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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Processo do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
1 
Apostila Processo do Trabalho 
P OR AR YANNA MA NFR ED I N I 
 
Índice 
 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO ...................................................................................................... 3 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – TST ......................................................................................................................... 4 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO – TRT ........................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
JUIZ DO TRABALHO ........................................................................................................................................................ 4 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO ....................................................................................................... 4 
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA E EM RAZÃO DA PESSOA ........................................................................... 5 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL .................................................................................................................................. 10 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA ......................................................................................................................................... 12 
SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO ......................................................................................... 13 
SECRETARIAS .............................................................................................................................................................. 14 
DOS DISTRIBUIDORES .................................................................................................................................................. 14 
OFICIAIS DE JUSTIÇA .................................................................................................................................................... 15 
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO DO TRABALHO ......................................................................................... 15 
PRINCÍPIO DA INÉRCIA OU DISPOSITIVO OU DA DEMANDA .................................................................................................... 15 
PRINCÍPIO INQUISITIVO OU INQUISITÓRIO ......................................................................................................................... 16 
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO ...................................................................................................................................... 16 
PRINCÍPIO DA ORALIDADE ............................................................................................................................................. 16 
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ ......................................................................................................................... 17 
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE OU DA IMEDIAÇÃO ................................................................................................................ 17 
PRINCÍPIO DA PERTETUATIO JURISDICTIONIS ..................................................................................................................... 17 
ESTABILIDADE DA LIDE ................................................................................................................................................. 18 
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE ...................................................................................................................................... 18 
PRINCÍPIO DA FINALIDADE OU DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS ................................................................................... 18 
PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL .......................................................................................................................... 19 
PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO ........................................................................................................................................ 19 
PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO ............................................................................................................................................. 19 
ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS ........................................................................................................ 20 
ATO PROCESSUAL ................................................................................................................................................... 20 
TERMOS ................................................................................................................................................................. 20 
PRAZOS .................................................................................................................................................................. 22 
PARTES E PROCURADORES ............................................................................................................................. 27 
“JUS POSTULANDI” ................................................................................................................................................. 27 
REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO ........................................................................................................................ 27 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ................................................................................................................................ 29 
JUSTIÇA GRATUITA E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA ..................................................................................... 31 
PRINCÍPIOS DAS NULIDADES PROCESSUAIS .................................................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Processo do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
2 
PRINCÍPIO DA CONVALIDAÇÃO OU DA PRECLUSÃO ............................................................................................................. 33 
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS OU DA FINALIDADE .................................................................................... 33 
PRINCÍPIO DA TRANSCENDÊNCIA OU DO PREJUÍZO: ............................................................................................................. 33 
PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL ............................................................................................................................ 34 
PRINCÍPIO DO INTERESSE .............................................................................................................................................. 34 
PRINCÍPIO DA UTILIDADE............................................................................................................................................... 34 
PROCEDIMENTOS NO PROCESSO DO TRABALHO ............................................................................................ 35 
PROCEDIMENTO SUMÁRIO .................................................................................................................................... 35 
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO ................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA VERBAL ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA ESCRITA ...................................................................... ERRO! INDICADORNÃO DEFINIDO. 
AUDIÊNCIA ................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
NOÇÕES GERAIS .......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
COMPARECIMENTO DAS PARTES ................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
CONSEQUÊNCIAS DO NÃO COMPARECIMENTO DAS PARTES ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
TRÂMITE DA AUDIÊNCIA ............................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
NO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO ............................................................................... Erro! Indicador não definido. 
NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO .......................................................................... Erro! Indicador não definido. 
CONCILIAÇÃO ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
RESPOSTAS DO RÉU ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
CONTESTAÇÃO ............................................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
DEDUÇÃO .................................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
EXCEÇÕES ................................................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
RECONVENÇÃO .......................................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
PROVAS ........................................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
ÔNUS DA PROVA ......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
MEIOS DE PROVA ........................................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
DEPOIMENTO PESSOAL E INTERROGATÓRIO ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
PROVA TESTEMUNHAL............................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
PROVA DOCUMENTAL................................................................................................ Erro! Indicador não definido. 
PROVA PERICIAL ......................................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO ..................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS.................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
Recursos Cabíveis ....................................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
Forma de Interposição e Efeitos ................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Contrarrazões ............................................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Decisões Interlocutórias ............................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Pedido de Revisão ...................................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
Recurso Adesivo ......................................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
PRESSUSPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE ....................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
DEPÓSITO RECURSAL ........................................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
CUSTAS .......................................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
REGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO .................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
RECURSOS EM ESPÉCIE ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Processo do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
3 
RECURSO ORDINÁRIO ................................................................................................ Erro! Indicador não definido. 
Remessa necessária ................................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
RECURSO DE REVISTA ................................................................................................ Erro! Indicador não definido. 
EMBARGOS AO TST ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO ........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO ............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA E EXECUÇÃO DEFINITIVA ...................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
TRÂMITE DA LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
EMBARGOS DE TERCEIROS .......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
AGRAVO DE PETIÇÃO .................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
DISSÍDIO COLETIVO ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
AÇÃO RESCISÓRIA ........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
PRAZO ........................................................................................................................ Erro! Indicador não definido. 
Competência para Ação Rescisória ............................................................................ Erro! Indicador não definido. 
MANDADO DE SEGURANÇA ......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE ............................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
 A Justiça do Trabalho é composta por: [Art. 111, CF/88] 
 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO; 
 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO; 
 JUIZ DO TRABALHO. 
Art. 111, CF. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
III - Juízes do Trabalho. 
 
