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CASOS CONCRETOS trabalho

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CASOS CONCRETOS - PROCESSO DO TRABALHO I 
CASO CONCRETO 1: Mévio, juiz do trabalho, indignado com determinadas situações 
que estão ocorrendo na Empresa Alfa, gostaria de instaurar reclamação trabalhista 
plúrima (Art. 842 CT). Pergunta-se: Diante do caso apresentado, o magistrado poderá 
instaurar o processo de ofício? Fundamente sua resposta com base nos princípios 
norteadores do Processo do Trabalho. 
REPOSTA: Não poderá o Magistrado instaurar processo de ofício, uma vez que 
estaria violando o princípio da inércia judicial que aduz que nenhum juiz 
prestará tutela jurisdicional senão quando a parte ou interessado assim requerer, 
preceito aplicado no processo trabalhista. Nesses termos o artigo 2º do CPC/2015: 
 Art. 2° O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso 
oficial, salvo as exceções previstas em lei. (CC) 
 
CASO CONCRETO 2: O sindicato da categoria profissional dos bancários celebrou 
com a categoria econômica correspondente - sindicato dos bancos - convenção 
coletiva de trabalho fixando o reajuste salarial para os bancários no patamar de 8%, 
dentre outros benefícios. Já o sindicato da categoria profissional dos professores teve 
frustrada a tentativa de negociação coletiva junto ao sindicato dos estabelecimentos 
de ensino, o que resultou na propositura do Dissídio Coletivo perante o Tribunal 
Regional do Trabalho daquela localidade. Diante dos casos apresentados, indique e 
explique qual foi o método de solução dos conflitos coletivos utilizado pelo sindicato 
dos bancários e pelo sindicato dos professores. 
RESPOSTA: O sindicato de bancários utilizou-se da autocomposição que consiste em 
uma forma de solução de conflito, realizada pelos próprios interessados 
que um ou ambos decide por meio da desistência, submissão e transação. 
O Sindicato dos professores utilizou a heterocomposição que é uma forma de solução 
de conflito pelo qual uma da s partes elegem um terceiro para 
julgar a lide que a decisão e tomada por um terceiro que não auxilia nem representa 
as partes em conflito. Como na arbitragem e jurisdição. 
 
CASO CONCRETO 3: O viajante comercial Saulo pretende mover ação trabalhista em 
face da sua empregadora Empresa Delta Ltda, por entender que o seu gerente 
cometeu ato ilícito que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por danos 
morais a ser arbitrada pelo juiz diante da extensão e complexidade do dano, cumulada 
com pedido de pagamento de diferenças de comissões ajustadas no valor de R$ 
10.000,00. Diante do caso exposto, responda de forma fundamentada: 
 A) Segundo as regras contidas em legislação própria quanto à competência territorial, 
informe aonde a ação deve ser proposta. Fundamente. 
R= A ação deve ser proposta no local da filial em que o empregado 
esteja subordinado , ou n a própria sede da empresa, se n ela estiver 
trabalhando, caso haja a falta de jurisdição trabalhista, o emprega do deve 
se dirigir ao seu domicílio ou pra localidade mais próxima de onde reside. 
N os termos do artigo 651 , parágrafo 1º da C LT : 
Art. 651 - A competência das Juntas d e Conciliação e Julgamento é determinada 
pela localidade onde o em pregado, reclamante ou 
reclamado, prestar serviços ao em pregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da Junta da localidade em que a em presa tenha 
agência ou filial e a esta o em pregado esteja subordinado e, na 
falta, será competente a Junta da localização em que o em pregado 
tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (CLT) 
 
B) O Judiciário Trabalhista possui competência para apreciar e julgar a presente ação? 
É possível pleitear que o juiz arbitre o montante da postulada indenização por danos 
morais? 
R= A justiça trabalhista é competente p ara julgar ação de danos 
morais, em conformidade ao que dispõe a súmula 392 do TST e o artigo 
114, VI da constituição federal. 
 
