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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
ANA PAULA GONÇALVES P. P. DE SOUSA, RU 1923818, TURMA 2017/07
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
VINHEDO
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
ANA PAULA GONÇALVES P. P. DE SOUSA, RU 1923818, TURMA 2017/07
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estágio Supervisionado Docência na Educação Básica: apresentado ao curso de 2ª Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER.
	
VINHEDO
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................5
2.1 Descrição da 1ª etapa de estágio: Educação Infantil...............................................5
2.2 Concepção Pedagógica do CEI Peter Pan..............................................................5
2.3 Descrição e análise reflexiva das atividades de estágio supervisionado...............7
2.4 Plano de ação (Etapa 1 – Educação Infantil) ..........................................................9
2.5 Descrição da 2ª etapa de estágio: anos iniciais do Ensino Fundamental..............11
2.6 Concepção Pedagógica da EM Professor Claudio Gomes...................................12
2.7 Descrição e análise reflexiva das atividades de estágio supervisionado.............. 14
2.8 Plano de aula (Etapa 2 – anos iniciais do Ensino Fundamental) ......................... 16
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................. ......................................20
REFERÊNCIAS..........................................................................................................22
APÊNDICES...............................................................................................................23
ANEXOS....................................................................................................................26
INTRODUÇÃO
	O presente Relatório de Estágio Supervisionado: Docência na Educação Básica relata a experiência vivenciada ao longo de 40 horas de observação participativa na Educação Infantil e 60 horas nos primeiros anos do Ensino Fundamental. As atividades realizadas no decorrer do Estágio priorizaram aspectos como a análise reflexiva dos princípios e critérios para organização das atividades de ensino adotados pelos professores, a análise dos processos de ensino e aprendizagem, o planejamento e a docência, a elaboração de um plano de ação na Educação Infantil e a elaboração e aplicação de plano de aula no Ensino Fundamental.
O supracitado foi realizado pela acadêmica Ana Paula Gonçalves Pereira Porfírio de Sousa, no período de 16 de outubro de 2017 a 20 de outubro de 2017, no Centro de Educação Infantil Peter Pan, localizado na Rua dos Vereadores, 51, Vila Planalto em Vinhedo/SP, e, no período de 30 de outubro de 2017 a 9 de novembro de 2017, na Escola Municipal Professor Claudio Gomes, localizada na Rua Fernando Costa, 628, Centro, Vinhedo/SP. 
No estágio supervisionado da Educação Infantil objetiva-se refletir sobre as especificidades do trabalho pedagógico, a natureza do trabalho educativo, as características do planejamento, do desenvolvimento e da aprendizagem da criança de 0 a 5 anos. Bem como a organização dos conteúdos, tempos, espaços, da proposta pedagógica inclusiva e das ações desenvolvidas para o desenvolvimento integral da criança, favorecendo à acadêmica a articulação entre a teoria e a prática agregando conhecimento, criatividade e crescimento ao papel de docente da futura pedagoga. 
Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o foco do estágio supervisionado é a observação e a análise reflexiva da relação professor, aluno e conhecimento na configuração do processo educacional, a organização do Ensino Fundamental e suas metodologias de ensino, o planejamento da ação pedagógica e a prática pedagógica inclusiva dentro ambiente escolar. 
O objetivo do Estágio Supervisionado: Docência na Educação Básica é oportunizar a análise da realidade dos campos de atuação, reconhecendo os métodos utilizados e os recursos disponíveis para favorecer o processo profissional, tendo como propósito principal propiciar aos estudantes aprofundamento científico e vivência de práticas profissionais fundamentadas em atitude crítica e criativa, frente à realidade em transformação.
A realização e a prática do estágio favorecem a descoberta, sendo um processo dinâmico de aprendizagens em diferentes áreas de atuação no campo profissional, dentro de situações reais de forma que o acadêmico possa conhecer compreender e aplicar, na realidade escolhida, a união da teoria com a prática. Por ser um elo entre todas as disciplinas do curso que englobam os núcleos temáticos da formação básica do conhecimento didático-pedagógico, conhecimento sobre a cultura do movimento, tem por finalidade inserir o estagiário na realidade viva do ambiente educacional e do mercado de trabalho. 
