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Alterações Fisiológicas do Envelhecimento

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GERIATRIA:
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO
SISTEMA NERVOSO:
Alterações anatomicas:
Com o envelhecimento temos diminuição do peso cerebral (a partir da sexta década para mulheres e da sétima para os homens), diminuição do volume em até 200 cm^3, redução da largura dos giros,redução nas partes anteriores do corpo caloso, alargamento e aumento do volume médio dos ventrículos, aumento do liquor, espessamento meníngeo, diminuição do peso do cerebelo, perda neuronal.
Alterações histológicas e patológicas: retração neuronal e de todos os tecidos e espaços interneuronais, arvore dendritica continua rica (mesmo quando comparada as dos jovens), aumenta da arvore dendritica de algumas áreas corticais e células piramidas dohipocampo, de 40 a 79 anos, segue-se de uma diminuição dos 80 aos 99 anos atribuiada a uma tentativa dos neurônios remanescentes de compensar as perdas relacionadas coma idade, demonstrando a plasticidade neuronal (somente idades muito avançadas haverá falência desse mecanismo compensador), quedada primeiracamada do córtex motor pre-central e aumento das sinapses remanescentes (mecanismo compensador),acumulo de lipofucsina.
Alterações nos neurotransmissores: diminuição dos níveis de acetilcolina, receptorescolinergicos, serotonina e catecolaminas. Diminuição da colina acetiltransferase na doença de alzheumer, diminuição da dopamina no Parkinson, aumento da concentração de noradrenalina e do acido 5-hidroxiindolacetico (responsável pelo metabolismo da serotonina) no liquido cefalorraquidiano dos idosos, aumento da MAO, diminuição da memoria a curto prazo (é regulada por receptores dopaminérgicos, noradrenergicos, serotoninérgicos e colinérgicos no hipocampo, córtex entorrinal e parietal posterior), 
SISTEMA CIRCULATÓRIO: 
Pericardio: espessamento fibroso (hialização) e aumento da taxa de gordura (subpericárdica).
Endocardio mural: espessamento fibrelastico, fibrose intersticial, deposito de lipofucsina, atrofia fosca, degeneração basofilica, hipertrofia oncentrica, calcificação e amiloidose.
Valvas: excrescência de Lambi, calficação, amioidose.
Tecido específico: acumulo de gordura (infiltração gordurosa), redução da musculatura especifica e aumentodotecido colágeno, fibrose, atrofia celular calcificação propagadae processos esclerodegenerativos.
Artéria coronárias: alteraços do trajeto (tortuosidade), alteraçã no diâmetro (dilatação) e alterações da parede (perda de fibras elásticas, aumento do colágeno, aumento do deposito de lipídeos, calcificação e amiloidose.
Alterações anatômicas do coração do idoso: diminuição do numero de miócitos (devido a necrose e apopitose), aumento do volume dos miócitos, alteraçõesnas propriedadesdo colágeno, aumento da espessura e massa do ventrículo esquerdo, aumento do ario esquerdo.
SISTEMA RESPIRATÓRIO:
Pulmão: aumento do espaço morto, calcificação e alargamento das cartilagens traqueais e bronquicqas, redução da área superficial de volume, aumento do diâmetro dos ductos aoveolares, achatamento dos sacos alveolares, redução da superfície alveolar, redução do clearance mucociliar.
Parede torácica: aumento da rigidez, calcificação das cartilagens costais, calificação das superficies articulares das costelas, redução dos espaços intervertebrais, aumento da sensibilidade a pressão intra-abdominal, redução da mobilidade do gradil costal e dos músculos respiratórios, redução da força da massa muscular em geral, redução da elasticidade pulmonar, aumento da complacência pulmonar, redução da capacidade de difusão de oxigênio, fechamento prematurodas vias aéreas, fechamento das pequenas viar aéreas, redução do fluxo expiratório.
OBS: amiloidose é uma doença rara, na qual a proteína denominada amiloide se acumula em diversos tecidos e órgãos e compromete sua função normal.
Os sintomas e a gravidade da amiloidose dependem de quais órgãos foram afetados.
O diagnóstico é feito pela análise de um pequeno pedaço do tecido em microscópio.
Os medicamentos raramente conseguem reduzir os sintomas.
O transplante de órgãos pode tratar alguns tipos de amiloidose.
SISTEMA DIGESTÓRIO: elevação do tempo de esvaziamento gástrico, redução da secreção de acido clorídrico, diminuição da absorção de ferro, aumento da colonização da mucosa gástrica por H.pilory, redução da secreção de lipase e bicarbonato pelo pâncreas (gerando redução de peso), transito intestinal mais lento
SISTEMA URINÁRIO: diminuição do peso renal, diminuição da área de filtração, diminuição da elasticidade dos vasos, atrofia glomerular, diminuição do fluxo sanguíneo renal, diminuição do ritimo de filtração glomerular, incontinência urinaria.
SISTEMA ENDÓCRINO: diminuição de GH, nas mulheres há diminuição do estradiol, estrona, estrógeno, progesterona e testosterona, no homem há diminuição da testosterona total livre (principalmente depois dos 80 anos), diminuição da captação tiroideana de iodo.
SISTEMA OSTEOCARTICULAR E MUSCULAR: perda de tecido ósseo, desgaste do maxilar e mandíbula, perda de1 a 2% da massa muscular ao ano após a sexta década de vida (SARCOPENIA) 
OBS: o estilo de vida contribui pra o agravamento dessas modificações.
RESOLUÇÕES DAS SITUAÇÕES PROBLEMAS:
“Meu coração já não é mais o mesmo, tenho mais dificuldade de realizar atividades quando comparada a época que eu era jovem. Fui ao médico e ele falou que eu não tenho nada de doença... O que aconteceu que ele não mais funciona como antes? ”
O envelhecimento traz junto consigo algumas alterações fisiológicas naturais. Quando se fala no Sistema Cardíaco, há uma redução da frequência e da força dos batimentos cardíacos, tanto durante o exercício, quanto em repouso. Ocorrem também aumento do colesterol, da resistência vascular e da pressão arterial.
Falando em frequência cardíaca máxima, há um decréscimo no débito cardíaco máximo (que reduz progressivamente com o passar dos anos), resultando em uma diminuição de 6 a 10 batimentos cardíacos por minuto (bpm). O esforço cardíaco máximo diminui na mesma proporção que o declínio máximo de oxigênio. Já o débito cardíaco submáximo ou em repouso, sofre mínimas alterações conforme o avanço da idade.
Com o envelhecimento, há uma diminuição na complacência do ventrículo esquerdo e retardo na diástole do ventrículo, elevando a pressão diastólica dependente da contração arterial para manutenção do enchimento. 
Porém, as grandes artérias perdem, progressivamente, seu componente elástico e aumenta-se a concentração de colágeno (que causa calcificação), levando a uma maior rigidez de sua parede. Esse processo é denominado arteriosclerose, resultado de mudanças normais da idade, influências ambientais e fatores genéticos, podendo causar ataque cardíaco, angina e acidente vascular encefálico (AVE).
Apesar de tudo, autores acreditam que o coração do idoso funciona tão bem quanto o de um jovem, quando não acometido por nenhuma patologia. 
Com o envelhecimento, ocorre um aumento progressivo da pressão arterial sistólica e são estabelecidas algumas modificações estruturais, pois há uma diminuição na reserva funcional. Assim, é estabelecido um limite para a intensidade de realização das atividades físicas.
É evidenciada a importância do exercício físico regular, progressivo e moderado na prevenção de doenças cardíacas, como: doença cardíaca isquêmica, AVE, hipertensão e doença vascular periférica. Além de prevenir tais comorbidades, há alterações favoráveis em relação à qualidade de vida, prognóstico e mortalidade, caso as mesmas já estejam presentes.
Independentemente da idade, a realização de atividades físicas pode reduzir o risco de infarto e doenças cardiovasculares. 
Em relação aos Sistema Respiratório, algumas alterações ocorrem com o envelhecimento. Durante a adolescência, há um aumento da função pulmonar; durante a fase adulta (até os 30 anos) a função pulmonar é estabilizada; após essa idade, a função pulmonar começa a diminuir. Por tanto, no envelhecimento a função pulmonar é reduzida. 
O mesmo processo ocorre com o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.).A diminuição do VO2 máx. associado à idade acontece por conta da redução de oxigênio arteriovenosa e do débito cardíaco máximo.
Com o avançar da idade, a caixa torácica vai se enrijecendo, diminuindo a elasticidade alveolar, a ventilação pulmonar e a capacidade vital. Também são constatadas alterações na redução da capacidade da difusão do oxigênio e dos fluxos expiratórios, elevação da complacência pulmonar, fechamento das pequenas vias aéreas e o fechamento prematuro das vias aéreas.
Os idosos frequentemente se queixam de dispneia durante exercícios intensos e um esforço respiratório acentuado pode ser responsável pelo colapso de suas vias aéreas.
Apesar da capacidade aeróbica diminuir com o avançar da idade, pessoas idosas fisicamente ativas têm a capacidade semelhante à de jovens ativos. Além disso, o exercício físico pode modificar alguns processos fisiológicos que diminuem com a idade, melhorando a eficiência cardíaca, a função pulmonar e os níveis de cálcio.
“Lembro-me de quando eu era jovem que eu sem dificuldade alcançava o chão com as mãos mesmo com os joelhos esticados.... Agora é tão difícil me abaixar! Tem gente que fala que é falta de força, que é medo de cair, que as juntas e os nervos estão duros... O que aconteceu com meu corpo? ”
A flexibilidade é a habilidade de mover uma ou mais articulações de maneira suave e confortável por meio da amplitude de movimento irrestrita e sem dor. O músculo, a articulação e os tecidos moles periarticulares determinam a flexibilidade. A perca de flexibilidade traz a hipomobilidade, restrição ou limitação da amplitude de movimento, muitos fatores podem contribuir para a hipomobilidade e rigidez dos tecidos moles, como a mobilização prolongada causada por gesso, tração esquelética, dor, inflamação, distúrbios em músculos, tendões ou fáscia, distúrbios na pele, bloqueio ósseo, estilo de vida sedentário e posturas habituais inadequadas ou assimétricas, paralisia, anormalidades de tônus e desiquilíbrios musculares. 
