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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
 
 
 
 
GABRIEL DA COSTA SANTOS
 
 
OBSERVAÇÃO DAS AULAS DE QUÍMICA E DISCIPLINAS VARIADAS 
 
 
 
 
RELATÓRIO REFERENTE AO COLÉGIO ESTADUAL
DO CAMPO DOM PEDRO II
 
 
 
 
 
 
 
MEDIANEIRA
2017
(PÁGINA DAS ASSINATURAS)
GABRIEL DA COSTA SANTOS
OBSERVAÇÃO DAS AULAS DE QUÍMICAS E DISCIPLINAS VARIADAS DO COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DOM PEDRO II.
Relatório apresentado no Estágio Supervisionado 1, do curso de Licenciatura em Química, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Campus Medianeira.
Professor Orientador na UTFPR: Henry Brandão.
Professor Supervisor de Campo: Lucimar Abel.
Professor da Disciplina de Estágio 1: Rodrigo Ruschel Nunes.
MEDIANEIRA
2017�
SUMÁRIO
51.	INTRODUÇÃO	�
62.	OBJETIVO GERAL	�
62.1	OBJETIVOS ESPECÍFICOS	�
73.	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	�
94.	METODOLOGIA	�
105.	DADOS HISTÓRICOS	�
126.	RESULTADOS E DISCUSSÕES	�
126.1 OBSERVAÇÕES DAS AULAS DE QUÍMICAS	�
126.1.1 Turma do 1° Ano	�
146.1.2 Turma do 2° Ano	�
156.1.3 Turma do 3° Ano	�
156.1.3 Discussão das observações	�
166.2 OBSERVAÇÕES DAS AULAS DE DISCIPLINAS VARIADAS	�
176.2.1 Turma do 1° Ano	�
186.2.2 Turma do 2° Ano	�
196.2.3 Turma do 3° Ano	�
216.2.4 Discussão das observações	�
237.	CONCLUSÃO	�
248.	REFERÊNCIAS	�
�
INTRODUÇÃO
O estágio consiste na observação do espaço escolar e o que nele ocorre, entre outras ações e reflexões enfatizando o processo de ensino aprendizagem em conjunto com a relação professor-aluno. 
Entretanto, as observações em sala permitem aos estagiários subsídios que servirão de base para atuarem como futuros professores, vivenciando a realidade escolar com um olhar crítico de observador.
Uma vez que, a educação é vista como um dos segmentos mais discutidos, nota-se a necessidades de atribuir aos cidadãos a produção do próprio conhecimento. A didática da Escola Nova é entendida como “direção da aprendizagem”, onde o aluno é visto como sujeito de aquisição do seu próprio conhecimento. O que o professor tem a fazer é colocar o aluno em condições propícias para que, partindo das suas necessidades e estimulando os seus interesses, possa buscar por si mesmo conhecimentos e experiências. A ideia é a de que o aluno aprende melhor o que faz por si próprio. Não se trata apenas de aprender fazendo, no sentido de trabalho manual, ações de manipulação de objetivos. Trata-se de colocar o aluno em situações em que seja mobilizada a sua atividade global e que se manifesta em atividade intelectual, atividade de criação, de expressão verbal, escrita, plástica ou outro tipo. 
Tendo em vista a construção do conhecimento pelo aluno, o estágio possui a finalidade de aproximar a realidade na qual atuará, observando e analisando metodologias distintas, e consequentemente elaborando métodos que permite ao discente criar uma visão crítica e reflexiva, de tudo o que acontece em sala e na escola.
OBJETIVO GERAL
	Observar e analisar as aulas do Colégio Estadual do Campo Dom Pedro II.	