Neste relatório serão descritas as situações observadas em sala de aula e as atividades experienciadas no ambiente escolar, as quais tive a oportunidade de participar de maneira mais efetiva e proveitosa. Apresentarei a proposta pedagógica das escolas estagiadas descrevendo a concepção pedagógica de cada uma, bem como a caracterização dos profissionais atuantes nelas, suas práticas pedagógicas e perfis. Será apresentada também a entrevista realizada com a Coordenadora Pedagógica de uma das instituições, momento muito enriquecedor e que acrescentou bastante como instrumento de pesquisa de meu Trabalho de Conclusão de Curso e contribuindo para o meu processo de formação como Pedagoga. 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Descrição da 1ª etapa de estágio: Educação Infantil
O estágio na Educação Infantil foi realizado no Centro de Educação Infantil Peter Pan, fundado no ano de 1993 e inaugurado em 10 de abril de 1994, situado à rua dos Vereadores, número 51, no bairro Vila Planalto, CEP 13280-000, localizado na cidade de Vinhedo, no estado de São Paulo. O contato com a escola pode ser realizado através do telefone (19) 3886-2399 e do e-mail ceipeterpan@vinhedo.sp.gov.br. A escola oferta atendimento apenas na Educação Infantil no período matutino, de 7h30 às 11h30 e, no período vespertino, de 13h00 às 17h00. Atualmente recebe 122 alunos em 4 salas, distribuídos nas etapas de Maternal II, turmas A e B, Fase I, turmas A, B e C, e Fase II, também com as turmas A, B e C. O estágio foi realizado no período de 16 de outubro de 2017 a 20 de outubro de 2017, sendo observadas as turmas de Maternal II B, Fase I C e Fase II C. 
2.2 Concepção Pedagógica do CEI Peter Pan
	Na CEI Peter Pan os profissionais empenham-se em proporcionar aos alunos um ensino de qualidade, respeitando a individualidade de cada um e preparando-os para o exercício da cidadania numa perspectiva humanista e solidária. Educar não significa apenas estar na sala de aula cumprindo horários, tarefas entre outros. É mais do que isso. É dar vida ativa ao processo que fará do educando um ser crítico, livre e com responsabilidade para assumir o próprio conceito de democracia. 
	Por estar localizada no centro da cidade, o perfil da clientela desta unidade escolar é constituído, em sua maioria, por pessoas de classe socioeconômica média. Nota-se um bom nível de escolaridade por parte dos pais ou responsáveis e também a valorização da escola.
	Entre as principais metas do CEI Peter Pan estão a intencionalidade de fazer a escola funcionar como um projeto coletivo e nele traçar objetivos de trabalho que sejam realmente de importância para a educação ao qual acreditamos. São objetivos gerais desta escola: 
Proporcionar condições para a criança conhecer e construir as noções e conceitos à medida que age, observa e relaciona; 
Desenvolver as diferentes formas de representação fornecendo uma base sólida para oprocesso de construção do conhecimento;
Expandir os movimentos, explorando o corpo e o espaço físico de forma a ter um crescimento sadio;
Tornar a realidade das crianças como ponto de partida para o trabalho reconhecendo a diversidade;
Observar as ações das crianças e as interações entre elas, valorizando-as;
Confiar nas possibilidades que todas as crianças têm de se desenvolver e aprender, promovendo a construção de sua autoimagem positiva;
Propor atividades significativas e prazerosas, incentivando sempre a descoberta, a criatividade e a criticidade;
Enfatizar a participação e ajuda mútua, possibilitando a construção da autonomia moral, intelectual e a cooperação. 
	Inspirado na filosofia humanista e sociointeracionista, o CEI Peter Pan tem como base uma educação contextualizada, crítica, conscientizadora, criativa, dialética e dialogal que possibilita propiciar ao educando o domínio de competências que permitam a plena formação do indivíduo enquanto cidadão, nas múltiplas e complexas atividades exigidas pela vida moderna. 
	A Proposta Pedagógica da Rede Municipal de Ensino de Vinhedo expressa seu compromisso na construção de uma nova realidade tida como possível e desejável pela comunidade escolar, convergindo para aspectos essenciais à plena realização do ser humano. 
	 Em relação ao Atendimento Educacional Especializado nesta unidade escolar, decorre de uma nova visão de Educação Especial sustentada legalmente e é uma das condições para o sucesso da inclusão escolar. O objetivo do atendimento especializado é propiciar condições e liberdade para que o aluno com deficiência possa construir a inteligência dentro do quadro de recursos intelectuais que lhe é disponível, tornando-se agente capaz de produzir significado e conhecimento. 
	Tal atendimento dar-se-á em 3 modalidades:
	1. Salas de apoio: destinadas aos alunos com deficiência inclusos na Rede Municipal de Vinhedo, obedecendo aos seguintes critérios para atendimento de alunos com diagnósticos definidos; alunos encaminhados pelo SUS e alunos sugeridos pelos professores.
	2. Salas de recursos pedagógicos: objetivando a complementação e/ou suplementação curricular, utilizando equipamentos e materiais específicos, por exemplo Braile e Libras. 
	3. Professor itinerante: destinado, especificamente, à Educação Infantil objetivando assessorar e orientar os professores através de visitas periódicas.
2.3 Descrição e análise reflexiva das atividades de estágio supervisionado
	A estrutura básica do CEI Peter Pan está adequada para o trabalho com alunos da Educação Infantil. Com um prédio relativamente conservado, a escola possui construção toda em alvenaria que proporciona segurança e conforto aos educandos, seus espaços e recursos seguem os padrões estabelecidos pelo Ministério da Educação. Os espaços físicos e o mobiliário são adequados e apropriados ao uso dos alunos com faixa etária entre 3 a 6 anos. Suas 4 salas de aula são iluminadas e espaçosas, contam com 1 pequena biblioteca com diversos livros paradidáticos, brinquedos pedagógicos, mesas educacionais do sistema “Positivo”, TV, DVD, aparelho de som, retroprojetor, máquina fotográfica e Datashow. Os 3 banheiros para alunos são adequados ao tamanho das crianças, possuem chuveiro, fraldário e acessibilidade para portadores de necessidades especiais, como cadeirantes. 