No que diz respeito ao pedido, é sabido que o código de processo 
civil trouxe a possibilidade do estabelecimento d e pedido genérico, no s 
termos do artigo 3 24, parágrafo 1º e incisos, contudo, ao s e tratar de d ano 
moral, não se pode aceitar que o valor de tal dano seja estabelecido de 
modo integral ao be l julgamento do magistrado , tendo em vista que grau 
de sofrimento decorrente de tal ato é exclusivo d o autor, somente este é 
capaz d e sabe r o quanto sofrera, quando gastara com tratamentos 
psicológicos, em casos extremos. D eixar tão importante decisão para 
simples convicção do juiz , ne te caso um terceiro alheio aos grave s 
danos que o autor sofrera, é tacitamente afirmar que a intensidade do 
sofrimento não fora tão devastadora no reclamante, como se bem 
dissesse : “ Qualquer quantia serve”. Portanto, não cabe estabelecer 
pedido genérico no dano moral. Ademais, deve-se a tentar para o que 
dispõe o artigo 852 -A, 852 -B , ambos da C LT , quando aduz sobre o valor 
da causa que não exceder a quantia de 40 salários mínimos, o 
procedimento do feito s e dará no rito sumaríssimo, ou seja , o processo é 
julgado mais rápido, beneficiando o reclamante, e corroborando a 
importância de se estabelecer o valor certo do dano moral sofrido. 
 
CASO CONCRETO 4: Marcelo Antonio, por intermédio do seu advogado, ajuizou 
ação trabalhista postulando a condenação da ex-empregadora ao pagamento das 
horas extras. Na sentença o juiz do trabalho julgou improcedente o pedido 
condenando o Autor ao pagamento das custas processuais. O advogado de Marcelo, 
inconformado, interpôs recurso ordinário requerendo o deferimento da gratuidade de 
justiça, declarando, expressamente, no recurso que o Autor não tem condições 
financeiras para recolher o valor das custas sem prejuízo do próprio sustento e de sua 
família, mas não juntou declaração de miserabilidade nem na petição inicial nem no 
recurso. Diante do caso narrado responda de forma justificada, se de acordo com o 
entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, o advogado de Marcelo terá êxito 
quanto ao deferimento da gratuidade de justiça para o processamento do seu recurso. 
RESPOSTA: Sim, pois o advogado tem fé pública e de acordo com 
as OJ 269 e 304 do SDI 1 do TST a gratuidade pode ser requerida até a fase 
recursal bastando a simples declaração da parte ou do seu advogado na 
petição sem a necessidade da juntada da declaração de 
hipossuficiência. 
 
CASO CONCRETO 5: Américo ajuizou uma reclamação trabalhista em face da 
empresa Gama, uma autarquia federal, tendo sida rejeitada pela partes a proposta 
conciliatória feita pelo juízo. Após a instrução processual, na qual as provas foram 
produzidas, o juiz proferiu sua sentença, julgando improcedentes os pedidos 
formulados por Américo. O resultado da sentença chegou ao conhecimento de 
Américo pela via postal, a qual trazia o prazo de 8 dias para apresentar Recurso 
Ordinário (art. 895 da CLT). Ocorre que, a notificação postal só foi entregue no 
endereço do Américo 72 horas após a expedição da mesma pela Vara do Trabalho. 
 a)Como ficará o prazo para Américo apresentar seu recurso? Ele terá menos tempo? 
A quem cabe o ônus de prova do recebimento após o prazo do artigo 774, §2º, da 
CLT? 
R=Tendo em vista a presunção relativa de recebimento da notificação postal 
após o transcurso de 48 horas, conforme o artigo774 da CLT Américo 
teves eu tempo reduzido para a apresentação de defesa, podendo, como 
se trata de presunção relativa, constituir provas do recebi mento a pós o 
transcurso do prazo de 48 horas por demora proveniente dos correios. 
Tal ônus pertence ao destinatário, no teor da súmula 16 do TST. 
SÚMULA 16.TS T. Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) 
horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega 
após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 
 b). Se a empresa Gama fosse a recorrente, disporia do mesmo prazo de 8 (oito) dias 
contido no art. 895 da CLT? 
R= Por se tratar de autarquia federal, teria o prazo estipulado em dobro, ou 
seja, em 16 dias para recorrer, conforme disposição do decreto 
lei779/1969,artigo 1º,incisos II e III. 
 