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Observar de forma assistemática as aulas de Química e disciplinas variadas, analisando a realidade do ensino, bem como, as metodologias adotadas para a aula, a interação professor-aluno e o comportamento de ambos durante as aulas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	
A observação é um instrumento básico de coleta de dados em todas as ciências, sendo importante para a construção de qualquer conhecimento. As modalidades de observação que são empregadas na investigação científica são a observação assistemática, a observação sistemática, a participante, a não-participante, a individual, em equipe, na vida real e em laboratório, que variam de acordo com as circunstâncias. Visto isso, o estágio supervisionado um, possui o objetivo de introduzir aos discentes algumas análises de observações realizadas em salas e no colégio, observações estas com o caráter assistemático.
A técnica da observação não estruturada ou assistemática, também denominada espontânea, informal, ordinária, simples, livre, ocasional e acidental, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais ou precise fazer perguntas diretas. É mais empregada em estudos exploratórios e não tem planejamento e controle previamente elaborados. O que caracteriza a observação assistemática "é o fato de o conhecimento ser obtido através de uma experiência casual, sem que se tenha determinado de antemão quais os aspectos relevantes a serem observados e que meios utilizar para observá-los" (Rudio.1979:35). O êxito da utilização dessa técnica vai depender do observador, de estar ele atenta aos fenômenos que ocorrem no mundo que o cerca, de sua perspicácia, discernimento, preparo e treino, além de ter uma atitude de prontidão. Muitas vezes, há uma única oportunidade para estudar certo fenômeno; outras vezes, essas ocasiões são raras. Todavia, a observação não estruturada pode apresentar perigos: quando o pesquisador pensa que sabe mais do que o realmente presenciado ou quando se deixa envolver emocionalmente. A fidelidade, no registro dos dados, é fator importantíssimo na pesquisa científica. Para Ander-Egg (1978:97), a observação assistemática "não é totalmente espont.â:- nea ou casual, porque um mínimo de interação, de sistema e de controle se impõem em todos os casos, para chegar a resultados válidos". De modo geral, o pesquisador sempre sabe o que observar.
METODOLOGIA
As observações e análises realizadas referente ao comportamento dos alunos e professores na disciplina de Química e variadas, foram acompanhadas em todas as series do ensino médio, ou seja, contemplando o 1°, 2° e 3° anos, do Colégio Estadual do Campo Dom Pedro II, de São Miguel do Iguaçu- PR, no período matutino.
As observações, utilizado como coleta de dados, seguirão o método assistemático, não havendo propósitos previamente estabelecidos, logo fica a critério do aluno as observações realizadas. Neste caso o observador irá registrar os fatos de acordo com as ocorrências. Portanto, o êxito desta atividade vai depender somente do discente, pois este deverá estar atento aos fenômenos que ocorrem no mundo que o cerca.
DADOS HISTÓRICOS
O Colégio Estadual do Campo Dom Pedro II- Ensino Fundamental e Médio, iniciou suas atividades pelo Decreto n° 22046 de 30 de dezembro de 1970, denominada Casa Escolar Dom Pedro II, sendo reorganizada através da Resolução 270/82 de 16 de fevereiro de 1982. Até o ano de 1977 a escola ofertava somente o ensino primário da Lei 402/61, de maneira gradativa. O curso de 1° grau de 5° a 8° séries e o Estabelecimento, foram reconhecidos através da Resolução 663/84 de 29 de março de 1984. Em 1998, através da Resolução 3120/98, a escola passou a chamar-se Escola Estadual D.Pedro II- Ensino Fundamental, para adequar-se à nova LDB.
Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental, Resolução n° 6700/212 DOE 23/11/12.
O atual Regimento Escolar foi aprovado em 21 de outubro de 2015, pelo ato administrativo n° 190/2015- SEF/NRE e pelo parecer n° 133/2015. Reconhecimento do Ensino Médio resolução 3081/2015 de 0210/2015.
No ano de 2008 o Colégio passou a ofertar o Ensino Médio de forma gradativa, onde obteve-se sua autorização de Funcionamento concedida pela Resolução n° 1254/09, que em decorrência do artigo 1° passou a denominar-se Colégio Estadual Dom Pedro II- Ensino Fundamental e médio.
