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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNIDADE: SÃO GONÇALO PROFESSORA: ROZANI MARINS. ALUNOS: ARETHA SALLES 20130732194-1 ADRIANO DOS SANTOS GOMES 20130739194-1 MIRIAN PEREIRA DOS SANTOS 20150521631-1 BIOGRAFIA DE PEREIRA PASSOS A VIDA PRIVADA DE PEREIRA PASSOS Francisco Pereira Passos nasceu em 29 de agosto de 1836, no Município de Piraí, Estado do Rio de Janeiro, filho de Antônio Pereira Passos, o Barão de Mangaratiba e Dona Clara Oliveira Passos, Francisco foi criado numa grande fazenda de café, a Fazenda do Bálsamo, situada no município fluminense de São João Marcos que, antes de ser elevado à condição de vila por D. João VI em 1813, pertencera à vila. E Município de Resende e atualmente é distrito de Rio Claro. Seguindo o costume da oligarquia rural, seu pai determinou que fosse estudar na Corte, matriculando-o no Colégio São Pedro de Alcântara, no Rio de Janeiro, no qual completou seus estudos preparatórios. Foram seus colegas de turma Floriano Peixoto e Oswaldo Cruz. Estudou na França de 1857 ao final de 1860, onde assistiu a reforma urbana de Paris promovida pelo prefeito Haussmann. Do qual ele se tornou grande admirador e mais tarde copiou suas atitudes de reurbanização no Rio de Janeiro. Isso fez com que Passos se dedicasse a engenharia ferroviária e ao urbanismo. Georges Eugène Haussmann remodelou todo o espaço urbano de Paris, envolto na necessidade de conter o crescimento das jornadas proletárias e impor a nova ordem social e política, pois a econômica já se desenvolvia. Deste cenário político pode-se dizer que emergiu o urbanismo francês em sua versão moderna – baseado em ruas largas, grandes avenidas e bulevares. No início do século XX, o Rio de Janeiro passava por graves problemas sociais, decorrentes, em grande parte de seu rápido e desordenado crescimento, alavancado pela imigração europeia e pela transição do trabalho escravo para o trabalho livre. Na ocasião em que Pereira Passos assume a Prefeitura da cidade, o Rio de Janeiro, com sua estrutura de cidade colonial, possuía quase um milhão de habitantes carentes de transporte, abastecimento de água, rede de esgotos, programas de saúde e segurança. No centro do Rio de janeiro – a Cidade Velha e adjacências – eclodiam habitações coletivas insalubres (cortiços), epidemias de febre amarela, varíola, cólera, conferindo à cidade a fama internacional de porto sujo ou "cidade da morte", como se tornara conhecida. A reforma urbana de Pereira Passos, período conhecido popularmente como “Bota-abaixo”, visou o saneamento, o urbanismo e o embelezamento, dando ao Rio de Janeiro ares de cidade moderna e cosmopolita. Prefeito Nomeado prefeito pelo presidente Rodrigues Alves, ao lado de Lauro Müller, Paulo de Frontin e Francisco Bicalho, promoveu uma grande reforma urbanística na cidade, com o objetivo de transformá-la numa capital nos moldes franceses. Inspirado nas reformas de Haussmann, em quatro anos Pereira Passos transformou a aparência da cidade: aos cortiços (locais que serviam de moradia para aqueles que não seriam benquistos na "cidade higienizada") e às ruas estreitas e escuras, sobrevieram grandes bulevares, com imponentes edifícios, dignos de representar a capital federal. Aspectos sociais Apesar das melhorias sanitárias e urbanísticas, o plano de Pereira Passos implicou alto custo social, com o início das formações de favelas na cidade. A reforma promoveu uma grande valorização do solo na área central, ainda ocupada parcialmente pela população de baixa renda. Cerca de 1.600 velhos prédios residenciais foram demolidos. A partir destas demolições, a população pobre do centro da cidade se viu obrigada a morar com outras famílias, a pagar altos aluguéis ou a mudar-se para os subúrbios, uma vez que foram insuficientes as habitações populares construídas em substituição às demolidas. Parte considerável da imensa população atingida pela remodelação permanece na região e os morros situados no centro da cidade - Providência, Santo António, entre outros - outrora pouco habitados, sofrem uma rápida ocupação habitacional proletária. Surgem as favelas, que marcariam a configuração da cidade até os dias de hoje. Principais obras 1903 - Inauguração do Pavilhão da Praça XV 1903 - Prolongamento da Rua do Sacramento (atual Avenida Passos) até a Rua Marechal Floriano 1903 - Inauguração do Jardim do Alto da Boa Vista 1903 a 1904 - Alargamento da antiga Rua da Prainha (atual Rua do Acre) 1904 - Construção do Aquário do Passeio Público 1904 - Obras na Rua 13 de Maio 1905 - Início da Construção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro (inaugurado em 1909) 1905 - Inauguração da nova estrada da Tijuca 1905 - Alargamento e prolongamento da Rua Marechal Floriano até o Largo de Santa Rita 1905 - Alargamento da Rua do Catete 1905 - Alargamento e prolongamento da Rua Uruguaiana (antiga Rua da Vala). 1905 - Inauguração da Avenida Central (atual Avenida Rio Branco), marco de sua administração 1905 - Decreto para a construção da Avenida Atlântica, em Copacabana. 1905 - Inauguração da Escola-Modelo Tiradentes 1905 - Abertura da Rua Gomes Freire de Andrade 1905 - Abertura da Avenida Maracanã 1906 - Alargamento da Rua da Carioca 1906 - Inauguração da fonte do Jardim da Glória 1906 - Inauguração da nova Fortaleza na Ilha de Lage 1906 - Inauguração do palácio da exposição permanente de São Luiz (futuro Palácio Monroe) 1906 - Conclusão das obras de melhoramento do porto do Rio de Janeiro e do Canal do Mangue 1906 - Inauguração das obras de melhoramento e embelezamento do Campo de São Cristóvão 1906 - Aterramento das praias do Flamengo e Botafogo, com construção de jardins; 1906 - Inauguração do alargamento da Rua Sete de Setembro, entre as avenidas Central e Primeiro de Março. 1906 - Inauguração da Avenida Beira-Mar 1906 - Reforma do Largo da Carioca 1906 - Construção do Pavilhão Mourisco, em Botafogo. 1906 - Construção do Restaurante Mourisco, próximo à estação das barcas, no Centro. 1906 - Melhorias no abastecimento de água da cidade. Morte Pereira Passos morreu a bordo do navio Araguaia, quando viajava do Rio de Janeiro para a França. Cidade Maravilhosa Após as obras de Pereira Passos e o trabalho do sanitarista Oswaldo Cruz o Rio de Janeiro perdeu o apelido de Cidade da Morte e ganhou o título de Cidade Maravilhosa e realizou a Exposição Nacional de 1908, idealizada pelo presidente Afonso Pena para festejar o Centenário da abertura dos portos.
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