Na parte externa, a escola conta com 1 pequena quadra poliesportiva, 1 parque de areia e 1 pátio em área coberta próximo ao refeitório. As demais dependências da escola estão distribuídas em 1 sala dos professores (com almoxarifado dentro), 1 banheiro para professores e demais funcionários, 1 secretaria, 1 sala para direção e coordenação, 1 refeitório no pátio instalado adequadamente e respeitando as normas da Vigilância Sanitária, 1 cozinha, 1 área de serviço, 1 jardim com muitas plantas e árvores. 
O corpo docente é composto por 8 professoras especializadas para o trabalho na Educação Infantil, Pedagogas, pós-graduadas em Psicopedagogia, Educação Especial ou Neuropsicopedagogia. Algumas professoras formaram-se recentemente, porém, a maioria já tem muitos anos de Magistério e estão há mais de 15 anos naquela unidade escolar. Compõem este quadro 4 professoras efetivas, 1 professora substituta, 3 com permuta para assumir as salas da instituição. 
A parte administrativa conta com uma equipe formada por 4 pessoas, 1 diretora, Conceição Aparecida Camargo de Andrea, 1 coordenadora pedagógica, Denise Aparecida Gallo Villaça, ambas Pedagogas e pós-graduadas em Gestão Escolar, 2 auxiliares de educação que exercem função de assistente de direção. 
No período em que realizei meu estágio, a coordenadora pedagógica encontrava-se de férias, no entanto, a diretora realizou, também, a função de coordenadora e foi bastante acessível e solícita, inserindo-me dentro do contexto escolar e permitindo-me participar de todas as atividades realizadas. A diretora além de realizar o papel de gestora, participa ativamente de todos os espaços da escola, está sempre à disposição dos pais, professores e alunos. 
Assim que a coordenadora pedagógica retornou de férias pode responder a minha entrevista, na qual expôs suas concepções em relação à Educação Infantil. Fase em que ela acredita ser a entrada da criança à vida social, momento fundamental para o desenvolvimento integral da criança em todos os seus aspectos. Ela também acredita que a infância é um momento de descobertas e formação de caráter, por isso a importância de estarem inseridas no ambiente escolar. 
No entanto, a definição de infância não é única e varia conforme o contexto social em que o indivíduo está inserido. Conforme Arroyo (1994, p. 88), “A infância não existe como categoria estática, como algo sempre igual. A infância é algo que está em permanente construção. ” 
	No primeiro dia de estágio, acompanhei a turma do Maternal II, onde a professora, pedagoga e pós-graduada em Educação Especial, Alfabetização e Letramento e Neuropsicopedagogia, demonstrou ter total domínio dos pressupostos teóricos e bastante embasamento para cuidar e educar as crianças daquela faixa etária. Utilizando-se de técnicas e metodologias construtivistas, com muito material de apoio pedagógico, através de uma aula expositiva dialogada e indireta desmistificou aquela visão que a maioria das pessoas tem que professor de Educação Infantil é apenas aquele que “tem um jeitinho para cuidar de crianças” sem nenhuma ou pouca formação acadêmica. 
	Nos demais dias fiquei com as turmas da Fase 1 e 2, onde pude auxiliar bastante as professoras, também com muito embasamento teórico e prático, apresentaram-se totalmente preparadas para todas as situações e imprevistos, já que em ambas as turmas existem casos de inclusão, uma menina com síndrome de Down e um menino com diagnóstico em avaliação para autismo. Sob essa perspectiva, o estágio na Educação Infantil foi uma experiência muito enriquecedora e estimulante, já que para Arce (2001, p.181):
[...] o professor de educação infantil é aquele que ensina, que deve possuir competência (que supere a improvisação, o amadorismo e a mediocridade), tenha precisão, rigor filosófico e disciplina metodológica, criatividade e criticidade na forma de entender e trabalhar o conhecimento conforme o contexto em que foi produzido.
	
2.4 Plano de ação (Etapa 1 – Educação Infantil)
IDENTIFICAÇÃO 
Instituição: Centro de Educação Infantil Peter Pan
Professora regente: Priscila Corrêa
Estagiária: Ana Paula Gonçalves Pereira Porfírio de Sousa 
Turma: Maternal II Número de Alunos: 14 
Tempo de duração da aula: 2 horas
EIXOS DE TRABALHO E CONTEÚDO
Movimento/Linguagem oral e escrita/Matemática – “Cada macaco no seu galho” 
OBJETIVOS
O aluno deverá ser capaz de:
Desenvolver a oralidade, a atenção e a agilidade;
Desenvolver a coordenação sensório-motora e a motricidade ampla;
Conhecer os conceitos de lateralidade: em cima/embaixo.
