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AVALIAÇÃO CINÉTICO-FUNCIONAL AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO HISTÓRIA CLÍNICA PALPAÇÃO AMPLITUDE DE MOVIMENTO PROVAS MUSCULARES AVALIAÇÃO FUNCIONAL TESTES ESPECIAIS DIAGNÓSTICO CINETICO-FUNCIONAL OBJETIVOS CONDUTA / TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO INSPEÇÃO / AV. POSTURAL AVALIAÇÃO CLÍNICO-FUNCIONAL ELEMENTOS DA ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO A identificação é o início do relacionamento com o paciente, que lhe informa: nome, idade, sexo, etnia, estado civil, profissão atual, profissão anterior, local de trabalho, naturalidade, nacionalidade, residência. QUEIXA PRINCIPAL (QP) Em poucas palavras, o profissional registra a queixa principal, o motivo que levou o paciente a procurar ajuda. É importante que se mantenha o paciente concentrado e se observem informações que não sejam relevantes. ELEMENTOS DA ANAMNESE HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA) No histórico da doença atual, é registrado tudo que se relaciona com ela: sintomatologia, época de início, história da evolução da doença, entre outros. A clássica tríade: Quando, como e onde, ou seja: quando começou? Onde começou? Como começou? Em caso de dor, devemos caracterizá-la por completo. HISTÓRIA PREGRESSA OU HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA (HP OU HPP) Adquirem-se informações sobre toda a história da saúde do paciente, mesmo das condições que não estejam relacionadas com a doença atual, como visitas a médicos para prevenção de câncer, nas mulheres, a visita ao ginecologista; nos homens, a visita ao proctologista. Isso direciona a escolha de procedimentos a serem utilizados. ELEMENTOS DA ANAMNESE HISTÓRICO FAMILIAR (HF) Neste histórico, indaga-se o paciente sobre sua família e suas condições de trabalho e vida. Procura-se alguma relação com hereditariedade de doenças. HISTÓRIA PESSOAL (FISIOLÓGICA) E HISTÓRIA SOCIAL Procura-se informar sobre a ocupação do paciente, como e onde trabalha, onde reside; se é tabagista, alcoolista ou faz uso de outras drogas. Se viajou recentemente, se possui animais de estimação (para se determinar a exposição a agentes patogênicos ambientais), suas atividades recreativas e se faz uso de algum tipo de medicamento (inclusive os da medicina alternativa). O examinador também deve prestar atenção a quaisquer sinais e sintomas “bandeiras vermelhas” potenciais, que indiquem a necessidade de um outro profissional de saúde. CANCER • Dor persistente à noite; • Dor constante em alguma parte do corpo; • Perda inexplicável de peso; • Nódulos ou tumorações incomuns; • Fadiga injustificada. CARDIOVASCULARES • Falta de ar; • Tontura; • Dor – um sensação de peso no tórax; • Dor pulsátil em qualquer parte do corpo; • Dor constante e intensa na panturrilha ou braço; • Pés com alteração de cor ou dolorosos; • Edema (sem histórico de trauma). O examinador também deve prestar atenção a quaisquer sinais e sintomas “bandeiras vermelhas” potenciais, que indiquem a necessidade de um outro profissional de saúde. GASTROINTESTINAIS/ GENITOURINÁRIOS • Dor abdominal frequente ou intensa; • Azia ou indigestões frequentes; • Náuseas ou vômitos frequentes; • Irregularidades menstruais incomuns. NEUROLÓGICOS • Alterações na audição; • Cefaleias frequentes ou graves; • Problemas de deglutição ou alterações na fala; • Alterações da visão ( visão turva ou perda da visão); • Problemas de equilíbrio, coordenação ou queda; • Desmaios; • Fraqueza súbita. DIVERSOS • Febres ou suores noturnos; • Perturbações emocionais graves recentes; • Edema ou rubor em qualquer articulação sem histórico de trauma; • Gravidez. AVALIAÇÃO DA DOR Questionários Básicos Escala Numérica da Dor; Escala Analógica Visual; Questionário de McGill para Dor. AVALIAÇÃO DA DOR “Uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada a uma lesão tecidual atual, potencial ou descrita em termos de tal lesão" IASP, International Association for the Study of Pain “Dor é a consciência de uma sensação nociceptiva, induzida por estímulos químicos ou físicos, de origem exógena ou endógena, assim como por disfunções psicológicas, tendo como base um mecanismo biopsicossocial, causando emoções normalmente desagradáveis, com possibilidades de variáveis graus de comportamentos aversivos”. Márquez Conceito de dor AVALIAÇÃO DA DOR • Não conseguimos visualizar a dor por meio de um exame de imagem, por exemplo. Assim, toda a avaliação do paciente com dor é feita com base em seu próprio relato. • Quinto