Durante o envelhecimento, a elasticidade dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares diminuem devido a deficiências do colágeno, acarretando restrição da mobilidade, amplitude de movimentos e flexibilidade das articulações.
A cartilagem articular é um tecido altamente especializado, composto pelos condrócitos, e um conjunto de macromoléculas, como o colágeno e os proteoglicanos. O colágeno é uma proteína fibrilar que garante resistência ao tecido, enquanto os proteoglicanos têm a função de mola biológica. A complexa interação entre estas duas proteínas garante a elasticidade. Estas características específicas da cartilagem são essenciais para amortecer as grandes forças de impacto a que as articulações diartrodiais estão submetidas.
O tecido mole não-contrátil existe dentro de todo o corpo e organiza-se em tipos diferentes de tecidos conjuntivo para dar suporte as estruturas do corpo. Ligamentos, tendões, cápsulas articulares, fáscias, o tecido não contrátil dentro do músculo e a pele têm características de tecido conjuntivo que podem levar ao desenvolvimento de aderências e contraturas e, assim, afetando a flexibilidade dos tecidos que cruzam a articulação. Quando esses tecidos limitam a amplitude de movimento eles necessitam de alongamento.
O tecido conjuntivo é composto basicamente pelas fibras de colágeno, fibras de elastina, fibras reticulina e substância fundamental amorfa. A fibras colágenas resistem à deformação provocada por tensão e são responsáveis pela forma e rigidez do tecido. São compostas por cristais de tropocolágeno que formam os “tijolos” das microfibrilas de colágeno. Cada nível adicional de composição das fibras é arranjado com uma relação e dimensão organizada; as fibras de tendões e ligamentos contêm colágeno do tipo I, que é altamente resistente à tensão. À medida que as fibras de colágeno se desenvolvem e amadurecem elas ligam-se entre si. Quanto mais forte as ligações, maior a estabilidade mecânica do tecido.
O aquecimento dos tecidos moles antes do alongamento aumenta a extensibilidade do tecido encurtado. À medida que a temperatura do músculo aumenta, o tecido conjuntivo cede mais facilmente ao alongamento passivo. Também existe uma diminuição na frequência de disparo dos eferentes do tipo II dos fusos musculares e um aumento na sensibilidade do órgão tendinoso de golgi, o que aumenta a sua probabilidade de disparar. Essas respostas inibem a tensão muscular. Na maioria das vezes o aquecimento é aplicado ao músculo antes do alongamento, porém, podendo ser aplicado durante também.
“Minha filha pediu para eu olhar meu neto essa semana, fiquei impressionada! Ele tão pequeno (4 anos) e já meche no celular, no computador... Eu, em compensação, nem micro-ondas consigo usar direito (colocaram em casa um cheio de botão e luzes. Minha filha falou que é normal, crianças aprendem rápido mesmo, que a cabeça delas é melhor, que ela mesma não consegue fazer algumas coisas que os filhos fazem, apesar de mexer bem no celular... Ai eu me pergunto, o que tem de diferente na cabeça do meu neto, da minha filha e minha que faz ser tão difícil aprender coisas novas? ”
Crianças: Através do escaneamento do cérebro, pesquisadores perceberam que influências exteriores têm o seu maior impacto antes dos quatro anos de idade, quando as ligações entre os neurônios se desenvolvem para processar novas palavras. O estudo também explica por que as crianças têm facilidade em aprender mais de um idioma, por exemplo. 
Eles usaram exames cerebrais para estudar a mielina - substância responsável por proteger o circuito neural, que se desenvolve desde o nascimento. Para surpresa dos especialistas, os testes indicaram que a distribuição da mielina é fixada a partir dos quatro anos, o que sugere que o cérebro é mais plástico nos primeiros anos de vida. Eles preveem que qualquer influência ambiental sobre o desenvolvimento do cérebro será mais forte na infância.
Adolescentes e adultos: Enquanto desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget, os adolescentes chegam ao estágio mais elevado das operações mentais, que é o das operações formais, quando são capazes de formular pensamentos abstratos. Podem aprender álgebra e cálculo, apreciam metáforas e alegorias, pensam em termos do que poderiam ser, imaginam possibilidades, geram e testam hipóteses.
Terceira idade: um estudo, realizado na Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati) ligada a uma instituição de ensino superior de Bauru (SP), destaca que, na visão dos professores entrevistados, é possível aprender na terceira idade. Os idosos, por sua vez, mencionam certas dificuldades naturais dessa fase da vida, como visão reduzida e problemas de locomoção, que impedem um melhor aproveitamento das atividades.
Estudos indicam que atividades diversas podem atenuar o declínio cognitivo dos idosos, baseado nessa premissa, pode-se supor que um idoso que se mantém ativo, fazendo atividades físicas, trabalhos voluntários, ou participe de um grupo de amigos, terá menos declínio cognitivo, natural dessa idade. Alguns estudos da neurociência, constatou que o cérebro possui uma plasticidade que o possibilita remodelar-se em função das experiências já vividas, e que ele se modifica não só da experiência, mas também das percepções, das ações e dos comportamentos.
Portanto, cada idade possui uma facilidade de aprender determinada coisa, em diferentes aspectos, pois vivemos diferentes conflitos e desafios, próprios daquela idade, o importante é saber valorizar o que já foi aprendido e se manter ativo, para que não surja um novo problema, tomando como base as experiências prévias e as suas facilidades.
“Uma conhecida minha, mora lá na minha rua, mais ou menos a minha idade... Se parece um tanto comigo... Bem, ela, as vezes, não consegue mais segurar o xixi, as vezes está andando na rua e tem que sair correndo para chegar ao banheiro, as vezes perde antes de chegar... Quando tosse também perde xixi....Morre de vergonha quando acontece, parei até de sair de casa.... Lá no hospital falaram que é normal...Mas é mesmo¿ Quando a gente envelhece é normal perder xixi? ”
A sociedade internacional de incontinência urinária define incontinência urinária como a condição na qual a perda involuntária de urina. A incontinência urinária afeta todas as idades, mas estudos revelam que sua maior prevalência é no idoso. No entanto a incontinência urinária é muitas vezes erroneamente interpretada como parte natural do envelhecimento. Devemos lembrar que a incontinência urinária é um estado anormal e que se realizarmos uma abordagem adequada é na maioria dos casos resolvida ou minorada.
De acordo com os sintomas, a incontinência urinária pode ser classificada em: incontinência urinária aos esforços (IUE), incontinência urinária com urgência (IUU) e incontinência urinária mista (IUM). A IUE é a perda involuntária de urina secundária a algum tipo de esforço como tossir, espirrar ou correr. A IUU é a perda involuntária de urina associada a um desejo súbito de urinar. Pode ocorrer espontaneamente ou ser desencadeada por situações como mudança súbita de temperatura, estresse emocional, emoções fortes e situações de perigo. A IUM é a perda de urina aos esforços associada à perda urinária com urgência. Em mulheres idosas, a IUU é muito prevalente e está relacionada com importantes repercussões na qualidade de vida
 Com o processo de envelhecimento ocorre alterações motivacionais, de destreza manual, da lucidez e de mobilidade que podem ser causas da incontinência urinária. A falta de destreza manual faz com que abrir o botão da calça, retirar as roupas intimas sejam tarefas difíceis de serem desempenhadas pelo idoso. A falta de mobilidade faz com que seja difícil se locomover até o sanitário, fazendo com que não seja possível o idoso chegar a tempo ao banheiro e ele acaba perdendo urina no caminho.
O trato urinário inferior apresenta alterações relacionadas ao envelhecimento, que ocorrem mesmo na ausência de doenças. A força de contração da musculatura detrusora, a capacidade vesical e a habilidade de adiar a micção diminuem no homem e na mulher. Além disso, contrações involuntárias da musculatura vesical e o volume residual pós miccional aumentam com a idade em ambos os sexos, já a pressão máxima de fechamento uretral, o comprimento uretral e as células da musculatura estriada do esfíncter alteram-se predominantemente nas mulheres.
 Pacientes idosas podem ter redução da perfusão do lobo frontal e córtex cerebral o que está relacionada a incontinência urinária de urgência e redução da sensação vesical. A redução da quantidade de nervos acetilcolinesterase-positivos e de axônios no músculo detrusor, que ocorre associada ao aumento da idade, pode estar associada a disfunções miccionais. A redução no número e na densidade das fibras musculares da porção estriada da uretra pode explicar a progressiva redução da pressão de fechamento uretral (podendo levar a incontinência urinária aos esforços) que ocorre durante o envelhecimento.
Além das alterações decorrentes da senilidade dos tecidos, doenças próprias do indivíduo idoso também contribuem para o desenvolvimento da incontinência urinária. A hiperplasia prostática benigna por exemplo que está presente em 50% dos homens com mais de 50 anos, em metade dos quais causa obstrução ao fluxo urinário e acarreta alterações significativas do trato urinário inferior, como a instabilidade do músculo detrusor.
 É importante ressaltar que doenças como diabetes, insuficiência cardíaca, constipação, demência, acidente vascular cerebral, entre outras (que são mais prevalentes em idosos), podem desencadear ou agravar sintomas urinários. Além disso, privação estrogênica ocorrida no climatério pode levar a sintomas miccionais irritativos pois bexiga, uretra e trato genital feminino possuem mesma origem embriológica e são sensíveis à ação estrogênica.