O inciso III, do artigo 111, foi alterado pela Emenda Constitucional nº 24/1999, extinguindo a figura 
dos juízes classistas (representantes da categoriaeconômica e profissional) e as juntas de conciliação e 
julgamento. 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Processo do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
4 
Tribunal Superior do Trabalho – TST 
 O Tribunal Superior do Trabalho tem sede em Brasília, possui jurisdição em todo o território 
nacional e é composto por EXATOS 27 ministros, que devem ser brasileiros, com mais de 35 e menos de 65 
anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. 
[Art. 690, CLT e art 111-A, CF] 
Um quinto de seus membros será composto por advogados e membros do Ministério Público 
(quinto constitucional) com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e de efetivo exercício, 
respectivamente. Os demais membros serão desembargadores dos Tribunais Regionais do Trabalho, 
oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. [Art. 111-A, CF/88] 
Funcionarão junto ao TST a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados do Trabalho 
– ENAMAT - e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT. 
Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando 
possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 
e menos de 65 anos. Na composição dos membros do TRT, o quinto constitucional também é respeitado. 
Atualmente, há 24 regiões e 24 Tribunais Regionais do Trabalho, sendo dois deles situados no 
estado de São Paulo (um na Capital e outro em Campinas). 
Não há Tribunal Regional do Trabalho nos seguintes estados: Tocantins, Amapá, Acre e Roraima. 
 Os Tribunais Regionais deverão criar a Justiça Itinerante, com a realização de audiências e demais 
funções de atividade jurisdicional, dentro do limite territorial de sua jurisdição, servindo-se de 
equipamentos públicos e comunitários. 
Juiz do Trabalho 
O Juiz do Trabalho ingressará na carreira como Juiz do Trabalho Substituto, após aprovação em 
concurso público de provas e títulos, sendo designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir 
nas Varas do Trabalho. Após 2 (dois) anos de exercício, o Juiz do Trabalho substituto torna-se vitalício. 
Alternadamente, por antiguidade ou merecimento, o Juiz será promovido a juiz Titular da Vara do Trabalho 
e, posteriormente, pelo mesmo critério, a juiz do Tribunal Regional do Trabalho1. 
Nas Comarcas onde não houver juiz do trabalho, por lei, os Juízes de Direito poderão ser investidos 
da jurisdição trabalhista. Das sentenças que proferirem caberá Recurso Ordinário para o respectivo 
Tribunal Regional do Trabalho. [Art. 112, CF/88 e Art. 668, CLT]. 
 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
 
1
 SCHIAVI. Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 3ª Ed. São Paulo: LTr, 2010. p. 147. 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Processo do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
5 
A competência será designada da seguinte forma: em razão da matéria, em razão das pessoas, em 
razão da função ou em razão do território. 
 
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA E EM RAZÃO DA PESSOA 
Compete às Varas do Trabalho processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho, como 
determinado pelo art. 114 da Constituição Federal. 
Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e 
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua 
jurisdição; 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de 
trabalho; 
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das 
sentenças que proferir; 
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
§ 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, 
ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições 
mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
§ 3º - Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do 
Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
 
A Emenda Constitucional nº 45/2004 foi responsável por uma significativa ampliação da 
competência da Justiça do Trabalho: 
 
Em seu inciso I, o artigo 114 traz como competência da Justiça do Trabalho processar e julgar as 
ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de Direito Público externo e da Administração 
Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Processo do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
6 
Contudo, o STF na ADI nº 3395, repetindo o entendimento já expostos na ADI 492, tornou defeso à 
Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e os servidores a ele 
vinculados por típica relação baseada no regime estatutário ou jurídico-administrativo. 
 Conclui-se que, em se tratando de demanda entre o Poder Público e servidor público estatutário, 
este não poderá ajuizar reclamatória trabalhista na Justiça do Trabalho. Também não poderá demandar na 
Justiça do Trabalho o servidor temporariamente contratado pelo ente público por regime especial previsto 
em lei municipal ou estadual, à luz dos artigos 114 e 37, IX, da CF/1988, pois toda contratação temporária 
apresenta índole administrativa, se previsto regime especial em lei própria. 
Assim, o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública, na 
Justiça do Trabalho, afronta a autoridade da decisão exarada na ADI 3.395-MC/DF. Isto levou os ministros 
do Plenário do STF, no exame do Recurso Extraordinário nº 573.202-9/AM, em 21/8/2008, a darem 
repercussão geral à referida decisão, implicando, nos termos dos artigos 543-A e 543-B, do CPC (Lei 
11.418/2006), a objetivação do julgamento emitido pelo STF, ou seja, os casos análogos serão decididos 
exatamente no mesmo sentido daquele deliberado pelo órgão pleno no RE 573.202/AM. 
Dessa forma, o TST cancelou a OJ 205, da SBDI-12, que previa a competência da Justiça do Trabalho 
quando alegado o desvirtuamento em tal contratação, mediante a prestação de serviços à Administração 
para atendimento de necessidade permanente e não para acudir a situação transitória e emergencial. 
Sendo assim, é possível ajuizar RT contra Administração Pública, direta ou indireta, na Justiça do 
Trabalho, quando os servidores estiverem a ela vinculados por relação CELESTISTA. 
Nos demais casos: 
a) Tratando-se de servidor público federal a ação poderá ser ajuizada na Justiça Federal; 
b) Tratando-se de servidor público municipal ou estaduala reclamatória poderá ser ajuizada na Justiça 
Estadual. 
A Justiça do Trabalho é competente para julgar: 
 Dano moral e patrimonial decorrentes das relações de trabalho, inclusive em razão de 
acidente do trabalho; 
 
2
 OJ 205, SDI-1 (cancelada). COMPETÊNCIA MATERIAL. JUSTIÇA DO TRABALHO. ENTE PÚBLICO. CONTRATAÇÃO IRREGULAR. REGIME ESPECIAL. 
DESVIRTUAMENTO (cancelada) – Res. 156/2009, DEJT divulgado em 27, 28 e 29.04.2009 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho dirimir dissídio individual entre trabalhador e ente público se há controvérsia 
acerca do vínculo empregatício. 
II - A simples presença de lei que disciplina a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional 
interesse público (art. 37, inciso IX, da CF/1988) não é o bastante para deslocar a competência da Justiça do Trabalho se se alega 
desvirtuamento em tal contratação, mediante a prestação de serviços à Administração para atendimento de necessidade permanente e não 
para acudir a situação transitória e emergencial. 
 
 
 
 
 
 
 
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Processo do Trabalho 
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7 
 Ações que envolvam o exercício do direito de GREVE; 
 Representação sindical (sind. x empregador / sind. x sind. / sind. x trabalhador); 
 Conflitos de competência entre seus órgãos, salvo nos casos de competência do STJ e do 
STF; 
 Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data; 
 Penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização do trabalho (inclusive MS); e, 
 Executar, de ofício, as contribuições sociais decorrentes das sentenças que proferir. 
Ressalte-se que, quanto às contribuições fiscais, a Justiça do Trabalho tem competência apenas para 
determinar a sua retenção (súmula 368 do TST), não podendo executá-las de ofício. 
 