sinal vital AVALIAÇÃO DA DOR • Além da intensidade, é fundamental saber as características da dor, o que a faz piorar ou melhorar e quais são seus impactos na vida do paciente. • O questionário de Dor de McGill (MPQ) foi a primeira tentativa sistemática de usar expressões verbais para avaliar a qualidade dos sintomas e foi o instrumento mais utilizado na prática e pesquisa da dor AVALIAÇÃO DA DOR • É importante diferenciar as dores agudas das crônicas. As dores agudas são consideradas fisiológicas, como um sinal de alerta da maior importância para a sobrevivência. Tem duração limitada no tempo e espaço, cessando com a resolução do processo agressivo. • Já as dores crônicas não têm a finalidade biológica de alerta e sobrevivência, podendo-se dizer que se constituem como verdadeiramente uma doença. Com relação ao aspecto temporal, as definições variam quanto à sua conceituação, da duração de mais de três ou seis meses ou as que persistem após a cura da lesão inicial. AVALIAÇÃO DA DOR • Numa avaliação funcional, quando a queixa principal do paciente é a dor, dados sobre ela são muito relevantes. As principais perguntas que se referem à dor dão bons indicativos para continuação da anamnese. São elas: Onde dói? (o paciente deve mostrar o local) Quando começou? Como começou? (súbito ou progressivo) Como evoluiu? (como estava antes e como está agora) Qual o tipo da dor? (queimação, pontada, pulsátil, cólica, constritiva, contínua, cíclica, profunda, superficial) Qual a duração da crise? (se a dor for cíclica) É uma dor que se espalha ou não? Qual a intensidade da dor? (forte, fraca ou usar escala de 1 a 10) A dor impede a realização de alguma tarefa? Em que hora do dia ela é mais forte? Existe alguma coisa que. faça a dor melhorar ou piorar? A dor é acompanhada de mais algum sintoma? INSPEÇÃO E PALPAÇÃO • A inspeção pode ser dividida em duas partes: estática e dinâmica e com a chegada do paciente no ambiente de avaliação alguns dados já podem ser observados: nível de consciência, fácies, fala, confusão mental, postura, mobilidade, entre outros. CABEÇA MARCHAMEMBROS TÓRAX ABDÔMEN INSPEÇÃO E PALPAÇÃO • A palpação é a utilização do sentido do tato com o objetivo de explorar a superfície corporal – palpação superficial – e os órgãos internos – palpação profunda. • A palpação confirma dados da inspeção e permite a obtenção de novos indícios como alteração da textura, tamanho, forma, consistência, sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa), elasticidade, temperatura, posição e característica de cada órgão, resistência muscular, presença de massas e outros. Existem várias técnicas de palpação e sua escolha depende do local a ser examinado e do que se pretende investigar. INSPEÇÃO Postura Global da Coluna Vertebral e Extremidades • O paciente deve ser examinado na postura relaxada habitual. Qual é o alinhamento corporal normal? • Observar deformidades, contornos ósseos, contornos dos tecidos moles, edema, vermelhidão, cor e textura da pele, cicatrizes; • Crepitação, estalos, ou sons anormais nas articulações • Os padrões de movimento são normais? INSPEÇÃO - POSTURA • Alinhamento esquelético ideal envolve uma quantidade mínimade esforço e sobrecarga, e conduz à eficiência máxima do corpo. • Linha de gravidade: intersecção dos planos médios sagital e frontal do corpo. • Fio de prumo: linha vertical - padrão para medir desvios. • Ponto fixo da postura em pé: base onde os pés estão em contato com o solo. Avaliação Postural Qualitativa • Método Clássico: análise visual (observação) • Postura Natural • Observar as vistas anterior, posterior e lateral; PALPAÇÃO • Diferença de tensão e textura dos tecidos; • Diferença na espessura dos tecidos; • Anormalidades ou deformidades; • Dor à palpação; • Variações de temperatura; • Pulsos, tremores, fasciculações; • Ressecamento ou umidade excessiva; • Sensibilidade anormal. AMPLITUDE DE MOVIMENTO • A amplitude de Movimento (ADM) é a quantidade de movimento de uma articulação. A posição inicial para se medir a amplitude de movimento de todas as articulações, com exceção dos movimentos de rotação, é a posição anatômica. • Determinar onde e se é necessária uma avaliação goniométrica específica; • Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser realizado um teste goniométrico específico para se obter um quadro das restrições, estabilização e registro das limitações. AMPLITUDE DE MOVIMENTO - passiva • Quantidade de movimento realizada pelo examinador sem o auxílio do indivíduo. • A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a