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Aula 1 A Psicologia e seu desenvolvimento Histórico

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Ao final desta aula, você será capaz de:
definir psicologia;
conhecer aspectos do desenvolvimento histórico da psicologia;
compreender a utilidade da psicologia em outras áreas do conhecimento humano.
A psicologia é uma ciência que tem cada vez mais despertado o interesse das pessoas. 
Rotineiramente os jornais informam sobre violências cometidas por pessoas e os efeitos do estresse sobre o comportamento e a saúde.
O comportamento, de acordo com a psicologia, é sempre um resultado da soma de diversas variáveis como, por exemplo, os traços de personalidade, a percepção que fazemos das outras pessoas ao nosso redor, o estado emocional, as condições de saúde, os condicionamentos etc.
“Poucos crimes chocaram tanto a população brasileira no ano de 2008 quanto o que envolveu o casal Nardoni que, ao que tudo indica, tirou a vida da menina Isabela, de 5 anos e o de Lindemberg Fernandes, que manteve em cárcere privado e matou após 10 dias a ex-namorada Elloá.”
Situações como essas instigam o imaginário das pessoas e, mais do que isso, as levam a refletir sobre o que motiva alguém a este tipo de atuação. 
Esta é a letra grega Psi, símbolo da Psicologia. 
A Psicologia, em pleno desenvolvimento e ascensão, se ocupa do estudo do comportamento, podendo ser definida como a ciência que estuda o comportamento de todos os animais e os processos mentais. 
São processos mentais: a percepção, a memória, a aprendizagem, a linguagem etc.
Nem sempre a psicologia dispôs de seus atuais instrumentos de pesquisa. Como toda ciência, teve seu período de surgimento e vem se desenvolvendo até os dias atuais. 
A seguir, vamos fazer uma breve análise de seu desenvolvimento histórico.
O desenvolvimento da psicologia é compatível com a evolução nos estudos em anatomia humana e das ciências como um todo. 
A compreensão do comportamento humano sempre foi de bastante relevância, mas por muito tempo esteve limitada às crenças do Homem Antigo.
Mesmo após a admissão de que a fisiologia orgânica poderia explicar o comportamento, as “descobertas” iniciais eram passíveis de erro. 
Aristóteles 387 à 335 A.C. chegou a defender a ideia de que o coração era a sede dos processos mentais.
Desde a Antiguidade, a mente foi sempre um tema bastante explorado pelos estudiosos, que eram instigados pelas atitudes, crenças, diferenças de comportamento, sociabilidade maior para uns do que para outros, capacidade criativa e, é claro, as condutas percebidas como fora de padrão social.
Em 1637, portanto, num salto histórico considerável, René Descartes propõe a interação mente e corpo, salientando o fato destas estruturas serem indissociáveis e abrindo, assim, um precedente para o estudo da química cerebral. 
Desta forma, admite-se que o comportamento é regido pelo cérebro e que nele estaria a explicação para os desequilíbrios que pudessem ser percebidos.
Nas culturas pré-clássicas, mais especificamente na Grécia Antiga, a loucura era um rótulo atribuído aos heróis de batalha, que precisavam dispor da mesma para que sua fúria ou delírio os conduzisse às lutas porque, assim, muitos morreriam e se tornariam heróis.
Já no início do século XX, a loucura era vista como uma doença tal como sarampo ou malária e motivou a criação dos manicômios pela crença de que as pessoas, percebidas como loucas, deveriam ser segregadas para poupar os normais dos transtornos provocados por elas. Além do que, pela falta de explicações para a loucura como entidade médica, era mais interessante afastar os doentes pelo temor de que tal mal pudesse ser propagado.
A Associação do cérebro à conduta motivou, entre outras coisas:
a criação do primeiro laboratório experimental de psicologia em 1879, na Alemanha;
estudos sobre memória e aprendizagem;
a publicação de Sigmund Freud, em 1900, de “A interpretação dos sonhos”, que provocou bastante polêmica;
a fundação da Sociedade Britânica de Psicologia em 1901;
pesquisas sobre condicionamento, sexualidade, percepção e ajustamento social, e tantas outras que ocupam o universo da pesquisa psicológica até os dias atuais.