Nos termos da súmula 389, I, do TST, compete a Justiça do Trabalho julgar as ações em que se 
postule indenização substitutiva pelo não fornecimento das guias do seguro desemprego. 
Súmula 389, TST. I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo 
por objeto indenização pelo não fornecimento das guias do seguro desemprego. 
II - O não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro desemprego dá origem ao direito à 
indenização. 
É competência da Justiça do Trabalho processar e julgar as ações decorrentes do não 
cadastramento do empregado no PIS. 
Súmula 300, TST. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações de empregados contra empregadores, relativas ao 
cadastramento no Plano de Integração Social (PIS). 
 Ressaltem-se as seguintes súmulas em matéria de competência da Justiça do Trabalho: 
 Súmula Vinculante 22, STF: 
Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar a ação de indenização por danos 
morais e patrimoniais decorrentes das relações de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas 
que não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004. DOU de 
11/12/2009. 
Podemos esquematizá-la da seguinte maneira: 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
 
No mesmo sentido é o entendimento do STJ, consubstanciado na súmula 367, para as demais ações 
que se tornaram de competência da Justiça do Trabalho com a EC 45/2004. In verbis: 
Súmula 367, STJ: A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados. 
Em relação ao acidente de trabalho, vale destacar que a Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar tanto as ações indenizatórias ajuizadas pelo empregado contra o empregador, como 
também as movidas pelos sucessores contra o empregador. Em sentido contrário era o entendimento do 
STJ, consubstanciado na súmula 3663, que foi cancelada. Dessa maneira é inquestionável a competência da 
Justiça do Trabalho nos dois casos mencionados. 
Por fim, em razão do acidente de trabalho, 3 ações podem ser movidas pelo: 
a) empregado ou seus sucessores contra o empregador; 
b) empregado ou sucessores contra o INSS; 
c) INSS contra o empregador; 
 Súmula Vinculante 23, STF: 
Súmula Vinculante 23 do STF: a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em 
decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. DOU 11/12/2009. 
 
3
 Súmula 366, STJ. “COMPETE À JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR AÇÃO INDENIZATÓRIA PROPOSTA POR VIÚVA E FILHOS DE 
EMPREGADO FALECIDO EM ACIDENTE DE TRABALHO.” 
 
 
 
 
 
 
 
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Processo do Trabalho 
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Cumpre destacar que a Justiça do Trabalho não tem competência para apreciar controvérsias 
decorrentes do exercício do direito de greve pelo servidor público estatutário, uma vez que, o STF, na ADI 
3395, excluiu da competência da Justiça do Trabalho as ações que sejam instauradas entre o Poder Público 
e seus servidores estatutários oriundas das relações de trabalho, tal como é a greve. 
 Súmula 363 do STJ 
Nos termos da súmula 363 do STJ a Justiça Comum é competente para as ações de execução de 
cobrança de honorários de profissionais liberais. Observe-se: 
Súmula 363, STJ: Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra 
cliente. 
 
 Súmula Vinculante 25 e ADI 3684, STF: 
Súmula Vinculante 25 do STF: É ilícita a prisão de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. DOU 
23/12/2009. 
 O inciso IV, do artigo 114, da CF/88, confere à Justiça do Trabalho competência para processar e 
julgar os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver 
matéria de sua jurisdição. Entretanto, vale mencionar que o STF, na ADI nº 3.684, concedeu liminar com 
efeito ex-tunc para declarar a incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações penais. 
Importante ressaltar que, de acordo com o art. 114, VIII, da Constituição, a Justiça do Trabalho é 
competente para a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, da CF e seus 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. O mesmo ocorre com a contribuição 
denominada SAT (Seguro de Acidente do Trabalho) em razão de sua natureza de contribuição para a 
seguridade social, uma vez que é destinada ao financiamento de benefício relativo à incapacidade do 
empregado decorrente de infortúnio no trabalho. 
 
OJ 414, SDI-1, TST. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO 
SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, "A", DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (DEJT divulgado em 
14, 15 e 16/02/2012) 
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que 
tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, "a", da CF), pois se destina ao financiamento de 
benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). 
 
Já as contribuições devidas à terceiro, ou seja, as destinadas ao sistema S (Senac, Senai, Sesi, 
Sebrae, etc), não objetivam custear a seguridade social, mas sim as entidades privadas de serviço social e 
formação profissional vinculadas ao sistema sindical, razão pela qual sua execução não se insere na 
competência da Justiça do Trabalho.De acordo com a súmula 189, do TST, e PN 29, do TST, compete à Justiça do Trabalho declarar a 
abusividade ou não da greve. Observe-se: 
 
 
 
 
 
 
 
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Súmula 189, TST. GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ABUSIVIDADE (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21/11/2003. 
A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. 
 
PN 29, TST. GREVE. COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS PARA DECLARÁ-LA ABUSIVA (positivo) 
Compete aos Tribunais do Trabalho decidir sobre o abuso do direito de greve. 
 
Vale destacar ainda as seguintes súmulas e orientações jurisprudenciais: 
Súmula 19, TST. QUADRO DE CARREIRA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003. 
A Justiça do Trabalho é competente para apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro 
de carreira. 
 
OJ 26, SDI-1, TST. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO REQUERIDA POR VIÚVA DE EX-
EMPREGADO. Inserida em 01/02/1995 (inserido dispositivo, DJ 20/04/2005). 
A Justiça do Trabalho é competente para apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-empregado, 
por se tratar de pedido que deriva do contrato de trabalho. 
 
OJ 138, SDI-1, TST. COMPETÊNCIA RESIDUAL. REGIME JURÍDICO ÚNICO. LIMITAÇÃO DA EXECUÇÃO. (nova redação em 
decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 249 da SBDI-1, DJ 20/04/2005) 
Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previstos na legislação trabalhista referente a período 
anterior à Lei nº 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime 
estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período celetista. (1ª parte - ex-OJ nº 138 
da SBDI-1 - inserida em 27/11/1998; 2ª parte - ex-OJ nº 249 - inserida em 13/03/2002). 
 
A incompetência em razão da matéria é absoluta. Pode ser declarada pelo Juízo, de ofício, ou 
mediante alegação das partes em qualquer tempo ou grau de jurisdição (art. 795, § 1º, CLT e Art. 113, 
CPC). 
A incompetência material da Justiça do Trabalho deve ser alegada em preliminar de contestação. Já 
a incompetência territorial, por exceção de incompetência. 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
 A regra para a definição da competência territorial, na Justiça do Trabalho, é o LOCAL DA 
PRESTAÇÃO de serviços, tratada no art. 651, da CLT. 
Art. 651, CLT: A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou 
reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
Esse artigo da CLT é composto por três parágrafos que preveem exceções à regra geral apresentada 
pelo caput, quais sejam: 
a) Empregado agente ou viajante comercial (art. 651, § 1º, CLT): 
 
 
 
 
 
 
 