No ano de 2009 devido ao aumento do número de alunos, fez-se necessário abertura das 5as e 6as séries no turno vespertino consequência da dualidade administrativa com a Escola Municipal Professor Artur Cardoso. 
No ano de 2011 foi implantado de formasimultânea o Ensino Médio Noturno bem como uma turma de 9°ano.
Em 2012, devido a comunidade estar inserida na área rural e compreender a maioria dos alunos do campo e filhos de agricultores e produtores rurais, colégio passou a denominar-se Colégio Estadual do Campo Dom Pedro II, através da resolução n° 5048/12.
No ano de 2012, o Colégio implantou simultaneamente o Ensino Fundamental, do 6° ao 9° ano, respeitando os dispositivos constitucionais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN n° 9394/96.
No ano de 2013, o número de alunos atendidos por turmas diminuiu, sendo assim não houve necessidade da continuidade do ensino noturno. A partir deste ano o colégio tem atendimento somente no período matutino e vespertino.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
6.1 OBSERVAÇÕES DAS AULAS DE QUÍMICAS
Observou-se as aulas de químicas das séries de 1°, 2° e 3° ano. No total foram acompanhadas três turmas, durante um período de três dias, não consecutivos. Para melhor demonstração dos resultados, esses, foram divididos e apresentados pelas suas respectivas séries do ensino médio.
6.1.1 Turma do 1° Ano
A turma apresentada é composta por sete meninas e nove meninos, contemplando um total de 16 alunos.
 	No primeiro dia de observação, o estagiário acompanhou duas aulas de Química, demonstrando a seguinte análise: Após a entrada da professora e do estagiário em sala, os alunos permaneceram sentados, para que a professora realizasse a chamada em consonância com a verificação dos exercícios passados na aula anterior, ou seja, a docente passou dando visto no caderno de todos os alunos que efetuaram os exercícios. Entretanto, como a educanda notou que a maioria dos acadêmicos não realizaram a tarefa, viu a necessidade de corrigir os exercícios no quadro, utilizando como recurso didático a tabela periódica, uma vez que o conteúdo tratava-se de ligações covalentes. Durante a correção os estudantes auxiliaram quando solicitado, apresentando uma compreensão do conteúdo.
Em consenso com a correção citada anteriormente, a professora explicou a ligação dativa, permitindo aos alunos um entendimento de alguns exemplos passados durante a correção.
Com o término das correções, a docente utilizou o quadro para passar o conceito científico sobre a ligação citada, onde notou-se que os alunos além de demorarem para copiar, possuem conversas paralelas. No decorrer da explanação dos conceitos, a professora viu a necessidade de retirar um aluno da sala, pois este além de dispersar a atenção dos demais colegas, também não prestava atenção durante a explicação.
Com o intuito de auxiliar na fixação do conceito utilizado, a professor passou alguns exercícios, para que na sequência os alunos pudessem resolve-los.
O segundo dia de observação, foram assistidos novamente a duas aulas, onde a professora, após dar visto nos exercícios deixados na aula anterior, realizou a correção no quadro, possuindo a interação do aluno durante a atividade demonstrando facilidade, com a exceção de alguns alunos que não apresentaram interesse. Entretanto, a correção dos exercícios possui um papel fundamental no ensino aprendizado dos estudantes, uma vez que este momento é propício para o levantamento de dúvidas e consequentemente sana-las.
