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Aula forragicultura

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Curso: Agronomia/Medicina Veterinária. 
Disciplina: Forragicultura e Bromatologia. 
Prof. Silvio de Paula Mello 
Forragicultura 
Forragem: alimento vegetal fornecido aos animais
Pastagem: é a forma mais barata de se produzir alimento para os ruminantes
Brasil: 90 a 95% dos animais são criados em pastagens
Pastagens: gramíneas e leguminosas
Escada da ilusão: 
	capim elefante
	
	
	
	
	
	capim colonião
	
	
	
	
	
	Andropógon
	
	
	
	
	
	Brachiárias
	
	
	
	
	
	grama batatais
2.1. Morfologia das gramíneas forrageiras
2.1.1. Tipos de inflorescência: 3 tipos: espigas, panícula e rácemo.
2.1.2. Folhas: lâmina comprida, lanceolada com nervuras paralelinérveas
2.1.3. Caule: Colmo (nós e entrenós)
 Rizomas (subterrâneos)
 Estolhos (superficiais) 
 Raízes: fasciculadas ou tipo cabeleira (superficiais)
2.1.4. Frutos: tipo seco, indeiscente ( cariópse )
2.2. Sementes de espécies forrageiras
2.2.1. Introdução
Semente: resultado de um óvulo fecundado (perpetuação da sp)
2.2.2. Dormência das sementes
Semente submetida à condições ideais de temperatura, umidade, oxigênio e luz, espera-se que ela germine
Caso isso não ocorra ( semente está em dormência
Causas da dormência
a) Tegumento duro e impermeável
b) Falta de maturidade fisiológica
As leguminosas ( normalmente possuem tegumento mais duro
Gramíneas ( dormência em função da maturidade fisiológica
Como “quebrar”a dormência de uma semente?
1) Escarificação mecânica (atrito = lixa, areia,)
2) Tratamento químico
a) H2SO4 ( mergulhar as sementes por 2 a 3 minutos, lavando-as logo em seguida
b) Ar aquecido ( submeter as sementes em correntes de ar quente (40ºC a 50ºC)
c) Frio intenso ( resfriar as sementes a -90ºC até -160ºC
d) Outros produtos químicos
Ex: Trabalho de Phillips (1973)
Sementes de centrosema não tratada ( germinação de 18%
Tratamento com água quente por 1 segundo e 16 dias de frio ( germinação de 55%
Siratro : semente não tratada ( 43% de germinação
Tratada com H2SO4 por 18 minutos ( 94% de germinação
Sementes de gramíneas ( imaturidade fisiológica
Melhor tratamento é o tempo
Ex: Capim colonião ( armazenamento no mínimo de 3 meses
Green panic ( armazenamento no mínimo de 8 meses
Brachiárias ( armazenamento no mínimo de 3 a 6 meses
Capim buffel ( armazenamento no mínimo de 8 meses
Obs: Sementes produzidas na própria fazenda devem sempre permanecer armazenadas sob condições apropriadas pelo menos 3 meses.
2.2.3. Determinação da qualidade das sementes
Usa-se três índices para determinação da qualidade das sementes em laboratório
A ) Pureza física ( % P )
É a proporção de sementes de uma dada espécie em relação às impurezas da amostra (pedras, terra, galhos, outras sementes, etc..)
Ex. Peso da amostra = 300g Peso das impurezas = 200g
%P = Peso da amostra pura (100g) / Peso da amostra total (300g)
%P = 0,33 = 33%
B ) Porcentagem de germinação ( % G )
É a proporção de sementes que, submetidas a condições ideais, irão germinar numa dada amostra de sementes
Ex. Número de sementes puras = 100
Número de plântulas obtidas ( germinação ) = 65
% G = 65 / 100 = 65 %
C ) Valor Cultural da semente ( % VC )
É a porcentagem de sementes puras que germinam ( viáveis ) numa dada amostra
 Forma de avaliação mais segura da qualidade de uma semente
% VC = P x G / 100
P = Pureza G = germinação
Ex. P = 33 % G = 65 % VC = 33 x 65 / 100 = 21,4%
2.2.4. Cálculo da densidade de semeadura
Suponha que uma semente de brachiária brizantha apresente 270 cariópses / grama, com P = 40 % e G = 50 %
Quanto preciso para formar 1 ha com 80 plântulas / m2 ?
VC = % G x % P / 100 = 50 x 40 / 100 ( VC = 20 %
1 ha = 10000 m2 
Número de plântulas / ha = 800000 
270 cariópses / g com 100% de VC ( 20% VC = 54 sementes / g
( 54000 sementes / kg
 1kg = 54000 sementes
 x kg = 800000 sementes
Necessito de 14,8 Kg de sementes para formar 1 hectare de pasto
Exercício: Qual das sementes abaixo você compraria, e qual a quantidade ( kg ) necessitará para formar uma hectare ?
Dados: Número de cariópses / g = 350
Número de plântulas / m2 = 85
Amostras:
	A) P = 45 %
	B) P = 80 %
	C) P = 60 %
	 G = 70 %
	 G = 30 %
	 G = 60 %
	Preço/kg = R$ 3,20
	 Preço/kg = R$ 2,80
	Preço/kg = R$ 3,50
Outro método:
Índice para verificação do melhor ou menor preço de aquisição
Índice = Custo da semente ( Kg ) / VC % ( resulta no custo de cada 1% de VC
Ex. Suponha um lote A de sementes, com VC=43% e preço R$ 4,00 / Kg e lote B de sementes, com VC = 25 % com preço R$ 3,00 / Kg. Qual das sementes você compraria ?
Índice do lote A: 4,00 / 43 = 0,093
Índice do lote B: 3,00 / 25 = 0,120
Compraria o lote A, pois o índice é menor.
Cálculo da quantidade de sementes (kg / ha) usando um índice para cada gramínea, quando a semeadura for feita de outubro a dezembro, em solo que recebeu um mínimo preparo
	Éspécie/Cultivar
	Profundidade de semeadura (cm)
	Cálculo da Taxa mínima de semeadura (kg/ha)
	Andropogon gayanus
	0,5 - 1,0
	250 / VC
	Braquiarão, brizanthão
	1,0 - 3,0
	280 / VC
	B. decumbens
	1,0 - 3,0
	180 / VC
	B. humidícula
	1,0 - 2,0
	250 / VC
	Colonião, tanzânia e mombaça
	1,0 - 2,0
	160 / VC
	Fonte: CNPGC- Embrapa 1995
	