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§ 1º – Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da localidade em que a empresa 
tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em que o 
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
b) Competência da Justiça do Trabalho Brasileira para julgar os dissídios ocorridos no estrangeiro 
envolvendo empregado de nacionalidade brasileira trabalhando no estrangeiro. (Art. 651, § 2º, CLT): 
§ 2º – A competência das Varas do Trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 
A principal questão a respeito desse parágrafo é: qual a legislação aplicável quando o empregado 
brasileiro é contratado no Brasil para trabalhar em outro país? São duas as situações: 
 Empregado brasileiro contratado para trabalhar no estrangeiro por empresa sem sede no Brasil: a 
legislação aplicável é a do local da prestação dos serviços. 
 Empregado transferido: aplica-se a legislação mais favorável. [Lei 7064/82 – alterada em 2009]. 
Considera-se transferido: 
- empregado contratado no Brasil, trabalhando no Brasil e removido para o exterior; 
- empregado contratado no Brasil, trabalhando no Brasil, cedido à empresa sediada no exterior, desde que 
mantido o vínculo com o empregador brasileiro; 
- empregado contratado por empresa sediada no Brasil para trabalhar no exterior; 
Nesse sentido é o art. 2º, da Lei 7064/82. Observe-se: 
Art. 2º, Lei 7064/82. Para os efeitos desta Lei, considera-se transferido: 
I - o empregado removido para o exterior, cujo contrato estava sendo executado no território brasileiro; 
II - o empregado cedido à empresa sediada no estrangeiro, para trabalhar no exterior, desde que mantido o vínculo trabalhista 
com o empregador brasileiro; 
III - o empregado contratado por empresa sediada no Brasil para trabalhar a seu serviço no exterior. 
Nos casos de transferência, aplica-se a legislação material mais favorável ao empregado, nos 
termos do art. 3º, da Lei 7064/82, in verbis: 
Art. 3º, Lei 7064/82. A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, 
independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: 
I - os direitos previstos nesta Lei; 
II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, 
quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria. 
c) Empregador que promove realização de atividade fora do lugar do contrato (Art. 651, § 3º, CLT): 
 
 
 
 
 
 
 
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§ 3º – Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado 
ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
Não há compatibilidade entre o Direito Processual do Trabalho e o artigo 111, do Código de 
Processo Civil, que permite às partes instituírem o foro de eleição. 
 
Conflito de Competência 
Nos termos do art. 115, do CPC, o conflito de competência pode ser positivo ou negativo. No 
primeiro caso, dois ou mais juízes se declaram competentes para julgar a causa. Já na segunda hipótese, 
dois ou mais juízes se declaram incompetentes para julgar o processo. Por fim, pode ocorrer conflito de 
competência quando houver divergência entre dois ou mais juízes acerca da reunião ou separação de 
processos. 
O conflito de competência originado entre os órgãos da Justiça do Trabalho será solucionado pelas 
normas contidas na própria CLT (artigo 803 e seguintes, que observam o critério de hierarquia) e pelos 
artigos 102, I, “o” e 105, I, “d”, da Constituição Federal. 
Seguem os artigos mencionados: 
 
Art. 102, CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre 
estes e qualquer outro tribunal; 
 
Art. 105, CF. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e 
juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; 
 
Art. 803, CLT. Os conflitos de jurisdição podemocorrer entre: 
a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na administração da Justiça do Trabalho; 
b) Tribunais Regionais do Trabalho; 
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; 
 
Art. 808, CLT. Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: 
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões; 
b) pelo Tribunal Superior do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à 
jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; 
c) Revogado pelo Decreto Lei 9.797, de 1946; 
d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária (esta alínea 
deve ser confrontada com o art. 105, I, “d”, da Constituição, conforme a seguir demonstrado). 
 
Assim, os conflitos serão resolvidos pelos TRT’s e TST e, também, pelo STJ, quando o conflito de 
competência ocorrer entre órgãos de justiças diferentes (entre quaisquer tribunais; entre tribunais e juízes 
a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos, ressalvada a competência do STF 
 
 
 
 
 
 
 
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prevista no artigo 102, I, alínea “o”, da CF) e, pelo STF, quando o conflito envolver tribunal superior (entre 
o STJ e qualquer outro tribunal; entre tribunais superiores e entre tribunais superiores e qualquer outro 
tribunal). 
 
Segue resumo: 
 
Conflito Observações Órgão Julgador 
 Conflito entre duas Varas do Trabalho; 
 Conflito entre juiz do trabalho e juiz de 
direito investido da jurisdição trabalhista; 
Ambos subordinados ao mesmo TRT; 
TRT 
(art. 808, “a”, CLT) 
 Conflito entre duas Varas do Trabalho; 
 Conflito entre juiz do trabalho e juiz de 
direito investido da jurisdição trabalhista; 
Subordinados 
a TRT´s diversos; 
TST 
(art 808, “b”, CLT) 
 Conflito entre dois TRT’s; 
 
 
TST 
(art. 808, “b”, CLT) 
Conflito entre órgãos de justiças diferentes como, 
por exemplo: 
 Conflito entre juiz do trabalho e juiz de 
direito; 
 Conflito entre juiz do trabalho e juiz 
federal; 
 Conflito entre TRT e juiz federal; 
Conflito entre TRT e juiz de direito; 
 
STJ 
(art. 105, I, “d”, CF) 
Conflito envolvendo Tribunal Superior, como por 
exemplo: 
 Conflito entre TST e TJ; 
 Conflito entre TST e TRF; 
 
 
STF 
(art. 102, I, “o”, CF) 
 
 
Em razão do princípio hierárquico, não se configura conflito de competência entre Tribunal 
Regional do Trabalho e Vara do trabalho a ele vinculada, sendo nesse sentido a súmula 420, do TST: 
Súmula 420, TST. COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO 
CONFIGURAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 115 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24/08/2005. Não se 
configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. (ex-OJ nº 115 da 
SBDI-2 - DJ 11/08/2003). 
 
 
Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 
 
Os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho são prestados por servidores e órgãos de auxílio, e o 
capítulo VI, da CLT (arts. 710 a 717) é destinado a tratar desse assunto. 
Secretarias 
Nos termos do art. 710, da CLT, as secretarias são dirigidas pelo Diretor de Secretaria. Segundo 
Mauro Schiavi4, elas são compostas “pelo Diretor de Secretaria; pelo Assistente de Diretor (que substitui o 
diretor em suas ausências); um assistente de Juiz (que auxilia o juiz diretamente); um Secretário de 
Audiências, também chamado de datilógrafo de audiências, a quem compete secretariar as audiências e 
digitar as atas; um assistente de cálculos (a quem compete auxiliar o juiz na elaboração e conferência dos 
cálculos de liquidação); o oficial de justiça avaliador, a quem compete o cumprimento dos mandados e 
diligências solicitadas pelo Juiz; e pelos demais funcionários da Justiça do Trabalho (analistas e técnicos 
judiciários), que ingressam mediante concurso público de provas”. 
Compete às secretarias realizar notificações, autuações, atendimento aos advogados e, ainda, sob a 
supervisão do juiz, nos termos do art. 162, §4º, do CPC, atos meramente ordinatórios, como a juntada e a 
vista obrigatória. 
 
Art. 162, § 4º, CPC. Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo 
ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. 
 