O sobrepeso que é comum na população idosa vem se mostrado um fator agravante ou causador da incontinência urinária os homens, a obesidade foi associada com aumento da frequência urinária, enquanto que nas mulheres com excesso de peso foi associada com incontinência urinária de esforço e urgência.
Existem diversas opções terapêuticas disponíveis para o manejo da incontinência urinária nas idosas. A escolha do tratamento deve ser individualizada, dando-se preferência, especialmente, na abordagem inicial, aos métodos não cirúrgicos.
 O manejo conservador é considerado a primeira linha de tratamento na grande maioria dos casos de incontinência urinária e tem como fundamentos não interferir nos índices de sucesso de terapias subsequentes, além de não apresentar efeitos adversos definitivos como o tratamento cirúrgico. O tratamento cirúrgico da incontinência urinária apenas deve ser considerado após um período de tratamento conservador ter sido oferecido e rejeitado pela paciente ou ter falhado. 
As opções terapêuticas mais utilizadas como tratamento conservador são: perda de peso, exercícios de reforço da musculatura pélvica, biofeedback, cones vaginais, eletroestimulações, orientação do hábito miccional e retreinamento vesical, cinesioterapia e farmacoterapia. As eletroestimulações estão entre as alternativas terapêuticas para as pacientes com disfunção miccional e perda urinária. Os pontos mais comuns utilizados para estimulação são os seguintes: intravesical, vaginal, perineal, sacral ou nervos periféricos (tibial).
“Eu e minha esposa não estamos mais conseguindo namorar... sabe¿ Você entende né? Comigo está tudo certo, eu acho... Mas quando dá certo, ela fala que dói, que não é mais gostosos como antes... Ela tem algum problema? ”
O avançar da idade traz consigo mudanças fisiológicas de vários tecidos do corpo. Essas alterações, somado a aspectos psicológicos e culturais, afetam a atividade sexual dessa faixa etária.
É percebido que a não compreensão das principais alterações que surgem com a idade é um fator que contribui para os problemas sexuais. Sendo assim é importante levar o conhecimento sobre isso aos idosos, e aos profissionais da saúde, para que estes possam adotar estratégias para que a satisfação com a sexualidade não seja afetada mesmo com a frequência das relações sexuais diminuir com os anos. 
No domínio das alterações orgânicas, o decréscimo da produção hormonal é o que mais afeta a sexualidade dessa população. Nos homens, o baixo nível de testosterona livre correlaciona-se com a diminuição da libido, mas não se correlaciona com a disfunção mais presente entre eles: a erétil, a qual consiste na incapacidade de atingir e manter ereção suficiente para alcançar o próprio prazer e do parceiro. Esta é causada por vários fatores, como doença cardiovascular e neurológica e/ou problemas hormonais, relacionais e psicológicos.
No entanto a queda nos níveis dos andrógenos afeta a atividade sexual desses homens por alterações como perda de força, ereção menos rígida, aumento do tempo de excitação para obter e manter ereção suficiente, mudanças de humor, baixos níveis de energia e diminuição da libido. Para atenuar essas mudanças, os idosos devem passar por avaliação para identificação dos fatores de risco cardiovasculares, presença de síndrome metabólica, educação sobre as alterações no funcionamento do corpo e sobre a administração de inibidores da PDE5, como sildenafil.
Já nas mulheres, as variações hormonais aparecem no climatério, transição da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa que se inicia aos 35 anos. Nesse período há uma queda substancial na quantidade de folículos primários no ovário, e isso compromete a ovulação da mulher, interferindo então na liberação de estrógeno no organismo (hormônio sexual feminino produzido pelos ovários), pois seus níveis devem elevar-se na primeira fase do ciclo menstrual. 
O resultado são grandes oscilações hormonais do eixo hipófise-ovariano dessa mulher, com níveis de FSH (hormônio folículo estimulante) até 18 vezes maior para tentar estimular a liberação de estrógeno, bem como diminuição da taxa de estradiol e seu nível de inibição.
Essa insuficiência ovariana evoluipara menopausa, último sangramento menstrual ocorrido em torno de 52 anos, que acompanha a elevação dos níveis de FSH, principalmente pela queda da sua inibição e diminuição da retro-alimentação promovida pelo estradiol. Há também um aumento de LH de até três vezes após um ano da menopausa, além da grande redução nos níveis de estrógeno, como já citado acima, que passa a ser produzido apenas pelas glândulas suprarrenais. 
A consequência disso afeta a sexualidade dessa faixa etária pois o assoalho pélvico possui receptores para estrógeno e para progesterona, portanto nessa condição de hipoestrogenismo os músculos dessa estrutura não conseguem mais sustentar os órgãos pélvicos, pois tornam-se mais delgados e frágeis, e isso favorece o prolapso urogenital.
As consequências também afetam a vulva, com diminuição anatômica dos grandes lábios e do intróito vaginal. A atrofia das glândulas de Bartholin, assim como das glândulas sudoríparas e sebáceas, reduzem a secreção glandular e a quantidade de muco cervical, gerando o sintoma sexual de secura vaginal, e associado ao estreitamento contínuo da vagina, por redução da camada epitelial e redução da elasticidade e rugosidade vaginal, possuem um impacto negativo sobre a sexualidade dessa idosa, pois podem refletir em dispareunia, sangramento das paredes da vagina, diminuição da lubrificação vaginal, diminuição da libido e diminuição da capacidade de atingir o orgasmo. 
Além disso, com o avançar da idade, a resposta sexual se torna mais lenta, e há uma diminuição do interesse sexual, tanto pela queda da produção desses hormônios, quanto por questões religiosas e culturais, que alteram a percepção própria de sexualidade dessa idosa.
A abordagem destas mulheres deve incluir um exame urogenital completo, para verificar as alterações presentes, a fim de tratá-las. Como possibilidade de tratamento há, quando indicado, lubrificantes artificiais e terapia hormonal.
 As comorbidades também afetam a capacidade sexual dos idosos, podendo ser diretamente: mecanismos patológicos que interferem no sistema endócrino, neurológico e vascular. E indiretamente: sintomas próprios da patologia como fadiga geral, dor, fraqueza muscular e distúrbios psicológicos.
Nesse sentindo, é extremamente importante avaliar os aspectos que estão relacionados aos problemas sexuais dos idosos, pois a sexualidade contribui para garantir qualidade no final da vida de um ser humano.
“Estou preocupada com essas manchas na ele da minha mão... Além de toda enrugada, fininha, machucando para qualquer coisa, tem mais essas manchinhas que minha filha quer que eu vá ver, porque acha que pode ser câncer, eu acho que é normal de ficar velha. É isso mesmo? ”
O envelhecimento é o resultado de alterações orgânicas desencadeadas por alterações moleculares, como por exemplo, alterações no DNA telomérico. As sequências de repetições nucleopeptídicas são chamadas de telômeros e estão presentes no final dos cromossomos. O DNA-polimerase a cada replicação não transcreve a sequência final das bases presentes na fita de DNA, assim a cada mitose o tamanho do telomero é reduzido, contribuindo para o envelhecimento celular. Outro fator envolvido no envelhecimento é o acumulo de radicais livres que acelera as disfunções.
A degradação de produtos oxidados é realizada pela protease multicatalítica. Com o envelhecimento natural, a atividade da protease multicatalítica diminui e a degradação desses produtos torna-se incompleta, acumulando assim agregados proteicos e acelerando a disfunção celular.
O envelhecimento da pele intrínseco é provocado pelas alterações citadas acima somadas à desorganização no metabolismo do colágeno, realizado pelos fibroblastos, o que reduz sua produção e aumenta a degradação. Já o envelhecimento extrínseco da pele está relacionado a exposição solar, que intensifica o processo de envelhecimento devido à radiação ultravioleta (fotoenvelhecimento).
O fotoenvelhecimento é dependente do grau de exposição solar e da pigmentação da pele. A pele fotoenvelhecida é caracterizada pela tonalidade amarelada, pigmentação irregular, atrófica, enrugada, com telangiectasias e lesões pré-malignas.
A ação do fotoenvelhecimento na epiderme é notada por um adelgaçamento da camada espinhosa e achatamento da junção dermoepidérmica. Já os queranócitos tornam-se resistentes à apoptose e susceptíveis às mutações no DNA (carcinogênese). A quantidade de melanócitos e células de Langerhans diminui, o que provoca alteração da densidade melanocítica e perda da capacidade antigênica, respectivamente.
Inicialmente o efeito da exposição do sol sobre a pele é hiperpegmentação cutânea e atraso de neoformação de malanina. Em caso de exposição solar prolongada e recorrente a quantidade e distribuição de melanina na pele é alterada de forma definitiva. O principal elemento na diferenciação do envelhecimento intrínseco e extrínseco é a deposição de material amorfo na derme papilar, no lugar de tecido conjuntivo.
Sabendo-se que a radiação ultravioleta (UV) penetra a pele e interage com as diferentes células localizadas nas diferentes camadas, de acordo com o comprimento de onda, a radiação de ondas curtas (UVB: 290-320nm) é mais absorvida na epiderme e afeta predominantemente os queratinócitos, enquanto as ondas mais longas (UVA: 320-400nm) penetram de modo mais profundo e atingem queratinócitos da epiderme e fibroblastos da derme.
Boa parte da radiação UVB é absorvida, antes que atinja as moléculas de ácido nucleico, pelos aminoácidos aromáticos de proteínas da camada córnea da pele. A luz UVB danifica o DNA, na maioria das vezes, por meio da formação de fotoprodutos diméricos próximos a bases pirimidínicas: dímero pirimidina ciclobutano (CPD) e 6,4-pirimidona-pirimidina (6,4-PP). Os produtos do tipo 6,4-PP quando expostos a radiações UVA/UVB são prontamente convertidos nos isômeros "Dewar" que são moderadamente fotoativáveis e podem ser revertidos à 6,4-PP sob radiação de ondas curtas. A falha no reparo desse processo propicia mutações nas células epidérmicas, gerando o desenvolvimento de células cancerosas.