	
2.3. Descrição dos aspectos gerais das principais gramíneas
2.3.1. CAPIM COLONIÃO ( Panicum maximum )
Exs: Tobiatã, Centenário, Vencedor, Tanzânia-1, Mombaça, Aruana, etc...
Características principais: É uma gramínea perene, de porte ereto, que forma densas touceiras devido ao seu extraordinário vigor. É uma ótima gramínea de verão, quando atinge altas produções de massa verde, mas no inverno torna-se taluda e seca, diminuindo o consumo pelo animal.
Profundidade de plantio; 0,5 a 1 cm
Adaptação: É bastante exigente em solo e tem melhor adaptação nos arenosos férteis e regiões com boa precipitação. Não tolera solos encharcados.
Semeadura: Semear no início dos períodos das chuvas, quando pode se obter pasto já aos 60 dias do plantio, aproximadamente, podendo-se semear até janeiro, de preferência em solos bem preparados e úmidos , em linhas distanciadas de 20 a 40 cm, bem superficialmente gastando-se 12 kg de sementes/ha.
Consorciação: soja perene, calopogônio, etc...
Usos principais: Pastagem, tornando-se o cuidado de não deixá-lo crescer muito. As sobras do pasto de verão podem ser armazenadas para fornecer aos animais durante o período da seca.
Produção: 50 ton. de massa verde
Proteína bruta: 10 %
CAPIM TANZÂNIA 
Lançado em 1990 pelo CNPGC - Embrapa
Tanzânia é um cultivar selecionado pela EMBRAPA, desde 1984, para melhoramento de alguns fatores como: produção da planta na seca e nas águas, valor nutritivo, palatabilidade, resistência ao pisoteio animal, maior cobertura de solo, resistência a pragas e doenças e ganho de peso animal.
Considerado melhor que o colonião e o tobiatã, apresentou 80% de folhas durante o ano todo e na seca produziu 10,5% do total, 3 vezes mais que o colonião. As plantas de Tanzânia são comidas por igual devido ao porte médio e colmos mais moles que o Colonião e Tobiatã.
É de fácil manejo, boa para feno e bem aceita pelos eqüinos e bezerros.
Massa verde: 60 ton /ha
Proteína Bruta: 12 a 14%
Capim Mombaça 
Introduzida no CNPGC em 1982 e lançado nacionalmente em 1993.
Planta cespitosa com cerca de 1,65 m de altura
Folhas apresentam 3,0 cm de largura, são longas e dobram abruptamente na vertical.
Semeadura: recomenda-se cerca de 1,8 Kg de sementes puras viáveis, semeadas a uma profundidade de 2 a 3 cm.
Época ideal de semeadura: novembro a janeiro.
1 grama de sementes da cv.Mombaça encontram-se, em média, 770 sementes puras.
Produção de 33 t/ha/ano de matéria seca foliar.
Alta porcentagem de folhas (82%), semelhante à cv. Tanzânia-1 (80%), porém muito mais elevada que a cv. Colonião (62%).
Teor de PB na folha foi de 13,4% e nos colmos de 9,7%, sem grandes variações ao longo do ano.
Resistência à cigarrinha das pastagens: cv. Mombaça revelou-se medianamente resistente à cigarrinha Zulia entreriana, mostrando-se superior ao P. maximum cv. Tobiatã, mas inferior ao cv. Tanzânia-1.
Avaliação sob pastejo:
Estimativas da capacidade de suporte: Tobiatã 2 UA/ha e Mombaça 2,3 UA/ha. Diferença deve-se à maior porcentagem de folhas apresentadas pela cv. Mombaça, que foi em média, durante o ano, 47%, e para a cv. Tobiatã, 38%.
Experimento realizado pelo Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR – Paranavaí): Mombaça, Tanzânia-1 e Tobiatã, apresentaram respectivamente, taxas anuais de lotação (médias de dois anos) de 4,8 (novilhos de 225 kg de peso vivo/ha), 4,0 e 4,5 com ganhos em peso de 770, 600 e 590 Kg de peso vivo/ha/ano, respectivamente.
Exigência de fertilidade: tal qual a maioria das cultivares de P. maximum, é exigente em fertilidade para um bom e rápido estabelecimento. 
2.3.2. Capim Jaraguá ( Hyparrhenia rufa)
 Gramínea perene, com crescimento tipo touceira.
Adaptação: tipo de solo fértil
Tempo de formação: 90 a 120 dias
Primeiro pastoreio: 90 dias (leve). Retirar o gado com altura de 20 cm (altura de corte)
Resistência à cigarrinha das pastagens: alta
Pastoreio direto, consorciando-se bem com calopogônio e soja perene.
Produção de massa verde por hectare: 35 toneladas
Proteína bruta: 8 a 9%
2.3.3. Capim Gordura (Melinis minutiflora)
Forma de crescimento: ereto e decumbente.
Adapta-se bem em solos fracos e médios
Alta resistência à cigarrinha das pastagens
Pastoreio: eqüinos e produz feno de boa qualidade
Consorcia-se bem com calopogônio e soja perene
Tempo de formação: 90 a 120 dias. Primeiro pastoreio após sementear.
Altura de corte: 30 cm- retirar os animais.
Produção de massa verde por hectare: 20 toneladas
Proteína bruta na Matéria Seca: 7 a 8%.
2.3.4. Brachiárias
Brachiarão/ Brizantão ( Brachiária brizantha – cv. Marandú)
Características principais: É de porte superior às demais brachiárias, podendo atingir até l,5m de altura. Tem sobre as outras brachiárias a vantagem de ser a mais palatável delas. Quanto à qualidade nutritiva, assemelha-se às demais. Sua maior vantagem reside em sua alta resistência à cigarrinha e pisoteio, atualmente uma das mais sérias pragas das Brachiárias. Sua forma de crescimento é em touceiras.
Profundidade de plantio: 1 a 2 cm
Adaptação: Desenvolve-se bem em regiões tropicais. Não é exigente em solo.
Semeadura: Semeia-se no período chuvoso, dando-se preferência a solos bem preparados, com espaçamento de 60 cm entre linhas, gastando-se 10 kg de semente por ha.
Consorciação: Difícil, devido à sua alta agressividade quanto ao desenvolvimento, mas pode-se consorciar com: soja perene e calopogônio.
Uso principal: pastoreio.
Produção: 50 ton/ha de massa verde
Proteína Bruta: 10%
BRACHIÁRIA DECUMBENS (Brachiária decumbens)
Características principais: É uma gramínea perene, de crescimento cespitoso, cobrindo rapidamente o solo. Folhas relativamente largas, de comprimento médio para longo e medianamente pilosa em relação às outras Brachiárias. É susceptível ao ataque de cigarrinha.
Profundidade de plantio: 1 a 2 cm
Adaptação: Adapta-se bem em áreas tropicais com temperaturas elevadas. Quanto à fertilidade do solo, adapta-se bem em terras fracas, mas evidentemente terá melhores resultados quando plantada em solos férteis, pois geralmente após o 3( ano do plantio, começa a ficar amarelada, tornando-se necessária a correção, principalmente nitrogenada. Não é apropriada para terras de brejos e alagadiços. Sofre os efeitos da geada, mas recupera-se rapidamente nas primeiras chuvas.
Semeadura: Semear no início do período das chuvas (set.-out.), podendo ir até janeiro. Dar preferência a condições de solo bem preparados e úmidos para o plantio em linhas distanciadas 30 a 60 cm. Nestas condições gasta-se de 10 a 12 kg de sementes /ha. Em semeadura a lanço, aumentar esta quantidade em 50 a 70%.
Consorciação: Devido à sua agressividade, é difícil conseguir uma boa consorciação.
Uso principal: pastagem
Produção: 45 ton/ha massa verde
Proteína Bruta: 7 a 8%
BRACHIÁRIA HUMIDÍCOLA (Brachiária humidicola) - Quicuio da Amazônia
Características principais: É uma gramínea perene, de crescimento estolonífero bem vigoroso, demorando mais tempo para cobrir o solo do que as outras Brachiárias. Possui folhas mais estreitas e menores. Tende a ter coloração mais escura e quase ausência de pêlos. De um modo geral é tão produtiva quanto às outras Brachiárias e tem maior resistência à cigarrinha.
Profundidade de plantio: 1 a 2 cm
Adaptação: Adapta-se em solos de baixa fertilidade, cerrado, mas responde bem à adubação. Para baixadas encharcadas, dar preferência à Brachiária Humidícola. Quanto ao clima, comporta-se melhor nos mais quentes e úmidos.
Semeadura: Por ter crescimento inicial não tão rápido, há necessidade de um bom combate às ervas daninhas, através do preparo do solo. Deve-se semear no início do período das chuvas. Planta-se em linhas espaçadas de 30 a 60 cm, gastando-se de 8 a 10 kg, de sementes/ha Também- se propaga através de mudas ( estolões ).
Consorciação: É difícil obter-se uma boa consorciação.
Uso principal: pastoreio
Produção: 45 ton massa verde
Proteína bruta: 11 a 12%
2.3.5. Capim Coast cross (Cynodon dactylon (L.) Pers.)
Grama Paulista, também conhecida por grama de São Pedro, grama seda, etc...
Perene, rizomatosa, fortemente estolonífera, o que a torna muito agressiva (invasora em culturas anuais e perenes).
Multiplicação por sementes e mudas
Multiplicação vegetativa (mudas), muito empregado em nosso meio: utilização de mudas vigorosas e maduras, que devem ser plantas após a ocorrência de boas precipitações. 
Mudas em sulcos de 50 cm
1 ha de grama fornece mudas para se formar 10 hectares.
Gramas bermudas (Cynodon dactylon (L.) Pers.)
Processos de seleção, visando melhorar algumas características básicas da espécie.
Norte americanos obtiveram excelentes cultivares.
cv. suwannee bermuda
cv. coastal bermuda
cv. coast cross - é resultante do cruzamento de duas variedades de cynodon.
Produções de 16 toneladas de M.S./ha/ano.
Cultivares respondem bem a adubações e proporcionam fenos de excelentes qualidades, pois secam rápida e uniformemente.
2.3.6. Capim de Rhodes (Chloris gayana)
Características principais: É uma gramínea perene, de crescimento ereto e estolonífero. De porte médio e que proporciona uma boa cobertura do solo. Possui colmos finos e folhas estreitas e longas.
Profundidade de plantio: 0,5 a 1 cm
Adaptação: Adapta-se melhor em solos com boa fertilidade, não indo muito bem em solos pesados. Não tolera os úmidos ou mal drenados. Tolera geadas fracas.
Semeadura: No período da chuvas. Há necessidade de um bom preparo do solo e uma semeadura bem superficial, tomando-se o cuidado de não deixar as sementes expostas. Em semeadura gasta -se de 8 a 10 kg/ha, também se propaga por mudas.
Uso principal: É excelente para se fazer feno. Muito usada para eqüinos devido ao seu baixo teor de água
Produção: 50 ton de massa verde
Proteína: 10%
2.3.7. Capim Pangola (Digitaria decumbens, Stent)
Originário do Transvaal (África do Sul).
Introduzido no Brasil, na década de cinquenta, através de mudas.
Apresenta boa adaptação às nossas condições
Gramínea perene, de crescimento prostrado (rasteiro), que emite grande número de estolões finos e compridos.
Cresce rapidamente, chegando a atingir 80 cm de altura.
Alta relação folha/haste, ótima palatabilidade, alto valor nutritivo e boa digestibilidade.Não resiste a invernos rigorosos, apresenta pequena tolerância à seca e não tolera solos encharcados.
Vegeta bem em e qualquer tipo de solo, isto é, arenosos ou argilosos.
Produção de 30 a 40 toneladas de massa verde/ha/ano ou 8 toneladas de feno/ha/ano, em 3 a 4 cortes.
Pastejo rotacionado: período de descanso em torno de 30 a 35 dias.
Proteína bruta na matéria seca: 5% 
2.3.8. Capim Elefante (Pennisetum purpureum Schum.)
Gramínea perene, cespitosa, natural da África, que foi introduzida no Brasil por volta de 1920.
Excelente adaptação. Rústica, possui rizomas curtos e grossos, e crescendo livremente atinge 3 metros ou até mais de altura.
Relativa resistência à seca, frio e fogo. 
Exigente em fertilidade, e vegeta bem em solos enxutos até um pouco úmidos.
Variedades indicadas são aquelas que apresentam baixo percentual de florescimento, tardio, ausência de joçal e sejam macias e tenras.
Variedades: Cameroon, Vruckwona, Mineiro, Napier, Porto Rico e Taiwan (A144 e A148)
1908 – O pesquisador Napier divulgou uma variedade, que mais tarde recebeu seu nome.
Multiplicação por meio de mudas.
Capim com excelentes rendimentos por unidade de área, com alto valor nutritivo e boa palatabilidade.
Uma das forrageiras mais utilizadas nas explorações leiteiras.
Capim elefante pode ser utilizado como pastagem (gramíneas mais ricas em proteína) ou como capineira (verde fresco picado, silagem ou feno).
Produções de 100 toneladas por hectare ano.
Proteína bruta na matéria seca: 10-12%
Susceptibilidade ao ataque das cigarrinhas das pastagens.
CAPIM NAPIER
Atualmente é um dos capins mais usados no sistema de pastejo rotacionado, pois possui um alto rendimento por área, boa palatabilidade, alto valor nutritivo e vegeta bem em solos enxutos.
O plantio é feito através de mudas ( idade de 100 dias ) plantadas em sulcos de 15 cm de profundidade, cobertas com 3 cm de terras, distanciados 50 cm um do outro. 
Período de plantio: nas chuvas
Necessita de adubações adequadas a cada saída dos animais, responde muito bem a adubação orgânica.
Gasta-se em torno de 3-4 ton de mudas para formar l ha.
Com relação às pastagens, recomenda-se a divisão da área em parcelas de, no máximo, 5 ha cada uma e manejá-las em sistema de rodízio, ocupando-se por 3 a 7 dias e deixando descansar por 35 a 45 dias. Em outras palavras, os animais deverão entrar no pasto quando o capim estiver com 60-80 cm de altura e sair quando rebaixados até 30-40 cm. Esse manejo alto impede o desenvolvimento de plantas daninhas e favorece a rebrota.
2.3.9. Milheto (Pennisetum thiphoides)
Também conhecido como pasto italiano ou capim charuto.
É uma gramínea anual, alto porte, chegando até 5 metros de altura, e resistente à seca. Muito palatável com excelente valor nutritivo. Não tem problemas de toxidez durante todo o ciclo.
Utilização: Pastoreio, Silagem, Fenação e Grãos.
Solo: Adapta-se a qualquer tipo de solo, convenientemente adubado, mas com baixo teor de alumínio, evitar os solos muito úmidos.
Plantio: com semeadeiras , 15 kg/ha de semente, pode ser semeada a lanço (acrescentar mais 50% de semente).
Profundidade de plantio: 2 cm
Espaçamento: 0,5 a 1 metro entre linhas
Ciclo: 70 a 90 dias
OBSERVAÇÃO: Milheto forrageiro pode ser cortado até 5 vezes durante a estação da chuva, quando a planta atingir 80 cm a 1metro de altura, deixando a cerca de 10 cm do solo.
Em apenas um corte na floração pode atingir cerca de 75 ton/ha de massa verde.
Pode ser utilizado para pastejo direto, soltando o gado quando a planta estiver com altura de 80 cm e retirando - o quando estiver com 15 cm do solo.
Produção de grãos em condições de boa fertilidade do solo pode atingir a produção de 4000kg/ha.
Teor de proteína: 15 a 16%
�
1. SISTEMAS DE PASTEJO
Evolução da pecuária ( forma de manejar as pastagens tomou grande impulso tecnológico ( originando diferentes sistemas de pastejo.
Objetivos principais:
		- proporcionar ao gado alimentação mais regular e nutritiva durante o ano todo;
		- aumentar o rendimento forrageiro por unidade de área;
		- reduzir a degradação;
		- conservar a fertilidade do solo.
		
