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Antijuridicidade - Mariângela

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DIREITO PENAL 
ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE 
1. Crime composto por três elementos 
1.1. Tipicidade 
1.2. Antijuridicidade/ ilicitude 
1.2.1. A atitude deve ser contraria ao ordenamento jurídico 
1.2.2. Desprezo pelo ordenamento jurídico 
1.2.3. Falta de cuidado do agente em relação aos valores tutelados do bem jurídico 
1.2.4. Conduta contraria aos valores do ordenamento jurídico 
1.2.5. Todos os fatos típicos são contrários aos valores do ordenamento jurídico, exceto 
se for possível comprovar ao contrario. 
1.2.6. Art.23 CP Exceções descritas na lei que excluem a ilicitude do ato 
1.2.6.1. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
1.2.6.1.1. Em estado de necessidade 
1.2.6.1.1.1. Art.24 CP  caracterização de estado de necessidade 
1.2.6.1.1.2. Precisa haver um perigo certo e atual 
1.2.6.1.1.3. O perigo não pode ter sido provocado pelo agente 
1.2.6.1.1.4. É necessário estar diante de um dano inevitável que só pode 
ser evitado mediante o comportamento do agente 
1.2.6.1.1.5. É necessário que haja proporcionalidade dentre o bem 
protegido e o bem lesionado 
1.2.6.1.1.6. Só há estado de necessidade quando o bem lesionado for de 
igual valor ao bem protegido ou o bem lesionado ser de menor 
valor do que o bem protegido 
1.2.6.1.1.7. “dois amigos saem para pescar, entram num barco e se 
distanciam da costa territorial, de modo que ao se encontrar em 
uma situação distante da costa o barco apresenta um problema 
e começa a afundar, no entanto só há um colete salva vidas e 
assim só é possível salvar um dos dois. Nesta situação de perigo 
atual e inevitável cada um precisa lutar pela sua sobrevivência e 
os dois brigam e se lesionam, de modo que apenas um indivíduo 
pega o colete salva vidas e se salva, acarretando a morte do 
outro, ocasionando a proporcionalidade prevista no código e 
então legitimando o ato como lícito.” 
1.2.6.1.1.8. “um avião cai no Chile e demora a ser localizado, de modo que 
não há mais alimentos que mantivessem pessoas vivas. Neste 
contexto as pessoas comeram aqueles que já haviam morrido, 
tornando o ato lícito, pois a tutela pela vida é maior do que a do 
cadáver.” 
1.2.6.1.1.9. “as pessoas que não possuem comida, portanto possuem a 
necessidade de furtar para matar a fome (furto famélico), se 
caracteriza como um ato lícito. No entanto, essa situação é 
extremamente delicada, e portanto requer a consideração dos 
elementos do caso concreto.” 
1.2.6.1.1.10. Estado de necessidade por ocorrer tanto para 
preservar o próprio bem jurídico, quanto o de terceiro. 
1.2.6.1.1.11. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o 
dever legal de enfrentar o perigo 
1.2.6.1.1.11.1. “um prédio esta pegando fogo e os bombeiros são 
chamados para apagar o fogo ou entrar no prédio salvar 
alguém. Caso o bombeiro se recuse a salvar a pessoa ele 
não pode alegar estado de necessidade pelo fato sua vida 
entrar em perigo, mas ele possuirá um resultado final em 
que não responderá pelo crime de não ter apagado o fogo 
ou ter deixado a pessoa morrer no incêndio.” 
1.2.6.1.1.12. Paragrafo 2°  a pessoa é condenada por ter agido 
como se estivesse em estado de necessidade quando na 
verdade não estava. 
1.2.6.1.1.12.1. “homicídio realizado para salvar um patrimônio que 
esteja em perigo não é acolhido como caso de estado de 
necessidade, mas sua pena pode ser reduzida de 1/3 a 
2/3. Não há proporção entre o bem lesionado e o bem 
protegido (vida > patrimônio).” 
1.2.6.1.2. Em legitima defesa  Art. 25 
1.2.6.1.2.1. Todos os bens jurídicos indisponíveis podem ser objeto de 
legítima defesa, aqueles disponíveis não podem. 
1.2.6.1.2.2. Aquela segundo a qual o Estado autoriza que o individuo atue 
de modo a proteger seu bem jurídico em situações excepcionais 
1.2.6.1.2.3. “meu desafeto prometeu que iria me matar, segue em minha 
direção para me matar e aponta uma arma para mim, de modo 
que o Estado não pode exigir que a pessoa procurasse uma 
autoridade competente para proteger seus bens jurídicos” 
1.2.6.1.2.4. É preciso que se utilizem meios necessários para repelir a 
agressão que está prevista a ocorrer. 
1.2.6.1.2.5. Exceção em que o Estado reconhece que não poderia estar 
presente para proteger ao individuo e então o permite que haja 
por si próprio. 
1.2.6.1.2.6. 1°  é necessário que haja uma agressão injusta 
1.2.6.1.2.6.1. Devo potencialmente ser vítima de uma agressão 
injusta, não admitida pelo ordenamento jurídico. 
1.2.6.1.2.6.2. “uma pessoa esta tendo sua liberdade restringida por 
pessoas na rua, de modo que ela é amarrada em praça 
pública, caracterizando uma agressão injusta. Assim, a 
pessoa pode causar uma lesão corporal legitimamente.” 
1.2.6.1.2.6.3. “uma pessoa presa em flagrante possui sua liberdade 
de locomoção restringida, de modo que essa restrição à 
sua liberdade é justa (o ordenamento jurídico autoriza). 
Assim, se eu causo lesão corporal em quem está me 
prendendo eu não causo uma lesão corporal legítima”. 
1.2.6.1.2.7. 2°  a agressão precisa ser atual e iminente 
1.2.6.1.2.7.1. Agressão iminente é aquela que esta prestes a 
acontecer, de modo que o ordenamento jurídico não exige 
que a agressão ocorra antes da legítima defesa. 
1.2.6.1.2.7.2. A agressão precisa ser atual, de modo a estar 
acontecendo no momento da defesa. 
1.2.6.1.2.8. Quatro espécies de legítima defesa 
1.2.6.1.2.8.1. Legitima defesa real (Art. 25 CP). 
1.2.6.1.2.8.2. Legítima defesa putativa (Art.20 / 21 CP) 
1.2.6.1.2.8.2.1. Eu acho que existe uma ameaça, mas ela 
efetivamente não existia. 
1.2.6.1.2.8.3. Legítima defesa sucessiva 
1.2.6.1.2.8.3.1. Alguém me agride, eu reajo para me proteger, 
mas o agressor inicial reage também devido ao 
“excesso” da minha reação, de modo que o agressor 
inicial passa a ser protegido pelo principio da 
legítima defesa. 
1.2.6.1.2.8.4. Legítima defesa recíproca 
1.2.6.1.2.8.4.1. Acontece quando ambos os envolvidos agem 
com legítima defesa putativa. 
1.2.6.1.2.9. 
1.2.6.1.3. Estado de necessidade VS legítima defesa 
1.2.6.1.3.1. Estado de necessidade se da por dois interesses idôneos, 
enquanto legítima defesa é um interesse legítimo. 
1.2.6.1.3.2. Estratégia de preservação no Estado de necessidade é um 
ataque, enquanto na legitima defesa é uma defesa. 
1.2.6.1.3.3. Estado de necessidade é uma ação, enquanto legítima defesa é 
uma reação. 
1.2.6.1.4. Em legitimo cumprimento do dever legal 
1.2.6.1.4.1. Quando a pessoa esta agindo revista por uma prerrogativa legal 
1.2.6.1.4.2. Exclui a antijuridicidade 
1.2.6.1.4.3. Crime precisa ser típico, antijurídico e culpável. 
1.2.6.1.4.4. Deveres impostos pela lei, que apesar de atingirem bens 
jurídicos, não representam agressões injustas. 
1.2.6.1.5. Exercício regular do Direito 
1.2.6.1.5.1. Existe para que situações absurdas não vão para fora de suas 
respectivas esferas. 
1.2.6.1.5.2. “existe um limite para que se possa atuar no boxe, por exemplo.” 
1.2.6.1.5.3. “um médico na mesa de cirurgia que abre uma pessoa com o bisturi”. 
1.2.6.1.5.4. Não se pode confundir com o que está escrito no Art. 345 do CP. 
 