MATERIAIS UTILIZADOS/RECURSOS
Serão utilizados bambolês ou gizcolorido.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/SÍNTESE DO ASSUNTO
Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio desse ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano, num mundo de fantasia e imaginação. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem. 
Do ponto de vista de Oliveira (2000), “o brincar não significa apenas recrear, mas sim desenvolver-se integralmente. Caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida.” Todavia, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
Vygotsky (1998) acentua o papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil, pois é brincando que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Sendo assim, as crianças desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isso é importante para dar início à atividade em si.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Iniciarei a atividade no pátio, com uma roda de conversa sobre quais brincadeiras os alunos mais gostam de fazer e se gostam de conhecer brincadeiras novas. Para 14 alunos, utilizarei 13 bambolês para representar círculos no chão (caso não aja material suficiente, desenharei 13 círculos com giz), um aluno será escolhido para ser o caçador e os demais serão os macacos. O caçador escolhido deverá cochilar no centro de um círculo (bambolê), enquanto os outros macacos giram a sua volta, tomando cuidado para não fazer barulho. De repente, o caçador acorda e grita: “Cada macaco no seu galho! ” Todas as crianças deverão correr e entrar dentro de um círculo para não serem pegas, no entanto, um aluno ficará de fora do círculo, e esse será o macaco sem galho. Iniciarei a brincadeira novamente e todos terão que trocar de lugar, até mesmo o aluno que ficou fora do bambolê. Quando o caçador achar que já está a bastante tempo num galho, vai dar, novamente, a ordem para que todos procurem outro galho, tendo mais chances de pegar algum outro macaco.  A brincadeira continuará até todos participarem. Ao terminar, realizaremos uma contagem de quantos macacos foram pegos na brincadeira.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998, volumes: 1 e 2.
OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes Editora LTDA, 1998.
2.5 Descrição da 2ª etapa de estágio: anos iniciais do Ensino Fundamental
	
O estágio nos primeiros anos do Ensino Fundamental foi realizado na Escola Municipal Professor Claudio Gomes, fundada em 1947, quando a cidade de Vinhedo ainda chamava-se Rocinha. Está situada à rua Fernando Costa, número 628, no centro de Vinhedo, CEP 13280-000. O contato com a escola pode ser realizado através dos telefones (19) 3886-5771 e (19) 3876-2785 e do e-mail emclaudiogomes@vinhedo.sp.gov.br. A escola oferta atendimento apenas para o Ciclo I do Ensino Fundamental no período matutino, de 7h00 às 11h50 e, no período vespertino, de 13h00 às 17h50. Atualmente recebe 524 alunos distribuídos em 23 salas de aula. O período realizado foi entre 30 de outubro de 2017 a 09 de novembro de 2017, sendo observadas as turmas do 1º ano D e 2º ano D. 
2.6 Concepção Pedagógica da EM ProfESSOR Claudio Gomes
	De acordo com a Proposta Pedagógica da Rede Municipal de Vinhedo, entre os objetivos e metas estão o desejo de proporcionar aos seus alunos um ambiente educacional favorecedor que os conduza a uma aprendizagem significativa e estimulante, valorizando atitudes respeitosas, justas e empáticas. Baseada em uma concepção filosófica humanista e sociointeracionista, a EM Professor Claudio Gomes pretende: 
Proporcionar o crescimento da unidade escolar como um todo, atuando como elemento facilitador de mudanças;
Desenvolver competências e habilidades nos alunos, levando-os à autonomia intelectual e moral, à cooperação e ao pensamento crítico. 
Desenvolver o raciocínio, a reflexão e o senso crítico, capacitando o educando a interagir na sociedade; 
Realizar reflexões diárias sobre suas ações e práticas, e incentivar que os educadores e funcionários também realizem estas reflexões;
Formar, através da convivência diária, uma escala de valores, hábitos e atitudes para o exercício da cidadania;
Garantir que cada pessoa seja respeitada na sua dignidade e singularidade, onde o aluno forme para si um modelo de mundo, com sentido e significado solidários. 
Numa perspectiva cultural que implica em possibilitar que as crianças vivenciem o máximo de experiências que possibilitem a compreensão do homem com a natureza, política decorrente da inserção do indivíduo na sociedade, que exige compreender o significado dos direitos e deveres da cidadania e numa perspectiva da formação para o trabalho que, entendida como instrumento de emancipação da pessoa e da sociedade humana, incorpora ao processo educacional os conhecimentos tecnológicos modernos, valorizando a aprendizagem e a evolução do educando e do profissional da educação, o tema do Projeto Político Pedagógico da EM Professor Claudio Gomes foi nomeado de “Valores e Princípios: no caminho da aprendizagem emocional.” 
Justificativa do Projeto Político Pedagógico
Através do PPP a escola empenha-se, há 3 anos, em proporcionar aos alunos e educadores uma discussão a respeito da importância do trabalho com valores, princípios morais e o estabelecimento de relações interpessoais, respeitosas e justas. E, com esse objetivo, desde 2014, vem implementando, através de estudos teóricos, mudanças práticas e condutas positivas, um ambiente escolar que seja acolhedor, que incentive a aprendizagem cognitiva e emocional. 