Na sequência, a docente utilizou o quadro para passar os conceitos referente a polaridade das moléculas, conceituando e realizando exemplos. Durante a explanação os alunos copiaram o que estava disposto no quadro, uma vez que é de extrema necessidade que o aluno preste atenção enquanto escreve ou escuta, pois é o primeiro contato com o conteúdo. Mesmo que a professora, não tenha dado subsídios que facilite a aprendizagem, ou seja, o levantamento de algumas questões introdutórias, com a finalidade de instigar os alunos, os estudantes demonstraram facilidade em relacionar o conceito disposto com os exemplos passados, uma vez que auxiliaram na resolução do mesmo. Ao final a docente passou alguns exercícios com o objetivo de fixar o conteúdo e levanter dúvidas relacionadas ao contexto. A resolução destes, foram realizadas no caderno com o auxílio da professora, para após fazer a correção no quadro.
6.1.2 Turma do 2° Ano
A turma a seguir, é composta com três meninos e cinco meninas, contemplando um total de oito alunos.
No primeiro dia de observação, foi acompanhada apenas uma aula, onde a professora iniciou fazendo a correção dos exercícios propostos na aula anterior, sobre entalpia de formação e combustão. De maneira arbitrária, os alunos participaram na resolução dos exercícios demonstrando compreensão sobre o conteúdo. No entanto como a docente possuía apenas uma aula, ela a utilizou apenas para a realização desta atividade, porém foi possível analisar que a professora possuía uma relação saudável com os alunos, uma vez que estes a auxiliaram quando necessário, mantendo sempre o respeito e contribuindo para o bom andamento das aulas.
No segundo dia de observação, a professora utilizou o quadro para introduzir os conceitos científicos sobre o conteúdo a ser discutido, para após realizer a correção de alguns exercícios da aula passada. Em seguida a docente disponibilizou aos alunos mais atividades, com o intuito de fixar o conteúdo. Durante a resolução, os estudantes demonstraram facilidade, uma vez que auxiliaram os colegas.
No terceiro dia de observação, a professora realizou a correção dos exercícios da aula passada no quadro. Em seguida, a docente realizou uma revisão do conteúdo, pois a prova seria na próxima semana. Durante a revisão os alunos demonstraram interesse, e auxiliaram a resolução de novos exercícios, uma vez que a atividade ocupou toda a aula a docente conseguiu atingir o objetivo esperado.
6.1.3 Turma do 3° Ano
A turma retratada a seguir, é composta por três meninos e duas meninas, contemplando um total de cinco alunos.
No primeiro dia de observação, foi assistido apenas uma aula, onde a professora com o auxílio do quadro, realizou a explanação dos ésteres. Em seguida, após os estudantes terminarem de copiar, a professora passou alguns exercícios, para que os alunos pudessem fixar o conteúdo. 
Nota-se que apesar do bom relacionamento entre professor e aluno, a docente possui uma grande dificuldade no andamento das aulas, pois os estudantes não demonstram interesse e não participam frequentemente das atividades elaboradas pela professora.
No segundo dia de observação, a docente iniciou a aula conceituando no quadro, de forma expositiva, ou seja, não explorando o conhecimento prévio dos alunos, uma vez que estes não possuem participação durante as aulas. Por fim, após a explanação dos conceitos a professora passou alguns exemplos e exercícios, onde não obteve respostas, quando solicitado a participação dos alunos.
6.1.3 Discussão das observações
Mesmo a professora não seguindo fielmente o livro didático, observou-se que a docente segue o mesmo método tradicional de ensino, com textos e exemplos passados no quadro, uma vez que não busca instigar o aluno enquanto pesquisador do seu próprio conhecimento, como exemplo, cita-se um momento presenciado durante as observações, onde a professora fez um questionamento sobre polaridade referente ao cotidiano do aluno, e o estudante não conseguiu resolver, devido à falta de contextualização na hora da explanação dos conceitos feito pela própria docente. 
Como método de avaliação, a professora também segue o método tradicional, avaliando por meio de provas escritas e trabalhos, que são entregues ou são avaliados todas as atividades do dia a dia em sala.
Quando considerado o relacionamento com os alunos, nota-se que a professora em geral, possui um bom relacionamento, pois a docente busca manter um clima agradável e descontraído, facilitando no ensino aprendizagem.
