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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

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1 
 
 
Departamento de Desenvolvimento Profissional 
 
 
 
 
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
 
 
ProfªAdriana Valente 
 
 
e-mail: adrianatvalente@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro, 1º semestre de 2017. 
13/03/2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 
Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 
O presente material foi estruturado exclusivamente para aplicação da aula 
Contabilidade Tributária no Conselho Regional de Contabilidade (CRCRJ). 
 
A parte conceitual foi extraída, principalmente, da Constituição da 
República Federativa do Brasil, do Código Tributário Nacional, de Leis, 
Normas e de bibliografias consagradas sobre o Tema. 
 
A reprodução textual é apenas um resumo, cuja finalidade é auxiliar na 
fixação dos assuntos aqui abordados e na resolução dos exercícios 
propostos. 
 
Os exercícios foram extraídos de livros, periódicos e de bancas 
organizadoras de concurso público. 
 
Caso o aluno tenha interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre 
qualquer tema abordado neste material, recomenda-se a participação em 
cursos específicos oferecidos pelo CRC/RJ e/ou leitura complementar. 
 
Bom Estudo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
1 ESTRUTURA DO CURSO 
 
1.1 Objetivos 
 
Transmitir aos participantes os conhecimentos básicos necessários para 
apuração dos seguintes impostos: Imposto de Renda Lucro Real, Lucro 
Presumido, Lucro Arbitrado, Retenção do Imposto de Renda na Fonte, 
ICMS, ISSQN, PIS e COFINS. 
 
1.2 Carga Horária 
 
12 Horas/aula. 
 
 
1.3 Metodologia 
 
Exposição teórica com aplicação de exercícios práticos. 
 
 
1.4 Programa 
 
1. Contabilidade Tributária 
2. Sistema Tributário Nacional 
3. Princípios Constitucionais Tributários 
4. Tributos, Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria 
5. Impostos de Competência dos Entes da Federação 
6. Apuração do Imposto de Renda pela Modalidade Lucro Real 
7. Apuração do Imposto de Renda pela Modalidade Lucro Presumido 
8. Apuração do Imposto de Renda pela Modalidade Lucro Arbitrado 
9. Apuração do Imposto de Renda Retido na Fonte 
10. Apuração do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias - ICMS 
11. Apuração do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – 
ISSQN 
12. PIS e COFINS 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
1. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
1.1 Introdução 
 
A Contabilidade Tributária possui como principais objetivos o estudo da 
teoria e aplicação prática dos princípios e normas da legislação tributária. 
 
É responsável pelo cumprimento das obrigações principais e acessórias 
determinadas pela legislação fiscal, buscando proteger, dessa forma, a 
empresa de sanções e penalidades determinadas pelo fisco. 
 
Algumas atribuições da Contabilidade Tributária: cálculo dos impostos, 
confecção da guia de recolhimento, escrituração dos livros fiscais, 
cumprimento das obrigações acessórias, dentre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
2. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
2.1 Introdução 
A Organização Política Administrativa da Republica Federativa do Brasil, 
conforme previsto no art. 18 da Constituição Federal do Brasil – CF/1988 
compreende: 
 a União; 
 os Estados; 
 o Distrito Federal; e 
 os Municípios. 
Os entes da federação são todos autônomos, nos termos da Constituição. 
No que concerne ao poder de tributar, o art. 145 da CF/88, dispõe que a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir 
os seguintes tributos: Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria. 
A Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional – CTN, 
dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de 
direito tributário aplicáveis à União, ao Distrito Federal, aos Estados e aos 
Municípios. 
Art. 6º do CTN - A atribuição constitucional de competência tributária 
compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações 
contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis 
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto no 
CTN. 
Art. 2º - O Sistema Tributário Nacional é regido pelo disposto 
na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis 
complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das 
 
 
 
 
 
 6 
 
respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis 
estaduais, e em leis municipais. 
Conforme Art. 96, do CTN - A expressão "legislação tributária" 
compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os 
decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em 
parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. 
Art. 7º do CTN - A competência tributária é indelegável, salvo 
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar 
leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. 
Conforme o art. 97, do CTN, somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução. 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo; 
V - a cominação (fixação) de penalidades para as ações ou omissões 
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
Exclusão São causas ou fatos que inibem a ocorrência do crédito 
tributário, motivados por promulgação de lei que determina a sua não 
exigibilidade por parte do Estado (WIKIPÉDIA, 2009). Pode ocorrer antes 
ou após a ocorrência do crédito tributário ( TRETTIN, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
Modalidades previstas: isenção – art 176 CTN, é a dispensa do tributo; 
anistia- concedida por lei – exclui a infração; imunidade – proibição legal 
de tributar; remissão – exclui o tributo em caso de catastrofes. 
Suspensão É a ocorrência de normas tributária que paralisem 
temporariamente a exigibilidade da execução do crédito tributário, O 
crédito tributário continua a existir apenas sua cobrança não é realizado, 
este fato, não exime o contribuinte do seu dever e de suas obrigações 
(TRETTIN, 2007 p.63). 
 