Dificuldades apresentadas
Resolução de conflitos;
Seguir regras de convivência no âmbito escolar;
Falta de empatia na convivência;
Docentes que não compreendem os estágios evolutivos relacionados ao desenvolvimento moral infantil.
Metas
Garantir a aprendizagem nas diferentes áreas do conhecimento;
Favorecer a formação de alunos que convivem no ambiente coletivo de forma respeitosa;
Oportunizar aos pais, professores e funcionários espaço de discussão e reflexão acerca da importância do trabalho com regras, valores e princípios. 
Ações
Proporcionar aos professores, durantes os HTPC’s, estudos sobre a teoria que envolva o trabalho com valores, princípios e desenvolvimento moral infantil;
Oferecer espaço de discussão e reflexão acerca da importância da formação pessoal do docente para que seja possível esse trabalho;
Intermediar a parceria entre a psicóloga escolar, pais e alunos, trabalhando a importância de vivenciar as relações respeitosas;
O Atendimento Educacional Especializado da EM Professor Claudio Gomes tem como objetivo proporcionar condições de acesso, participação no ensino regular, garantia de atendimento dos serviços de apoio especializados, de acordo com as necessidades de cada estudante, recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem, bem como ações para continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino. 
Esse atendimento pode ser realizado em grupos, porém atentando-se às formas específicas de cada aluno se relacionar com o saber. Há um espaço físico criado e utilizado especificamentepara este fim e ocorre sempre em horário oposto ao do ensino regular. Atualmente, esta unidade escolar atende alunos com deficiência intelectual, deficiência auditiva moderava e severa, paralisia cerebral, síndrome de Down, Autismo, Transtorno Opositor Desafiador e Síndrome de Sturge Weber. 
A EM Professor Claudio Gomes também está desenvolvendo, atualmente, os seguintes Projetos e Programas Especiais: Handebol; Taekwondo; Iniciação musical (Flauta); Acompanhamento pedagógico (Grupos de estudos); Contos e Encantos (Jornal da escola, Amigos da escola, Fazendo peraltagens com as palavras e Clubinho da leitura); Teatro; Programa Psicóloga Escolar; Programa Ler e Escrever; Programa Caminhos para a Cidadania – AutoBan; Programa Saúde na Escola; e Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD.
2.7 Descrição e análise reflexiva das atividades de estágio supervisionado
Atualmente, a EM Prof. Claudio Gomes está instalada em um prédio inaugurado em 1952, cedido pelo Governo do Estado de São Paulo e mantido pela Prefeitura Municipal de Vinhedo. Na área interna do prédio principal há 10 salas de aula, sendo 5 no andar inferior. No final dos corredores dos 2 andares encontram-se 2 salas utilizadas para grupos de estudos. Há, ainda no prédio principal, 1 sala de coordenação pedagógica com 1 sanitário, 1 secretaria com 1 sanitário, 1 diretoria com 1 sanitário, 1 recepção com espaço para máquinas de Xerox, 1 depósito para materiais de limpeza e 1 depósito para papelaria. 
	Na área externa do prédio há 1 cozinha com despensa, 1 área de serviço com 2 tanques e 1 máquina de lavar, 1 cantina, 2 sanitários para funcionários, 1 sala de professores com 2 sanitários, 1 pátio coberto, bem amplo e com 1 quiosque feito com cobertura de sapé, o qual é utilizado para a realização de atividade extraclasse e recreio, com 8 sanitários para alunos (sendo 2 adaptados para os deficientes) e 1 amplo refeitório. Há também 1 parque infantil direcionado para as atividades de recreação dos alunos dos 1ᵒˢ e 2ᵒˢ anos. 
	Na lateral do prédio encontram-se mais 6 salas de aula, 1 videoteca, 1 laboratório de informática, 1 sala para aulas de Artes Plásticas, 1 sala para almoxarifado e 1 sala de recursos multifuncionais para o Atendimento Educacional Especializado. Nas áreas livres (inferior e superior) existem rampas de acesso para os cadeirantes e coletores de lixo seletivo. Ao lado do estacionamento dos professores e funcionários há 1 quadra poliesportiva coberta com 2 sanitários e 2 vestuários, que atende os alunos nas aulas de Educação Física, atividades do Programa Mais Educação e nos eventos direcionados para a comunidade. 
	A equipe pedagógica compõe-se de: 3 técnicos, 1 diretora, Ana Aparecida Infanger Silva, licenciada em Educação Física, Pedagogia e Gestão Escolar e pós-graduada em Psicopedagogia, 1 coordenadora pedagógica para as turmas de 1ᵒˢ e 2ᵒˢ anos, Isabelle Paris, graduada em Pedagogia e pós-graduada em Psicopedagogia, 1 coordenadora pedagógica para as turmas de 3ᵒˢ, 4ᵒˢ e 5ᵒˢ anos, Luciane Padavini Murer, Pedagoga, pós-graduada em Relações Interpessoais e Desenvolvimento Moral Infantil, especialização em Ética, Valores e Cidadania. 