Libâneo (2009), caracteriza esse estilo de professor como “professor transmissor de conteúdo”.
“Os mais tradicionais contentam-se em transmitir a matéria que está no livro didático,por meio de aula expositiva. É o estilo professor-transmissor de conteúdo. Suas aulas são sempre iguais, o método de ensino é quase o mesmo para todas as matérias, independentemente da idade e das características individuais e sociais dos alunos” (LIBÂNEO, 2009, pág. 4). 
Entretanto, esta forma de transmissão do conteúdo, ocasiona no aluno apenas uma memorização temporária, criando uma ilusão de aprendizagem, permitindo-lhe a resolução dos exercícios e a realização da avaliação, porém quando deparado com questões distintas e mais complexas, apresentará dificuldade, uma vez que não consegue atribuir na pratica o que memorizou em sala. 
6.2 OBSERVAÇÕES DAS AULAS DE DISCIPLINAS VARIADAS
Foram observadas aulas de disciplinas variadas do 1°, 2º e 3° anos do ensino médio, acompanhadas durante um período de 3 dias, não consecutivos. Os resultados foram divididos e apresentados nas suas respectivas disciplinas.
6.2.1 Turma do 1° Ano
As observações referentes ao primeiro ano do ensino médio, foram realizadas nas disciplinas de Inglês e História, uma vez que neste dia a turma possuía apenas duas aulas de Química, relatada no item 6.1.1.
6.2.1.1 Inglês
Com o intuito de realizar uma revisão do conteúdo, a professora passou alguns exercícios no quadro, uma vez que a prova seria na próxima semana. 
Para a resolução, os alunos tiveram acesso ao dicionário, com a finalidade de facilitar o desenvolvimento da atividade. Após o termino destes exercícios, a professora disponibilizou no livro, mais uma série de atividades. Durante o andamento da aula, os alunos permaneceram quietos, facilitando o ensino aprendizagem.
Após o término, a professora realizou a resolução no quadro, o que se notou um diálogo entre professor e aluno, uma vez que estes auxiliaram na correção. Observou-se ainda, que a docente utilizou alguns exercícios de tirinhas, promovendo o entusiasmo e o incentivo dos alunos, pois a atividade tende a ser visual e não apenas com textos. 
Por fim, a professora criou com o auxílio do quadro uma “Word List”, para auxiliar os alunos quando forem estudar para a avaliação. Entretanto, é possivel analisar a necessidade de utilizar como recurso didático, métodos verbais, promovendo uma interação e a dinamização das aulas.
6.2.1.2 História
Após realizadas as observações, notou-se que o professor da disciplina de História, apresenta um diferencial quanto a maneira de ministrar as aulas. A metodologia empregada pelo professor em sala, foi o levantamento de tópicos com a utilização do quadro, a contemplação do conhecimento prévio dos alunos, promovendo a discussão e a construção do conhecimento. Em seguida, o professor sugeriu que os alunos se posicionassem em círculos, com o objetivo de elaborar debates introdutórias ao conteúdo, buscando manter sempre o foco da atividade.
 Para auxiliar o debate, os alunos tiveram o uso do livro didático, mesmo que o professor não o utilize com frequência. Ao fim, o professor utilizou os conceitos atribuídos no livro apenas como fechamento conceitual, uma vez que já teria introduzido e explanado o conteúdo de forma clara e objetiva. 
6.2.2 Turma do 2° Ano
As observações referentes ao segundo ano do ensino médio, foram realizadas nas disciplinas de Física e Filosofia, uma vez que neste dia a turma possuía apenas uma aula de Química, relatada no item 6.1.2.
6.2.2.1 Física
Durante a observação realizada no segundo ano, os alunos apresentaram um trabalho de modo expositivo sobre câmera escura, com o objetivo de deixar a imagem invertida. A professora assistiu à apresentação e após avaliou cada aluno individualmente. 