Regras do pastejo não devem ser rígidas
Variar conforme as condições ( dependerão diretamente do tipo de exploração e natureza da vegetação ( indiretamente, das condições de clima e solo.
Maior segurança da exploração ( qualquer sistema de pastejo deverá ter a “retaguarda” a suplementação de forragem para os períodos críticos (pastagens reservadas, capineiras, silagem, feno, etc..).
			
PRINCIPAIS SISTEMAS DE PASTEJO 
1.1. PASTEJO CONTÍNUO
Mais primitivo de todos ( muito utilizado entre nós, principalmente nas grandes criações extensivas. 
Caracterização:
( existência de apenas uma pastagem ( utilizada de forma contínua durante o ano todo e os anos consecutivos.
(A lotação é fixa (animais não saem da invernada para que haja um descanso (recuperação) da mesma. 
	
Desvantagens: 
(possibilita um pastejo seletivo (as plantas mais palatáveis desaparecem) e irregular;
(pior aproveitamento das forragens (macegas); 
(favorece a entrada de plantas invasoras, etc..
1.2. PASTEJO ALTERNADO
(Utilização alternada de apenas duas invernadas. 
(Enquanto uma está sendo ocupada a outra está descansando. 
(Primeira evolução do sistema contínuo.
1.3. PASTEJO PROTELADO OU DIFERIDO
Sistema mais adiantado (evoluído)
Protela-se, adia-se à ocupação de uma invernada em cada ano (, possibilitando à forrageira, condições de “sementear” ( garantindo a renovação ou reforma natural da pastagem. 
Enquanto uma das parcelas está vedada ( demais são utilizadas através de um pastejo rotativo comum. 
Após “sementeação” ( a parcela recebe novamente os animais 
Recomenda-se a divisão da área em 3 ou mais parcelas ( melhoria na vegetação ( maior capacidade de suporte. 
Protela-se o pastoreio a cada 3 ou mais anos ( reforma muitos custos.
Sistema protelado ( possui vantagens e desvantagens em seu emprego.
1.4. PASTEJO ROTATIVO
Pastejo rotativo ( também chamado vulgarmente de “rodízio”.
Utilizado há muitos anos.
Caracteriza-se pela utilização mais intensiva das pastagens. 
Número de parcelas é bem superior
Gado passa sucessivamente em cada uma até retornar à primeira.
Número de animais por unidade de área é maior e o tempo de ocupação mais curto (1 a 6 dias)
Descanso ( em torno de 35 dias “nas águas” ( 3 meses “na seca” a cada uma das parcelas. 
No início do descanso ( a brotação é lenta ( atingindo grande desenvolvimento cerca de 4 semanas após. 
Em nosso meio, nem sempre é possível cumprir, com vantagens, um calendário de rodízio pré-estabelecido. 
A observação diária é fundamental. 
Na maioria dos casos ( este sistema requer o emprego de roçadeiras, para eliminar as ervas e capins endurecidos, para tornar possível um crescimento homogêneo e equilibrado da pastagem.
Apoio de um suplemento para o período da seca ( poderá ser silagem, feno, capineira ou mesmo pasto de reserva.
1.5. PASTEJO ROTATIVO RACIONAl
Caracteriza-se por uma intensa rotação das parcelas ( obedecendo as exigências do animal e da planta. 
Número de parcelas é variável.
Gado separado em categorias (vacas com cria e em gestação, animais em crescimento e gado solteiro) ( ocupam sucessivamente cada parcela, por tempo limitado ( até que toda a forragem seja consumida sem prejuízo da rebrota. 
Parcelas deverão ter dimensão e rendimentos forrageiro iguais 
Equilíbrio da produção durante o ano ( conseguido através de adubação nitrogenada ( acelerar o crescimento do capim.
- número de piquetes necessários NP= PD + 1
 PO
Utilização da unidade U.A. (unidade animal) por ha ( mais exata que “cabeça por ha” ( cada unidade corresponde a um animal com cerca de450 quilos de peso vivo. 
Transformação em U.A. deverá obedecer o seguinte esquema:
			
	Vaca adultas .............................................................. 1,00 U.A.
	Machos e fêmeas de 3 a 4 anos ................................ 1,00 U.A.
	Machos e fêmeas de 2 a 3 anos ................................ 0,75 U.A.
	Machos e fêmeas de 1 a 2 anos ................................ 0,50 U.A.
	Machos e fêmeas de 0 a 1 ano .................................. 0,25 U.A.
	Reprodutores ............................................................. 1,25 U.A.
Considerando o gado leiteiro exigente em alimentos ricos em proteína e energia, planeja as divisões dos pastos com base na sua necessidade de nutrientes por um período de 24 horas. 
Raciocínio seria totalmente válido ( se não houvesse desperdício de forragem pelo pisoteio, seletividade, variação estacional de produção, sujidade pelas fezes, etc., 
No entanto, serve como guia para se estabelecer o rodízio e o tamanho das áreas. 
Pasto de boa qualidade, com altura variável de 30cm a 50 cm ( encerra em cada 100-120 m2, uma vaca com produção média de 10 a 12 quilos de leite por dia (época das águas). 
Fundamental ( tamanho e número de parcelas para que o rodízio se processe dentro das necessidades do animal e das plantas.
No inverno ( com escassez de chuvas e baixas temperaturas ( crescimento das forrageiras reduz a níveis significantes ( obrigatória a alimentação suplementar.
1.6. PASTEJO EM FAIXAS
Caracteriza-se pelo consumo diário de apenas em faixa do pasto.
É limitado somente do lado não pastado por uma cerca móvel, de preferência elétrica (1 fio). 
Cerca é deslocada diariamente ( colocando ao alcance do gado nova faixa de pasto, suficiente para o consumo diário previamente calculado.
ASPECTOS DA DIVISÃO DE PASTAGENS
Pastejo contínuo ( coexistem dois fenômenos antagônicos (super e sub-pastejo) ( acarretando em má utilização das forragens.
Conhecimentos do comportamentos e fisiologia das plantas forrageiras, associados aos hábitos dos bovinos ( demonstraram a necessidade de repouso periódico dos pastos.
Divisão das enormes pastagens, em parcelas de menores dimensões ( necessidade imprescindível para o sucesso de uma empresa pecuária. 
Não basta “simplesmente”, dividir o pasto ( mas sim, dividir “adequadamente” (criar as chamadas unidades de pastejo) ( que atendam às necessidades da forrageira e do animal. 
Forma do pasto ideal ( quadrada ou bem próximo e ela, seguindo-se da retangular ( sem grandes desproporções entre comprimento e largura. 
Evitar as disposições em “leque”. 
Pastos com até 10-12 ha apresentam inúmeras vantagens ( aguadas em distâncias menores dos pontos extremos, as condições gerais da pastagem são prontamente visualizadas, orientando no controle da velocidade de rotação necessária, os animais caminharão menos, reduzindo o desgaste físico, etc..
Forrageiras são capazes de rebrotar após corte ou pastejo ( através de reservas acumuladas principalmente nas raízes. 
Concentração dessas reservas de carboidratos, presentes no momento do corte ou pastejo e a quantidade de parte aérea (fotossintetizante) que permanece após cada corte ou pastejo, influem sensivelmente na velocidade e intensidade da rebrota.
Evitar o super-pastejo ou cortes muito baixos ( promover um período de descanso necessário e suficiente para uma boa recuperação das plantas. 
Recomendações de períodos de ocupação e descanso ( que deverão ser seguidas por ocasião do planejamento das divisões. 
Ocupação					Descanso
Colonião - 7 a 10 dias			Colonião - 45-40 dias
Napier - 3 a 07 dias		Napier - 35-45 dias
Gordura - 3 a 07 dias			Gordura - 35-45 dias
Demais - 3 a 07 dias			Demais - 30-35 dias
Lembrar que a prática da divisão de pastagens eleva sobremaneira os gastos com construção de cercas, distribuição de água, etc., 
Deverá ser planejada com o máximo cuidado
1.8. OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE MANEJO DE PASTAGEM
Mais importante que a formação ou introdução de novas forrageiras mais produtivas ( é a forma de utilizar, conduzir ou manejar.
Processo é complexo ( fatores relacionados ao CLIMA, PLANTA, SOLO e ANIMAL ( influem diretamente no manejo dos pastos.
Pecuaristas desconhecem ou ignoram a grande importância dessa prática ( resultando em sucessivos fracassos em seus empreendimentos pecuários. 
Manejo de pastagem ( influência sobre seu rendimento e duração (longevidade) ( se mal orientado ( promove total degradação com redução de sua produtividade.
Freqüência e altura de corte ( através de máquinas ou pela boca do animal ( dois aspectos importantíssimos do manejo de uma forrageira ( considerados fundamentais para o êxito de uma exploração. 
	Cortes baixos prejudicam sensivelmente as leguminosas e os capins cespitosos (colonião, elefante, jaraguá, gordura, etc.).
	Proporções menores aos capins estoloníferos e rizomatosos (pangola, estrela africana, quicuio, rhodes etc.).
 	Forrageiras de crescimento ereto têm seu meristema apical (crescimento) mais facilmente eliminado pelo pastejo que as plantas rasteiras ( irá comprometer a rebrota das mesmas, após o corte. 
	Problema pode ser contornado ( reduzir a freqüência de corte e elevando-se a altura do corte.
	Gramíneas estoloníferas e rizomatosas ( mais “resistentes ao pastejo” ( raramente os meristemas apicais são atingidos ( forrageiras mais indicadas para condições de manejo precário.
	Dentre os fatores bióticos ( o animal (pastejo) ( principal agente de degradação das pastagens.
	Forrageiras não apresentam uma resistência ao pastejo por si próprias ( resistência depende da freqüência com que seu meristema apical é eliminado.
	Preocupação com o manejo das pastagens é tão grande, que estabeleceu-se dois tipos de manejo: o inicial ou normal. 
	Manejo inicial ( esperar um perfeito estabelecimento das forrageiras para se colocar os animais ( porém, as pastagens que foram formadas com aração, gradagem, devem ser ocupadas o mais cedo possível (60 cm para colonião e elefante; 30 cm para o jaraguá, gordura e rhodes; 20-30 cm para o pangola, kikuyu, bermudas etc.), 
	Carga animal promoverá uma consolidação do terreno ( proporcionando maior intimidade entre a raiz e o solo ( além do efeito estimulante que a “poda” exerce sobre as gemas que darão origem a novos perfilhos.
	Para manejo normal ( algumas indicações de alturas de plantas.
	