	No corpo docente, 100% das professoras são graduadas em Pedagogia, pós-graduadas em Educação, Psicopedagogia ou Educação Especial, a maioria já está perto de se aposentar ou já são professoras aposentadas do Governo de São Paulo. Também fazem parte do quadro os professores de Educação Física, Inglês e Artes. 
	O quadro administrativo é composto por 1 secretária, 1 oficial de escola, 4 serventes, 3 merendeiras, 3 inspetores de alunos, 3 cuidadores para alunos com necessidades especiais, que auxiliam os professores e alunos em diversas atividades. Como auxílio, contam também com o trabalho de 1 psicóloga escolar, além das Oficinas do Programa Mais Educação em parceria com as Secretarias de Esporte, Cultura e Educação. 
	Nos primeiros dois dias de estágio, observei a turma do 2º ano D. Pude notar que a professora, já aposentada pelo Governo de São Paulo, possuía uma concepção pedagógica ainda bastante tradicionalista. Trabalhava muito com exercícios repetitivos e de memorização, não utilizava nenhum tipo de material concreto que pudesse facilitar a aprendizagem, e não permitia que os alunos conversassem ou se levantassem. Ficou difícil para mim analisar como ocorria o processo e o desenvolvimento de aprendizagem dos alunos, pois havia uma barreira que me impedia de aproximar e interagir, detectando seus níveis de aprendizagem. 
A professora não partia do pressuposto de que a aprendizagem ocorre a partir da participação ativa do indivíduo, em contato com elementos significativos da realidade social e cultural. Pois, segundo Coll, Mauri e Martin (1996, p.19), “a aprendizagem contribui para o desenvolvimento na medida em que aprender não é copiar ou reproduzir a realidade. Para a concepção construtivista, aprende-se quando somos capazes de elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da realidade ou conteúdo que pretendemos aprender. ”
	Nos outros dias, pude participar mais ativamente numa turma de 1º ano, onde a professora de postura mais construtivista e sociointeracionista. Desenvolvia uma prática alfabetizadora consciente e adequada às necessidades dos alunos, respeitando seus estágios de desenvolvimento e estimulando-os ao interesse e participação. Praticamente todos os seus alunos já estavam no nível alfabético, eram autônomos e dominam a leitura e escrita, pois são estimuladas diariamente ao contato com livros e material que contenha escrita. 
	A professora costuma também trabalhar as zonas de desenvolvimento proximal, sempre orientando e mediando as atividades, proporcionando um ambiente pleno de aprendizagem, utilizando diversos recursos pedagógicos e facilitando esse processo de aquisição da leitura e escrita. Já que, para Vygotsky, a relação do homem com o mundo é mediada. Os processos de mediação modificam-se ao longo do desenvolvimento do indivíduo e as relações mediadas sobrepõem-se às diretas e a mediação ocorre por meio de signos e instrumentos.
2.8 Plano de aula (Etapa 2 – anos iniciais do Ensino Fundamental)
IDENTIFICAÇÃO
Estagiária: Ana Paula Gonçalves Pereira Porfírio de Sousa
Instituição: Escola Municipal Professor Claudio Gomes
Disciplina: Matemática
Turma: 1º ano d
Professora regente: Cirlaine Fátima Moni Iansem
CONTEÚDO
Jogos de tabuleiro (Situações-Problemas)
OBJETIVOS
	O aluno deverá ser capaz de: 
Descobrir o jogo como fonte de entretenimento e aprendizagem;
Reconhecer diversos jogos de tabuleiro;
Compreender a importância das regras;
Refletir sobre diferentes estratégias;
Resolver situações-problemas por meio de diferentes estratégias e registros.
SÍNTESE DO ASSUNTO 
Boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brincadeira e é dessa maneira que elas se expressam culturalmente. Para Vygotsky, a brincadeira é fundamental para o desenvolvimento infantil, principalmente porque oportuniza interações. Sua teoria defende que jogar e brincar atuam na zona de desenvolvimento proximal do indivíduo, criando condições para que determinados conhecimentos sejam consolidados. Consciente de que as crianças se comunicam através do brincar, Vygotsky considerou muito importante a intervenção positiva para a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecer essa prática.
A criança deve ter oportunidade de vivenciar situações ricas e desafiadoras, as quais são proporcionadas pela utilização dos jogos como recurso pedagógico. Quando a escola se transforma em um espaço que proporciona o jogo ela possibilita a construção de saberes.
DESENVOLVIMENTO DA AULA 
		Neste dia, explicarei aos alunos que eles terão um período de aula diferente do que estão acostumados, pois, permitirei que explorem os jogos de tabuleiro de forma autônoma e dinâmica. Iniciarei com uma roda de conversa a respeito de jogos de tabuleiro, perguntarei quais eles conhecem ou já brincaram. Em seguida, informarei que terãoa oportunidade de conhecer novos jogos de tabuleiro ou irão ou apropriar-se com maior ênfase de jogos já conhecidos.