Dos Distribuidores 
Nas localidades em que houver mais de uma Vara do Trabalho e nos Tribunais, onde houver mais 
de uma Turma, haverá um distribuidor. Será de sua competência, entre outras, a distribuição do feito 
rigorosamente por ordem de entrada e o fornecimento de informações sobre os processos distribuídos 
(arts. 713 e 714, “a”, CLT). 
Os distribuidores são designados pelo Presidente do TRT, dentre funcionários das Varas do Trabalho 
e do TRT, ficando subordinados diretamente a ele (art. 715, CLT). 
As atribuições do distribuidor estão disciplinadas no art. 714 da CLT. In verbis: 
Art. 714, CLT. Compete ao distribuidor: 
a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos feitos que, para esse fim, lhe forem 
apresentados pelos interessados; 
b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído; 
c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos nomes dos reclamantes e o outro dos 
reclamados, ambos por ordem alfabética; 
d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de informações sobre os feitos distribuídos; 
e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presidentes das Juntas, formando, com as fichas 
correspondentes, fichários à parte, cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, mas não serão mencionados em 
certidões. 
 
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 Op. Cit, 152. 
 
 
 
 
 
 
 
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Oficiais de Justiça 
A CLT trata dos oficiais de Justiça no art. 721 e seguintes. Observe-se: 
Art. 721 - Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do Trabalho a realização dos atos 
decorrentes da execução dos julgados das Juntas de Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes 
forem cometidos pelos respectivos Presidentes. 
§ 1º Para efeito de distribuição dos referidos atos, cada Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador funcionará perante uma 
Junta de Conciliação e Julgamento, salvo quando da existência, nos Tribunais Regionais do Trabalho, de órgão específico, 
destinado à distribuição de mandados judiciais. 
§ 2º Nas localidades onde houver mais de uma Junta, respeitado o disposto no parágrafo anterior, a atribuição para o 
cumprimento do ato deprecado ao Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador será transferida a outro Oficial, sempre que, 
após o decurso de 9 (nove) dias, sem razões que o justifiquem, não tiver sido cumprido o ato, sujeitando-se o serventuário às 
penalidades da lei. 
§ 3º No caso de avaliação, terá o Oficial de Justiça Avaliador, para cumprimento do ato, o prazo previsto no art. 888. 
§ 4º É facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionaisdo Trabalho cometer a qualquer Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça 
Avaliador a realização dos atos de execução das decisões desses Tribunais. 
§ 5º Na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador, o Presidente da Junta poderá atribuir a 
realização do ato a qualquer serventuário. 
 
Princípios Gerais do Processo do Trabalho 
 
Princípio da inércia ou dispositivo ou da demanda 
Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos 
casos e forma legais (art. 2º, CPC). 
Art. 2
o
, CPC. Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma 
legais. 
 
De acordo com o princípio da inércia, só haverá prestação da tutela jurisdicional por iniciativa da 
parte, a qual deve provocar o judiciário. No Processo do Trabalho há algumas exceções à aplicação do 
referido princípio. Observe-se: 
 Artigo 856, CLT: o Presidente do Tribunal pode suscitar o dissídio coletivo na hipótese de 
paralisação do trabalho; 
 Artigo 39, CLT: o juiz do trabalho poderá processar e julgar a reclamação encaminhada pela SRT – 
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (antiga DRT), nos casos em que, por não ter a sua CTPS 
assinada, o empregado propuser uma reclamação perante a SRT e o Órgão Administrativo constatar: a) 
 
 
 
 
 
 
 
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que, em sua defesa, o reclamado alega a inexistência do vínculo de emprego ou b) que é impossível 
verificar esta condição pelos meios administrativos. 
 
Princípio inquisitivo ou inquisitório 
O princípio do impulso oficial determina aos Juízos e Tribunais o dever de impulsionar o processo. 
O art. 262, CPC, contempla tal princípio. In verbis: 
Art. 262, CPC. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. 
No Processo do Trabalho, tal princípio está previsto principalmente no art. 765, da CLT. Observe-se: 
 Art. 765, CLT: Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido 
das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. 
 
Princípio da Concentração 
Segundo o princípio da concentração, no Processo do Trabalho, os atos de conciliação, defesa, 
provas, razões finais e sentença concentram-se em audiência. 
A CLT previu a audiência como una ou única, conforme se observa pelos seguintes artigos: 
Art. 849, CLT. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no 
mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova 
notificação. 
Art. 852-C, CLT. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz 
presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular. 
Na prática, o princípio da concentração foi mitigado sendo que, no procedimento ordinário, a 
audiência é dividida em inicial, instrução e julgamento. 
 
Princípio da oralidade 
Apesar de não haver previsão expressa no CPC e nem na CLT, o princípio da oralidade possui grande 
destaque no Processo do Trabalho. Encontra-se implícito nas seguintes hipóteses: possibilidade de se 
apresentar reclamatória trabalhista verbal (artigo 840, §2º, CLT – princípio da informalidade), tentativas 
conciliatórias (arts. 846 e 850 da CLT); possibilidade de a defesa ser apresentada de forma oral em 
audiência (artigo 847, CLT); nas provas que são produzidas de forma oral (depoimento das partes, oitiva de 
testemunhas, dentre outras) e nas razões finais que são apresentadas de forma oral, em 10 minutos (art. 
850, CLT). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Princípio da identidade física do juiz 
Atualmente, o princípio da identidade física do juiz é aplicável ao processo do trabalho. Previsto no 
artigo 132 do CPC, estabelece que o juiz que presidiu a causa e concluiu a instrução probatória 
necessariamente deverá proferir a sentença: 
Art. 132, CPC. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado 
por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor. 
É necessário aqui fazer um breve histórico. Antes da Emenda Constitucional 24/99 vigoravam, na 
Justiça do Trabalho, as juntas de conciliação e julgamento compostas por um juiz togado – juiz presidente –
, um juiz classista representante dos empregados e um juiz classista representante dos empregadores. A 
rotatividade dos juízes classistas era tão grande que impedia a aplicação desse preceito. Diante disso, as 
súmulas 136, do TST, e 222, do STF, estabeleceram que a identidade física do juiz não vigoraria no Processo 
do Trabalho. Quando, em 1999, através da emenda constitucional nro 24, as juntas foram extintas e 
substituídas pelas Varas trabalhistas, nada mais impediu aplicação desse princípio. Em setembro de 2012, a 
Súmula 136 do TST foi cancelada pela Res. 185/2012 e, agora, reclama-se também o cancelamento da 
Súmula 222 do STF. 
Princípio da imediatidade ou da imediação 
Segundo o princípio da imediatidade, as provas deverão ser produzidas com a participação do juiz. 
No CPC, este princípio está previsto nos arts. 342, 440 e 446, II. In verbis: 
 
Art. 342, CPC. O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim 
de interrogá-las sobre os fatos da causa. 
Art. 440, CPC. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, 
a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa. 
Art. 446, CPC. Compete ao juiz em especial: 
I - dirigir os trabalhos da audiência; 
II - proceder direta e pessoalmente à colheita das provas; 
Pode-se visualizar tal princípio na CLT, em seu artigo 820, segundo o qual o juiz participará da 
colheita do depoimento das partes e das testemunhas. Observe-se: 
Art. 820, CLT. As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a 
requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados. 
 