Extinção É o ato ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação 
ou lançamento do crédito tributário, extingue a própria obrigação 
tributária. 
 
Imunidade e Isenção Tributária 
Imunidade é a vedação constitucional destinadas às entidades políticas 
que detêm a competência tributária, de tributar determinadas pessoas, 
seja pela natureza jurídica que possuem, pelo tipo de atividade que 
desempenham ou ainda ligadas a determinados fatos, bens ou situações. 
 Já a isenção, não é a vedação, mais sim a dispensa legal do pagamentodo tributo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
3. PRINCIPIO CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS 
 
São exemplos de princípios constitucionais tributários, por Roberto 
Rodrigues de Morais: 
1) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, que veda expressamente à União 
Federal, aos Estados Membros – aqui inserido o Distrito Federal – e aos 
Municípios exigir ou aumentar tributos(e contribuições) sem lei que o 
estabeleça 
2) PRINCÍPIO DA ISONOMIA (ou igualdade), que proíbe tratamento 
desigual aos contribuintes que se encontram em situação equivalente, 
assim como qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos. Visa coibir discriminação entre os 
cidadãos, sendo sagrada a sua observação e cumprimento por todos os 
brasileiros. Inegociável na prática democrática (2). 
3) PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE – Por este princípio ficou 
vedado à cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos 
antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentados. 
4) PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – Tanto do exercício seguinte 
como da nonagesimalidade, garantia ofertada aos contribuintes o 
conhecimento das alterações tributárias ANTES de sua vigência. Veda a 
cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro (no caso brasileiro, 
mesmo ano) e antes de decorridos 90 (noventa) dias em que houver sido 
publicada a lei que instituiu ou aumento tributos e/ou contribuições. O 
exercício financeiro, no Brasil, corresponde ao ano civil, de 01 de janeiro a 
31 de dezembro. O principal objetivo deste princípio é não surpreender os 
contribuintes. 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
5) PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA – Por este princípio 
os Impostos, sempre que possível, terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, sendo 
facultado à administração tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esse princípio, identificar – respeitados os direitos individuais 
e nos estritos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. Tem a finalidade de não tirar mais do que 
pouco possuir ou aufere rendimentos; Não usurpar o necessário à 
sobrevivência do cidadão. A progressividade de certos tributos é a forma 
de se cumprir este princípio. 
6) PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO CONFISCO – Este princípio 
constitucional prescreve que é vedado à utilização do tributo com efeito de 
confisco, ou seja, impedindo assim o Estado que, com o pretexto de 
cobrar tributo, se aposse indevidamente de bens (aqui leia-se também 
dinheiro) do contribuinte. Aqui se vale do princípio da razoabilidade (6). 
7) PRINCÍPIO DA LIBERADE DE TRÁFEGO – Pouco badalado e 
comentado, este princípio constitucional visa vedar ao Estado estabelecer 
limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos 
interestaduais ou intermunicipais, ressalvado a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo poder público. A norma tem como 
destinatário principal o legislador. É a liberdade de ir e vir em ação (7). 
8) PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA DOS IMPOSTOS – Essência da 
democracia, a transparência é dos impostos ficou assegurada por este 
princípio constitucional, que prevê que a lei determinará medidas para que 
os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam 
sobre mercadorias e serviços. No caso brasileiro nosso Congresso Nacional 
deixou os cidadãos órfãos da citada lei por 25 anos. 
9) PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA – Com o fito de 
promover a integralidade do território nacional, este princípio veda à 
União Federal instituir tributo que NÃO seja uniforme em todo o território 
 
 
 
 
 
 10 
 
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao 
Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País. 
Iguala os estados, embora com diferentes dimensões econômicas ou 
territoriais, como SP = AP ou AM = SE (9). 
10) PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE – É o princípio de garante que a 
tributação deve ser maior ou menor dependendo da essencialidade do 
bem. Este princípio possui aplicação obrigatória quanto ao IPI e facultativa 
para o ICMS e o IPVA. Neste último o princípio é visível, a cada ano, 
quando da divulgação da tabela do IPVA vigente em cada exercício 
financeiro. 
11) PRINCÍPIO DA NÃO-DIFERENCIAÇÃO TRIBUTÁRIA – É o 
princípio que veda aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer 
natureza, em razão de sua procedência ou destino. A guerra fiscal entre 
os Estados Membros da Federação fere, diretamente, este princípio. 
12) PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE – Um dos mais 
conhecidos princípios, quanto ao ICMS, ao IPI e aos Impostos Residuais 
da União Federal, deve-se compensar o que for devido em cada operação 
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o 
montante cobrado nas operações anteriores pelo mesmo ou outro Estado 
Membro ou pelo Distrito Federal. É o mais popular dos princípios entre os 
gestores tributários. 
13) PRINCÍPIO DAS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Este princípio 
veda à União Federal, aos Estados Membros, ao Distrito Federal e aos 
Municípios instituir impostos sobre: Patrimônio, renda ou serviços, uns dos 
outros, templos de qualquer culto, de partidos políticos, inclusive suas 
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de 
 