Em seguida, a docente entregou aos alunos uma lista de exercício sobre espelhos planos, pois a aula estava destinada a resolução de atividades. 
Na primeira aula, os alunos foram dividos em grupos para facilitar no desempenho da atividade. Em um primeiro momento os discentes responderam alguns exercícios do livro didático, demostrando cooperação e facilidade na resolução e quando necessário havia a interferência da professora durante o desenvolvimento da atividade.
Por fim, após a resolução dos exercícios do livro, a professora entregou aos acadêmicos, uma lista de atividades, para que estes pudessem desenvolver com clareza os conceitos teóricos passados na penúltima aula. 
Com o termino da resolução, a professora vistou o caderno dos alunos, para conferir e avaliar o desempenho durante a atividade.
6.2.2.2 Filosofia
Com a utilização do quadro, o professor levantou alguns tópicos promovendo a interação e debates sobre alguns temas, instigando os alunos a refletirem sobre diversos sistemas políticos.
O professor solicitou que os estudantes fizessem um semi-círculo, com o objetivo de facilitar o debate e o levantamento dos tópicos. A metodologia baseou-se na construção do conhecimento, o que permitiu ao discente uma fácil compreensão do contexto. O docente utilizou o livro didático apenas como meio de introduzir o contexto necessário para o entendimento.
6.2.3 Turma do 3° Ano
As observações referentes ao terceiro ano do ensino médio, foram realizadas nas disciplinas de Sociologia e Filosofia, uma vez que neste dia a turma possuía apenas uma aula de Química, relatada no item 6.1.3.
6.2.3.1 Sociologia
No início da aula, a professora corrigiu alguns exercícios propostos na aula anterior, uma vez que a avaliação seria no dia seguinte. Em consonância com a correção a professora realizava a explicação de cada atividade, pois ela solicitava aos alunos que fizessem a leitura das respostas.
Apesar da boa interação entre professor e aluno, a docente não possuía respostas dos alunos, pois estes não demonstravam interesse pela aula. Os estudantes respondiam apenas quando solicitado pelo nome.
Durante a aula, a professora utilizou exclusivamente o livro didático, uma vez que se observou duas aulas desta disciplina. A docente explanou os conceitos e os alunos efetuaram a leitura coletivamente do livro.
6.2.3.2 Filosofia
Observou-se duas aulas desta disciplina, onde o professor utilizou o quadro para passar o conteúdo em forma de tópicos e consequentemente realizando a discussão destes. 
O docente solicitou aos alunos que ficassem em círculos e mesmo os estudantes não demonstrando interesse, o professor ministrou sua aula de forma clara e objetiva. Ao final, o professor passou aos acadêmicos um trabalho individual, com o objetivo de desenvolver um potencial dissertativo argumentativo nos discentes, uma vez que estes estão prestes a concluirem o ensino médio e pretender prestar o vestibular, bem como o Enem.
Os alunos utilizaram o restante das aulas para realizar o trabalho, pois o objetivo da atividade era concluir em sala. Para auxiliar na avaliação e correção da atividade, o professor disponibilizou aos estudantes os critérios avaliativos da atividade, permitindo ao acadêmico um ponto inicial para o desenvolvimento do texto.
6.2.4 Discussão das observações
Analisando os resultados apresentados, nota-se que os professores utilizam de métodos tradicionais de ensino e avaliação, algumas aulas são sempre planejadas da mesma forma, caracterizada pela explicação sobre o conteúdo seguida de atividades do livro, ou proposta através de uma lista de exercício. Porém, há uma diferença nas aulas de história e filosofia, uma vez que os professores utilizam de métodos distintos, como o levantamento de tópicos a fim de instigar e desenvolver o próprio conhecimento do aluno e a contemplação do conhecimento prévio do aluno. A forma de avaliação também segue o modo tradicional, pois os alunos recebem notas pela avaliação das atividades que desenvolvem com base nos livros didáticos e provas escritas. 