Proporei que se reúnam em duplas, em determinados momentos, depois em trios ou quartetos, e sempre revezando e mudando os colegas escolhidos. Contudo, circularei entre as duplas ou grupos e os auxiliarei na percepção dos conteúdos matemáticos que precisam ser utilizados para vencer os jogos ou ultrapassar seus desafios.
1ª Etapa: Jogo da velha
		Primeiramente, organizarei a apresentação e exploração do tradicional jogo da velha. Possivelmente, esse será um dos conhecidos de toda a turma, contudo, agora será utilizado para a apropriação de conceitos matemáticos importantes como raciocínio lógico-matemático. Levarei para que os alunos colem em seu caderno, as regras do jogo e leiam em voz alta. 
		Em seguida, escolherei 2 alunos para jogarem na lousa e, a cada jogada, conversarei com a sala sobre o que foi pensado para realizá-la ou quais estratégias ou combinações poderiam ser utilizadas. Após essa exploração inicial, formarei as duplas e será proposto que todos joguem. Solicitarei que os alunos registrem em seu caderno, com desenhos ou por meio de escrita, o que aprenderam com o jogo proposto. 
2ª Etapa: Tabuleiro cheio
		Esse jogo tem como objetivo principal o trabalho com o cálculo mental durante a soma de dois dados. Iniciarei a aula, apresentando ao grupo as regras do jogo. Após esse momento, os alunos formarão novas duplas e serão entregues, a cada um deles, tabuleiros quadriculados. 
		Orientarei para que os alunos joguem este jogo mais de uma vez para que compreendam efetivamente as regras e treinem o cálculo mental dos números tirados no dado. (Meu objetivo era utilizar dados com números, ao invés de dados com bolinhas, pois, assim, as crianças não teriam como se apoiar em quantidades para fazer contagens, precisariam olhar os números e calcular o resultado mentalmente. Porém, a escola não dispunha no momento de dados numéricos, apenas os comuns.) Durante a realização do jogo, sistematizarei com a turma as noções de base 10. Inclusive fixarei uma tabela na lousa com todas as possibilidades de formar 10 (6 + 4; 7 + 3; 5 + 5; 9 + 1; 8 + 2), assim os alunos poderão se apoiar em cálculos já memorizados para a construção de novos. Ao final, solicitarei que façam os registros do que compreenderam ou aprenderam com este jogo.
3ª Etapa: Jogo ganha quem chega ao zero
Para esse jogo, organizarei os alunos em trios ou grupos de quatro crianças. O objetivo principal é o trabalho com a resolução de problemas que envolvam a subtração. Entregarei para cada grupo, um par de dados, papel e lápis para anotarem os resultados e as regras também serão coladas no caderno. 
Deixarei que joguem diversas vezes para que se apropriem das regras e das estratégias criadas. Caso eu observe que a turma está encontrando dificuldades para a realização da subtração com números grandes ou dezenas, diminuirei o valor inicial de pontos e também utilizarei o material dourado ou palitos de sorvete para facilitar esse processo. Contudo, o uso do material concreto, deverá ser substituído pelo cálculo gradativamente. Após a exploração do jogo, proporei, novamente, o registro com desenhos ou escrita do que aprenderam ou compreenderam em cada etapa. 
RECURSOS
		Fichas com regras de jogos, tabuleiros de jogo da velha, tabuleiros quadriculados, dados numéricos, lápis de cor e escrever, borracha, caderno ou papel.
AVALIAÇÃO
Serão avaliados o envolvimento, a participação e a interação entre os alunos em cada um dos processos que constituem a aula. Como se comportarão frente aos estímulos e incentivos para desenvolverem o companheirismo, a parceria, a troca de ideias e colegas. Espera-se que compreendam e respeitem as regras dos jogos e desenvolvam autonomia e concentração ao efetuar problemas de raciocínio lógico-matemático. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do Estágio Supervisionado: Docência na Educação Básica foi de extrema relevância para a minha formação como Pedagoga e aprimoramento como Educadora. Apesar de já ser graduada em Letras, técnica em Magistério e especialista em Educação, porém afastada do mercado de trabalho, fiquei simplesmente encantada e, ao mesmo tempo, espantada com a imensidão de abordagens e pressupostos teóricos que eu ainda não havia estudado com mais aprofundamento. Eu confesso que, ao chegar nas duas unidades escolares, fui com aquela postura de quem já sabia tudo e que não precisava, ou necessitava, aprender mais nada. Porém, para minha admiração e surpresa, descobri que eu não sabia nada! Que o mundo se modernizou, as novas tecnologias, as novas práticas e tendências educacionais estão cada vez mais avançadas e atualizadas. 