 
 
 
 
 11 
 
educação e assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos 
da lei, livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. 
14) PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA – Segundo o ex-ministro do STF e 
Tributarista renomado Hugo de Brito Machado, a entidade tributária há de 
restringir sua atividade tributacional àquela matéria que lhe foi 
constitucionalmente destinada, ou seja, obediência irrestrita à 
Constituição Federal. 
OBS: Conforme a Emenda Constitucional nº 42/2003, o Imposto de 
Importação (II), Imposto de Exportação (IE) e Imposto sobre Operações 
Financeiras (IOF), não estão sujeitos ao princípio da anterioridade: 
 
Esses impostos, existentes em todos os países, têm a função de regular 
o comércio internacional, sempre sujeito às oscilações 
conjunturais. Por isso, acham-se livres do princípio da anterioridade 
tributária, a fim de propiciar ao governo da União flexibilidade no 
exercício do poder ordinatório, através desses impostos Nesse 
sentido, em sendo instituídos ou majorados ambos os impostos acima 
referidos, mesmo que através de Medida Provisória, sua eficácia será 
imediata desde sua edição, independentemente de ser convertida em lei, 
que de acordo com Eduardo Sabbag (2011, p. 122), “havendo uma 
medida provisória que altere, por exemplo, as alíquotas de um imposto de 
importação, a incidência da norma majoradora será de imediato, 
independentemente da conversão em lei” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
4. TRIBUTOS 
Conforme art. 3º, do CTN, TRIBUTO é: toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
 Prestação pecuniária compulsória: Decorre da lei. Trata-se de 
um dever de pagar o tributo, não depende da vontade. 
 
 Prestação que não constitua sanção de ato ilícito: o tributo é 
oriundode fatos lícitos. 
 
 Prestação instituída em lei: a obrigação existe apenas em virtude 
de lei. 
 
 Prestação cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada: independe da oportunidade e conveniência 
da administração pública. 
 
Os Tributos representam: os impostos, as taxas e as contribuições de 
melhorias. 
 
Imposto: É um tributo cuja exigência não tem qualquer vínculo com 
uma atividade específica do Estado. Esta é a característica que o 
diferencia dos demais tributos. Exemplos: ICMS, ISS. 
 
Taxa: Tem a característica de ser cobrada em razão do poder de polícia 
ou pela utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos, prestados 
ao contribuinte ou postos à sua disposição. Exemplos: taxa de água, lixo, 
esgoto, etc. 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
O poder de polícia limita ou disciplina atividade de interesse público, 
como os direitos individuais e coletivos, mercado, higiene, tranqüilidade 
pública. 
 
Contribuição de Melhoria: Será devida, no caso de valorização de 
imóveis de propriedade privada, em virtude de obras públicas que 
representa acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas 
beneficiadas direta ou indiretamente por essas obras. Exemplos: 
pavimentação, iluminação, construção e ampliação de parques, campos de 
desportos, pontes, túneis e viadutos, etc. 
 
Contribuições Especiais: Também chamadas de Contribuição 
Social ou Parafiscais, estão previstas nos artigos 149 e 149-A da 
Constituição Federal, sendo tributos cuja característica principal é a 
finalidade para a qual é destinada sua arrecadação. Podem ser: sociais, de 
intervenção no domínio econômico, de interesse de categorias econômicas 
ou profissionais e para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP). 
As contribuições especiais possuem finalidade e destino certo, definidos na 
lei que institui cada contribuição. 
Elementos Fundamentais que representam a obrigação tributária é a lei, o 
objeto e o fato gerador. 
 
A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador 
da respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la: 
 
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 
 
 
 
 
 
 14 
 
Sujeito Ativo (Art. 119. da Lei 5.172 de 25/10/1966): É a pessoa jurídica 
de direito público, titular da competência para exigir o seu 
cumprimento a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
Sujeito Passivo (Art. 121. da Lei 5.172 de 25/10/1966): É a pessoa 
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, 
podendo ser pessoa física e jurídica. 
 
Fato Gerador: É a concretização da hipótese de incidência tributária 
prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária. 
Exemplos: 
Prestar serviços – ISS 
Fazer circular mercadorias – ICMS 
Receber renda – IR 
Propriedade de automóvel - IPVA 
 
O fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência. 
 
O fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma 
da legislação aplicável, impõe à prática ou a abstenção de ato que não 
configure obrigação principal. 
Tributos Vinculados e não Vinculados 
 Vinculados: O tributo é pago vinculado a um serviço já prestado 
ou a prestar. Exemplos: taxas, contribuição de melhoria e 
contribuições sociais (INSS, PIS, COFINS e CSLL). 
. 
 Não vinculados: Os Impostos, pois independe de qualquer 
atividade estatal relacionada ao contribuinte. 
 
 
 
 
 
 15 
 
Os impostos são classificados em diretos e indiretos 
 
Diretos: São os impostos que os governos (federal, estadual e municipal) 
arrecadam sobre o patrimônio (bens) e renda (salários, aluguéis, 
rendimentos de aplicações financeiras) dos trabalhadores. São 
considerados impostos diretos, pois o governo arrecada diretamente dos 
cidadãos. 
Ex.: IR, IPTU, IPVA 
 
Indiretos: São os impostos que incidem sobre os produtos e serviços que 
as pessoas consomem. São cobrados de produtores e comerciantes, 
porém acabam atingindo indiretamente os consumidores, pois estes 
impostos são repassados para os preços destes produtos e serviços. 
EX.: ICMS, IPI, ISS. 
 
Impostos sobre a renda, patrimônio e consumo 
 
 Imposto sobre a renda: São os considerados sobre o produto do 
capital, do trabalho e da combinação de ambos. Exemplos: 
Contribuição social sobre o lucro, imposto de renda. 
 
 Imposto sobre o patrimônio: Cobrado sobre o Patrimônio das 
pessoas físicas e jurídicas. Exemplo: IPTU, IPVA, ITBI. 
 
 Imposto sobre o consumo: São considerados os que incidem sobre 
a cadeia produtiva. Exemplos: IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
Elisão e Evasão Fiscal são duas formas de evitar o pagamento 
de tributos. 
A evasão fiscal é o uso de meios ilícitos para evitar o pagamento 
de taxas, impostos e outros tributos. Entre os métodos usados para evadir 
tributos estão a omissão de informações, as falsas declarações e a 
produção de documentos que contenham informações falsas ou 
distorcidas, como a contratação de notas fiscais, faturas, duplicatas etc. 
A elisão fiscal configura-se num planejamento que utiliza métodos legais 
para diminuir o peso da carga tributária num determinado orçamento. 
Respeitando o ordenamento jurídico, o administrador faz escolhas prévias 
(antes dos eventos que sofrerão agravo fiscal) que permitem minorar o 
impacto tributário nos gastos do ente administrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
 
5. IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS ENTES DA FEDERAÇÃO 
 
Compete à União instituir impostos sobre (Art. 153) 
I - importação de produtos estrangeiros; II 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
IE 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; IPI 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários; IOF 
VI - propriedade territorial rural; ITR 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. IGF 
 
 
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre 
(Art. 155) 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
ITCMD 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e 
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior; ICMS 
III - propriedade de veículos automotores. IPVA 
 
 
 
 
 
 18 
 
Compete aos Municípios instituir impostos sobre (Art. 156) 
I - propriedade predial e territorial urbana; IPTU 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; ITBI 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, da 
CRFB, definidos em lei complementar. ISSQN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
Exercícios Sobre Competência para Instituir Impostos 
 
1. Considere os seguintes impostos: 
 
I - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 
II - Imposto sobre importação de produtos estrangeiros - II 
III - Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana - IPTUIV - Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e 
sobre prestações de serviços de transporte interestadual, internacional e 
de comunicação - ICMS. 
V - Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros, ou relativo a 
títulos ou valores mobiliários – IOF. 
 
Assinale, na tabela abaixo, a opção que apresenta corretamente a 
relação entre cada imposto e a esfera governamental responsável por sua 
cobrança: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL 
(A) I IV e V II e III 
(B) III I e II IV e V 
(C) I e V III e IV II 
(D) II e V I e III IV 
(E) I, II e V IV III 
 
 
 
 
 