No cotidiano escolar, nem todas as atividades que os alunos realizam ao longo do seu percurso são objeto de avaliação, embora muitas delas o pudessem ser, sem demasiado esforço, desde que fossem utilizados métodos de avaliação diversificados e adequados. Sem a preocupação de enunciar todas asatividades/tarefas de aprendizagem que os alunos realizam.
A diversidade dos métodos de avaliação pode suscitar a necessidade de reunir os trabalhos mais representativos e as evidências das aprendizagens efetuadas num portfólio do aluno, que funcionará como um organizador das aprendizagens realizadas, podendo ainda constituir uma forma pessoal de reflexão (Sá-Chaves, 2001) sobre o percurso efetuado, se o aluno colaborar na sua organização. 
O comportamento professor-aluno tem um diferencial, pois os professores conduzem as aulas com brincadeiras para despertar a atenção dos alunos, porém, esta atenção é passageira, pois logo que se retorna a explicação, os alunos se dispersam novamente. Na maioria das aulas observadas, é possível perceber que se destacam alguns alunos que realmente participam das explicações e correções de atividades, uma vez que a grande maioria se apresenta dispersa utilizando aparelhos celulares, desenhando, conversando ou, até mesmo, dormindo. 
Deste modo, a falta de interesse dos alunos está diretamente ligada à forma como a aula é apresentada. Sendo assim, o professor deve ater-se, ao estilo de professor-facilitador, que de acordo com Libâneo (2009), trata-se de um professor mais atento as metodologias de ensino, que busca a variação entre os métodos adotados, visando sempre às características individuais de cada aluno e a sociedade onde este está inserido. Desta forma, utiliza deste conhecimento para estabelecer um bom relacionamento com os alunos e avaliar os conhecimentos prévios dos mesmos, antes de iniciar um conteúdo em sala de aula, facilitando a aprendizagem do aluno.
CONCLUSÃO
Pode-se notar, através das observações, que independente da série, disciplina e conteúdo, a maioria dos professores seguem o mesmo método de ensino, o que difere dos professores da disciplina de História e Filosofia, que utilizam métodos de ensino que buscam instigar o aluno. Esta forma de ensino distancia os alunos do interesse aos estudos, minimizando a aprendizagem significativa crítica, impossibilitando a correlação do conhecimento prévio apresentado pelo aluno ao que lhe é ensinado. Nesse processo, os novos conhecimentos adquirem significado para o sujeito e os conhecimentos prévios fundamentam-se no alicerce para o aprendizado, conferindo maior sensatez sentido ao aprendizado significativo. 
 Os professores devem buscar o conhecimento da realidade dos alunos e suas características, utilizando de metodologias flexíveis e adequadas, para proporcionar um ensino voltado à necessidade destes, que desperte o interesse e os motive a buscar sempre novos conhecimentos. Constata-se ainda, a falta de interesse dos alunos do 3° ano do ensino médio, que é visivelmente notável em todas as disciplinas, permitindo uma defasagem no conhecimento e a falta de interesse do professor, quanto buscar métodos de ensino variados que facilitem o ensino aprendizado.
REFERÊNCIAS
GONÇALVES, C. L.; PIMENTA, S. G. Revendo o ensino de 2o Grau, propondo a formação do professor. São Paulo: Cortez, 1990. 
LIBÂNEO, J. C. Didática: Velhos e novos temas. Edição do autor, 2009. 
MARCONI, M. D. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 3ª. ed. São Paulo: Atlas, 1991. 
 
SÁ-CHAVES, I. (2001). Novas abordagens metodológicas: os portfólios no processo de desenvolvimento profissional e pessoal dos professores. In: Investigação em Educação: métodos e técnicas. [ESTRELA, A & FERREIRA, J. (Orgs)]. Lisboa: Educa, pp. 181- 187.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica 1 Marina de Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos. - 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003, pág. 192 – 193.

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