Princípio da Pertetuatio Jurisdictionis 
Segundo o princípio da perpetuatio jurisdictionis, a competência absoluta (em razão da matéria, da 
pessoa e da função) é imutável, sendo determinada no momento da propositura da ação, salvo nas 
hipóteses do art. 87 do CPC: supressão de órgão judiciário ou alteração da competência em razão da 
matéria e/ou da hierarquia. 
 
 
 
 
 
 
 
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Observe-se o art. 87, do CPC: 
Art. 87, CPC. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado 
de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em 
razão da matéria ou da hierarquia. 
 
 Equipara-se à hipótese de supressão de órgão judiciário a criação de vara do trabalho nas hipóteses 
em que antes eram inexistentes. 
 Quando houver supressão do órgão judiciário, criação de vara do trabalho ou alteração da 
competência em razão da matéria, todas as ações, já sentenciadas ou não, deslocar-se-ão para o novo 
juízo competente. Quanto às ações que se tornaram de competência da Justiça do Trabalho com a EC 
45/2004, tem-se que, por razões de política judiciária, apenas aquelasainda não sentenciadas serão 
deslocadas. 
 
Estabilidade da Lide 
O princípio da Estabilidade da Lide informa o momento processual limite para que o autor possa 
modificar a petição inicial, após a propositura da ação. 
No Processo Civil, antes da citação, o autor terá ampla liberdade para modificar a petição inicial 
(art. 294, CPC), após a sua realização, apenas com o consentimento do réu (art. 264, CPC) e após o 
despacho saneador, em nenhuma hipótese (art. 264, parágrafo único). 
No Processo do Trabalho, não há despacho saneador e a defesa é apresentada em audiência, de 
modo que, o último momento para o autor modificar a petição inicial é em audiência, antes da 
apresentação da defesa. Deve o juiz, nesse caso, conceder prazo não inferior a 5 (cinco) dias para que o réu 
se manifeste quanto às alterações. 
 
 
Princípio da Eventualidade 
O princípio da eventualidade está previsto no art. 300, do CPC, o qual prevê que “Compete ao réu 
alegar, na contestação, toda matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o 
pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir”. 
Assim, de acordo com este princípio, toda matéria de defesa deve ser aduzida na contestação. 
 
Princípio da Finalidade ou da Instrumentalidade das formas 
O princípio da finalidade também é denominado princípio da instrumentalidade das formas, com 
previsão nos arts. 154 e 244, do CPC. Estes artigos, em síntese, estabelecem que quando a lei prevê 
determinada forma para a prática do ato processual, sem cominar nulidade, o ato será considerado válido 
se, realizado de outro modo, alcançar a sua finalidade. Observe-se: 
Art. 154, CPC. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, 
reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial. 
Art. 244, CPC. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, 
realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
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Princípio da Busca da Verdade Real 
 O princípio da Busca da Verdade Real equivale ao princípio de direito material, denominado 
primazia da realidade. 
 A aplicação desse princípio torna possível, por exemplo, invalidar recibos de pagamento, quando as 
testemunhas demonstram que não refletem a verdade real. Da mesma forma, quando contraditória a 
prova documental, prevalece a prova testemunhal. 
 
Princípio da Extrapetição 
O princípio da Extrapetição autoriza que o juiz condene o reclamado a certos pedidos que não 
constem na petição inicial do reclamante. 
É exemplo de sua aplicação os juros e a correção monetária que serão computados, ainda que autor 
não formule pedido nesse sentido e, mais, mesmo que o juiz não os inclua na sentença serão incluídos nos 
cálculos de liquidação. Nesse sentido estão o art. 293 do CPC e a súmula 211 do TST. Observe-se: 
 
Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais. 
 
Súmula 211, TST. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO 
JUDICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003. 
Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação. 
 
Princípio da Preclusão 
Como afirma o professor Carlos Henrique Bezerra Leite (2009, p.69), o princípio da preclusão “(…) 
decorre da própria logicidade do processo, que é andar para frente, sem retorno a etapas ou momentos 
processuais já ultrapassados”. 
A preclusão pode ser consumativa (decorre da prática do ato processual); temporal (caracteriza-se 
pela impossibilidade de praticar o ato processual depois de expirado o prazo); preclusão lógica 
(caracteriza-se pela impossibilidade de praticar um ato processual por mostrar-se contraditório com o já 
praticado); preclusão ordinatória (pode ser definida como a impossibilidade de praticar um ato processual 
antes da realização de ato que a legislação prevê como precedente); preclusão máxima (consiste na 
impossibilidade de interposição de qualquer recurso após o trânsito em julgado); preclusão pro judicato 
(consiste na impossibilidade de o juiz conhecer de questões já decididas, salvo nas hipóteses de embargos 
de declaração e ação rescisória). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS 
 
ATO PROCESSUAL 
Os atos processuais são acontecimentos voluntários que ocorrem no processo. Em regra, são 
públicos, entretanto, segundo estabelece o art. 155 do CPC correm em segredo de justiça os processos: a) 
em que exigir o interesse público; e b) que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, 
conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. 
Os atos processuais podem ser praticados: 
a) pelo juiz: despachos, decisões interlocutórias e sentenças (art. 162 do CPC), bem como a 
presidência das audiências, a supervisão dos trabalhos da secretaria, o atendimento aos advogados, etc.; 
b) pelas partes: petição inicial, contestação, recursos, depoimento pessoal, entre outros; e 
c) pelos auxiliares: notificação, penhora, avaliação, perícia, etc. 
 Devem ser realizados em dias úteis, das 6h00 às 20h00 (cuidado para não confundir com o horário 
das audiências, que é das 8h00 às 18h00, com duração máxima de 5 horas, salvo em caso de matéria 
urgente). 
A penhora PODE realizar-se em domingos e feriados mediante expressa autorização do juiz, 
observado o disposto no art. 5°, XI, da CF: ninguém pode penetrar na casa, asilo inviolável do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial. 
Art. 770, CLT: Os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos 
dias uteis das 6 às 20 horas. 
Parágrafo Único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz. 
 
Art. 772, CLT. Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo 
justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver 
procurador legalmente constituído. 
 