 20 
 
A seguir são listadas as principais alterações na legislação tributária 
para 2017, que podem impactar no dia a dia da sua empresa: 
IPI: Nova TIPI 2017 – Decreto nº 8.950 de 29/12/2016. O Governo Federal 
aprovou a nova Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados 
(TIPI), com validade a partir de 2017. 
ECD: Novas regras para substituição do arquivo – Com a publicação 
da Instrução Normativa RFB nº 1679, de 27/12//2016, de acordo com as novas 
regras da , depois de autenticados somente poderão ser substituídos os livros 
que contenham erros que não possam ser corrigidos por meio de lançamentos 
extemporâneos, nos termos das Normas Brasileiras de Contabilidade. 
ISS: Alteração de regras e lista de serviços – Lei Complementar nº 157 de 
29/12/2016. Essa Lei Complementar estabeleceu alíquota mínima de 2% para o 
ISS, manteve cobrança do imposto para as operações de franquia e incluiu vários 
serviços na lista da Lei Complementar nº 116 de 31/07/2003. 
DIFAL: Emenda Constitucional nº 87, de 16/04/2015, altera o § 2º do Art. 
155 da Constituição Federal e inclui o Art. 99 no Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias – Alteração da partilha entre as unidades da 
Federação. 
Ganho de Capital: Alíquota será maior para empresas optantes pelo Simples 
Nacional, conforme regulamentado pela Lei nº 13.259 de 16/03/2016. 
ECD: Será exigida das empresas Optantes pelo Simples Nacional - Resolução 
CGSN nº 131 de 06/12/2016 - A pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional 
na condição de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) que 
receber aporte de capital deverá manter Escrituração Contábil Digital (ECD). 
DIRF 2017: Prazo de entrega 15/02/2017 - Regulamentado pela Instrução 
Normativa RFB nº 1671 de 22/11/2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
Inativas e Empresas do Simples Nacional devem apresentar a 
DCTF: Devido à publicação da Instrução Normativa RFB nº 1646, de 
30/05/2016, a partir do ano-calendário de 2017, todas as informações relativas 
à inatividade deverão ser informadas apenas na Declaração de Débitos e Créditos 
Tributários Federais (DCTF). 
Bloco K: Alterado o calendário de início da obrigatoriedade - Ajuste SINIEF 25, 
09/12/2016, que dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital (EFD). 
CEST: Obrigatório a partir de 1º de julho de 2017 - Regulamentado 
pelo Convênio ICMS 90 de 12/09/2016. 
Mostruário e treinamento: Operação ganhou CFOP específico - Ajuste SINIEF 
18, de 09/12/2016, estendeu a utilização de CFOPs, até então utilizados apenas 
nas operações de remessa e retorno de mercadorias ou bens em demonstração, 
para as operações de mostruário e treinamento. 
NF-e– CT-e: Emissor gratuito será fornecido pelo SEBRAE - A Secretaria da 
Fazenda do Estado de São Paulo firmou parceria com o Serviço Brasileiro de 
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) para atender uma parcela de 
contribuintes que ainda utiliza os emissores gratuitos de Nota Fiscal Eletrônica 
(NF-e) e do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e). 
A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ-SP) transferirá 
ao SEBRAE a solução gratuita e, a partir de julho de 2017, a instituição passará a 
disponibilizar e atualizar as versões do aplicativo para as empresas. Até essa 
data a SEFAZ-SP manterá o aplicativo em funcionamento. 
Débitos Federais de pessoas físicas e jurídicas poderão ser liquidados 
por meio do PRT: Com a publicação da Medida Provisória nº 766, de 
04/01/2017, poderão ser quitados os débitos de natureza tributária ou não 
tributária vencidos até 30/11//2016, de pessoas físicas e jurídicas, inclusive 
objeto de parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos, em discussão 
administrativa ou judicial, ou ainda provenientes de lançamento de ofício 
efetuados após a publicação da Medida Provisória, desde que o requerimento se 
dê no prazo estabelecido nesta norma. 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
SEFAZ-SP 
ICMS: Governo do Estado de São Paulo regulamenta pacote de medidas de 
incentivo aos contribuintes -Decreto nº 62.312, Decreto nº 62.313, Decreto 
nº 62.314 e Decreto nº 62.315, esses de 16/12/2016. 
Os referidos decretos têm o objetivo de viabilizar e de facilitar a utilização de 
saldo credor do ICMS passível de apropriação nos termos do Artigo 71 do 
Regulamento do ICMS (RICMS/2000) e do Crédito Acumulado doICMS já 
apropriado nos termos da legislação de regência, quando destinados à realização 
de investimento para modernização, ampliação de planta industrial ou 
construção de novas fábricas, desenvolvimento de novos produtos ou ampliação 
dos negócios neste Estado. 
SEFAZ-SP: Alteradas as regras para redução da carga tributária de produtos 
listados no Artigo 34 do Anexo II do RICMS/2000. O governo do Estado, por 
meio do Decreto nº 62.386, de 27/12/2016 alterou as regras de redução da base 
de cálculo do ICMS nas saídas internas de perfumes, cosméticos e produtos de 
higiene pessoal realizadas por fabricante e atacadista. 
ICMS-ST: Procedimentos para ressarcimento a partir de 2017 em São Paulo - A 
partir de 2017 os contribuintes paulistas substituídos tributários devem solicitar 
ressarcimento de ICMS Substituição Tributária (ICMS-ST) mediante os 
procedimentos estabelecidos na Portaria CAT 158 de 28/12//2015. 
Fique atento às alterações de regras; alíquota do ICMS e Fundo de Erradicação e 
Combate à Pobreza junto aos estados. No que tange aos documentos eletrônicos 
(NF-e, NFC-e e CT-e) acompanhe as novas regras e versões de validação. 
Fonte: Siga o Fisco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
6. IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS - IRPJ 
 