GRAMÍNEAS
	 Altura do pasto (cm) 
 Entrada dos animais Saída dos animais
	Elefante
Colonião
Pangola e Jaraguá
Braquiárias
Gordura
	 80
60 - 80
25 - 30
30 - 40
25 - 30
	 40
30 - 40
10 - 15
15 - 20
10 - 15
	
Aspecto importante no manejo das pastagens ( ”carga animal” que será submetida. 
	Determinação da carga ideal para cada propriedade ( excessiva, provocará a degeneração da pastagem ( favorece a erosão e invasão de plantas indesejáveis. 
	Carga leve ( grandes desperdícios de forragem ( macegas ( roçadeira (início das águas).
	Distribuição de aguadas, saleiros e sombras pela pastagem ( condicionam o pastejo para uma boa utilização da forragem.
Formação de Pastagens 
INTRODUÇÃO
Brasil ( país com vasta extensão territorial ( clima privilegiado para o crescimento de plantas herbáceas ( condições excelentes para um bom desenvolvimento da pecuária.
Formação de boas pastagens ( assume real importância ( melhor opção para a alimentação do rebanho nacional ( alimento barato ( nutrientes necessários para um bom desempenho dos animais.
Mentalidade: reservar os piores terrenos para formação de pastagens.
Mentalidade atual ( pastagem tecnificada ( escolha das glebas e forrageiras, adubação, combate às pragas e plantas invasoras, bom manejo ( práticas adotadas por pecuaristas.Necessidade ( melhorar campos nativos, implantar pastagens artificiais ou cultivadas, de elevada produtividade.
Boa alimentação ( poderoso e preponderante fator no desempenho das raças especializadas.
Não se admite ( fornecer matéria prima de péssima qualidade e imprópria e ter por fim um produto de alta qualidade. 
Animal ( máquina de transformação e a forragem a matéria prima. 
Tal seja a matéria prima ( tal será o produto final ( precocidade, rendimento, qualidade ( performance do animal.
Elevado custo dos insumos, a grande valorização das terras, a necessidade de se conseguir altas produtividades a baixos custos ( fazem das pastagens um dos principais elementos de uma pecuária tecnicamente evoluída.
O Brasil já entrou na fase de aceitar as frases:
“PASTOS TAMBÉM É CULTURA”
E
“PASTAGENS É AGRICULTURA DE PASTOS”
IMPORTÂNCIA DAS PASTAGENS
Pastagem ( fração mais econômica da alimentação dos herbívoros ( produzida na própria fazenda ( não precisa ser colhida ( consumida diretamente pelos animais) .
 Custo de produção do pasto (índice 100) ( demais alimentos : capineira 130, feno 140-180, silagem 140-200 e grãos 300-350.
Pastagens tropicais ( mais produtivas que as de clima temperado ( devido a maior quantidade de energia luminosa e a própria fisiologia (capacidade fotossintética, etc.) das espécies forrageiras
Pastagens de boa qualidade ( fornece nutrientes para manutenção e produção de uma vaca de porte médio, produzindo em torno de 10 quilos de leite/dia.
�
 