É possível obter certidão em processo que corre em segredo de justiça, desde que haja despacho 
do juiz. 
Art. 781, CLT: As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados, as quais serão lavradas pelos 
escrivães ou diretores de secretaria. 
Parágrafo Único. As certidões dos processos que correm em segredo de justiça dependerão de despacho do juiz ou presidente. 
 
TERMOS 
Termo é a redução escrita de um ato processual. 
 
 
 
 
 
 
 
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Os atos processuais devem ser registrados. O objetivo do legislador é que os registros sejam feitos 
de forma indelével. Logo não se admitem termos lançados a lápis. 
Na CLT há três artigos que tratam de termos processuais: 
Art. 771, CLT. Os atos e termos processuais poderão ser escritos à tinta, datilografados ou a carimbo. 
Art. 772, CLT. Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo 
justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de duas testemunhas, sempre que não houver procurador 
legalmente constituído. 
Art. 773, CLT. Os termos relativos ao movimentode processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos Chefes de 
Secretaria ou escrivães. 
 Mesmo os atos processuais que podem ser praticados de forma oral devem ser reduzidos a termo. 
O CPC, em seus artigos 166 a 171, também traz diversas exigências em relação a termos 
processuais, como a numeração e rubrica do escrivão em todas as páginas do processo, a vedação do uso 
de abreviaturas, proibição de espaços em branco, de emendas ou rasuras (salvo se os espaços em branco 
forem inutilizados e as rasuras expressamente ressalvadas), etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRAZOS 
Devem ser destacados dois momentos quanto aos atos processuais: 
a) O momento do início do prazo: o prazo inicia-se no dia da notificação ou da intimação. 
b) O momento do início da contagem do prazo: o início da contagem ocorre no primeiro dia 
útil subsequente ao dia no início do prazo. 
Art. 774, CLT. Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se (sem grifo no original), conforme o 
caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal 
oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, 
Juízo ou Tribunal. 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de 
recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) 
horas, ao Tribunal de origem. 
Art. 775, CLT. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se (sem grifo no original) com exclusão do dia do começo e inclusão 
do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário 
pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. 
 
 Destacam-se as seguintes súmulas referentes ao início e à contagem dos prazos processuais: 
 Súmula 1, TST. PRAZO JUDICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Quando a intimação tiver lugar na sexta-
feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, 
inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
Súmula 262, TST. PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE (incorporada a Orientação 
Jurisprudencial nº 209 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
a) I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no 
primeiro dia útil imediato e a contagem, no subseqüente. 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os 
prazos recursais. 
 
Recesso forense: 20 de dezembro a 6 de janeiro 
 Quando a intimação ocorre no sábado, tem-se por realizada na segunda-feira (se dia útil), sendo 
este o dia do início do prazo e terça-feira (se dia útil) o dia do início da contagem do prazo. 
b) OJ 310, SDI-I, TST. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 191 DO CPC. INAPLICÁVEL 
AO PROCESSO DO TRABALHO ( DJ 11.08.2003) A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em face 
de sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista. 
 
 
 
 
 
 
 
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O art. 191, do CPC, estabelece que litisconsortes, com procuradores diferentes, têm prazo em 
dobro. Como tal dispositivo legal não se aplica ao Processo do Trabalho, tem-se que LITISCONSORTES COM 
PROCURADORES DIFERENTES NÃO TÊM PRAZO EM DOBRO NO PROCESSO DO TRABALHO. 
 Ainda quanto aos prazos, vale destacar que a Fazenda Pública e o Ministério Público têm prazo em 
dobro para recorrer e em quádruplo para contestar. 
Art. 188, CPC. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda 
Pública ou o Ministério Público. 
O Decreto Lei nº 779/69 em seu artigo 1º, estabelece que nos processos perante a Justiça do 
Trabalho constituem privilégio da União, dos Estados, do DF, dos Municípios, e das autarquias ou 
fundações de direito publico federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica: 
- Inciso II: o quádruplo de prazo fixado no artigo 841, in fine, da CLT. 
- Inciso III: o prazo em dobro para recurso. 
 
Assim, tendo em vista que a Fazenda tem prazo em quádruplo para contestar e que a defesa 
sempre é apresentada na primeira audiência, então para a Fazenda a audiência será a primeira 
desimpedida depois de 20 (vinte) dias. 
 
Quando a parte não comparecer à audiência em prosseguimento para prolação da sentença, o 
prazo para recurso será contado da data de sua intimação (súmula 197 do TST). 
Entretanto, se, mesmo presente a parte, a ata da audiência de julgamento não for juntada ao 
processo em 48 horas, o prazo para o recurso será contado da data em que receber a intimação (súmula 
30 do TST). 
Nos termos do art. 185 do CPC, não havendo previsão legal ou fixação pelo juiz, o prazo para a 
prática do ato processual será de 5 (cinco) dias. 
Os prazos que se vencerem sábados, domingos ou feriados prorrogam-se para o próximo dia útil 
subsequente (art. 775, parágrafo único, CLT). 
Em algumas hipóteses, os prazos processuais podem ser suspensos (paralisa-se a contagem e 
quando concluída a causa suspensiva o prazo volta a fluir pelo que lhe resta) ou interrompidos (paralisa-se 
a contagem e quando concluída a causa interruptiva o prazo reinicia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Súmula 262, TST, II. O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do 
RITST) suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 - inserida em 08/11/2000). 
 
Art. 180, CPC. Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do 
art. 265, I e III; casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação. 
 
É possível a interposição de recurso por fac-símile, nos termos da Lei 9800/99 e da súmula 387 do 
TST. 
A súmula 387, do TST, alterada pelo Pleno do TST em maio de 2011, estabelece o seguinte: 
Súmula 387 RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999 (inserido o item IV à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 
e 31/05/2011I - A Lei nº 9.800, de 26/05/1999, é aplicável somente a recursos interpostos após o início de sua vigência. (ex-OJ 
nº 194, da SBDI-1 - inserida em 08/11/2000) 
II - A contagem do quinquídio para apresentação dos originais de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir 
do dia subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à 
interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - primeira parte - DJ 04/05/2004) 
III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência 
de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado, 
domingo ou feriado. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - "in fine" - DJ 04/05/2004) 
IV - A autorização para utilização do fac-símile,constante do art. 1º da Lei n.º 9.800, de 26/05/1999, somente alcança as 
hipóteses em que o documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre 
particulares. 
 