Conforme a CFRB/88, o Imposto sobre a renda possui as seguintes 
características: 
Generalidade: Toda e qualquer forma de renda ou provento 
Universalidade: Todos que auferirem renda 
Progressividade: Cobra-se mais de quem tem mais e vice- versa 
 
A pessoa jurídica é tributada de acordo com as seguintes 
modalidades: 
 Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional 
 
Período de apuração: 
 Lucro Real – Trimestral ou Mensal (Estimado) 
 Lucro Presumido - Trimestral 
 Lucro Arbitrado - Trimestral 
 Simples Nacional – Mensal 
 
O que é ECD? 
A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto SPED e tem por 
objetivo a substituição da escrituração em papel pela escrituração transmitida via 
arquivo, ou seja, corresponde à obrigação de transmitir, em versão digital, os seguintes 
livros: 
I - Livro Diário e seus auxiliares, se houver; 
II - Livro Razão e seus auxiliares, se houver; 
III - Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos 
assentamentos neles transcritos (Sped). 
 
“A exigência da ECD para a ME e EPP é mais um avanço na complexidade das 
obrigações acessórias, que promete contribuir para distanciar o Simples Nacional 
do seu propósito inicial”.24 
 
6.1 Lucro Real – Apuração Trimestral 
 
Conceito 
O Lucro Real é o resultado (Lucro ou Prejuízo) do período de apuração 
(antes de computar a provisão para o imposto de renda), ajustado pelas 
adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela 
legislação do imposto sobre a renda. 
 
Verifica-se de imediato que, como ponto de partida para determinação 
do lucro real é o resultado líquido apurado na escrituração 
comercial. As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real são 
obrigadas a mantê-la em boa ordem e guarda, com a estrita observância 
das leis comerciais e fiscais e dos princípios contábeis geralmente aceitos. 
 
Estão obrigadas à tributação com base no Lucro Real, as pessoas 
jurídicas: 
 
 Até 31/12/2013 – R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões). A 
partir de 01/01/2014 - Receita bruta igual ou superior a R$ 
78.000.000 (setenta e oito milhões), e proporcional de R$ 
6.500.000 (seis milhões e quinhentos mil reais); 
 Cujas atividades sejam bancos comerciais, bancos de investimentos, 
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de 
créditos, financiamentos e investimentos, sociedades de crédito 
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e 
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de 
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de 
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência 
privada aberta; 
 
 
 
 
 
 25 
 
 Que tiverem lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do 
exterior; 
 
Notas: 
Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do 
exterior com receitas de exportação. As exportadoras podem optar 
pelo Lucro Presumido, desde que não estejam nas hipóteses de 
vedação. A restrição deste item alcança aquelas empresas que 
tenham lucros gerados no exterior (como empresas Offshore, filiais 
controladas e coligadas no exterior, etc.). 
 
A prestação direta de serviços no exterior (sem a utilização de filiais, 
sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras 
unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam 
assemelhadas) não obriga á tributação do lucro real. 
 
 Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de 
benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de impostos; 
Nota: como exemplo de benefícios fiscais: o 
programa BEFIEX (isenção do lucro de exportação), redução do IR 
pelo Programa de Alimentação do Trabalhador, projetos incentivados 
pela SUDENE e SUDAM, etc. 
 
 Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado 
pagamentos mensal por estimativa ou tenham reduzido ou 
suspendido o pagamento mensal por estimativa, mediante 
levantamento do balanço ou balancete específico para esse fim; 
 
Nota: o regime de estimativa é a opção de pagamento mensal, 
estimado, do Imposto de Renda, para fins de apuração do Lucro Real 
 
 
 
 
 
 26 
 
em Balanço Anual. 
 
 Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de 
serviços de assessoria de crédito, seleção e riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos 
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação 
de serviços (factoring). 
 
Notas: 
1ª As pessoas jurídicas que não se enquadrarem nas hipóteses acima 
poderão optar, por ocasião do pagamento do imposto correspondente 
ao 1º trimestre do ano-calendário em vigor, pela tributação com base 
no lucro presumido. 
2ª considera-se receita bruta total, para fins de determinação do limite 
referido, o somatório: 
a) receita bruta total; 
b) demais receitas e ganhos de capital; 
c) ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados 
de renda variável; 
d) rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de 
renda fixa; 
e) parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas 
vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder 
ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da 
Instrução Normativa SRF nº 38, e 30/04/1997. 
 
 
 
 
 
 27 
 
3ª os agentes autônomos de seguros (corretores de seguros) não são 
considerados instituições financeiras e, portanto, não são obrigados à 
tributação com base no Lucro Real. 
 