CASO CONCRETO 6: Paulo ajuizou uma ação trabalhista que fora distribuída para a 
1ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, com valor da causa igual a vinte salários 
mínimos, pretendendo verbas salariais e rescisórias da empresa que fora sua anterior 
empregadora e, ainda, a responsabilização subsidiária da autarquia federal, à qual 
teria, por meio daquela empresa interposta, prestado serviços. A ação apresentou 
pedidos líquidos e endereço adequado das partes reclamadas. Assistido o trabalhador 
pelo sindicato da categoria obreira, postulou na petição inicial, ainda, honorários 
advocatícios em favor da entidade assistente, declarando sua hipossuficiência 
econômica, alegando que, não obstante percebesse salário superior a dois salários 
mínimos, não tinha condições de suportar os ônus do processo sem prejuízo do 
sustento próprio e ao de sua família. Com base nessa situação hipotética, responda: 
 a) Sob qual rito procedimental deverá tramitar a demanda acima? Fundamente sua 
resposta e aponte os dispositivos legais pertinentes. 
 
R= O rito do procedimento do caso em tela será o ordinário, tendo em 
vista e m que figura como parte, em responsabilidade subsidiária, 
entidade autárquica federal pertencente a administração pública. Deste 
modo, conforme leciona o artigo 8 52-A da CLT, e m seu parágrafo único, 
não é cabível o estabelecimento do feito sob o rito sumaríssimo. 
 
 b) O pedido de honorários em favor da entidade sindical assistente deve ser julgado 
procedente? Fundamente sua resposta e aponte os dispositivos legais e 
jurisprudenciais pertinentes. 
 
R= Sim, haja a vista que o autor é assistido por entidade sindical de sua 
categoria profissional, e que mesmo recebendo mais de um salário mínimo 
como renumeração, declara -se em situação econômica que não permite propor 
ação judicial sem prejuízo do seu sustento ou de sua família. Conforme teor da 
súmula 219 do TST: 
Súmula nº 219 do TST 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO ( CONSULTAR O VADE) 
 
CASO CONCRETO 7: Em audiência realizada em reclamação trabalhista, o micro 
empresário Moisés enviou como preposto um contador autônomo que não presenciou 
os fatos que foram objeto do litígio, no entanto, em razão da atividade desenvolvida, 
tinha pleno conhecimento dos fatos. O advogado do reclamante requereu a aplicação 
de confissão da reclamada. O juiz acolheu a confissão sob o argumento de que o 
preposto não presenciou os fatos e, ainda, que deveria ser gerente ou empregado da 
empresa reclamada. Diante do caso apresentado, diante da lei e do entendimento 
consolidado pelo Tribunal Superior do Trabalho, esclareça se o juiz agiu 
acertadamente. 
 
R= Equivocou-se o nobre Magistrado, haja vista entendimento já muito 
consolidado pelo tribunal superior do trabalho de que, quando s e trata de 
reclamação contra microempresário, não se torna obrigatório o preposto 
ser empregado do reclamado, expressão nítida na súmula 377 do referido 
tribunal. E ainda, conforme inteligência do parágrafo 1º do artigo 843 da 
CLT, não é necessário que o preposto tenha presenciado os fatos, 
bastando, por então, o pleno conhecimento. 
 