A radiação contribui para a degradação e redução da síntese de colágeno. O colágeno alterado, por si, reduz a síntese no colágeno novo. A pouca adesão dos fibroblastos ao colágeno alterado também diminui a neocolagênese.
O uso tópico de filtro solar fator 15 (FPS) em ratos antes da exposição ao sol reduz a ativação de elastina (um indicador de dano solar) em 70% dos casos, além de prevenir mutações do gene que codifica a proteína p53, que contribui para o desenvolvimento de câncer de pele.
A p53 normalmente atua bloqueando o ciclo celular quando esse sofre mutação no DNA, induzindo a apoptose de células danificadas. Tanto o envelhecimento intrínseco quanto o extrínseco podem ativar a p53. Alteração na estrutura telomérica, como uma quebra, também ativa a p53 e leva à apoptose ou ao envelhecimento. Portanto, ambos, envelhecimento e dano ao DNA, reduzem a estrutura telomérica e ativam a p53, levando a envelhecimento e apoptose.
REVITALIZAÇÃO GERIÁTRICA:
DEFINIÇÃO DE ENVELHEIMENTO ATIVO: é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.
BASEIA-SE: no reconhecimento dos direitos humanos das pessoas idosas e nos princípios de independência, participação, dignidade, assistência e auto realização estabelecidos pela ONU. Deixa de ter um enfoque baseado nas necessidades (idosos são alvos passivos) e passa a ter uma abordagem que reconhece os direitos dos idosos à igualdade de oportunidades e tratamento em todos os aspectos da vida à media que envelhecem.
ATIVO: participação contínua das questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis e não somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho.
SAÚDE: bem estar físico, mental e social
AUTONIMIA: habilidade de controlar, lidar e tomar decisões pessoas sobre como se deve viver diariamente, de acordocom suas próprias regras e preferencias. 
INDEPENDENCIA: habilidade de executar funções relacionadas às AVds. Capacidade de viver independentemente na comunidade com algum ou nenhuma ajuda dos outros.
QUALIDADE DE VIDA: é a percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores de onde vive; e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Incorpora de uma maneira complexa a saúde física, estado psicológico, o nível de dependência, as relações sociais, as crenças e a relação do sujeito com as características proeminentes do ambiente. Sendo assim, relaciona fortemente a autonomia e a independência. 
EXPECTATIVADE VIDA SAUDÁVEL: é a expectativa de vida que este idoso irá viver sem incapacidades físicas para executar as AVDs e AIVDs.
IMC = peso/ (altura x altura)
CIRTROMETRIA ABDOMINAL: posicionar a fita na altura da cicatriz umbilical e fazer a medida durante a expiração normal:
CIRTROMETRIA DO QUADRIL: posicionara fita na maior protuberância glútea e medir.
TESTE DA CAMINHADA DOS 6 MINUTOS: é utilizado para avaliar capacidade aeróbica e as instruções a serem dadas são: “O Sr vai andar o mais rápido que conseguir dando a volta nos cones por 6 minutos, mas não pode correr”. A cada 1 minuto o avaliador avisa o tempo restante: “O Sr está indo bem, faltam x minutos”. A distancia entre os cones é de 30 metros e ao final do teste devemos anotar quantos metros o idoso andou. Se necessário o idoso pode parar, no entanto o cronometro continua.
FORÇA DE PREENSÃO MANUAL: o teste é utilizado para avaliar a força muscular, os valores refletem a força muscular global. O paciente deve estar sentado em uma cadeira sem apoio de braços, com os pés apoiados no chão, usando a mao dominante e os ombros aduzidos, cotovelo fletido a 90 graus, antebraço na posição neutra e punho em uma posição confortável. Deve-se ajustar a distancia para preensão de acordo com a mão do idoso
A instrução dada deve ser: “O SR vai puxar o ar e ao soltar, vai apertara mão o máximo que conseguir”
TESTE DE SENTAR E LEVANTAR: o teste é utilizado para avaliar força de MMII. O paciente deve ser instruído a sentar-se e levantar-se de uma cadeira de 44 cm (originalmente de 43,18cm). O teste se inicia na posição sentada, com os pés apoiados no chão e as mãos cruzadas no peito. Após um comando dado pelo examinador, o participante deverá realizar o maior número de ciclos possíveis dentro de 30 segundos. No caso do tempo terminar quando a pessoa está na posição em pé o ciclo é dado como completo e incluído no resultado do teste.
TESTE DE FLEXIBILIDADE: o teste é utilizado para avaliar flexibilidade. O paciente deve ser posicionado sentado em um colchonete, com os joelhos estendidos, planta do pé totalmente apoiada no banco de Wells, cotovelos estendidos e ponta dos dedos tocando o início da régua. A instrução a ser dada é: “O Sr vai puxar o ar e quando soltar vai empurrar a régua, levando o tronco para frente. Cuidado para não dobrar os joelhos”. Deve-se repetir o teste 3 vezes e circular o maior valor obtido.
TESTE DE APOIO UNIPODAL: é utilizado para avaliação de equilibrio estático. A posição do idoso avaliado deve ser em pé, olhando para um referencial fixo a um metro de distancia, com apenas um pé apoiado no chão, com uma perda erguida, quadril em neutro e joelho flexionado. Os braços devem ficar ao longo do corpo, mão na cintura e o teste deve ser realizado descalço e sem meia. A instrução a ser dada é: “O Sr deverá permanecer em uma perna só por 30 segundos, Se não conseguir, ainda terá mais duas chances. Você não pode apoiar a perna elevada no chão, pular e nem apoiar a perna elevada na outra. Quando se sentir preparado pode começar. Devemos realizar o teste com ambas as pernas e se o idoso não conseguir manter os 30 segundos, devemos anotar o tempo das 3 tentativas.
TIME UP AND GO: é utilizado para avaliar equilíbrio dinâmico. O teste será iniciado em uma cadeira sem braços e haverá uma marca a 3 metros da cadeira até onde o idoso deverá caminhar, o teste deve ser realizado descalço e sem meia. A instrução é a seguinte: “O Sr deverá levantar da cadeira, caminhar até aquela marcação, voltar e sentar. Caminhe normalmente, como se estivesse andando na rua. Eu só vou parar o cronometro quando encostar as costas na cadeira. Tudo bem? Podemos começar? Vou começar quando desencostar as costas da cadeira, prepara vai!”. Devemos repetir o teste caso o idoso corra ou esqueça de sentar e levantar.
Exercise and Physical Activity or Older Adults
Position Stand American College of Sports and Medicine (2009)
Níveis de evidência
Nível de evidência A: prova robusta de ensaios clínicos randomizados (ECR) e/ou estudos observacionais, que fornece um padrão consistente de achados com base em dados substanciais.
 Nível de evidência B: forte evidência de uma combinação de ECR e /ou estudos observacionais, mas com alguns estudos que mostram resultados inconsistentes com a conclusão geral.
 Evidência Nível C: evidência geralmente positiva ou sugestiva de um número menor de estudos observacionais e / ou ensaios não controlados ou não randomizados.
Nível de evidência D: julgamento consensual de que a força da evidência é insuficiente para colocá-la nas categorias A a C
As Diretrizes ACSM/AHA recomendam as seguintes considerações especiais ao prescrever exercício e atividade física para idosos:
A intensidade e a duração iniciais da atividade física devem ser baixas para os idosos altamente descondicionados, funcionalmente limitados ou com condições crônicas que afetam sua capacidade de realizar tarefas físicas. 
A progressão das atividades deve ser individual e adaptada à tolerância e preferência.
Uma abordagem conservadora pode ser necessária para idosos mais descondicionados e fisicamente limitados. 
As atividades de fortalecimento muscular e/ou treinamento de balance podem precisar preceder as atividades de treinamento aeróbio em indivíduos muito frágeis. 
Os idosos que desejam melhorar sua aptidão física devem exceder as quantidades mínimas recomendadas de atividade física.
 Se as condições crônicas impedirem a atividade na quantidade mínima recomendada, os idosos devem realizar atividades físicas como toleradas de modo a evitar sedentarismo.
Treinamento aeróbio
Recomendação ACMS
Se os idosos não puderem fazer 150 min de atividade aeróbica de intensidade moderada devido a presença de condições crônicas, eles devem ser tão fisicamente ativos como suas habilidades e condições permitirem. 
Frequência: para atividades de intensidade moderada, recomenda-se 150-300 minutos/semana, de 30 até 60 minutos/dia, com sessões de exercício com duração mínima de 10 minutos. Para intensidades vigorosas, total 75-150 minutos/semana, pelo menos 20-30 minutos/dia.
Intensidade: em uma escala de 0 a 10 para o nível de esforço físico, 5 a 6 para intensidade moderada e 7 a 8 para intensidade vigorosa. 
Duração: Para atividades de intensidade moderada, acumule pelo menos 30 minutos/dia em intervalos de pelo menos 10 min cada, ou pelo menos 20 minutos/dia de atividade contínua para atividades de intensidade vigorosa. 
Tipo: qualquer modalidade que não imponha estresse ortopédico excessivo. Andar é o tipo de atividade mais comum. O exercício aquático e bicicleta ergométrica podem ser vantajosos para aqueles com tolerância limitada para atividade de suporte de peso.