4ª a pessoa jurídica que auferir receita de exportação de mercadorias 
e/ou prestação direta de serviços ao exterior não está enquadrada na 
hipótese já mencionada, ou seja, lucros, rendimentos e ganhos de capital 
oriundos do exterior. 
 
 
Lucro Contábil e Lucro Fiscal/Real 
Lucro Contábil – É o lucro líquido do exercício apurado de acordo com 
Práticas Contábeis Brasileiras. 
Lucro Fiscal/Real – É o lucro apurado após adições, exclusões e 
compensações permitidas pela legislação tributária. Constitui-se base de 
cálculo para o pagamento do imposto de renda com base no lucro real. 
Condições de Dedutibilidade dos Custos e Despesas 
Para que um custo ou uma despesa possa ser considerado dedutível, é 
necessário o atendimento das seguintes condições (art. 299 – RIR 99): 
*Ser necessário para a atividade da empresa e a manutenção da 
respectiva fonte produtora de receitas. 
 
 
 
 
 
 28 
 
* Ser normal e usual. 
* Estar documentado e devidamente contabilizado. 
* Não constituir inversão de capital. (aquisição de bens de capital - 
Ex. imobilizado) 
OBS.: A despesa é dedutível no regime de competência, ou seja, no 
momento em que é considerada incorrida – quando ocorre o fato gerador 
– independe de pagamento. 
 
Apuração do Lucro Fiscal/Real 
Exemplo: 
Lucro antes do Imposto de Renda (LAIR) 
(+) Adições ao Lucro Líquido 
(-) Exclusões ao Lucro Líquido 
(=) Lucro antes da Compensação do Prejuízo Fiscal 
(-) Compensação do Prejuízo Fiscal 
(=) Lucro Real ou Lucro Tributável 
Adições – são despesas realizadas (contabilizadas) pelas empresas, mas 
não consideradas como dedutíveis para apuração da base de cálculo 
para pagamento do Imposto de Renda. Exemplo: multa de trânsito. 
Exclusões – são as receitas auferidas (contabilizadas) pelas empresas, 
mas que não são tributadas pela legislação. Exemplo: dividendos 
recebidos pela participação societária em outras empresas avaliadas pelo 
Método do Custo. 
Compensações – A legislação admite que, prejuízos fiscais apurados 
anteriormente possam ser compensados com lucros futuros. Essa 
compensação está limitada a 30% (trinta) do lucro fiscal apurado no 
período base. 
 
 
 
 
 
 29 
 
Notas: 
I. O Prejuízo Fiscal não poderá ser compensado se, entre a data da 
apuração e da compensação do prejuízo fiscal, ocorrer, cumulativamente, 
modificação do controle societário e modificação do ramo de atividade. 
II. Não há prazo para prescrição do Prejuízo Fiscal. 
 
Parte B – controla as diferenças temporárias, ou seja, todos os 
lançamentos que podem afetar a base fiscal de períodos posteriores. 
Assim, todas as despesas que representem adições temporárias devem 
ser registradas na parte B, pois em algum período seguinte, esta 
despesa será dedutível para fins fiscais e, com o adequado controle na 
parte B , a exclusão pode ser feita sem nenhuma preocupação. 
 
Exemplos de resultados passivos de controle na parte B: Prejuízos a 
Compensar, Depreciação Acelerada Incentivada. 
Adições e Exclusões Temporárias – são consideradas, na pratica como 
despesas dedutíveis e receitas tributadas, mas apenas nos próximos 
períodos. 
 
Alguns exemplos de Adições definitivas e temporárias, para 
apuração do Lucro Real: 
 
Adições Definitivas - Uma despesa que não é aceitaagora, nem será 
num período futuro. Representam despesas não necessárias às 
operações, tais como: multas fiscais não compensatórias, multa de 
trânsito, despesas particulares de diretores, resultado de equivalência 
patrimonial (despesas), despesas com brindes. 
 
OBS.: As multas por infrações fiscais, como regra geral, não são 
dedutíveis como custo ou despesa operacional. Entretanto, poderão ser 
 
 
 
 
 
 30 
 
dedutíveis as multas de natureza compensatória e as impostas por 
infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de 
tributo (RIR/1999, art. 344, §5 o ). 
A multa de natureza compensatória destina-se a compensar o sujeito 
ativo da obrigação tributária pelo prejuízo suportado em virtude do atraso 
no pagamento que lhe era devido. É penalidade de caráter civil, posto que 
comparável à indenização prevista no direito civil. Em decorrência disso, 
nem a própria denúncia espontânea é capaz de excluir a responsabilidade 
por esses acréscimos, usualmente chamados moratórios. 
Porém, nem todos os acréscimos moratórios previstos na legislação 
tributária podem ser considerados compensatórios. A multa moratória 
somente terá natureza compensatória quando, cumulativamente, 
preencher as seguintes condições: 
 
Adições Temporárias - Uma despesa que não é aceita pelo fisco num 
período, por não reencher determinados requisitos, que será preenchido 
em outro período. Representa provisões (contingências trabalhistas e 
outras), exceto provisões para férias, 13º salário e técnicas, 
 
Exclusão Definitiva - Uma receita que não é tributada agora nem será 
tributada em períodos futuros. Exemplos: Receita auferida pela 
Equivalência Patrimonial, Receita de dividendos recebidos pela 
avaliação do investimento pelo método de custo. 
 