�Escolha da Forrageira
Forrageiras adaptadas à região ( fundamental para o êxito da implantação de pastagens artificiais.
Características agronômicas das forrageiras (potencial produtivo, persistência e adaptação a fatores bióticos, climáticos e edáficos, hábitos de crescimento, etc.) ( somados à qualidade, infra-estrutura da propriedade e às condições de empresários ( orientar os técnicos e proprietários na escolha de novas forrageiras. 
Forrageira deve possuir as seguintes características:
 alta relação folha/haste;
 bom crescimento durante o ano todo;
 ser perene;
 facilidade em se estabelecer e dominar;
 produzir sementes férteis e de fácil colheita;
 boa palatabilidade;
 resistência às pragas e doenças;
 resistência a extremos climáticos;
 resistência ao fogo e abalos mecânicos;
 alto valor nutritivo.
Enorme gama de forrageiras ( infelizmente o pecuarista está a procura da forrageira “milagrosa”.
Forrageiras estão incluídas em duas importantíssimas famílias ( gramíneas e leguminosas.
Informações complementares sobre pastagens
Pastagens ( áreas cobertas por vegetação nativa ou plantas introduzidas e adaptadas ( utilizadas para o pastoreio dos animais. 
Naturais ( não houve alteração da vegetação original.
Artificiais ( espécies adaptadas e bom rendimento, introduzidas pelo homem.
Formação de pastagens ( sementes ou mudas ( desde que haja umidade e temperatura.
Formação de pastagens com cultura auxiliar (milho) ( apesar de prolongar o tempo para utilização ( diminuição dos custos de formação.
Prática para estabelecimento de uma pastagem ( compactação do solo após a semeadura. 
Precaução ( não manter pastagens de apenas uma gramínea ( devido às adversidades climáticas.
Capacidade de suporte ( condicionada pela inter-relação de diversos fatores, tais como manejo adotado, forrageira utilizada, fertilidade do solo, regime de chuvas, temperatura, etc.. 
Plantio criterioso ( 1) adequado número de plantas/ metro da pastagem ( 2) perfeita distribuição das sementes pelo terreno ( 3) calagem ( 4) adubação
Grande segredo ( não só melhorar o solo através de calagens e fertilizantes ( mas sim escolher forrageiras adaptadas àquelas condições de solo existente na propriedade. 
Antes de se formar uma pastagem ( indispensável considerar fatores como solo, clima e propósito (a que destina).
Solo
Determinante do bom desenvolvimento de uma forrageira. 
Propriedades químicas e físicas ( influem decisivamente no estabelecimento das pastagens.
Fertilidade do solo ( fator de maior importância para a obtenção de pastagens de altas produções. 
Práticas de manejo e conservação ( rotina em explorações pecuárias.
Cada espécie vegetal ( possui determinadas exigências quanto à fertilidade do solo. 
Forrageiras dividem-se em ( 1) plantas exigentes, 2) medianamente exigentes e 3) pouco exigentes em fertilidade do solo.
Exploração racional ( procura utilizar as plantas forrageiras mais produtivas para aquelas condições de solo ( aproveitando sua total potencialidade ( práticas de reposição de nutrientes devem ser feitas paralelamente ao uso do solo.
Características físicas do solo (textura, estrutura e profundidade ( importantes na escolha da planta forrageira.
Clima
Fator importante ( limitando a escolha das forrageiras para uma região
Clima ( considerar todos os seus componentes principais ( temperatura média e amplitude, a altitude, a latitude, a precipitação anual e sua distribuição).
Temperatura ( afeta na fisiologia, influindo na absorção e transportes de minerais. 
Espécies tropicais ( diferentes exigências em água ( plantas que requerem em grandes quantidades anuais ( outras conseguem vegetar onde é escassa.
Pastagem (cultura permanente) ( requer disponibilidade de água durante todo ano.
Influências da luz sobre os vegetais ( afeta a fotossíntese, a fixação de nitrogênio pelas leguminosas, o metabolismo das bactérias dos nódulos ( ocorrência mais difícil nos trópicos ( raramente há falta de radiação.
Propósito
Escolha de uma forrageira ( propósito a que ela se destina na propriedade.
Pastagem ( destinada a várias finalidades ( capineira, temporárias, fenação, ensilagem ou pastejo direto.
Carne, leite ou lã ( manejo e forrageira diferente.
 Forrageira ideal = impossível 
Preparo do solo
Responsável pelo sucesso no estabelecimento de pastagens. 
Relacionado por condições de clima e solo ( propiciar às sementes as melhores condições para germinação.
Importante no preparo do local ( erradicação de plantas invasoras (compromete o estabelecimento da pastagem) ( concorrência por nutrientes, água e luz.
Qualidade da Semente 
Importante para o estabelecimento de uma pastagem. 
Adquirir sementes de boa procedência ( contendo a porcentagem de pureza (P), a porcentagem de germinação (G) e o valor cultural 
 (VC=%P x %G). 
 100
Teor de pureza ( semente pode ser de baixa qualidade ( apresentando grandes quantidades de outros elementos ( glumas vazias, sementes silvestres, sementes de outras espécies, além de material inerte como pedras).
Teste de germinação ( importante na qualidade da semente ( realizado em data próxima a semeadura.
Boa formação de pastagem ( tempo de armazenamento das sementes e o tipo de ambiente em que foram estocadas.
Algumas forrageiras ( germinarão se passarem por em período de armazenamento ( dormência quebrada. 
 ADUBAÇÃO E CALAGEM DAS FORRAGEIRAS
 Análise do solo
Pecuarista ( deve ter idéia da situação do solo de sua propriedade em termos de fertilidade ( posteriormente deve pensar que quantidades de fertilizantes serão usadas numa pastagem,
Amostras de solo ( interpretação das condições do terreno ( amostras deverão reproduzir o mais próximo possível a situação real da gleba.
Varias amostras quantas forem as diversidades das áreas ( solos de coloração diferentes, locais de encosta, baixadas, etc. 
Durante muito tempo ( adubação de uma pastagem natural era inútil ( “o capim crescia sozinho” ( resultando o estado crítico da maior parte dos pastos.
Produções de leite, carne e lã ( condicionadas a alimentação adequada dos animais ( pastagens assumem grande importância por tratar-se do alimento mais barato disponível aos animais.
Forrageiras“respondem” a uma fertilização racional ( resultados podem ficar mascarados pela ocorrência de dois fatores:
1) Estado de degradação da pastagem ( pasto natural é constituído por uma associação de numerosas espécies . Essas espécies podem ser separadas em dois grupos:
( Espécies úteis: gramíneas e leguminosas forrageiras, muito produtivas e nutritivas mas também muito mais exigente;
( Espécies inúteis: invasoras, de pequena produção e pouco apreciadas pelos animais, mas em contrapartida, muito mais rústicas.
2) Mau manejo da pastagem ( sub ou super pastejo.
( Não se justifica reservar terrenos erodidos e empobrecidos para as explorações pecuárias ( pensar em recuperação, controle a erosão, calagem e adubações.
( Pecuaristas: conscientizando da necessidade de corrigir a acidez e a fertilidade de suas pastagens e capineiras.
CALAGEM
Calcário ( sucesso de sua aplicação está condicionado ao sistema de aplicação.
Sistemas de aplicação de calcário:
1º) Metade da dose total, aração, gradagem, aplicação da metade restante e nova gradagem.
2º) Quantidade total, aração e 2 gradagens.
Aplicação do calcário ( mínimo 30 dias antes da adubação de plantio ou do próprio plantio.
Pastagens já formadas ( aplicação 60 a 90 dias antes da adubação.
ADUBAÇÃO
Forrageiras necessitam de fósforo, nitrogênio, potássio, enxofre, cálcio e magnésio.
Fósforo - fundamental desde os primeiros dias da planta ( favorece o desenvolvimento do sistema radicular e o perfilhamento das forrageiras.
Favorece todos os fenômenos referentes à fecundação e frutificação.
Fósforo ( qualidade por excelência ( nitrogênio = quantidade. 
Maior parte dos solos brasileiros ( pobres em fósforo ( sua disponibilidade está intimamente relacionada à acidez do solo ( pH baixo ( insolúvel ( indisponível às forrageiras.
Fósforo desempenha um papel importante no crescimento e no estado de saúde do gado.
Doenças ósseas dos animais e a esterilidade das fêmeas estão intimamente relacionadas à absorção insuficiente de fósforo pelo animal. 
Tem grande importância na formação dos ossos.
Indispensável aos animais novos (evitar o raquitismo.
Nitrogênio ( papel decisivo nos fenômenos vitais da planta. 
Parte integrante da matéria viva, sendo encontrado no protoplasma das células.
Combinado com outros elementos fundamentais, sob a forma de substâncias orgânicas nitrogenadas (proteínas). 	 Faz parte da clorofila, que condiciona o processo fundamental da fotossíntese. 
Promove rápido crescimento das forrageiras.
Responsável pelas elevadas produções das forrageiras.
Encontrado em abundância na atmosfera ( fixado no solo ( através das bactérias que vivem em simbiose com as leguminosas.
Adubações nitrogenadas ( somente serão econômicas, quando é feito um bom manejo dos pastos. 
Adubação nitrogenada de pastagens ( planejada com o máximo critério possível.
Época indicada para adubação nitrogenada:
( fim das águas: visando prolongar o período de pastejo
( durante as águas: aproveitar o máximo de produção ( armazenar forragem (silagem ou feno)
Nitrogênio ( empregado após a restauração do solo em fósforo, potássio, enxofre e cálcio.
Potássio - encontrado na planta sob forma de sais de diversos ácidos minerais e orgânicos.
Regulador das funções da planta, razão pela qual encontra-se mais presente nos tecidos jovens, em pleno crescimento.
Intervém na fotossíntese, favorecendo não só a síntese de carboidratos, como também sua migração e acumulação em órgão de reserva. 
Formação de proteínas ( colabora com que a adubação nitrogenada tenha uma eficácia satisfatória. 
Potássio diminui a transpiração da planta ( proporcionando economia da água dos tecidos, maior resistência à seca e melhor utilização da água das chuvas ou regas. 
Favorece juntamente com o fósforo, o desenvolvimento das raízes ( aumentando a rigidez dos tecidos.
Formação de pastagens ( potássio deverá ser aplicado juntamente com o adubo nitrogenado.
Enxofre -considerado um macroelemento secundário.
Resultados experimentais ( demonstraram que limitou o crescimento inicial do capim ( perdendo para o fósforo e nitrogênio.
PLANTAS FORRAGEIRAS
Fatores que influem na escolha da planta forrageira para uma região 
Mistura de forrageiras
Como tem sido intensamente demonstrado por estudiosos no assunto, as gramíneas tropicais possuem uma estacionalidade de produção bastante marcada e não só a produção como também a qualidade e palatabilidade de qualquer forrageira mudam durante o ano. Há então a necessidade de se empregar mais de uma forrageira no mesmo local para que, quando uma delas se apresente de baixa qualidade, a outra resulte numa melhor escolha por parte dos animais.
Surge dessa forma o famoso binômio “gramínea-leguminosa” que, se mais aceito e melhor utilizado, poderia ser de grande valor aos pecuaristas do País.
Mas, para isso é preciso que se associe a leguminosa certa com a gramínea certa para aquela determinada condições adafo-climático (Solo e clima ) e de manejo, tendo o critério para escolha das espécies sido já relatado em capítulo anterior.
Apesar da consociação gramínea-leguminosa resultar numa maior disponibilidade de forragem durante o ano, numa melhor qualidade da mesma, em termos de proteína e no fato das leguminosas fornecerem nitrogênio continuamente ao crescimento das gramíneas, o manejo de um pasto assim formado torna-se bem mais complicado visto que qualquer erro poderá favorecer esta ou aquela espécie em detrimento da outra. Assim, o que se tem aconselhado é tomar várias misturas de capim-leguminosa para uma mesma propriedade.
Época de implantação
A época escolhida para a formação de uma pastagem é de vital importância em seu posterior estabelecimento.
Para a região sudeste do país sabe-se que o período de água e altas temperaturas são os mais indicados para a semeadura de espécie tropicais. As gramíneas quando em exclusividade podem ser semeadas em setembro-outubro enquanto que para pastos mistos de gramíneas-leguminosas, o período de janeiro-fevereiro tem sido preferido para formação de pastagem, visto que tal época favoreceria um pouco mais as leguminosas que possuem crescimento inicial bastante lento sendo facilmente dominadas pelas gramíneas.
Para formação de pastos provisórios de inverno, época de semeadura deve ser tal que a maior produção esteja onde haja maior carência de espécies tropicais. Diante do exposto, nota-se que a época para a formação de uma pastagem é de grande importância no seu estabelecimento, mas que deve ser adequada para cada caso em questão.
O método de semeadura usado é um fator que determina tanto uma economia de sementes como uma boa população e disposição de plantas no terreno.
O principal propósito da semeadura é distribuir igualmente as sementes no solo ao mesmo tempo que proporciona às mesmas condições para a germinação e emergência.
O uso de máquinas semeadeiras tem sido de grande valor para formação de bons prados pois, além de colocarem as sementes em linhas, juntam às mesmas o adubo para imediata utilização.
Com respeito a esse assunto, o mercado nacional dispõe atualmente de diferentes máquinas apropriadas para os mais diversos fins e condições.
Tipo de manejo
Um dos muitos casos de insucesso no estabelecimento de uma pastagem exclusiva ou mista é o fato de que as mesmas tenham sido pastoreadas erradamente. O pastejo inicial é bastante importante e determina em grande parte o futuro da população de plantas no terreno.
Os primeiros pastejos após a semeadura servem para dar o equilíbrio às espécies presentes na pastagem. O propósito principal nos pastejos iniciais é a redução do sombreamento causado pelas gramíneas sobre as leguminosas tropicais que possuem crescimento bastante mais lento que as primeiras. Caso o sombreamento não seja corrigido à tempo, ocorrerá a diminuição drástica da população de leguminosas no pasto,o que acarretará, com o passar dos anos, um declínio mais precoce das gramíneas que não disporão do nitrogênio fornecido pelas leguminosas. Geralmente as lotações usadas em pastejo de formação são bem maiores que o normalmente empregado, isto, sempre com o intuito de fornecer às leguminosas condições de concorrer com as gramíneas e de concretizarem assim sua população efetiva no campo.
A divisão da área total em pastos menores é uma prática altamente vantajosa pois possibilita maior utilização das forrageiras ao mesmo tempo em que dá melhor distribuição das dejeções no campo.
Em pastejos posteriores aos de formação, é importante levar, é importante levar em conta o hábito de pastejo das espécies que se alimentarão daquelas forrageiras.
Na verdade, a escolha das forrageiras deve ser realizada tendo em vista também os animais que irão ser criados pois, de acordo com o hábito destes, as forrageiras reagirão diferentemente à ação da boca.
O importante em todos os tipos de pastejos é sempre respeitar a morfologia das plantas presentes, para que o estabelecimento das mesmas não seja comprometido.
Dentre os dois principais de pastoreiro, o contínuo é recomendado quando se trata de forrageiras de altas produções e que perdem grande parte de sua qualidade, como aceitabilidade e valor nutritivo, com a maturação, enquanto que o pastoreiro rotativo é empregado principalmente em pastos de forrageiras que mantêm boa palatabilidade mesmo em estádios de desenvolvimento avançado. A colocação de um grande número de animais numa área relativamente pequena possibilita a preensão igualada de toda forragem disponível. Correntemente, em nosso meio, é aconselhado o uso de gramíneas rasteiras para atividades mais extensivas em vista da facilidade que as mesmas oferecem com relação ao manejo, enquanto que as gramíneas de altas produções são reservadas para uma utilização mais intensivas onde se pode controlar com mais cuidado a altura e o tempo de pastejo.
Tais cuidados, associados a um controle de plantas invasoras e pragas, determinarão o bom estabelecimento e manutenção da população das forrageiras no campo.
Adubação das pastagens
A fertilização em pastagens visando corrigir ou melhorar teores de elementos como nitrogênio, fósforo e potássio nos solos é uma questão bastante delicada e às vezes controvertida. Esse fato é devido à grande diversidade de forrageiras existentes que diferem sobremaneira entre si, não permitindo que somente uma recomendação geral seja válida para qualquer espécie. Outra causa é a grande variação no manejo utilizado em cada propriedade que tende a modificar os teores dos elementos no solo. Há ainda o próprio fator solo que determina diferentes disponibilidade dos elementos, necessitando uma atenção também especial.
a) Adubação nitrogenada
Recomendada para pastagens exclusivas de gramíneas e de grande valia para as que possuem elevada produção de massa verde, como é o caso do colonião, capim elefante, sempre-verde, braquiárias, setárias, etc.
O nitrogênio é continuamente perdido nos solos principalmente por lavagem e, assim sendo, é necessário que seja reposto para que seu nível não se torne limitante ao desenvolvimento das plantas.
No caso em questão e de modo bastante geral pode-se estimar a quantidade de N a ser aplicada pelo teor de matéria orgânica ou de carbono. Quando esse teor for baixo, a quantidade geralmente recomendada é de 100 kg de sulfato de amônia ou quantidade correspondente de outros adubos nitrogenados por hectare.
Outro método é estimar-se a quantidade de nitrogênio pelo teor de fósforo presente.
A verdade é que, embora bastante abordado, o problema do nitrogênio, apesar de antigo, ainda não foi solucionado pelos especialistas no assuntos em nosso país.
Assim, as quantidades aplicadas têm sido calculadas com base na produtividade das culturas.
A melhor época para aplicação da parcela principal do fertilizante nitrogenado é dada como sendo no fim das chuvas de modo a proporcionar maior produção de inverno. Entretanto, tal recomendação é bastante geral e pode mudar complementarão segundo o tipo de pastagem usada (permanente ou de inverno), segundo o propósito desejado, etc.
Para o caso de pastagens associadas com leguminosas, não se recomenda adubação nitrogenada visto que as mesmas em condições normais sem outras limitações nutricionais devam fornecer às gramíneas o nitrogênio fixado por via biológica. O nitrogênio deve ser sempre parcelado, dividindo-se a dose total recomendada em 3 ou 4 aplicações pois, devido a sua fácil lixiviação, se torna antieconômica e de pouco aproveitamento pelas plantas a aplicação total em uma só vez.
Em resumo, os dados da pesquisa a respeito dos critérios a serem adotados para a fertilização nitrogenada são controvertidos pois alguns especialistas se baseiam no teor de M.O. para a recomendação, enquanto que outros usam os teores de P no solo e outros ainda não utilizam a análise de solo como fator indicativo para recomendação de nitrogênio mas sim ensaios regionais com determinadas culturas.
b) Adubação fosfatada
A aplicação de fósforo no solo é de suma importância no estabelecimento de pastagem exclusivas e associadas (gramíneas-leguminosas).
Após, o estabelecimento, a resposta ao fósforo é bastante pequena em pastagens exclusivas de gramíneas, no entanto, deve-se fazer uma adubação de manutenção de modo que a falta do fósforo não limite a resposta do capim ao nitrogênio. Por outro lado, em pastos associados de gramíneas, a fertilização fosfatada anual ou bianual é de grande valor para a fixação do nitrogênio atmosférico.