Benefícios:
Capacidade aeróbia
Programas de exercício aeróbio supervisionados com intensidade (≥ 60% do V02 max de pré-treinamento), frequência (3x semana) e duração (≥16 semanas) suficientes, podem aumentar significativamente V02 max em adultos saudáveis ​​de meia-idade e idosos. O aumento médio de V02 max relatado em estudos bem controlados, com duração de 16 a 20 semanas, é de 16,3% quando comparado com indivíduos controle, sem nenhum exercício, durante o mesmo período. Melhorias maiores em V02 max são tipicamente observadas com períodos de treinamento mais longos (20 a 30 semanas),mas não necessariamente maiores intensidades de treinamento (isto é, ≥ 70% de V02 max), a menos que seja usado um regime de treinamento de tipo intervalo. Aumentos significativos induzidos pelo exercício aeróbio no V02 max também foram relatados em indivíduos saudáveis, ​​com idade superior a 75 anos, mas a magnitude da melhora é significativamente menor. Embora homens e mulheres na década de 60 e início dos 70 mostrem aumentos semelhantes em V02 max, após programa de exercícios aeróbios, em comparação com jovens, parece haver uma diferença de sexo nos mecanismos subjacentes de adaptação. Os homens idosos exibem aumentos no débito cardíaco máximo e na diferença de arteriovenosa de 02, enquanto as mulheres idosas confiam quase que exclusivamente na ampliação da diferença arteriovenosa de 02. 
Declaração de evidência e recomendação. 
Categoria de evidência A. Programas de exercício aeróbio de intensidade (≥ 60% do V02 max pré-treinamento), frequência e duração (3 x semana e ≥ 16 semanas) suficientes podem aumentar significativamente V02 max em idosos.
Efeitos cardiovasculares 
Três ou mais meses de treinamento aeróbio de intensidade moderada (por exemplo, ≥60% de V02 max) provocam várias adaptações cardiovasculares em adultos saudáveis ​​(normotensos) de meia idade e idosos, que são evidentes em repouso e em resposta ao exercício dinâmico agudo. As adaptações mais consistentemente relatadas incluem: 1) FC mais baixa em repouso e em qualquer carga de trabalho de exercício submáximo; 2) aumentos menores nas pressões arteriais sistólicas, diastólicas e médias durante o exercício submáximo; 3) melhora na vasodilatação e capacidade de captação de O2 dos grupos musculares treinados; e 4) efeitos cardioprotetores, incluindo reduções nos fatores de risco aterogênicos (redução de triglicerídeos e aumento das concentrações de HDL), reduções na rigidez arterial, melhora na função endotelial e barorreflexa e aumento do tônus ​​vagal. Há evidência da melhora do desempenho contrátil do miocárdico (ou seja, função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo).
Declaração de evidência e recomendação. 
Categoria de evidência A. Três ou mais meses de treino aeróbio de intensidade moderada provocam adaptações cardiovasculares em idosos saudáveis, que são evidentes em repouso e em resposta ao exercício dinâmico agudo.
Composição corporal
Os americanos sedentários normalmente ganham 8 a 9 kg de peso corporal (principalmente em gordura) entre as idades de 18 e 55 anos. Isto é seguido de ganhos adicionais de 1 a 2 kg, na próxima década, e diminuição do peso corporal depois disso. Em estudos envolvendo sobrepeso, em indivíduos de meia idade e idosos, o treinamento aeróbio de intensidade moderada (≥ 60% de V02 max), sem modificação alimentar, geralmente mostrou ser eficaz na redução da gordura corporal total. As perdas médias durante 2 a 9 meses variaram de 0,4 a 3,2 kg (1% a 4% do peso corporal total), sendo a magnitude da perda total de gordura relacionada ao número total de sessões de exercício. Embora essas reduções na gordura total possam parecer modestas em relação ao ganho de peso relacionado à idade, o treino aeróbio pode ter efeitos significativos na perda de gordura da região intra-abdominal (visceral) (>20%). 
Em contraste com seus efeitos sobre a gordura corporal, a maioria dos estudos não informa nenhum efeito significativo do treino aeróbio na massa livre de gordura. Uma meta-análise identificou aumentos significativos na massa livre de gordura em apenas 8 dos 36 estudos que envolveram treino aeróbio, e esses aumentos foram geralmente inferiores a 1 kg. A falta de impacto sobre acúmulo de na massa livre de gordura pelo treino aeróbio reflete o fato de que essa forma de treinamento, que envolve contrações musculares repetitivas, mas de baixa intensidades geralmente não estimula o crescimento significativo do músculo esquelético ou melhora a força. 
Declaração de evidência e recomendação
 Categoria de evidência A / B. Em estudos que envolvem adultos de meia idade e idosos com sobrepeso, o treino aeróbio de intensidade moderada mostrou-se eficaz na redução da gordura corporal total. Em contrapartida, a maioria dos estudos não informa nenhum efeito significativo sobre a massa livre de gordura.
Efeitos metabólicos
O treino aeróbio, independente das mudanças na dieta, pode induzir múltiplas mudanças que aumentam a capacidade do organismo: de manter o controle glicêmico em repouso, de “limpar” os triglicerídeos da circulação após refeição e, de utilizar preferencialmente gordura como fonte energética muscular durante o exercício submáximo. 
Declaração de evidência e recomendação
 Categoria de evidências B. Treino aeróbio pode induzir uma variedade de adaptações metabólicas favoráveis, incluindo controle de glicemia aprimorado, depuração aumentada de lipídios pós-prandiais e uso preferencial de gordura durante o exercício submáximo.
Densidade mineral óssea (DMO)
 As atividades de baixa intensidade de suporte de peso, como a caminhada (3-5 x semana) por períodos de até 1 ano, têm efeito modesto, se houver, na DMO de mulheres pós-menopausa (aumento de 0% a 2% na DMO do quadril e coluna). No entanto, tais atividades parecem benéficas, no sentido de evitar as perdas relacionadas à idade (0,5 a 1% ao ano em comparação a controles sedentários) e reduzir o risco de fratura do quadril. Estudos envolvendo atividades de maior intensidade, como escalada/descida de escada, caminhada rápida, caminhada com coletes com peso ou jogging (corrida leve), geralmente relatam efeitos mais significativos na DMO em mulheres pós-menopausa, pelo menos durante curto prazo (1 a 2 anos). 
Declaração de evidência e recomendação.
 Categoria de evidência B. Treino aeróbio pode ser efetivo para combater os declínios relacionados à idade na DMO em mulheres pós-menopausa.
Treinamento Resistido
Recomendação ACMS
Frequência: Pelo menos 2 x semana. 
Intensidade: entre moderada (5-6) e vigorosa (7-8) em uma escala de 0 a 10. 
Tipo: programa de treinamento de progressão de carga ou calistenia (8-10 exercícios envolvendo os principais grupos musculares, 8- 12 repetições cada), subir escadas e outras atividades de fortalecimento que usam os principais grupos musculares. 
Benefícios:
Força muscular
 As mudanças de força após treino resistido são avaliadas usando uma variedade de métodos, incluindo protocolos isométricos, isocinéticos, de repetição máxima (1-RM) e multi repetições (por exemplo, 3-RM). Em geral, o aumento de força após treino resistido parece ser maior quando avaliado por 1-RM ou 3-RM em comparação com medidas isométricas ou isocinéticas. Os idosos podem aumentar substancialmente sua força após o treino resistido - com aumentos relatados que variam de menos de 25% a mais de 100% . A influência da idade na capacidade de aumentar a força após este tipo de treino é complexa. Vários estudos demonstraram ganhos percentuais de força semelhantes entre idosos e jovens, enquanto outros relataram que os aumentos percentuais de força são menores para idosos, em comparação com adultos mais jovens. Outros estudos sugerem que os efeitos da idade nas adaptações de força podem ser influenciados pelo gênero, pela duração da intervenção de treinamento, e/ou pelos grupos musculares específicos examinados.
Declaração de evidência e recomendação. 
Categoria de evidência A. Idosos podem aumentar substancialmente sua força após o treino resistido.
Potência muscular
A produção de potência é equivalente à força ou torque de uma contração muscular multiplicada pela sua velocidade de execução. Estudos sugerem que as capacidades de produção de potência estão mais fortemente associadas ao desempenho funcional do que a força muscular em idosos. Além disso, a perda de potência muscular relacionada à idade ocorre em uma taxa maior do que a perda de força, provavelmente devido a uma redução mais acentuada no tamanho das fibras de Tipo II. No entanto, aumentos substanciais na potência muscular de idosos (avaliadapor protocolos isocinéticos, isotônicos, de escalada e de salto vertical) são demonstrados após treino resistido. Estudos mais antigos relataram maiores aumentos na força máxima em comparação com potência. No entanto, os protocolos de treino nestes estudos usaram velocidades de movimento tradicionais, ou seja mais lentas. Estudos mais recentes, que incorporam protocolos de treinamento de alta velocidade, sugerem que os ganhos na potência podem ser comparáveis ​ou maiores aos ganhos na produção força.
 Declaração de evidência e recomendação. 
Categoria de evidências A. Substanciais aumento na potência muscular foram demonstrados após treino resistido em idosos.
Qualidade muscular
 A qualidade muscular é definida no desempenho muscular (força ou potência) por unidade de volume ou massa muscular. Compreender os efeitos do treino resistido na qualidade muscular em idosos é importante porque a maioria dos estudos sugere que aumentos de força e potência após o treino são maiores do que seria esperado, com base em mudanças na massa muscular sozinhas. Esses achados são ampliados durante as fases iniciais de treinamento. Embora o aumento das taxas de recrutamento e/ou descarga de unidade motora, seja o principal contribuinte para o aumento de qualidade muscular após treino, outros fatores, incluindo diminuição da ativação de grupos musculares antagônicos, alterações na arquitetura muscular, na rigidez do tendão e a hipertrofia seletiva das fibras musculares do Tipo II também podem influenciar a qualidade muscular. Embora a resposta hipertrófica seja diminuída em idosos, os aumentos na qualidade muscular são semelhantes entre homens idosos e jovens, mas podem ser maiores em mulheres jovens em comparação com mulheres idosas. As melhorias na qualidade muscular não parecem ser específicas do sexo, e as adaptações após treino parecem ser semelhantes entre homens e mulheres idosos.
