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Tumores epiteliais benignos

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TUMORES EPITELIAIS BENIGNOS 
Ceratose seborreica
Lesões verrucosas de tamanhos variados (alguns milímetros a poucos centímetros), às vezes únicas, no entanto, em geral múltiplas, localizadas preferencialmente no tronco e na face. As lesões são bem demarcadas, acastanhadas, de superfície áspera, friáveis e, ao remover a parte superficial, que é untuosa, há exposição de uma superfície irregular velvética; quando bem desenvolvidas, lembram uma couve‐flor. Surgem em torno da 4ª década; não há predileção por sexo e são raras nos negros. É um tumor nevoide, de provável herança autossômica dominante.
O aparecimento súbito, eruptivo de inúmeras lesões, pode ser indicativo de neoplasia maligna – é o denominado sinal de Leser‐Trélat. Adenocarcinomas do trato gastrintestinal são responsáveis por aproximadamente 1/3 dos casos e doenças linfoproliferativas (linfoma e leucemia) por 1/5. O tratamento é feito por curetagem, eletrodessecação, nitrogênio líquido e ácido tricloroacético.
Papulose nigra
É muito mais prevalente em negros; pode ter origem na adolescência e aumentar em número e tamanho com a idade. Não é infrequente a sua ocorrência em pacientes com acantose nigricans. As lesões são pequenas, planas ou discretamente vegetantes, de tonalidade negra; a localização mais usual é a face, seguida da região axilar, podendo, contudo, localizar‐se no pescoço, tronco e membros superiores. O tratamento é feito preferencialmente com uma tesoura Castroviejo, sem necessidade de anestesia; nas lesões maiores, é igual ao da ceratose seborreica.
Ceratoacantoma
Trata‐se de um tumor benigno que sofre involução espontânea, no espaço de 8 a 16 semanas, deixando uma cicatriz discretamente deprimida. Sua localização mais frequente é na parte central da face. As lesões iniciam‐se por manchas eritematosas que se transformam em pápula, com a forma de cúpula, cor da pele, tendo, contudo, na parte central, uma rolha ceratósica. É uma doença do adulto, acometendo mais o homem da raça branca. O tratamento pode ser feito pela curetagem e eletrodessecação ou exérese cirúrgica.
Cistos 
** Cistos epidérmicos
Geralmente são poucas lesões, arredondadas, elevadas, localizadas na derme ou hipoderme, de consistência não endurecida. O paciente pode apresentar lesão única ou múltiplas lesões; quando numerosas ou volumosas, podem ser uma das manifestações de síndrome de Gardner, doença genética de transmissão autossômica dominante caracterizada por polipose intestinal, osteomas, tumores desmoides etc.
Chama‐se lúpia a presença de inúmeros cistos epidermoides de coloração amarelada localizados no escroto ou nos grandes lábios. O tratamento é cirúrgico, procurando‐se extirpá‐lo depois da individualização da cápsula. Eventualmente, infecta‐se, torna‐se doloroso e requer drenagem; após o fim do processo infeccioso, pode‐se, então, proceder à cirurgia.
** Mília
Entende‐se por milia pequenos cistos epidermoides de 1 a 2 mm, superficiais, de coloração esbranquiçada e, em geral, múltiplos. O milium é dito primário quando surge espontaneamente, caso no qual a localização preferencial é na face. É dito secundário quando surge durante o processo de reparação de bolhas subepidérmicas. Pode surgir, ainda, após trauma (cirúrgico ou não) e dermabrasão. O vemurafenibe, empregado no tratamento do melanoma metastático, é capaz de desencadear milia assim como cistos epidérmicos em grande número e volumosos.
** Cisto triquilemal
Antigamente também era chamado de cisto sebáceo. Tem como etiopatogênese o bloqueio da fase catágena para telógena do folículo. Trata‐se de lesão cística localizada, na maioria das vezes, no couro cabeludo, havendo, em geral, múltiplas lesões. O cisto triquilemal é cerca de 4 a 5 vezes menos frequente do que o epidermoide. O tratamento é cirúrgico. É mais frequente em mulheres idosas.

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