Na formação, a quantidade total deve ser aplicada juntamente com a gradagem que antecede a semeadura ou juntamente com as sementes, como é recomendado para o supersimples e o hiperfosfato.
Para pastos já formados, é necessário proceder-se ao rebaixamento dos mesmos e à aplicação do fertilizante sobre o terreno, na época das águas, soltando-se os animais somente quando o adubo desaparecer da superfície das folhas,
O superfosfato simples é bastante utilizado, pois contém cerca de 23% de enxofre, elemento de importância para a transformação do nitrogênio em proteína e para a fixação biológica do nitrogênio atmosférico.
Nos casos de altas dosagens, o fósforo pode ser aplicado dividindo-se o total por dois e usando parte em forma de fosfatados naturais, principalmente quando o solo for ácido e/ou orgânico.
c) Adubação potássica
O potássio perde-se no solo principalmente pelas colheitas retiradas da terra mas parte também é perdida em função da lixiviação. Assim, atividades como a fenação. Assim, atividades como fenação, tendem a diminuir drasticamente o teor de potássio no solo, sendo necessário um cuidado especial em se processar a reposição desse elemento periodicamente. Por outro lado, o elemento é bastante recirculado nas pastagens, através das fezes e da urina dos animais. Em geral seus teores são aceitáveis nos solos do Estado de São Paulo.
O potássio, quando presente em níveis baixos, pode acarretar mau desenvolvimento das forrageiras, prejudicando as leguminosas tanto em crescimento quanto em fixação no nitrogênio e diminuindo a produção das gramíneas.
O adubo potássico, quando requerido em grandes quantidades, pode prejudicar as forrageiras, sendo então recomendada sua aplicação juntamente com a adubação fosfatada ou nitrogenada (no caso de pastos exclusivos de gramíneas) na época da formação, ou em cobertura na época das águas ou ainda junto com o nitrogênio em fins das chuvas.
Na verdade, os critérios indicados aqui para a correção ou melhoria dos teores dos elementos no solo são bastante gerais e assim devem ser encarados.
d) Adubação com micronutrientes
1. Molibdênio - é o micronutriente mais importante para leguminosas forrageiras devido à fixação do nitrogênio pelas bactérias dos nódulos.
Muitas vezes o molibdênio presente no solo, apesar de preencher as necessidades das plantas, é deficiente no processoda fixação biológica do nitrogênio atmosférico.
Para pastagens exclusivas de gramíneas, não é de se esperar um aumento muito significativo de produção com a incorporação de micronutrientes a não ser que grandes doses de nitrogênio (principalmente) aplicadas causem deficiências nítidas de um ou mais micronutrientes.
Como a disponibilidade de molibdênio aumenta com a elevação do pH, é possível que, com calagem, os teores desse elemento presentes no solo passem a ser suficientes tanto para as bactérias como para as plantas.
2. Boro - constitui também um importante elemento para as leguminosas, por influir no tamanho e número de nódulos e no crescimento das raízes das plantas.
3. Zinco - é de vital importância principalmente em solos de cerrado que têm como regra geral grandes deficiências deste elemento. É responsável principalmente pelo crescimento dos nódulos.
Além dos micronutrientes citados, outros há, que têm menor importância para forrageiras: cobre (fixação de nitrogênio); ferro (leg-hemoglobina); manganês (produção de clorofila); cloro (crescimento das plantas); cobalto (fixação de nitrogênio pelo Rhizobium.
Provavelmente, o único micronutriente a ter sua aplicação aconselhada no campo é o molibdênio, devido à sua importância para pastagens mistas de gramíneas e leguminosas. 
Exceção se faz ao zinco que em solos de cerrado é sempre recomendado para uma melhor nodulação e também pelo fato de as gramíneas responderem a esse micronutriente nessas condições.
FOLHETO CNPGC INFORMA
 Bibliografia citada: Embrapa - Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte - V.9, nº 3, setembro 1996
É HORA DE PREPARAR O SOLO PARA FORMAR PASTOS
Para se obter êxito na formação de uma pastagem, vários itens devem ser levados em conta, e a época de se iniciar os trabalhos é um deles. Em geral a melhor é setembro.
Alguns procedimentos devem ser adotados corretamente, como:
	- preparo adequado do solo;
	- escolha das espécies forrageiras mais indicadas;
	- uso de sementes de qualidade;
	- plantio correto (profundidade, espaçamento e época certa) 	
	- manejo de formação no tempo e na intensidade mais indicados.
O preparo e a conservação do solo são etapas importantes para um bom estabelecimento, formação e longevidade da pastagem.
A amostra do solo a ser analisada deve representar bem a área. Recomenda-se que as retiradas sejam feitas em profundidades variando entre 0 e 20 cm e que as manchas de solo, formigueiros e os aceiros sejam evitados.
De posse do resultado da análise, proceder a correção adequadamente, antes do plantio. A acidez é um dos problemas comuns que os solos apresentam. As forrageias tropicais, em geral são adaptadas a este tipo de solo. Entre elas podemos citar: os coloniões, as braquiárias decumbens e brizantha e os capins tanzânia e andropógon. Porém, em alguns casos a aplicação de calcário se faz necessária para suprir os baixos teores de cálcio e magnésio. Observar nesta fase, a necessidade de se construir terraços de nível pois estas medidas evitam a erosão e protegem o solo.
O Centro recomenda diversificar, ou seja, plantar mais de uma espécie de gramíneas com diferentes características segundo adaptação ao solo, rápida formação, boa cobertura, susceptibilidade a pragas, secas etc.
Se necessário, fazer adubações no plantio e de manutenção, que garantam boa cobertura vegetal ao longo do tempo.
Qualquer que seja a forrageira escolhida, as sementes devem ser de boa qualidade e procedência com garantia de pureza e germinação.
A quantidade certa de semente lançada uniformemente ao solo, mais o trabalho de cobertura com grade leve e compactador, garantirá uma germinação e estabelecimento rápido da forrageira.
A época mais indicada para o plantio é no início das águas, entre os meses de novembro e fevereiro.
MANEJANDO AS PASTAGENS
A pastagem em formação deve ser bem manejada para não colocar em risco o empreendimento e isso se faz controlando sua utilização na fase inicial. A recomendação é de se colocar animais na área após dois meses do plantio, o suficiente para num curto período rebaixar o pasto e provocar um rápido perfilhamento e cobertura do solo.
Algumas espécies são mais produtivas que outras, suportando, assim, mais cabeças sem comprometer a forragem. Basear-se no estado da vegetação, principalmente na sua altura e densidade de folhas.
O produtor que investe numa formação de pasto espera não ter problemas por pelo menos 7 anos. Mas, deve estar atento para seu uso. O segredo estar atento para seu uso. O segredo está no manejo correto, notadamente no que se refere ao número de animais pastejando na área.
Os detalhes de cada um dos itens citados no início da matéria são variáveis para cada condição e só podem ser fornecidos por um especialista na área com conhecimento da propriedade e das condições do produtor. Sugerimos que os interessados entrem em contato com os órgãos especializados de sua região.
PASTAGENS CONSORCIADAS
A quase totalidade das pastagens brasileiras é formada exclusivamente por gramíneas, vegetais que além de produzir folhagem em abundância, possuem um vaso sistema radicular ávido por nutrientes, principalmente pelo nitrogênio. 
Entretanto, essas produções somente são verificadas na estação das águas, sendo que na seca, o capim paralisa seu crescimento, torna-se fibroso e pouco protéico. 
Um dos fatores que provocam esse fenômeno, é a ausência de umidade no solo, impedindo que os elementos nutritivos se movimentem e sejam aproveitados pelas raízes do capim. 
Por outro lado, se a gramínea é consorciada a uma leguminosa, o problema mencionado acima não é observado com grande intensidade pois, possuindo um sistema radicular do tipo pivotante, que atinge profundidades bem superiores às alcançadas pelas raízes das gramíneas, “buscam” a umidade das camadas inferiores, conservando-se verde por um período mais longo. 
Não bastasse essa qualidade, as leguminosas proporcionam ainda muitas outras vantagens, como por exemplo: a fixação de nitrogênio em doses significativas, através da simbiose bactéria x leguminosa; a maior retenção de umidade no solo, proporcionado pela camada de matéria orgânica superficial oriunda da queda de suas folhas; o auxílio contra a entrada de plantas invasoras; o enriquecimento nutritivo (proteína) da massa verde a ser pastada, etc..
Os principais resultados obtidos com pastagem consorciadas, bem formadas e bem conduzidas ( difícil) poderão ser assim resumidos:
reduzem a necessidade de alimentação suplementar na seca;
reduzem a perda de peso vivo;
elevam o índice de fertilidade do rebanho;
melhoram o estado sanitário do rebanho;
aumenta a produtividade da gramínea, pois a presença da leguminosa eqüivale a uma adubação nitrogenada.
Enfim, a gramínea entra com o fator quantidade e a leguminosa com o fator qualidade.
As leguminosas e as gramíneas poderão ser plantadas simultaneamente, ou separadamente, com a introdução de leguminosas em pastagens de gramíneas já formadas. Neste caso, recomenda-se rebaixar a gramínea ao máximo, e semear de 5 a 10 quilos de semente da leguminosa, de preferência durante a época das águas, com posterior passagem de uma grade de disco. Adubações fosfatadas
� nunca deverão ser esquecidas quando se pensa em leguminosas.
Alguns autores recomendam inúmeras consorciações, como por exemplo:
 soja perene - com colonião, green panic, setária, elefante e gordura;
 siratro - com colonião, green panic, setária e rhodes;
 centrosema - com elefante, gordura e angola;
 stylosanthes - com rhodes e gramíneas do gênero Paspalum;
 galactia - com colonião, setária e gramíneas do gênero Paspalum;
 desmodium - principalmente com gramíneas do gênero Paspalum;
 cornichão - com grama comprida, capim doce e pensacola;
Leguminosas somente passam a contribuir efetivamente na fixação do nitrogênio, quando participam com 40% da matéria seca produzida.
Considerando-se o potencial produtivodas leguminosas e sua estrutura foliar, pode-se afirmar que, para produzir 40% da matéria seca, elas teriam que participar com mais de 60% da cobertura vegetal.
Em se tratando de forrageiras tropicais, consorciações desse tipo são difíceis de serem mantidas, sem que haja prejuízo na produção da pastagem, pois são plantas de fisiologia diferentes e o manejo do pasto é orientado, na maioria dos casos, em função da forrageira de maior produção, isto é, a gramínea. O problema se agrava à medida que o capim é mais agressivo.
Método Cati de formação de pastagens.
Capim colonião (grande porte, formação por semente e boas condições ecológicas) e como leguminosa a soja perene ou o siratro. 
Definição - é o estabelecimento de uma cultura de gramínea + leguminosa, através de plantio mecânico.
Técnica de plantio
Para a implantação de pastagens pelo Método CATI, recomenda-se seguir as 3 etapas preconizadas por ocasião de sua criação, ou seja, prática relativas: ao solo, à planta e ao manejo do pasto.
- Práticas relativas ao solo - levantamento de todas as informações sobre solo, como identificação do grande grupo, fertilidade, declividade, estado atual de erosão, uso atual e capacidade de uso.
O cronograma de execução das práticas desta etapa deverá ser:
coleta de amostra de terra para análise química;
locação e construção de terraços, para controle da erosão;
aração - aplicação do calcário (se necessário);
gradagem pré-plantio;
Práticas relativas à planta - nesta etapa estão incluídas as seguintes providências;
combate à formiga cortadeira (o ano todo com ênfase no período da seca);
escolha da leguminosa (baseada nos comportamentos na região);
determinação das quantidades de sementes a serem empregadas. Nessa análise são determinadas a porcentagem de germinação (% G), a porcentagem de pureza (%P) e a porcentagem de valor cultural.
%V.C = %G x % P
 100
Recomenda-se escarificar as sementes da soja perene.
As quantidades de sementes a serem aplicadas são determinadas com base no valor cultural, através das fórmulas:
Colonião (kg/ha) = 160
 V.C.
Leguminosa (kg/ha) = 210
 V.C.
Plantio mecânico, com a utilização de máquinas que adubam e semeiam simultaneamente.
Neste método de plantio, é fundamental proceder a uma boa compactação das sementes.
Praticas relativas ao manejo do pasto - o manejo recomendado do Método CATI é dividido em:
manejo de formação - quando o colonião atingir aproximadamente 60 cm de altura (50 a 70 dias após a germinação) iniciar o primeiro pastejo, com alta lotação, para um rebaixamento rápido até 20 cm de altura. Esse “corte” forçará o perfilhamento do capim, aumentando a cobertura do terreno.
 manejo normal - colocar o gado quando o colonião estiver com 60 a 80 cm de altura, rebaixando-o até 30-40 cm aproximadamente. Utilizar sempre alta lotação, de maneira a consumir o capim rapidamente, evitando o aparecimento de “macegas”. Recomenda-se ainda, observar constantemente o comportamento do pasto, para decidir sobre a aplicação de enxofre, potássio e microelementos. 
Outras consorciações
O sistema de plantio empregado para o Método CATI, também poderá ser utilizado para outras gramíneas e leguminosas. A mistura de sementes de gramíneas e leguminosas, com o superfosfatado simples e posterior semeadura mecânica, provou ser de grande eficiência para inúmeras forrageiras.
Existem pastagens de setária + siratro, green panic + siratro, gordura + soja perene etc., plantadas através deste sistema, cujos resultados foram excelentes quando comparados ao sistema tradicional.
Regras básicas para formação de pastagens consorciadas
10 regras básicas que na medida do possível, deverão ser seguidas para se obter uma boa formação de pastagens consorciadas.
01 - Quanto melhor for o preparo do solo, melhor será o resultado da formação das pastagens.
02 - A melhor época de plantio é o início das águas.
03 - A profundidade de plantio das sementes deve ser mínima, pois as forrageiras têm sementes muito pequenas.
04 - O espaçamento entrelinhas deve ser o menor possível.
05 - Quando o plantio é feito a lanço, deve-se aumentar a quantidade de sementes recomendadas por hectare.
06 - O uso de um rolo compactador (de pneus velhos, de ferro, de madeira) melhora consideravelmente o plantio, principalmente em solos de textura leve e/ou que ficaram muito pulverizados após o preparo.
07 - Usar sementes de qualidade, com germinação, pureza e valor cultural garantidos.
08 - Inocular e peletizar adequadamente as sementes de leguminosas.
09 - Corrigir e adubar os solos, seguindo sempre o resultado da análise. O fósforo aumenta tremendamente o potencial de produção das pastagens, principalmente das leguminosas.
10 - Para conseguir melhorar uma pastagem de capim é preciso usar adubos fosfatados, leguminosas e MUITO MANEJO.
 INOCULAÇÃO DAS LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS
É o processo pelo qual coloca-se o inoculante (bactéria) específico de uma determinada leguminosa, em contato íntimo com as sementes dessa mesma leguminosa, visando favorecer as nodulações ativas (fixadoras de nitrogênio) nas raízes dessa leguminosa. Ela é fundamental quando os solos são pobres em matéria orgânica ou em solos de cerrados.
Algumas leguminosas possuem especificidade com relação ao inoculante, isto é, só “nodulam” na presença de uma determinada bactéria, porém um grande número delas “aceita” a simbiose (ajuda mútua) com as bactérias que compõem o inoculante do chamado grupo I ou cowpea.
Técnica de inoculação 
a) Misturar bem o conteúdo de um pacote de inoculante (pó preto) em meio copo de água (cerca de 50 ml), até formar uma lama preta;
Misturar “separadamente” um pacote de adesivo (pó branco) em 2 copos de água (cerca de 250 ml). 
Juntar as duas misturas (adesivos + inoculante) e misturar até ficar bem homogênea. Despejar essa mistura sobre as sementes, utilizando-se para isso uma bacia ou plástico, de preferência à sombra;
d) Depois que as sementes estiverem uniformemente molhadas, juntar o hiperfosfato e misturar bem até que todas as sementes fiquem totalmente recoberta pelo adubo;
e) Estender as sementes preparadas sobre um encerado ou plástico, na sombra e bem ventiladas, até secarem;
f) Se houver excesso de pó, passar numa peneira para retirá-lo.
As sementes assim preparadas poderão aguardar até uma semana para serem plantadas. Antes do plantio, misturá-las às sementes das gramíneas nas proporções calculadas anteriormente, para serem semeadas simultaneamente.
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ENSILAGEM
INTRODUÇÃO:
É fato conhecido de todos os pecuaristas o efeito do período das "secas" sobre a produção de leite e carne na fazenda, o qual pode ser dividido em vários itens:
a) aumento da mortalidade do rebanho
b) diminuição da fertilidade
c) predisposição às doenças
d) quebra na produção de leite
e) perda de peso
Ao mesmo tempo, perde-se durante a estação das águas, uma quantidade de alimentos (capineiras e pastos) que seria suficiente para alimentar o gado no período de falta de alimentos. Uma das soluções é armazenar essas forragens através da ensilagem.
A ensilagem é de valor inestimável, principalmente para os criadores de gado leiteiro, cujos rebanhos têm potencialidade para responder melhor a um trato adequado na seca e portanto devem ser adotadas com a segurança de um grande êxito financeiro.
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS NA CONSTRUÇÃO DE SILOS
a - silo trincheira
* observar os ângulos de inclinação de talude, recomendados para dispensar escoramento.
* utiliza somente ferramentas adequadas, em boas condições de uso e bem conservadas.
b - silos subterrâneos 
* cuidado com desmoronamento e presença de gases
* escolher local firme e seco
*durante a perfuração, deixar uma ligeira inclinação, e se necessário usar escoramentos.* procure deixar uma escada próxima, para saída do pessoal
c- silos aéreos ou meia encosta 
MEDIDAS DE ORDEM GERAL
Utilizar ferramentas adequadas e equipamentos de proteção, escolher terrenos firmes e secos, nunca deixe ferramentas espalhadas ou jogadas de qualquer forma no galpão e manter as ferramentas longe de crianças.
CUIDADOS COM AS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
-Prevenção de riscos de acidentes:
- manter as picadeiras e ensiladeiras em locais apropriados
- atenção no manuseio das máquinas
- mantenha a forragem perto das máquinas na hora de ensilar
- desligar imediatamente a máquina se notar algum problema
- manter a fiação protegida das máquinas
- toda manutenção das máquinas deverão ser feitas com elas desligadas
- utilizar vestimentas adequadas na hora do trabalho
- tomar cuidados na hora da operação
- máquinas devem ter proteção , de forma que impeçam a introdução da mão durante a operação.
DEFINIÇÃO DE SILAGEM, SILOS, ENSILAGEM E FERMENTAÇÃO
SILAGEM - consiste na conservação de vegetais em depósitos próprios, conservando-lhes as principais características nutricionais para a alimentação animal, após sofrer processo de fermentação.
SILOS - É o nome dado ao local onde se prepara e armazena a silagem.
ENSILAGEM - Processo de cortar a forragem, colocá-la no silo, compactá-la e protegê-la com a vedação do silo para que haja a fermentação. 
FERMENTAÇÃO - É a transformação química que permite a preservação da forragem macia e suculenta por muito tempo, sob o efeito de vários tipos de fermentação, tais como:
 