Declaração de evidência e recomendação.
Categoria de evidências B. Os aumentos na qualidade muscular são semelhantes entre idosos e jovens, e essas melhorias não parecem ser específicas do sexo.
Resistência muscular
 Embora a capacidade de produzir repetidamente força muscular e potência durante um longo período de tempo possa determinar a independência funcional em idosos, os efeitos do treino resistido na resistência muscular são relativamente pouco estudados. Aumentos na força muscular, secundários a adaptações neurológicas, metabólicas e/ou hipertróficas, provavelmente se traduzem em aumento da resistência muscular por; 1) redução da ativação da unidade motora necessária para completar tarefas submáximas, 2) redução da coativação dos músculos antagonistas, 3) aumento da disponibilidade de energética (ATP e fosfocreatina), 4) mudança da expressão de isoformas da cadeia pesada de miosina de IIb (IIx) para IIa, 5) aumento da densidade mitocondrial e capacidade oxidativa e, 6) redução do percentual de mofibra disponível necessário para completar tarefas submáximas. Melhorias marcantes (34% -200%) na resistência muscular foram relatadas após treino resistido usando protocolos de intensidade moderada a intensa.
 Declaração de evidência e recomendação.
Evidência da categoria C. Foram reportadas melhorias na resistência muscular após treino resistido usando protocolos de intensidade moderada a alta, enquanto o treino de baixa intensidade não melhora a resistência muscular.
 Composição corporal
A maioria dos estudos relata um aumento na massa livre de gordura com treino resistido de alta intensidade. Os homens tendem a ter um aumento maior na massa livre de gordura do que as mulheres, mas essas diferenças de sexo deixam de serem observadas quando a massa livre de gordura é expressa em relação ao valor inicial. Embora alguns estudos tenham sugerido que esse aumento é principalmente devido ao aumento da água corporal total, tanto o tecido muscular como o ósseo também são afetados pelo treino resistido. Os aumentos na massa livre de gordura podem ser atribuídos a aumentos nas áreas de seção transversa e volume muscular. Essas mudanças parecem ser o resultado de um aumento nas áreas de fibra do Tipo IIa, com uma diminuição na área de fibra Tipo IIx e sem alteração na área de fibra do Tipo I. Uma revisão de 20 estudos descobriu que idosos demonstram hipertrofia do tecido muscular entre 10% e 62% após treino resistido. 
Vários estudos descobriram que treino resistido de moderada ou de alta intensidade diminui a massa gorda corporal total, com perdas variando de 1,6% a 3,4%. Recentemente, os pesquisadores tentaram determinar o efeito do treino resistido na massa gorda regional, especificamente, tecido adiposo subcutâneo (SC) e tecido adiposo intra-abdominal (IA). Binder et al. não relataram alterações no IA ou SC em idosos frágeis após 12 semanas de treino. No entanto, Hunter et al. relataram efeitos específicos do sexo - demonstrando que mulheres idosas, mas não homens, perderam IA (12%) e SC (6%) após 25 semanas de treino resistido de intensidade moderada (65% -80% 1-RM). Outros relataram que tanto os homens como mulheres idosas diminuíram a IA em 10% após 16 semanas de treino.
 Declaração de evidência e recomendação.
 Categoria de evidência B / C. Mudanças favoráveis ​​na composição corporal, incluindo aumento de massa livre de gordura e diminuição da massa gorda, foram relatadas em idosos que participam de treino resistido de moderada a alta intensidade.
Densidade mineral óssea (DMO)
Várias meta-análises concluíram que o treino resistido, assim como o aeróbio, tem efeitos positivos significativos na DMO em mulheres pré e pós-menopausa. Em geral, observa-se diferenças de 1% a 2% entre treinados e controles sedentários em RCTs em que RET está em conformidade com os princípios que se sabe serem associados à adaptação esquelética, a saber, maior intensidade e cargas progressivas. Por exemplo, Vincent e Braith relataram um aumento de 1,96% na DMO no colo do fêmur, sem alterações significativas no corpo total, na coluna vertebral ou no Triângulo do Ward - após treino resistido de alta intensidade, baixo volume e de 24 semanas de duração. No entanto, outros estudos demonstraram efeitos mais modestos. Por exemplo, Stewart et al. relataram que os dados do grupo inferiram uma diminuição na BMD média com treinamento de baixa intensidade e treinamento aeróbio combinado de baixa intensidade. No entanto, a modelagem de regressão revelou uma relação positiva entre os aumentos de força e o aumento da DMO femoral.
Declaração de evidência e recomendação. 
Categoria de evidências B. O treino resistido de alta intensidade preserva ou melhora a DMO em relação aos controles sedentários, com relação direta entre adaptações musculares e ósseas.
Efeitos metabólicos e endócrinos
Os efeitos dos programas de treino resistido a curto e longo prazos na taxa metabólica basal em idosos não são claros. Algumas investigações relataram aumentos de 7% -9% após 12-26 semanas de exercício, enquanto outros estudos de duração similar não demonstraram mudanças. Os programas de treino resistido podem melhorar o uso de gordura como fonte energética em idosos, conforme indicado pelo aumento da oxidação lipídica e diminuição da oxidação de carboidratos e aminoácidos em repouso. O colesterol sérico e os triglicerídeos também são influenciados pelo treino resistido, e os estudos sugerem que o treinamento pode aumentar o colesterol HDL em 8% -21%, diminuir o colesterol LDL em 13% -23% e reduzir os níveis de triglicerídeos em 11% -18%. 
A testosterona de repouso é mais baixa em idosos, e as respostas agudas da testosterona total e livre ao levantamento de peso não são claras. Nem a curto (10-12 semanas) nem a longo prazo (21-24 semanas) o treino resistido aumentou as concentrações de repouso de testosterona total ou livre. No entanto, foi observada uma diminuição no cortisol de repouso (15% -25%), o que pode criar um ambiente favorável para hipertrofia muscular. Os hormônios peptídicos, incluindo o hormônio do crescimento e o fator de crescimento insulina 1 (IGF-1),também possuem importante ação anabólica. O hormônio de crescimento circulante estimula a síntese de IGF-1 no fígado, e o IGF-1 circulante promove a diferenciação de células satélites em miotubos. Embora um estudo sugira que o treino resistido pode aumentar o IGF-1 circulante em participantes com níveis baixos de IGF-1 no soro basal, a maioria das investigações sugere que o treino resistido não altera o IGF-1 circulante. 
Declaração de evidência e recomendação.
Categoria de evidência B / C. A evidência do efeito do treino resistido em variáveis ​​metabólicas é mista. Há algumas evidências de o treino pode alterar a fonte energética preferencial usada em condições de repouso, mas há evidências inconsistentes sobre os efeitos do treino na taxa metabólica basal. Ainda não está claro o efeito do treino resistido sobre os hormônios.
Balance
Recomendação ACMS
Deve ser realizado em idosos caidores recorrentes ou com problemas na mobilidade. Devido à falta de evidências, atualmente não há recomendações específicas sobre frequência, intensidade ou tipo de exercícios para idosos. No entanto, recomenda-se o uso de atividades que incluem: 1) adoção progressiva de posturas desafiadoras que reduzem gradualmente a base de suporte (ex: duplo apoio, semi tandem, tandem, unipodal); 2) movimentos dinâmicos que perturbem o centro de gravidade (ex: caminhada em tandem, voltas circulares); 3) enfatizar grupos musculares posturais (ex: marcha sensibilizada nos calcanhares ou ponta de pé); 4) redução da entrada sensorial (ex: olhos fechados, superfície instável).
Benefícios:
Vários estudos examinaram as relações entre a idade, o exercício e o balance, com a maior parte da pesquisa realizada em populações em risco de queda (ou seja, mulheres osteoporóticas, idosos frágeis, sujeitos com histórico de quedas). Vários estudos prospectivos de coorte ligam níveis mais altos de atividade física, particularmente caminhada, com redução de 30% a 50% no risco de fraturas osteoporóticas. No entanto, esses estudos não fornecem dados sobre a utilidade do treinamento de balance sozinho para alcançar esse resultado. No entanto, as atividades de treinamento de balance, como o fortalecimento de membros inferiores e a caminhada em terrenos difíceis, mostraram melhorar significativamente o balance em muitos estudos e, portanto, são recomendados como parte de uma intervenção para prevenção de quedas. Os idosos com alto risco de quedas parecem se beneficiar de um programa de exercícios personalizado, incorporado em uma intervenção maior e multifatorial de prevenção de quedas. Os programas multimodais de equilíbrio, força, flexibilidade e caminhadas tem evidenciado redução para risco de quedas com ou sem lesão. Além disso, há algumas evidências de que os programas tai-chi podem ser eficazes na redução do risco de quedas com e sem lesões.
Declaração de evidência e recomendação. 
Categoria de evidência C. O exercício multimodal, que geralmente inclui força e exercícios de equilíbrio, e tai chi foram considerados efetivos na redução do risco de quedas nas populações que estão em risco elevado de queda.
Flexibilidade
Recomendação ACMS
Frequência: Pelo menos 2 x semana.
Intensidade: moderada (5-6) em uma escala de 0 a 10.