Dos dispositivos legais e jurisprudenciais extrai-se que: 
a) Os originais devem ser juntados no prazo de 5 (cinco) dias contados do dia subsequente ao 
término do prazo recursal e não do dia subsequente ao envio do fax. Assim, mesmo que o recurso seja 
enviado ao órgão do poder judiciário via fax no terceiro dia do prazo recursal, o quinquídio para 
apresentação dos originais conta-se do dia subsequente ao oitavo dia do prazo; 
b) O primeiro dos 5 (cinco) dias para a juntada dos originais pode coincidir com sábado, 
domingo ou feriado; 
c) Se o último dos 5 (cinco) dias recair em sábados, domingos ou feriados, o prazo prorroga-se 
para o próximo dia útil subsequente; 
d) O item IV da súmula, recentemente acrescentado pelo Pleno do TST, destaca que a lei 
9800/99 permite a prática dos atos processuais por fax, mediante envio do documento diretamente ao 
órgão jurisdicional. Não admite que o documento seja transmitido entre particulares para, em seguida, ser 
encaminhado ao órgão jurisdicional. Assim, os comprovantes de depósito recursal e de custas processuais 
encaminhados da matriz do escritório de advocacia para a filial via fax e somente depois, ato contínuo, 
encaminhados ao órgão jurisdicional não são reputados autênticos, segundo o entendimento do TST. 
 
 
 
 
 
 
 
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Seguem os principais prazos trabalhistas: 
 
Hipóteses Prazo Fundamento 
Audiência 
Primeira desimpedida depois de 
5 (cinco) dias contados do 
recebimento da notificação; 
Art. 841, CLT; 
Defesa Verbal 20 minutos; Art. 847, CLT; 
Manifestação do Exceto em 
exceção de incompetência 
24 horas; Art. 800, CLT; 
Audiência para instrução e 
julgamento da exceção de 
suspeição e impedimento 
48 horas; Art. 802, CLT; 
Razões Finais 10 minutos; Art. 850, CLT; 
Recurso ordinário 8 (oito) dias; Art. 895, CLT; 
Recurso de revista 8 (oito) dias; Art. 896, CLT; 
Embargos ao TST 8 (oito) dias; Art. 894, CLT; 
Agravo de petição 8 (oito) dias; Art. 897, “a”, CLT; 
Agravo de instrumento 8 (oito) dias; Art. 897, “b”, CLT; 
Embargos de declaração 5 (cinco) dias; Art. 897-A, CLT; 
Pedido de Revisão 48 horas; Art. 2º, § 2º, Lei 5584/70; 
Recurso extraordinário 15 (quinze) dias; 
Art. 102, III, CF e art. 266, § 1º 
do Regimento Interno do TST; 
Embargos à execução 
5 (cinco) dias contados da 
garantia do juízo; 
Art. 884, CLT. 
Embargos à execução pela 
Fazenda Pública 
30 (trinta) dias; Art. 1º-B, Lei 9494/97. 
Ação rescisória 
2 (dois) anos contados do dia 
subsequente ao trânsito em 
julgado; 
Art. 495, CPC e súmula 100, I, 
TST; 
Inquérito judicial para apuração 
de falta grave 
30 (trinta) dias contados da 
suspensão do empregado; 
Art. 853, CLT; 
Mandado de segurança 
120 (cento e vinte) dias 
contados da ciência do ato 
impugnado; 
Art. 23, Lei 12016/2009; 
Prazo para a Fazenda e 
Ministério recorrer 
Prazo em dobro; 
Art. 188, CPC e art. 1º, III, 
Decreto-Lei 779/69; 
Audiência para a Fazenda e 
Ministério Público na condição 
de parte 
Primeira desimpedida depois de 
20 (vinte) dias contados do 
recebimento da notificação 
(prazo em quádruplo); 
Art. 188, CPC e art. 1º, II, 
Decreto-Lei779/69; 
Prescrição bienal 
2 (dois) anos contados do 
término do contrato de 
trabalho; 
Art. 7º, XXIX e art. 11, CLT; 
Prescrição quinquenal 
5 (cinco) anos contados do 
ajuizamento da ação; 
Art. 7º, XXIX e art. 11, CLT e 
súmula 308, TST; 
Litisconsortes com procuradores Não têm prazo em dobro; OJ 310, SDI-1, TST 
 
 
 
 
 
 
 
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diferentes 
 
PARTES E PROCURADORES 
 
“JUS POSTULANDI” 
É a capacidade de postular pessoalmente em Juízo, sem a necessidade de representação por 
advogado. Na Justiça do Trabalho, diversamente do que ocorre no processo civil, a capacidade postulatória 
é facultada diretamente aos empregados e aos empregadores. 
Art. 791, CLT. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e 
acompanhar as suas reclamações até o final. 
 É importante observar que o referido artigo trata apenas de empregados e empregadores, 
portanto, para as novas ações acrescidas à competência da Justiça do Trabalho pela EC 45/2004, a 
representação das partes por advogado será obrigatória. 
O TST firmou posicionamento no sentido de não ser conferida capacidade postulatória aos 
trabalhadores não empregados, como se extrai do art. 5º, da IN 27/2005, que trata das normas 
procedimentais aplicáveis ao Processo do Trabalho em decorrência da ampliação da competência da 
Justiça do Trabalho. 
 Ressalte-se, entretanto, que o jus postulandi sofreu limitação no entendimento do TST, conforme 
se observa pela redação da recentemente editada súmula 425. 
Súmula 425, TST. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais 
Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de 
competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Ressalte-se que, por força do art. 652, a, III, da CLT, aos dissídios resultantes de contratos de 
empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice, aplica-se a CLT, inclusive o art. 791, que trata 
do jus postulandi. O mesmo ocorre com o trabalhador avulso, nos termos do art. 643, da CLT: 
 Art. 643. Os dissídios, oriundos das relações entre empregados e empregadores bem como de trabalhadores avulsos e seus 
tomadores de serviços, em atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, de acordo com o 
presente Título e na forma estabelecida pelo processo judiciário do trabalho. 
 
REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO 
 Na Justiça do Trabalho faculta-se a representação do empregado e do empregador por advogado, 
porém, caso seja esta a opção da parte, o advogado deverá fazer constar nos autos a devida procuração. 
Sem esse instrumento de mandato, não poderá ingressar nos autos. 
 
 
 
 
 
 
 
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 O artigo 37, do CPC, aplicável ao Processo do Trabalho (segundo o artigo 5º da IN 25/2005 do 
Tribunal Pleno do TST), ensina que, sem instrumento de mandato, o advogado não poderá ingressar em 
juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem 
como intervir no processo para praticar atos reputados urgentes. 
Nesses casos, o advogado obrigar-se-á, independentemente de caução, a exibir o instrumento de 
mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogáveis até outros 15 (quinze), por despacho do juiz. 
Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, 
intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição (sem grifo no original), bem como intervir, no processo, para praticar 
atos reputados urgentes (sem grifo no original). Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o 
instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz. 
Parágrafo único.

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