CASO CONCRETO 8: (XX EXAME OAB FGV) Em sede de reclamação trabalhista o 
empregado pleiteou o recolhimento das contribuições previdenciárias não realizadas 
pelo empregador no curso do contrato de trabalho. Diante disso, responda: Na 
qualidade de advogado(a) da empresa, o que você deverá alegar inicialmente em sua 
defesa, partindo do pressuposto que seu cliente realmente não fez os recolhimentos 
pretendidos? Fundamente 
RESPOSTA = Alega-se acerca da incompetência absoluta da justiça trabalhista 
para o julgamento da demanda, tendo em vista de que o teor da matéria 
versas obre recolhimento de contribuições previdenciárias, a qual não 
cabe a justiça laboral julgá-la, nos termos da súmula n º 368 do TS T e do 
artigo 876, parágrafo ú nico da CLT . 
 
CASO CONCRETO 9: (baseada XXI EXAME OAB FGV) Um empregado ajuizou 
reclamação trabalhista postulando o pagamento de vale transporte, jamais concedido 
durante o contrato de trabalho, bem como o FGTS não depositado durante o pacto 
laboral. Em contestação, a sociedade empresária advogou que, em relação ao vale 
transporte, o empregado não satisfazia os requisitos indispensáveis para a concessão; 
no tocante ao FGTS, disse que os depósitos estavam regulares. Analise, em relação a 
cada um dos pedidos formulado, a distribuição do ônus da prova, diante desse 
panorama processual apresentado e do entendimento consolidado pelo TST. 
Fundamente sua resposta. 
RESPOSTA= Em uma acepção inicial, ter-se-ia o pensamento que no tocante 
a os 
requisitos indispensáveis a concessão do vale transporte, cabe ria o ônus 
probatório ao empregado, visto tratar-se de fato constitutivo ao seu direito, 
assim é expresso o artigo 373 , I do CPC e 818 da CLT. Assim, restaria ao 
Reclamante demonstrar de forma clara que tem direito a receber o vale 
transporte, por morar distante ou algo congênere. No entanto, em recente 
súmula publicada pelo Tribunal Superior do Trabalho, de número 46 0, 
solidificou-se o entendimento que tal ônus pertence ao empregador 
(sociedade empresária) 
Já com relação ao pagamento das par celas referente ao FGTS, 
novamente em análise mais superficial, ver -se-ia que o ônus da prova 
pertenceria ao empregador (reclamado no caso em tela ), em virtude da 
alegação de existência de fato extintivo do direito do reclamante. Nos termos do 
artigo 373, inciso II , devendo o Reclamado juntar os comprovantes de todos os 
depósitos dos valores referentes ao FGTS. Esse entendimento fora fixado na 
recente súmula 461 do TST. 
 
 
CASO CONCRETO 10: (XXI EXAME OAB FGV) Em sede de ação trabalhista de 
Sérgio em face da empresa Nova Coleção Ltda., o juiz julgou o rol de pedidos 
parcialmente procedente, tendo deferido apenas duas das quatro horas extras 
pretendidas pelo autor da ação. Diante disso, responda aos itens a seguir. 
A) Na qualidade de advogado(a) de Sérgio, que medida você poderia adotar? 
Fundamente. 
R= Poderia ser interposto o recurso ordinário , o qual possui efeito 
devolutivo , ao tribunal regional do trabalho competente, tomando-se por 
lastro no artigo 1.013, parágrafo 2º do CPC /15, aplicado subsidiariamente 
na justiça trabalhista (ar t. 7 69. Clt) , que aduz sobre a possibilidade de 
interposição de apelação (no processo trabalhista é recurso ordinário) 
quando o pedido houver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas 
um deles, devendo o tribuna l conhecero s demais. 
 
 B) Caso você, como advogado(a) de Sérgio, inicialmente não se insurja contra a 
decisão, mas a empresa sim, ainda haverá alguma medida recursal a ser adotada? 
Qual? Fundamente. 
R= Poderá ser interposto o recurso ordinário adesivo, sendo este a bem verdade 
uma maneira de impugnar, ainda que tardiamente, quando se resta perdido o 
prazo, ou quando a parte decidiu inicialmente não 
recorrer. Assim, pode-se aproveitando o recurso da parte contrária, apresentar 
juntamente com as contrarrazões, o recurso adesivo. 
 