Tipo: Todas as atividades que mantêm ou aumentam a flexibilidade usando alongamentos sustentados para cada grupo muscular principal e movimentos estáticos em vez de balísticos
Benefícios:
Apesar da redução da ADM com a idade, e vínculos estabelecidos entre falta de flexibilidade, mobilidade e independência física, permanece um número surpreendentemente pequeno de estudos que documentaram ou compararam os efeitos de exercícios de alongamentos específicos sobre os resultados de flexibilidade em populações idosas. Um estudo bem controlado de mulheres de 70 anos de idade relatou melhorias significativas na flexibilidade dos músculos posteriores da coxa (+ 25%) e na extensão da coluna vertebral (+ 40%) após 10 semanas de um programa de alongamento estático supervisionado (3x /semana). Resultados de magnitude similar foram documentados para a flexibilidade de membros superiores (ie, ombro) e inferiores (tornozelo e joelho) em homens e mulheres idosos usando uma combinação de alongamento e movimentos rítmicos através da ADM completa (por exemplo, alongamento + yoga ou tai chi). Coletivamente, esses resultados sugerem que a flexibilidade pode ser aumentada nas principais articulações por meio de exercícios de alongamento em idosos saudáveis. No entanto, há pouco consenso sobre frequência, duração, e quais tipos de alongamento (estático vs dinâmico) são os mais seguros e eficazes para idosos.
Declaração de evidência e recomendação. 
Categoria de evidências D. Poucos estudos controlados examinaram o efeito do exercício de flexibilidade na ADM em idosos. Há algumas evidências de que a flexibilidade pode ser aumentada nas principais articulações. No entanto, quanto e quais tipos de exercícios de alongamento são mais efetivos não foram estabelecidos.
Efeito do exercício e atividade física sobre função física e atividades da vida diária.
 O grau em que a participação no exercício e na atividade física se traduz em melhora na função física e desempenho nas atividades da vida diária ainda não está claro. São relatados resultados contrastantes, de melhora ou manutenção de desempenho, depois de uma variedade de exercícios (por exemplo, caminhada, subir escadas, levantar da cadeira) e não existe uma relação linear simples entre a participação na atividade física e as mudanças na dependência em AVDs. Por exemplo, foram demonstradas melhorias entre 7% e 17% para a velocidade de caminhada auto-selecionada e/ou de esforço máximo após uma variedade de programas de exercício resistido. No entanto, alterações não significativas também foram relatadas após intervenções de menor e maior intensidade. Embora alguns estudos tenham demonstrado melhorias em uma variedade de tarefas funcionais, outros estudos sugerem que as adaptações de desempenho funcional são mais específicas, resultando em mudanças em uma medida funcional (por exemplo, caminhada), mas não outras (por exemplo, levantar da cadeira ou subir escadas). No entanto, parece haver uma relação entre manter os níveis de aptidão cardiovascular e a probabilidade de se tornar funcionalmente dependente em um estudo de seguimento de 8 anos de idosos. A natureza e a força da relação entre atividade física e desempenho funcional provavelmente variam em função das medidas funcionais específicas da atividade física selecionadas. Além disso, a especificidade dos princípios de treinamento sugere que as adaptações de desempenho serão maiores para aquelas atividades que imitam a cinemática, as resistências e as velocidades de movimento usadas no programa de treinamento, muitos autores enfatizaram a importância de prescrever movimentos de maior velocidade usando atividades que imitam AVD.
Declaração de evidência e recomendação.
Categoria de evidência C/D. O efeito do exercício sobre o desempenho físico é mal compreendido e não parece ser linear. O treino resistido demonstrou ter impacto favorável nas atividades de caminhada, levantar da cadeira e balance, mas é necessária mais informação para entender a natureza precisa da relação entre exercício e desempenho funcional.
Benefícios de exercício e atividade física para a saúde psicológica e o bem-estar
Além de seus efeitos sobre as variáveis ​​fisiológicas e uma variedade de doenças e condições crônicas, há agora uma forte evidência de que o exercício e a atividade física têm um impacto significativo nos parâmetros psicológicos. Atualmente, há evidências consideráveis ​​de que a atividade física regular está associada a melhorias significativas na saúde e no bem-estar psicológico geral. Tanto a aptidão física mais elevada quanto a participação em treino aeróbio estão associadas a um menor risco de depressão ou ansiedade. O exercício e a atividade físicatem sido propostos para impactar o bem-estar psicológico através de seus efeitos moderadores e mediadores nos construtos como autoconceito e auto-estima. No entanto, outras vias também podem ser operacionais, como a redução da adiposidade visceral geralmente associada a elevação do cortisol, e adipocinas inflamatórias que foram implicadas na atrofia do hipocampo, deficiências cognitivas e afetivas. Além disso, para muitos idosos, o envelhecimento está associado a uma perda da percepção de controle. Como as percepções de controle sobre a própria vida são conhecidas como relacionadas à saúde e ao bem-estar psicológico, os cientistas do exercício começaram a se concentrar na relação entre atividade e vários índices de controle psicossocial, auto-eficácia e competência percebida. McAuley e Katula revisaram a literatura que examina a relação entre atividade física e auto-eficácia em idosos. Eles concluem que a maioria dos estudos de treinamento de exercícios bem controlados resultam em melhorias significativas tanto na aptidão física quanto auto eficácia para atividade física em idosos. Vários estudos sugerem que a atividade física de intensidade moderada pode ser mais eficaz do que os regimes de treinamento de baixa ou alta intensidade. Há um reconhecimento crescente de que a auto-eficácia da atividade física não é apenas uma medida de resultado importante como resultado da participação na atividade, também pode ser um importante preditor de mudanças comportamentais sustentadas nas populações sedentárias.
 Declaração de evidência e recomendação. 
Categoria de evidência A / B. A atividade física regular está associada a melhorias significativas no bem-estar psicológico geral. Tanto a aptidão física como o treino aeróbio estão associados a um menor risco de depressão ou ansiedade. O exercício e a atividade física foram propostos para impactar o bem-estar psicológico através de seus efeitos moderadores e mediadores em construções, como autoconceito e auto-estima. 
Atividade física, funcionamento cognitivo e envelhecimento
Estudos de coortes transversais e prospectivos indicaram a participação na atividade física regular com risco reduzido de demência ou declínio cognitivo em idosos. Os exemplos incluem o Study of Osteoporotic Fractures, que relatou que o nível de atividade estava vinculado às mudanças nos escores do exame de Status Mínimo-Mental e o Canadian Study of Health and Aging, que demonstraram que a atividade física estava associada a menor risco de comprometimento cognitivo e demência. Parece também que as diminuições na mobilidade física estão ligadas ao declínio cognitivo. O estudo InCHIANTI relatou associação entre a mobilidade física, especificamente a velocidade de caminhada e capacidade de caminhar 1 km, com sinais de doença neurológica. Da mesma forma, o Oregon Brain Aging Study relatou uma associação entre a velocidade de caminhada e o início do comprometimento cognitivo. Finalmente, MacArthur Research Network on Successful Aging Community Study relatou associações entre declínios no desempenho cognitivo e tarefas físicas de rotina, incluindo medidas de força de preensão e mobilidade (isto é, velocidade de marcha, levantar da cadeira). Os ensaios experimentais de intervenções de exercícios em idosos demonstram que a exposição aguda a um único exercício de exercício aeróbio pode resultar em melhorias a curto prazo na memória, atenção e tempo de reação, mas o mais importante é a participação em treino aeróbio e resistido, sozinho e em combinação, leva a melhorias sustentadas no desempenho cognitivo, particularmente para tarefas de controle executivo. Vários estudos compararam os efeitos individuais e combinados das intervenções de exercícios físicos e mentais. Esses estudos descobriram que os benefícios cognitivos são maiores com os paradigmas combinados de treinamento cognitivo e aeróbico. O mecanismo para a relação entre atividade física e exercício e funcionamento cognitivo não é bem compreendido. No entanto, vários pesquisadores sugeriram que o aumento do fluxo sanguíneo, aumento do volume cerebral, elevação do fator neurotrófico derivado do cérebro e melhorias nos sistemas neurotransmissores e na função IGF-1 podem ocorrer em resposta ao treinamento aeróbico.
Declaração de evidência e recomendação.
Categoria de evidência A / B. Estudos epidemiológicos sugerem que a aptidão cardiovascular e níveis mais elevados de atividade física reduzem o risco de declínio cognitivo e demência. Estudos experimentais demonstram que treino aeróbio, resistido e especialmente combinados podem melhorar o desempenho cognitivo em idosos, previamente sedentários, para algumas medidas de funcionamento cognitivo, mas não outras. Os efeitos de exercício são maiores para tarefas que exigem processamento complexo que requer controle executivo.
FUNCIONALIDADE E ENVELHECIMENTO:
CAPACIDADE FUNCIONAL AO LONGO DA VIDA:
EXPECTATIVA DE VIDA E INCAPACIDADE FUNCIONAL: a proporção de idosos que apresentam comprometimento da capacidade funcional aumenta com o avançar da idade.
CIF: 
Funcionalidade: é um termo para as funções do corpo, estrutura do corpo, atividade e participação, observando ser aspectos positivos na interação entre o indivíduo e sua condição de saúde juntamente com os fatores contextuais (ambientais e pessoais).
Incapacidade: se refere aos fatores negativos das interações das disfunções dos sistemas orgânicos (fisiológicos ou morfológicos), seja na limitação de atividades, podendo resultar em restrição da participação. 
OBS: Fatores ambientais e comportamentais modulam essa interação: condições facilitadoras ou barreiras para desempenho e para participação
Atividade funcional: são atividades identificadas pelo individuo como essenciais para a manutenção do seu bem estar e psicológico. 
Limitação/Incapacidade funcional: restrição ou impossibilidade de um individuo exercer suas funções normalmente como resultado de um comprometimento.