Vale ressaltar que a Psicologia trouxe um grande incremento para as ciências médicas, em geral, pela associação estabelecida entre a saúde e as emoções humanas.
Uma vez comprovado que a tristeza faz cair a nossa capacidade imunitária e que o estresse gera as chamadas doenças psicossomáticas, temos que ficar mais atentos ao próprio equilíbrio emocional. 
Além disso, as pessoas com mais habilidades sociais e que, por isso, dificilmente se percebem sozinhas apresentam uma postura mais confiante e otimista diante da vida, o que lhes facilita enfrentar os percalços e contribui sobremaneira para a manutenção da boa estima e da saúde.
Alguns pontos importantes para você saber e não esquecer:
O interesse pelo estudo do comportamento do homem é tão antigo quanto a sua existência. Já os gregos percebiam que compreender a conduta permite fazer intervenções seja de modo clínico, como no tratamento das psicopatologias, seja de modo social, viabilizando maior interação entre as pessoas e, consequentemente, contatos mais satisfatórios, gerando aprendizados e vínculos afetivos.
O estudo do comportamento é bastante interessante por conferir rótulos como, por exemplo, “ajustado”, “desajustado”, “normal”, “louco” etc. Em geral, as pessoas se sentem atraídas por saber em que rótulo se encaixam e, muitas vezes, seduzidas pela viabilidade de rotularem pessoas próximas a partir dos conhecimentos que possam gerar para si próprias. No entanto, as pessoas são naturalmente diferentes, pois possuem traços próprios de personalidade formados pela bagagem genética e por influências de caráter social.
O advento da psicologia permitiu um “olhar” mais completo para a natureza bio-psico-social do homem, assim como a defesa de sua subjetividade.
Pela psicologia é permitida a compreensão das diferenças individuais tão defendidas para explicar diferentes ritmos de aprendizado existentes nas pessoas. 
Essas diferenças tornam-se mais evidentes na observação de um indivíduo inserido em grupo. Quantas similaridades, mas quantas diferenças podem ser observadas nas pessoas quando vistas de modo associado.
Em um grupo, o comportamento resulta da combinação entre aspectos individuais  e grupais, o que  permite defender a ideia de natureza bio-psico-social. 
O funcionamento desta estrutura complexa estará equilibrado se estes três aspectos estiverem minimamente equilibrados. Por exemplo, não se pode defender a ideia de felicidade para quem está com a saúde em dia, mas vive em total isolamento social.
Existe diferença entre psicologia enquanto ciência e senso comum. Essa diferenciação nos permite avaliar as possibilidades reais de aplicação de conceitos da psicologia.
O senso comum visa explicar fenômenos observados, tomando-se como foco explicações populares não produzidas pela pesquisa científica.
A psicologia explica questões relativas à conduta de todos os animais, baseada em preceitos construídos a partir de pesquisas.
É comum assistirmos no cinema histórias de psicopatas que têm seu comportamento patógeno explicado por uma infância de abandono ou maus tratos. Os roteiristas atêm-se muito mais à necessidade de seguirem uma relação equacionada de causa e efeito. 
Não é regra, para os estudiosos do comportamento, que qualquer conduta perversa ou antissocial tenha este tipo de explicação. Muitas vezes, as coisas acontecem de modo aleatório. 
Porém, este “aleatório” é muito pouco aceito pela sociedade e certamente não traria lucro para as bilheterias. No cinema existe o controle total da conduta, algo que na vida real é ambicionado, mas não conseguido.
O final do século XIX trouxe uma grande descoberta feita por Sigmund Freud (1856-1939)
No final do século XIX, Freud ao falar do inconsciente trouxe tanto desconforto para o homem como fez Galileu quando afirmou que a Terra não era o Centro do Universo.
O inconsciente equivale a uma das três instâncias formadoras do aparelho psíquico apresentado por Freud. Como o próprionome indica, contém material que não pode ser facilmente acessado, nem mesmo com muito esforço, portanto, trata-se de um material barrado da consciência e da memória.
