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DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA: UMA PROBLEMÁTICA DOS VÍNCULOS
A adolescência representa um período de contínuas e profundas transformações, tanto no nível psíquico quanto no físico e social. O sujeito, ao entrar na adolescência, passa a residir em um novo corpo, que clama por uma nova identidade e que marca a sua passagem da esfera familiar à esfera social. Essas mudanças geram um intenso sofrimento, pois acarretam perdas referentes à imagem infantil, aos pais idealizados da infância e à identidade infantil.
Nas duas últimas décadas houve um aumento muito grande do número de casos de depressão com início na infância e na adolescência, a depressão sempre foi patologia específica da fase adulta, mas isso mudou a partir da década de 60.
Em crianças a presença dessa sintomatologia pode interferir diretamente nas atividades associadas à cognição e à emoção, isso acontece devido quando a criança não é tratada a tempo, poderá desenvolver modelos de comportamento tais como: isolamento, retraimento, dificuldades em se comunicar. Já na adolescência, ocorrem significativas mudanças hormonais no corpo, além de favorecer o aparecimento de acnes, estes hormônios acabam influenciando diretamente no comportamento dos adolescentes.
Os adolescentes se deparam com várias situações novas e pressões sociais, favorecendo condições próprias para que apresentem flutuações do humor e mudanças expressivas no comportamento, no entanto, se estes conflitos próprios desta fase forem mal resolvidos, podem contribuir para o surgimento de uma depressão. 
Os adolescentes tendem a considerar como depressão o sintoma, mas sabem o conhecimento do por que desses sintomas, devido à má informação. Muitos autores afirmam que o principal motivo da qual essa fragilidade psíquica se deixar revelar na adolescência é devido o fato de que nesse período representar a reedição do processo de separação vivenciado pelo sujeito nas suas relações primárias com a mãe. O processo de separação/individuação na adolescência é necessário para que o sujeito consiga construir sua identidade e assim conquistar a sua autonomia. Posto que essa tarefa seja difícil, pois, ao mesmo tempo em que lhe é necessário buscar o afastamento dos pais para se diferenciar deles, é necessário também que ele mantenha uma proximidade que permita encontrar as para suas identificações.
A depressão na adolescência pode ser compreendida como uma problemática dos vínculos, destacando a importância das figuras significativas desde a primeira infância. Isto vem ao encontro dos movimentos da psicanálise atual, que tem buscado um novo olhar sobre as psicopatologias, que acentua o modelo relacional e não mais o do conflito pulsional. Com isso, passa a ganhar ênfase para a psicanálise a qualidade das relações primárias entre a criança e sua mãe e suas implicações. Isto nos conduz a considerar as contribuições das pesquisas que vêm analisando a depressão na adolescência na perspectiva da Teoria do Apego, em sua vertente psicanalítica. 
A ideia de que o desenvolvimento da depressão na adolescência está associado à qualidade dos vínculos precoces estabelecidos entre a criança e os seus objetos primários que nestes casos seriam as mães, propõe uma forma de compreender essa psicopatologia no que tange à sua etiologia, utilizando-se para isso a Teoria do Apego, ou seja, o apego inseguro ou o vínculo parental inadequado como elemento propulsor dessa depressão; apego inseguro esta associado ao aumento de sintomas depressivos durante todo o curso da vida, o que reitera a ideia de que o estabelecimento do apego inseguro na infância encontra-se no núcleo do fator depressivo. Sendo assim, quando a capacidade de mentalização na adolescência se encontra diminuída ou simplesmente nula, o sujeito pode ter dificuldades para elaborar as perdas e transformações desta fase, e logo recorre ao sintoma como forma de proteger o seu funcionamento mental e físico, como pode ocorrer no caso da depressão.
Com isso, podemos perceber que é importante destacar que a depressão vem se tornando cada vez mais constante na adolescência, necessitando de atenção dos profissionais tanto da área da saúde como da educação, pois esta sintomatologia considerada esperada para esse período, um quadro grave que afeta todas as atribuições da vida desses jovens prejudicando a sua passagem para a fase adulta. 
A depressão é uma doença grave e pode levar as crianças e adolescentes ao isolamento, baixo rendimento escolar, e o uso de drogas como tentativa de se sentir melhor e baixa autoestima, como estão em fase de crescimento, as crianças e adolescentes não possuem capacidade de observar o que está acontecendo consigo próprias; a sintomalogia da depressão na infância e na adolescência pode persistir em vários períodos na fase adulta, com isso podemos perceber a importância da rapidez do diagnóstico e do início do tratamento. 
E preciso notar que o quadro depressivo apresentado pelas crianças pode causar efeitos negativos no seu desenvolvimento, portanto a logo é necessário a importância de acompanhamento e de apoio psicológico ao adolescente que apresentam sintomas depressivos. É preciso que as ações realizadas pelos psicólogos tenham função preventiva e que possibilitem cuidadosa intervenção, o tratamento é fundamental para a boa evolução do quadro de depressão na infância.
È perceptível que adolescentes procuram se apoiar através de comportamentos que chamam a atenção das pessoas, com as quais convivem, sendo estes: preocupação com o físico, roupas chamativas e internet; é de extrema importância a participação da família no tratamento dos distúrbios afetivos, e muito significativa no envolvimento do adolescente com seus familiares para ele sentir-se amado e valorizado; a medida que se trabalha a autoestima do adolescente, melhores condições ele tem de ser ajustado. 
Portanto é grande valia e importância os estudos nessa área, que tenham como nova perspectiva para a compreensão e abordagem terapêutica desta problemática, conhecendo e debatendo as implicações advindas da depressão, é que se viabiliza uma assistência específica e diferenciada.
REFERÊNCIAS
Biazus, B., Camilla; Ramires, R., Vera Regina. Depressão na adolescência: uma problemática dos vínculos. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 17, n. 1, p. 83-91, jan./mar. 2012.

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