Quais as funções? Função mental, afetiva, social e física (atividade de vida diária e atividades instrumentais diária)
ABVD: atividade básica de vida diária: são as atividades relacionadas ao autocuidado: alimentar-se, banhar-se, vestir-se, fazer transferência, continência e higiene pessoal.
AIVD: são as atividades mais complexas, que envolvem habilidade seletivas, controladas e harmônicas de várias funções ao mesmo tempo. Funcionamento dos sistemas de forma dinâmica e integrada com alta independência do contexto ambiental, sistema cognitivo e perceptual. Envolve a participação do idoso no entorno social: vida independente em comunidade: meio de transporte, realizar compras, tarefas domesticas, utilizar telefone, preparar refeições, cuidar das finanças, manipular medicamentos.
AAVD: atividades avançadas de vida diária, ou seja, atividades de lazer, atividades significativas que proporcionam ao idoso satisfação.
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL: determinará o comprometimento funcional do idoso e sua necessidade de auxilio. Sendo assim, devemos avaliar se o idoso é ou não capaz de desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si mesmo e caso não, determinar o seu grau de auxilio necessário. Para tanto, devemos fazer a observação direta da tarefa funcional a ser avaliada sempre que possível, podendo identificar partes comprometidas. Essa observação pode ser feita em um ambiente simulado, mas o preferencial é que seja observado em um ambiente real. Devemos nos atentar para presença de dor, dificuldades, alternativas arranjadas, medicações e etc.
CARACTERÍSTICAS DAS FUNÇÕES FÍSICAS EM IDOSOS: há uma diferença entre as taxas de limitação funcional entre homens e mulheres, a limitação funcional tem influencia das expectativas sociais, fatores culturais e étnicos sobre a função física e a execução das diversas terefas varia de acordo com o ambiente que o idoso está inserido.
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL: 
Anamnese:
O que você fazia antes e que não faz mais, mas que gostaria de voltar a fazer?
Medicamentos
Avaliaçãoda capacidade funcional: caso haja declínio cognitivo as informações dadas pela pessoa idosa deverão ser confirmadas pelo acompanhante. A avaliação funcional determinara, necessariamente, o grau de dependência da pessoa idoso e os tipos de cuidados que vão ser necessários.
Observação direta das tarefas:
Identificação de partes subordinadas comprometidas. O paciente deve ser avaliado quando não estiver fadigado, emum ambiente minimamente similar ao ambiente real, deve levar em consideração a presença de dor, a hora do dia e o nível medicamentoso.
Testes:
Avaliação da capacidade funcional de acordo com: dependência ou grau de assitencia necessários para desempenhar uma tarefa. A quantidade de dor e desconforto que acompanham essa tarefa, a quantidade de tempo que se leva para conclui-la e se necessita de um aparelho de auxilio ou de ajuda para realiza-la.
Os testes devem espelhar fielmente o desempenho físico nas AVDs e AVIDs de uma pessoa idosa, devem avaliar mobilidade e equilíbrio e devem ser saudáveis e representativos para as atividades dos idosos.
Para a escolha do teste é importante se atentar para: se o teste foi desenvolvido para idosos que vivem em comunidades ou para idosos institucionalizados; se as medidas podem ser aplicadas em qualquer tipo de consultório e se tem um custo ou requerimento especial; se os testes foram descritos emestudos comparativos entre comunidades de idosos; se os testes apresentam padrões concretos de confiabilidade e validade e se os critérios para avaliar os resultados apresentam-se claros e objetivos.
DESEMPENHO: avalia o que o idosos realmente faz em seu dia a dia.
CAPACIDADE FUNCIONAL: avalia o potencial que a pessoa tem para realizar as atividades, ou seja a capacidade remanescente que pode ou não ser utilizada. Sendo assim, a avalaição da apacidade funcional é mais significativa nas intervenções terapêuticas do que apenas a presença ou não de doença. Ex: idoso moraemcasa com escada e não utiliza pois a failia teme que ele caia. Logo, o idoso não desempenha a função de descer e subir escada por limitação da família, mas esse possui a capacidade funcional para executa-la.
TESTES PARA AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL:
Índice de Katz para Atividades da Vida Diária:
Para a escala de Katz, no quesito ABVD a deambulação não é completa, é melhor ser utilizado pelo idoso dependente e não observa mudanças sutis.
Índice de Barthel:
Medica da Independencia Funcional (MIF)
Escala de Lawton para AIVD:
BOMFAQ: 
Outros testes de avaliação de capacidade funcional: outros testes validados e confiáveis para avaliar a capacidade funcional de idosos, mas que não avaliam apenas seu estado funcional são: 
- Teste de equilíbrio de Berg
- Teste cronometrado de levantar-se e ir (TUG)
- Teste de caminhada de 6 minutos
- Avaliação de Marcha e Equilíbrio Orientada pelo Desempenho (POMA)
- Velocidade da marcha
- Short Physical performance Battery (SPPB)
Instrumentos mulfuncionais: 
- perfil impacto de enfermidade
- SF – 36
- Conjunto de Informações sobre resultados Avaliações (OASIS)
- MFAQ
NO FINAL DAS CONTAS, A AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DEPENDERÁ DE VARIOS FATORES (ambientais e pessoais), DEVE SER REALIZADA DE VARIAS FORMAS (anamnese, observação direta e testes selecionados) E AJUDA A IDENTIFICAR FATORES CONTRIBUINTES PARA AS ALTERAÇÕES.
RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS:
Treino funcional: segundo tinetti (1988) há uma fraca correlação entre força muscular e desempenho funcional do idoso (levantar da cadeira), sendo assim, podemos concluir que a habilidade funcional não depende apenas da força, mas também da integração harmônica do sistema sensoriomotor.
Para idosos que almejam apenas desempenhar com independência e autonomia suas ABVD, não devemos nos forcar na restauração dos últimos 10 graus de amplitude de uma articulação ou desejar um grau 5 de força muscular de um determinado grupo muscular.
Temos que ter em mente, que treinar atividades em ambientes específicos ou artificias não nos permite a observação real de como o idoso desempenha estas tarefas no meio em que vive ou que conhecimento ele utiliza como forma de compensação ou que artificio ele utiliza para realiza-la. Mais uma vez, ressaltando a importância da observação e reavaliação do idoso em seu real ambiente.
Além disso, devemos perguntar e escutar o idoso sobre as metas e, então, criar um tratamento fisioterapêutico pautado em propostas simples e realistas que atingiram o objetivo realista almejado.
Sendo assim, o treino funcional deverá ter propostas de intervenção específicas visando a diminuição da incapacidade funcional e suas consequências. Os exercícios devem conter mudança de velocidade, amplitudes variadas, mudança de direção, ambientes diferentes, treinando habilidades especificas. Verificou-se então que os idosos treinados com treino funcional tiveram maiores ganhos de força comparados os que realizaram treinamento resistido, além disso, tiveram maiores ganhos de equilíbrio corporal dinâmico, coordenação motora nas AVDs , melhora na performance funcional, qualidade de vida e desempenho das atividades de vida diária. 
Verificou-se também que o treino funcional teve maior redução de quedas, maior aderência ao programa e maior continuidade após o termino do protocolo. Além de aumento de força do tornozelo e equilíbrio estático.
É importante saber que a idade avançada, gênero feminino, depressão, demência moderada a avançada e severa incapacidade física não tem efeitos negativos sobre um treino funcional para balance de alta intensidade. Idosos institucionalizados com estas características não devem ser excluídos da realização de reabilitação com intensidades mais altas.
FRAGILIDADE:
DEFINIÇÃO: fragilidade é uma síndrome geriátrica causada pela redução multissistêmica de reservas fisiológicas, estando relacionada a um alto risco de desfechos adversos (como queda, declínio cognitivo, infecções, hospitalização, incapacidade, institucionalização e morte). A pré-fragilidade, por sua vez é um estado precedente a fragilidade. 
É importante ressaltar que a condição da fragilidade inclui perdas com campos físicos, psicológicos e sociais, pois as pessoas frágeis apresentam capacidade reduzida para gerenciar estressores externos e responder a incidentes de vida.
Paciente frágeis apresentam prognósticos piores do que não-frageis, são constantemente relacionados com maior risco de problemas cardíacos e precisam de um maior cuidado na escolha de tratamento invasivos. Alem disso, pacientes frágeis 
Além disso, a fragilidade também impõem um fardo financeiro significativo ao sistema de saúde, particularmente por que esta sindrmoe parece ter um efeito incremental sobre os gastos ambulatoriais.
O DIAGNOSTICO PRECOCE: é necessário que haja um diagnostico precoce da fragilidade e pre fagilidade evitando os desfechos adversos da síndrome, reduzindo o impacto financeiro, familiarizando a população sobre essa condição (através de campanhas sociais), na busca de melhorar a vida dos idosos através de medidas preventivas.
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DE FRAGILIDADE E PRÉ-FAGILIDADE:
Unidimensionais: baseado nas dimensões físicas e biológicas:
FENÓTIPO FISIO DA FRAGILIDADE DE FRIED: nessa conceituação a fragilidade é definida ´por 5 características: perda de peso involuntária (a que tende a aparecer mais tardiamente), exaustão auto-relatada, fraqueza muscular, velocidade da caminhada lenta e baixa atividade física. A presença de 3 ou mais caracteristicas da o diagnóstico de fragilidade, a presença de 1 ou 2 caracteristicas da a presença de pré-fragilidade. 
OBS: é importante saber que a sarcopenia (redução de massa e força/desempenho muscular quando n há nenhuuam outra causa, a não ser o envelhecimento, evidente) é um elemento-chave da fragilidade, mas não é sinônimo dela.
Multidimensional: baseia-se na analise de interações de vários domínios: físicos, psicológicos e sociais. 
ÍNDICE DE FRAGILIDADE: ou déficit acumulativo é como se fosse um somatório de “deficienca saúde”,

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