CASO CONCRETO 11: (XVIII EXAME OAB FGV) Em reclamação trabalhista movida 
por empregado contra o ex-empregador, o pedido foi julgado procedente em parte e a 
sociedade empresária pretende recorrer. Nesse sentido, apresentou a petição com o 
recurso no 5º dia da publicação da sentença e o comprovante das custas e do 
depósito recursal 15 dias após, mas explicou na peça que havia recolhido o preparo 
no prazo de oito dias, conforme chancela bancária, e que a demora na juntada do 
preparo se deveu a um problema interno do escritório. Na hipótese retratada, de 
acordo com a CLT e a jurisprudência consolidada do TST, responda aos itens a 
seguir. 
 A) Como advogado do autor da demanda, informe o que você sustentaria em 
contrarrazões sobre o aspecto processual apresentado na questão. 
R= O recurso deve ser declarado deserto, uma vez que a comprovação 
Do depósito recursal não ocorrera no prazo de oito dias. Assim é que 
pode se extrair da súmula 245 do TST 
 B) Caso o recurso interposto pela sociedade empresária tivesse seu seguimento 
negado, por qualquer razão, pelo juiz de 1º grau, que recurso poderia ser interposto? 
Justifique. 
R= Neste caso, é possível a interposição de agravo de instrumento 
para destrancar o recurso, devendo se r juntado no prazo de oito dias 
corridos. Assim, como se trata de decisão de juízo singular de primeira 
instância, o agravo será julgado pelo tribunal que seria competente para 
conhecer o recurso cuja interposição fora negada. Assim é o que dispõe 
o artigo 897 e seguintes, da CLT. 
 
CASO CONCRETO 12: Em sede de ação trabalhista movida por Célio em face da 
Madeireira Ltda, transitada em julgado a decisão de conhecimento, após a 
apresentação de cálculos pelas partes e homologado determinado valor, o juiz abriu 
prazo para a manifestação específica das partes em relação à sua decisão. Ambas se 
quedaram inertes. Posteriormente, em sede de embargos à execução, a parte ré quis 
impugnar os valores do débito. Na qualidade de advogado do autor, tendo você 
concordado com os cálculos homologados pelo juiz, responda: A) O que você deverá 
alegar em sede de resposta aos embargos à execução? Fundamente. 
 
R= Deve-se ater a o argumento de que houve preclusão dessa 
impugnação no encerramento do processo de conhecimento, quando o 
magistrado abriu prazo sucessivo de dez dias para as partes 
impugnarem, de modo específico e fundamentado, os valores obtidos 
pelos cálculos das partes , sob pena preclusão. Em atendimento ao que 
diz o artigo 879, parágrafo 2º da CLT. 
 
B) Qual o recurso cabível da decisão dos embargos à execução? Fundamente. 
 
R= Em sede de execução, depois de proferida a decisão que julga os 
embargos à execução, poderá ser oposto o agravo de petição no prazo de 
8 dias corridos, nos termos do artigo 897, alínea a), da CLT. 
 
CASO CONCRETO 13: (XX EXAME OAB FGV PORTO VELHO/RO) Maura foi 
empregada doméstica durante cinco anos na residência da família Pedrosa. Ao ser 
dispensada, ela ajuizou reclamação trabalhista, a qual foi julgada procedente, tendo o 
pedido transitado em julgado. Iniciada a execução, não foi encontrado qualquer bem 
que pudesse satisfazer o débito total ou parcialmente, exceto o imóvel de residência 
da família Pedrosa. Requerida a penhora do mesmo, o pedido foi deferido pelo juiz ao 
julgar improcedentes os embargos à execução opostos por você, advogado(a) da 
família Pedrosa. Na qualidade de advogado da família Pedrosa, responda aos itens a 
seguir. 
A) Qual o recurso cabível contra a decisão do juiz? 
R= Diante do caso exposto, o recurso cabível é o agravo de petição 
que deve interposto no prazo de 8 dias corridos, devendo ainda ser 
requerido o seu efeito suspe nsivo, conforme disposição do artigo 897 da 
CLT: 
 
B) Para fundamentar a reforma da decisão impugnada, o que você deverá alegar no 
recurso? 
R= Pode-se alegar no recurso do agravo de p etição que o imó vel é bem 
de família, não sendo passível por então a ocorrência da penhora, em 
consonância ao que aduz o artigo 1.7 15 do CC e 1º da lei 8.009/90 e por 
decorrência da lei complementar 150/15 (art. 46), que revogou a 
possibilidade de penhora do único imóvel do devedor por créditos de 
trabalhadores domésticos (art. 3º da lei 8.009/90). 
 