informação exata sobre a integridade das superfícies articulares e a extensibilidade da cápsula articular, ligamentos e músculos AMPLITUDE DE MOVIMENTO - passiva • O fisioterapeuta deve observar: oQuando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; oSe o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; oO padrão de limitação do movimento; oA sensação final do movimento; oO movimento das articulações associadas; oA amplitude de movimento disponível. AMPLITUDE DE MOVIMENTO - ativa • Quantidade de movimento articular realizada por um indivíduo sem qualquer auxílio. • Objetivo: o examinador tem a informação exata sobre a capacidade, coordenação e força muscular da amplitude de movimento do indivíduo. AMPLITUDE DE MOVIMENTO - ativa • O fisioterapeuta deve observar: oQuando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; oSe o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; oA quantidade de restrição observável; oO padrão de movimento; oO ritmo e a qualidade do movimento; oO movimento das articulações associadas; oQualquer limitação e sua natureza. TESTES DE ENCURTAMENTO MUSCULAR • A finalidade da avaliação do comprimento muscular (flexibilidade) consiste em determinar se a ADM que ocorre em uma articulação é limitada ou excessiva em virtude das estruturas articulares intrínsecas ou dos músculos que cruzam as articulações; • O comprimento do músculo é determinado pela distância entre as extremidades proximal e distal do músculo, sendo medido por seu efeito sobre a ADM da articulação. PROVAS MUSCULARES – Testes musculares manuais • Os graus musculares expressam a avaliação objetiva realizada pelo fisioterapeuta da força funcional do músculo; • São utilizados para determinar os graus de fraqueza muscular que resultam de doença, lesão ou desuso; • Fornece uma ideia do estado funcional do paciente e determina rapidamente o nível de força muscular; • O teste de triagem classifica os níveis de força e direciona o fisioterapeuta para o teste muscular manual específico; • O teste de triagem do corpo inteiro não deve levar mais que 5 minutos. TESTES ESPECIAIS • São testes clínicos acessórios, provocativos ou estruturais; • Cada avaliação de articulação apresenta testes específicos; • Os testes especiais são testes de confirmação de um suposto diagnóstico, para fazer um diagnóstico diferencial e para esclarecer sinais e sintomas difíceis; • Os testes especiais devem ser realizados com cautela e podem ser contraindicados na presença de dor grave, condições agudas e irritáveis das articulações, instabilidade, osteoporose, doenças ósseas patológicas, etc. TESTES ESPECIAIS OMBRO • Teste de apley • Teste de Yergason • Teste de queda de braço • Teste de neer • Teste de jobe COTOVELO • Teste ligamentar (teste para instabilidade ligamentar) • Teste para epicondilite lateral • Teste para disfunção neurológica (sinal de Tinel). PUNHO/MÃO • Teste de Phalen • Teste de Finkelstein TESTES ESPECIAIS QUADRIL • Testes funcionais: Agachar- se; Subir e descer escada; Cruzar as pernas; Saltar • Sinal de Trendelenburg • Teste do Piriforme • Teste Weber-Barston • Teste Ely • Teste Thomas JOELHO • Teste ligamentar (teste para instabilidade ligamentar) • Teste de gaveta anterior • Teste de gaveta posterior • Testes de lesão de menisco TORNOZELO/PÉ • Teste de Gaveta; • Teste de estresse em Varo; • Teste de estresse em Valgo; AVALIAÇÃO FUNCIONAL • A avaliação funcional pode ser baseada em atividades da vida diária, trabalho ou recreação; • Utilização de escalas numéricas para lesões específicas; • A avaliação funcional pode envolver análise de tarefas ou simplesmente a observação de certas atividades do paciente; • Determinar o que o paciente espera de um resultado funcional apropriado, e o que ele pode e não pode fazer funcionalmente é de extrema importância na escolha de tratamentos; AVALIAÇÃO FUNCIONAL Atividades da Vida Diária (AVDS) básicas ou pessoais Atividades de AVDS Instrumentais Atividades de Trabalho Atividades Esportivas e Recreacionais Goldstein, 1995 EXAME DE IMAGENS - RADIOGRAFIA • Ao examinar uma radiografia, o examinador deve observar: oTamanho e forma global do osso; oTamanho e forma local do osso; oEspessura do córtex; oDensidade geral do osso e local de densidade alterada; oMargens das lesões locais; oDescontinuidade do osso, alteração perióstica; oAlteração de tecido mole, relação entre os ossos; oEspessura da cartilagem (espaço de cartilagem dentro das articulações).
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