Em relação à primeira escola estagiada, pude perceber a importância de se trabalhar habilidades como empatia, respeito e solidariedade dentro do contexto escolar. Fato que contribui e muito com o processo de ensino-aprendizagem das crianças. O empenho e dedicação das professoras e de todos os demais funcionários em realmente construírem uma escola verdadeiramente inclusiva, foi o ponto mais marcante dessa experiência. Para a realização deste estágio de observação participativa recebi todo o respaldo e aval da direção e do corpo docente para atuar de maneira mais ativa e dinâmica dentro daquele contexto, fato que me possibilitou uma efetiva participação nas atividades escolares sem restrições.
Pois, uma prática pedagógica que trabalhe os conhecimentos de forma linear, mecânica e fragmentada, não atende às necessidades dos alunos e da sociedade, uma vez que não estabelece as relações existentes entre os elementos que fazem parte dessa organização e gera crítica sobre o papel da Educação. Imbernón (2005, p.14) afirma que:
o contexto em que trabalha o professor tornou-se complexo e diversificado. Atualmente, a docência não se resume somente à transmissão de conhecimentos da cultura universal ou à transformação do conhecimento empírico do aluno em um conhecimento acadêmico. A profissão exerce outras funções, quais sejam: motivação, luta contra a exclusão social, participação, relações com estruturas sociais e com a comunidade. 
Quanto à segunda escola visitada, a admiração só aumentou. A estrutura física e intelectual é extremamente valorosa e empenhada em contribuir com uma educação de qualidade e para todos. As coordenadoras trabalham incessantemente para promover o melhor ensino para todos os alunos e para a comunidade. Saliento também a importância do Atendimento Educacional Especializado, que poderia ser considerado modelo para várias outras escolas no nosso país. Ambas as escolas trabalham em sintonia, uma complementando a outra. 
Notei, nos diversos momentos do estágio e em ambas as escolas, o gosto das crianças pelas brincadeiras, a interação entre elas e a participação nas brincadeiras realizadas. Tudo isso possibilitou o melhor desenvolvimento das crianças, favorecendo que a aprendizagem ocorresse de forma significativa e propiciando uma enriquecedora interação social. Dessa maneira, pude confirmar o que afirmam Piaget, Vygotsky e Wallon: 
[...] a criança se expressa por meio do ato lúdico e é através desse ato que a infância carrega consigo as brincadeiras. Elas perpetuam e renovam a cultura infantil, desenvolvendo formas de convivência social. É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitória da aquisição de um novo fazer, incorporando-o a cada novo brincar. (CRAIDY e KAERCHER, 2001, p. 103)
É importante destacar que a aproximação da realidade, através da análise crítica e reflexiva de um docente em formação, dentro de um contexto educacional, favorece a constante reflexão do desenvolvimento profissional. Diante de todo o processo que permeia a nossa atuação profissional, minha vivência nas duas escolas me mostrou a importância da formação continuada e do constante aprimoramento dos conhecimentos dentro área da Educação, das necessidades sociais, da investigação da própria prática e a busca de temas atuais (professorpesquisador).
Portanto, posso concluir que a experiência proporcionada pelo estágio ampliou minha visão de mundo e o real significado da constituição de um profissional da área de Pedagogia, complementando a minha formação acadêmica e conferindo-me valiosos subsídios para uma futura atuação nessa área.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Cláudia Mara de; SOARES, Kátia Cristina Dambiski. Professor de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental: Aspectos Históricos e Legais da Formação. Curitiba: Ibpex, 2011. (Série Formação do professor).
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998, volumes: 1 e 2.
CRAIDY, Carmem Maria. KAERCHER, Gládis Elise P. Educação Infantil: pra que te quero?” In: “O Desenvolvimento Infantil na Perspectiva Sociointeracionista: Piaget, Vygotsky, Wallon – Porto Alegre: Artmed, 2001.
NOGUEIRA, Makeliny; LEAL, Daniela. Teorias da aprendizagem: um encontro entre os pensamentos filosófico, pedagógico e psicológico. Curitiba: Ibpex, 2012. (Série Construção histórica da educação).
OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
SILVA, Mônica Caetano Vieira da; URBANETZ, Sandra Terezinha. O estágio no curso de pedagogia. 1. reimp. Curitiba: Ibpex, 2010. v. 1.
_____. Mônica Caetano Vieira da; URBANETZ, Sandra Terezinha (Org.). O estágio no curso de Pedagogia. 1. reimp. Curitiba: Ibpex, 2010. v. 2.
SUHR, Inge Renate Fröse. Teorias do conhecimento pedagógico. Curitiba: Ibpex, 2011. (Série Fundamentos da educação).
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes Editora LTDA, 1998.
VYGOTSKY, L. S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico: livro para professores. Tradução de Zoia Prestes. São Paulo: Ática, 2009.
APÊNDICES
APÊNDICE A – TABELAS DO PLANO DE AULA – ENSINO FUNDAMENTAL
APÊNDICE B – ENTREVISTA COM A COORDENADORA DO CEI PETER PAN
ANEXOS
ANEXO A – FICHA DE FREQUÊNCIA DE ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ANEXO B – FICHA DE FREQUÊNCIA DE ESTÁGIO NO ENSINO FUNDAMENTAL