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* DERRAMES PLEURAIS Cleonardo Augusto da Silva UFPa/HUJBB * DEFINIÇÃO Acúmulo anormal de líquido dentro do espaço Pleural. * Perguntas Iniciais: O Derrame é benigno ou maligno? O problema do derrame exige uma conduta peculiar? Há indícios clínico-radiológicos da causa do derrame? Estes indícios poderão dispensar a investigação pleural? É necessário investigar a pleura? * Anatomia Pleura visceral – Mais espessa e complexa que a parietal Pleura Parietal – recebe vascularização sistêmica, inervação sensitiva dolorosa e é forrada por microvilos * Valores médios do Líquido Pleural Normal VOLUME Livre 1-20 ml Mobilizado 700ml/24h DINÂMICA Produção 0,01 ml/kg/h Absorção 0,20 ml/kg/h COMPOSIÇÃO pH 7,64 Pressão oncótica 6 cmH2O Proteínas 1,77g% * TIPOS DE DERRAMES Exsudativo Transudativo * ETIOLOGIA Transudato ICC Síndrome nefrótica Cirrose Síndrome de Meigs Hidronefrose Diálise peritoneal Embolia Pulmonar Atelectasia * Exsudato Infecções Bactérias/Tb/Vírus Neoplasias Primárias Mesoteliomas Secundárias CAs/ Linfomas Doenças do Colágeno (LES/AR) Embolia Pulmonar Causas digestivas Outros Traumáticos * Freqüência dos Derrames Freqüentes Tuberculose Parapneumônico Maligno (CA / Metástases) ICC * Menos Freqüentes Infarto Pulmonar Cirrose Hepática Traumatismo Colagenoses Hipoproteinemia Pericardite Virótica Pneumotórax * Raros Infeções sistêmicas Colagenopatias Síndromes Nefrótica da Veia Cava superior Pós IAM Abscesso Subfrênico Pós-cirurgia Abdominal Drogas Asbesto Quilotórax Sarcoidose Outros * Caracterização História clínica Exame físico Radiologia Radiografia de Tórax (500 a 600 ml) PA, Perfil, Decúbito Lateral com Raios Horizontais (Laurell). Tomografia computadorizada Ultra-sonografia * Análise do líquido pleural e Pleura (Exsudatos) Proteínas –> 3mg/dl Proteína Liquido/Plasma > 0,5 DHL Líquido/Plasma >0,6 (ou 2/3 do limite superior de plasma) * Diagnóstico da Causa Dados clínicos, radiológicos e laboratoriais que podem auxiliar na investigação dos pacientes com derrame pleural: Início agudo, com dor pleurítica e febre: exsudato não neoplásico. * Início insidioso: maligno ou transudato. Contato com caso de tuberculose, Mantoux positivo. Recorrência: forte evidência a favor de malignidade quando, após esvaziamento de grande derrame, ocorrer em poucos dias o reacúmulo do líquido. * História prévia ou atual de neoplasia maligna, principalmente carcinoma brônquico ou de mama. Derrame hipertensivo: costuma ser neoplásico. Derrame septado: processo inflamatório, empiematoso ou não. * História de trauma com sangue na toracocentese: hemotórax Evidências clínicas e radiológicas de pneumonia, tromboembolismo pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva. * Quadro de cirrose, síndrome nefrótica, colagenose, pancreatite, abscesso subfrênico, abscesso hepático, traumatismo torácico. Cirurgia abdominal recente. Radioterapia, pericardiectomia ou infarto miocárdico, medicamentos (por exemplo, nitrofurantoína, metotrexato), exposição ocupacional (asbesto). * Dados radiológicos de importância: Lado: geralmente os derrames são unilaterais, sendo a bilateralidade mais freqüente em transudato, tuberculose, neoplasia e colagenose. Extensão: embora derrames hipertensivos geralmente sejam neoplásicos, podem ser de origem inflamatória, principalmente tuberculoso. * Septação: derrames septados geralmente são devidos a exsudato infeccioso. É importante seu reconhecimento para drenagem, quando indicada Presença de outras alterações intra ou extratorácicas: anormalidades sugestivas de tuberculose pulmonar, massa intratorácica com caracteres de malignidade, consolidação pneumônico * Imagens * Imagens * Imagens * Imagens * ESQUEMA DE INVESTIGAÇÃO Investigação e tratamento da doença de base Toracocentese para avaliação do líquido pleural: Bioquímica (Proteínas / DHL / Glicose / pH) Citologia (Diferencial /Global / Citopatológico) Microbiologia (Direto (Gram – Ziehl Neelsen)/ Culturas) Biópsia pleural para exame Histopatológico e Cultivo. * Novos Parâmetros ADA Colesterol Glicoproteína ácida Anticorpos Anti-Antígeno PCR Titulada Reação de Polimerase em cadeia (PCR) * Colesterol Diferenciação de Transudato de Exudato Cut-off: 40 a 60mg/dl >50mg/dl sugere exsudato >200mg/dl sugere pseudoquilotórax S= 83% E= 97% * ADA Adenosina Desaminase Método rápido e barato Grande concentração no tecido linfóide Excelente marcador de Tb Elevada no Linfoma, AR e Empiema. S= 92-100% E=85-97% * ADA Valor de referência: >40U/l Não há proporcionalidade com valores séricos * Anticorpos anti-antígeno M. tuberculosis Mobilização de Igs pelo método ELISA IgA - monitora tratamento IgM - mobilizada nos processos agudos IgG – pode permanescer elevada até 2 anos Fator reumatóide> IgM Vacinação por BCG> IgM S= 68-80% E= 97-100% * Proteina C Reativa Titulada Marcador nos processos inflamatórios Sintetizada no hepatócito Aumentada nos Exsudatos e diminuida nos Transudatos > 4,5 mg/dl – infecção pleural < 2,9 mg/dl – neoplasia / transudato * PCR Reação de Polimerase em cadeia Diagnóstico rápido (6 horas) Ampliação do genoma IS 6110 M. tuberculosis Ativo M. tuberculosis Inativo M. tuberculosis morto Método caro S= 53-100% E= 78-100% * RNM Aumenta a detecção de malignidade Prevê conteúdo líquido Avalia gradiente e pressão pleural * CLÍNICA Volume de líquido X Velocidade de formação Doença de Base * TRATAMENTO Causa básica Tuberculose Neoplasia Pneumonia Bacteriana ICC Cirrose Sind. Nefrótica LES Pós-IAM Quilotórax Sind de Meigs Idiopático Analgesia Toracocentese de Alívio Pleurodese * Avanços em Pleurodese Nitrato de Prata 0,5% Sulfato de Bário 100% Hidróxido de Alumínio * Derrames Neoplásicos Controle : Toracocenteses de alívio? Pleurodese Antibióticos - Tetraciclina Antineoplásicos - Mitroxantroma Imunoestimulantes Talco Mostarda Nitrogenada Nitrato de Prata 0,5% * * Empiema Pleural Tipo especial de Derrame onde temos coleção de líquido purulento no espaço pleural. * Empiema Pleural Fases evolutivas Fase aguda (Exudativa) Drenagem fechada Fase de Transição (fibrinopurulenta) Drenagem fechada + avaliação de decorticação Fase crônica (Organização) Drenagem aberta + decorticação e avaliação de toracoplastia. * * * * PNEUMOLOGIA
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