CASO CONCRETO 14: (XXI EXAME OAB FGV) Lucas é dirigente sindical e 
empregado da sociedade empresária que o contrata como advogado. Na consulta, 
resta esclarecido que Lucas praticou falta grave e a sociedade empresária quer 
dispensá-lo. Com base no caso narrado, responda aos itens a seguir. 
A) Na qualidade de advogado(a) da sociedade empresária, qual a medida a ser 
adotada a fim de implementar a dispensa de Lucas? Fundamente. 
R= Primeiramente deve-se requerer o início de inquérito judicial para 
apuramento da falta grave cometida e em consonância com o pedido de 
suspensão do mesmo até o término do feito, em conformidade com o que 
declara os artigos 853, 494 e 543, parágrafo 3º da CLT e a súmula nº 379 
do TST. 
 
B) Necessitando de prova testemunhal para as suas alegações, com quantas 
testemunhas você poderá contar na implementação da medida acima? Fundamente. 
R= Conforme disposição do artigo 821 da CLT, as partes poderão 
arrolar até no máximo seis testemunhas. 
 
CASO CONCRETO 15: (questão baseada OAB/FGV 2012.1) Prolatada sentença, 
impugnada via recurso recebido apenas em seu efeito devolutivo, em processo judicial 
movido por ente coletivo obreiro em face de sindicato patronal, onde se busca o 
estabelecimento de normas coletivas, inclusive reajuste salarial, a empresa Gama 
Ltda. deixou de implementar o reajuste salarial deferido. Sabendo-se que tal sentença 
foi prolatada em 05/02/2015 e o recurso interposto ainda não foi apreciado, responda 
aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso. 
A) Na qualidade de advogado procurado por empregado da referida empresa, após 
06/02/2017, qual medida judicial deve ser proposta para garantir a imediata 
aplicabilidade do reajuste salarial concedido na sentença? 
Resposta: O meio cabível é a ação de cumprimento na forma do art. 872 da 
CLT e da súmula 24 6 TST que prevê a possibilidade da sentença normativa 
mesmo não estando ela transitada e julgada. 
 
B) Qual o termo a quo prescricional a ser considerado para efeito de exigibilidade dos 
créditos referentes ao reajuste salarial concedido? 
Resposta: A prescrição somente corre a partir do transito em julgado. 
Conforme súmula 350 TST. 
 
CASO CONCRETO 16: (OAB/FGV 2012.2) O juízo trabalhista da 90ª Vara do 
Trabalho de Fortaleza comunicou à empresa X quanto à inserção do seu nome no 
Banco Nacional de Devedores Trabalhistas. A respeito disso, responda às indagações 
abaixo: 
A) Em que situações o nome do devedor é inscrito no BNDT (Banco Nacional de 
Devedores Trabalhistas)? 
Resposta: Quando o devedor não cumprir a obrigação estabelecidas em sentença 
condenatória transitada em julgado proferidapela justicça do trabalho, em acordos 
judiciais 
trabalhistas e acordos firmados perante o MPT ou Comissão de Consolidação Prévia, 
Art 642 A 
da CLT 
 
 B)Qual(is) é(são) a(s) consequência(s) da inserção do nome de uma empresa no 
BNDT (Banco Nacional de Devedores Trabalhistas), com emissão de certidão 
positiva? 
Resposta: Ficará impossibilitada de participar de licitações, conforme lei no 8666/932, 
alterada pela lei no. 12440/11.

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