* Fermentação lática - é provocada pelas bactérias da própria forragem, produzindo grandes quantidades de ácidos láticos ( desejável );
* Fermentação acética - é provocada por bacilos acéticos e, em alguns casos, por bacilos láticos, neste caso o valor nutritivo e o paladar da silagem é alterado ( indesejável)
* Fermentação butírica - é provocada por bacilos esporulados aeróbios. Essa fermentação é provocada por impurezas e poeira ( indesejável )
* Fermentação proteolítica - neste caso as proteínas são atacadas, podendo inutilizar a silagem ( putrefação ) 
OBS: O processo de fermentação não melhora a qualidade da planta. Quanto melhor a fermentação, mais a silagem se aproxima do valor nutritivo da planta original.
 
VANTAGENS DA SILAGEM
- alimento no seu maior estágio de valor nutritivo
- forragem em qualquer época do ano independente das condições climáticas
- permite maior rapidez na rotação de culturas
- baixos investimentos com instalações
- aumenta o consumo dos animais, devido a alta digestibilidade
- pode ser fornecido ao gado o ano todo
- maior n( de animais por área
- diminui consumo de concentrados
- manutenção de maior valor nutritivo do que outras formas de conservação
PRODUÇÃO DE SILAGEM
COLHEITA ( manual, com maior mais mão de obra ou mecânica, com maior rapidez e menor mão de obra.)
Recomenda-se cortar a forragem no campo
FRAGMENTAÇÃO OU CORTE - picar o material em pedaços de 2 a 3 cm para facilitar a compactação, alimento cortado grande diminui ação das bactérias.
CARREGAMENTO E TRANSPORTE - Todo o material colhido deve ser carregado e ensilado no mesmo dia.
ENCHIMENTO DO SILO - Várias camadas de 30 cm e compactadas se possível com as rodas do trator, para evitar bolsões de ar, ultrapassar 1 m do nível. 
COMPACTAÇÃO - Fase mais importante da ensilagem, favorece a fermentação anaeróbica (recomendada para uma boa silagem). Pode ser feita com trator, animais, etc.
FECHAMENTO E VEDAÇÃO - Máximo de 3 dias, depois ocorrerá fermentação aeróbica. 
Neste ambiente sem ar, aumenta a temperatura, diminui o pH e ocorre produção de ácido acético, tornando a silagem com odor característico de vinagre. No momento em que o pH se estabiliza, produz-se uma espécie de esterilização do ambiente, parando todas as atividades das bactérias. A vedação é feita com lonas plásticas, também usadas para revestir as laterais e o fundo do silo. A entrada do silo deve ser fechada com tábuas, em cima com lona plástica e terra.
Construir canaletas ao redor do silo.
ABERTURA E DESCARGA
Depois de 35 dias, retirar somente a quantidade a ser utilizada, recomenda-se fatias de 15 cm, rejeitar a silagem estragada. A boa silagem apresenta cheiro e sabor característicos, geralmente agradáveis e de cor amarelada
TIPOS DE SILOS
SUBTERRÂNEOS OU CISTERNA - silo vertical, cilíndrico e subterrâneo. Tem como vantagem o carregamento e como desvantagem a retirada da silagem.
AÉREO - Utiliza-se área com encosta, retirada como vantagem e carregamento difícil.
SUPERFÍCIE - Usa-se área plana, onde o material é depositado sob camadas e depois coberto com lona plástica. Mais usado e mais barato.
TRINCHEIRA - Silo horizontal, consiste em aproveitar um barranco, fazendo a escavação com ligeiro desnível.
Vantagens e desvantagens dos diversos tipos de silos
1- SILO AÉREO
Vantagens
maior eficiência, perda mínima 
facilidade de descarga 
compactação mais fácil 
Desvantagens
maior custo inicial
requer mão de obra eficiente
carregamento difícil(ventilador) 
2 - SILO DE ENCOSTA
Vantagens:
as mesmas do aéreo, só que é menos caro e dispensa ventilador. 
Desvantagens: 
as mesmas do aéreo, mais barato
 necessita de barranco bem alto em relação ao local de tratamento.
 
