA TÃO GRAVE QUE FAVORECIA UMA DESTRUIÇÃO TECIDUAL EXTREMA
OS PACIENTES COM FORMAS BRANDAS OU RÁPIDAS DA DOENÇA SÃO TRATADO• S COM SUCESSO 
UTILIZANDO TERAPIAS PERIODONTAIS CONVENCIONAIS, INCLUINDO O DESBRIDAMENTO LOCAL, USO DE 
SOLUÇÕES ANTISSÉPTICAS PARA BOCHECHO E A ADMINISTRAÇÃO DE AGENTES ANTIMICROBIANOS 
LOCAL E/OU SISTÊMICA
CONCEITO DE SUSCEPTIBILIDADE DO 
HOSPEDEIRO
FUTURO
CONHECIMENTO DOS FATORES DE RISCO GENÉTICOS ESPECÍFICOS OU BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS 
PODERIA, EM ULTIMA INSTÂNCIA, PERMITIR QUE OS CLÍNICOS DIRECIONEM ATITUDES OU AÇÕES 
PREVENTIVAS E DE TRATAMENTO PARA AQUELES INDIVÍDUOS QUE ESTÃO MAIS SUSCEPTÍVEIS À DOENÇA
VALEU !
REFERÊNCIAS
CARRANZA JR., F.A.; NEWMAN M.G.; TAKEI H.H.• PERIODONTIA CLÍNICA , 11 
O ED., ED. GUANABARA KOOGAN, RIO DE JANEIRO, 2011 
(CÓPIA FÍSICA NA BIBLIOTECA)
LINDHE J, LANG, NP, KARRING, T• . TRATADO DE PERIODONTOLOGIA CLÍNICA 
E IMPLANTOLOGIA ORAL. 5ª. ED. RIO DE JANEIRO: EDITORA GUANABARA 
KOOGAN. 2010
OPPERMANN R, ROSING CK• . PERIODONTIA LABORATORIAL E CLÍNICA: 
SÉRIE ABENO. SÃO PAULO: EDITORA ARTES MÉDICAS, 2013
(BIBLIOTECA VIRTUAL– SITE PITÁGORAS)