O que trouxe desconforto foi a ideia de que muitas desordens neuróticas, fobias e traumas podem ter sua origem em material inconsciente, tornando-se, algumas vezes, de difícil tratamento.
O inconsciente veio, de certo modo, nos tornar reféns de nós mesmos, na medida em que não tínhamos mais um controle total sobre a própria conduta.
Ao mesmo tempo em que doenças como a epilepsia e outras desordens mentais perderam o status de doenças demoníacas porque se tornaram passíveis de explicação, com Freud houve a descoberta de um psiquismo ao qual ninguém fugiria.
Esse psiquismo descoberto por Freud foi inicialmente muito temido, pois se a causa das desordens mentais não era coisa do demônio, então, mesmo as pessoas que se percebiam como boas ou “não pecadoras” poderiam adoecer.
O progresso da farmacologia veio trazer um tratamento mais humano para os doentes mentais e qualquer desordem neurológica.
Graças ao progresso da farmacologia, foram abolidas as lobotomias e, depois, os choques elétricos, usados inicialmente para acalmar e, mais recentemente, como instrumentos de tortura. 
Atualmente, o cuidado necessário é evitar a banalização das medicações controladas e os rótulos atribuídos facilmente às pessoas que apresentam esta ou aquela tendência.
A popularização de conceitos da psicologia trouxe para a sala de visitas assuntos como, por exemplo, distúrbios da conduta, fobias, comportamento antissocial etc., o que reforça a utilização do senso comum para a explicação da conduta humana.
A psicologia tem afinidades com outras ciências que estudam o comportamento humano, em especial algumas da área médica, como a psiquiatria, a neurologia e a psicanálise. É importante, porém, que você saiba quais são as principais diferenças entre elas.
PSIQUIATRIA: É uma especialidade médica e, como todas elas, habilita seus profissionais a prescreverem medicamentos para os pacientes. O tratamento psiquiátrico viabiliza um equilíbrio químico para o organismo, ajudando em quadros depressivos, doenças bipolares, síndrome do pânico etc.
NEUROLOGIA: É também uma especialidade médica. Os neurologistas lidam com pessoas que tenham doenças neurológicas como, por exemplo, hiperatividade, déficit de atenção, alterações de memória, doenças com sequelas motoras e causadas pelo envelhecimento. Esses profissionais tratam seus pacientes com medicação.
PSICANÁLISE: É uma formação para a qual estão habilitados profissionais médicos e graduados em psicologia clínica. Consiste no emprego da técnica psicanalítica criada por Freud, que propõe a cura de desordens neuróticas pelo autoconhecimento.
Vale ressaltar que a psicologia, apesar de se ocupar da saúde mental, não é uma especialidade médica e, por isso, o profissional psicólogo não está habilitado a medicar seus pacientes. As técnicas terapêuticas limitam-se ao uso do discurso do paciente e do terapeuta, quando há necessidade de intervenção deste.
Você sabe por que o estudo da psicologia é obrigatório em alguns cursos de graduação?
A graduação é uma etapa da educação que habilita o aluno para o trabalho em áreas específicas. As áreas humanas compreendem ciências voltadas para o trabalho com pessoas. Se as pessoas constituem o foco de estudo da psicologia, fica fácil entender o estudo de seus conceitos mais básicos em cursos como Administração, Pedagogia, Nutrição e alguns cursos técnicos como Gestão de Recursos humanos, Tecnólogo em Estética etc. Como já vimos, a abrangência da psicologia cria utilidade no seu estudo para profissionais das mais variadas áreas.
Síntese da Aula 01 - A Psicologia e seu Desenvolvimento Histórico
Nesta aula, você conheceu a definição de Psicologia e atentou para aspectos de seu desenvolvimento histórico.
Pôde, também, avaliar a evolução dos tratamentos para as doenças mentais e alguns mitos sobre estas.
Analisou, ainda, a utilidade de aplicação de conceitos da psicologia e diferenciou a psicologia de ciências que estabelecem afinidades com ela.
Debateu sobre aspectos de diferenciação existentes entre as pessoas que, além de constituírem as suas personalidades, representam aspectos de troca valiosos no sentido de gerar aprendizados.

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