 
3 - SILO CISTERNA
Vantagens:
carregamento e compactação fáceis 
menos caro que anteriores 
utiliza máquinas mais simples 
Desvantagens:
descarga difícil
problemas com lençol d(água
revestimento indispensável
4 - SILO TRINCHEIRA
Vantagens:
construção mais simples 
construção mais barata 
possibilidade de máquinas na boca. 
máquinas de ensilar mais simples 
Desvantagens:
superfície exposta, possibilita maior perda
grande quantidade de terra p/ cobrir
compactação mais difícil
cerca em volta para proteção contra os animais
5 - SILO SUPERFÍCIE
Vantagens:
mais barato e simples 
mais opção de local. 
fechamento rápido 
pode ser mudado de local, quando necessário
Desvantagens: 
compactação mais difícil
difícil dimensionamento
grande perda de material e qualidade inferior
EXEMPLO DE CONSTRUÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE SILO TRINCHEIRA
A - Escolha do local - Uma das extremidades deve ter ligeiro desnível e estar ao nível do chão, próximo ao estábulo e seco.
B - Construção: Forma do silo = Trapézio
Inclinação: 0,25m nas paredes laterais para cada metro de profundidade, facilitando o enchimento e a compactação do silo.
C – Declividade do fundo - 2 a 5 % no sentido da boca do silo.
D - Altura ou profundidade - não ultrapassar 3,0 m de altura
E - Revestimento - plástico, alvenaria ou madeira.
F - CAPACIDADE - Varia de acordo com o número de animais e categoria , quantidade de alimento a armazenar e o período.
G - DIMENSIONAMENTO -
Ex. Cálculo de silo trincheira para 60 vacas durante 120 dias, cada animal receberá 15 kg de silagem diários, ou seja, 60 X 120 X 15 = 108.000 kg ou 108 ton.
Deve- se cortar 15 cm no mínimo/dia, ou seja, 15 cm X 120 dias 1.800 cm ou 18 m.(comp.)
 
USO DE ADITIVOS - 
São substâncias usadas para melhorar as condições de fermentação ou do valor nutritivo da silagem. Exemplos:
Uréia: 0,5% ( na ensilagem de milho ou capim – elefante )
Melaço: 3 a 5 % (na ensilagem de capim elefante) ou
Fubá: 3 a 5 % (ensilagem de capim – elefante ).
Para facilitar a distribuição da uréia ou do melaço, estes podem ser

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