 
1.2.6.1.6. Causa de justificação supralegal  Consentimento do ofendido 
1.2.6.1.6.1. Consentimento do ofendido: 
1.2.6.1.6.1.1. Necessário que o sujeito passivo tenha a capacidade para dispor deste 
Direito 
1.2.6.1.6.1.2. Consentimento deve ser emitido de uma forma sincera, sem coação. 
1.2.6.1.6.1.3. Consentimento deve ser anterior ou concomitante ao momento da ação. 
1.2.6.1.6.1.4. Direito deve ser disponível, o ato deve ser lícito. 
1.2.6.1.6.1.5. Consentimento deve ser expresso ou suficientemente claro 
EXCESSOEM CAUSA DE JUSTIFICAÇÃO 
1. Excesso pode ocorrer em qualquer uma das excludentes de antijuridicidade 
2. É preciso que as ações e reações sejam proporcionais 
3. Excesso doloso e culposo 
3.1. Doloso  impõe um dano muito maior do que aquele que seria necessário para 
repelir a agressão injusta (Art.65 – inciso 3° - letra C CP) 
3.2. Culposo  agente avalia a situação de forma equivocada, quando poderia ter 
avaliado de maneira correta. 
4. Fortuito 
4.1. “a pessoa em legitima defesa iria se proteger com um cabo de vassoura, mas ela se 
transforma em um sabre de luz e o agressor é desintegrado, de modo que a pessoa 
não tem noção do que ocorreu.” 
5. Excesso decorre de uma escolha inadequada dos meios ou uso abusivo de instrumentos 
1.3.

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