Exclusão Temporária - Uma despesa que o fisco aceita como dedução 
fiscal antes do seu reconhecimento contábil, representará uma 
dedução antecipada do IR devido, gerando um ajuste extracontábil no 
LALUR, para reduzir o lucro tributável. Quando ocorrer o efetivo 
registro na contabilidade, esta despesa não poderá ser aceita pelo fisco, 
 
 
 
 
 
 31 
 
uma vez que já foi considerada dedutível no período anterior. Exemplo: 
Despesa com a exploração do petróleo cru, mesmo antes de 
registrar a despesa. 
 
Alíquotas Aplicáveis para o cálculo do Imposto de Renda (IR) e 
Adicional de Imposto de Renda. 
 
IR – 15% 
Adicional – 10% 
 
Adicional do Imposto de Renda 
Representa a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 
60.000,00 (sessenta mil reais), no trimestral e R$ 240.000,00 para 
apuração anual. No caso de início de atividades, o limite trimestral será 
proporcional ao número de meses, ou seja, R$ 20.000,00 (vinte mil 
reais). 
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL 
A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída 
pela Lei 7.689/1988. 
Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento 
estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a 
base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981, 
de 1995, artigo 57). 
A pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado deverá 
recolher a Contribuição Social sobre o Lucro pela modalidade escolhida de 
tributação. 
Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ 
pelo Lucro Real e a CSLL pelo Lucro Presumido. 
 
 
 
 
 
 32 
 
Alíquota - 9% 
Base de Cálculo: É o lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e 
compensações previstas na legislação. 
 
O mesmo procedimento, aplicado para apuração da base de cálculo do IR, 
será aplicado para o cálculo da CSLL. Assim, quando do cálculo desse 
imposto, haverá também adições e exclusões, compensações que serão 
controladas. 
 
Caso haja em algum período base de cálculo negativa da CSLL, está 
poderá ser compensada em períodos futuros, limitada ao máximo de 
30% do lucro líquido ajustado. Não existe prazo de prescrição para a 
compensação. 
 
Prazo Para Pagamento 
O Imposto de Renda devido e a Contribuição Social, apurados 
trimestralmente, serão pagos em quota única, até o último dia útil do mês 
subseqüente ao do encerramento do período de apuração. 
À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três 
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três 
meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que 
corresponder, observado o seguinte: 
a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o 
imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em 
quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento 
do período de apuração; 
 
 
 
 
 
 33 
 
b) as quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa 
Selic, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês 
subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia 
do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do 
pagamento. 
RESUMO 
O lucro real será determinado a partir do lucro líquido do período de 
apuração, obtido na escrituração comercial (antes da provisão para o 
imposto de renda) e demonstrado no Lalur, observando-se que: 
 
1) serão adicionados ao lucro líquido: 
a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e 
quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido 
que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na 
determinação do lucro real (exemplos: resultados negativos de 
equivalência patrimonial; custos e despesas não dedutíveis); 
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores 
não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a 
legislação tributária, devam ser computados na determinação do 
lucro real (exemplos: ajustes decorrentes da aplicação dos métodos 
dos preços de transferência; lucros auferidos por controladas e 
coligadas domiciliadas no exterior); 
 
2) poderão ser excluídos do lucro líquido: 
 
a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária 
e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do 
período de apuração (exemplo: depreciação acelerada incentivada); 
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores 
incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a 
 
 
 
 
 
 34 
 
legislação tributária, não sejam computados na determinação do 
lucro real (exemplos: resultados positivos de equivalência 
patrimonial; dividendos); 
 
3) poderão ser compensados, total ou parcialmente, à opção do 
contribuinte, os prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, 
desde que observado o limite máximo de trinta por cento do lucro líquido 
ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação tributária. O 
prejuízo compensável é o apurado na demonstração do lucro real de 
períodos anteriores e registrado no Lalur (Parte B). 
 
Como são apurados, controlados e compensados os prejuízos 
fiscais não operacionais? 
 
Os prejuízos não-operacionais apurados somente poderão ser 
compensados nos períodos subsequentes ao da sua apuração (trimestral 
ou anual) com lucros da mesma natureza, observado o limite de 30% 
(trinta por cento) do referido lucro. 
 
Conforme a IN SRF nº 11, de 1996, art. 36, os resultados não 
operacionais de todas as alienações de bens do ativo permanente 
ocorridas durante o período de apuração deverão ser apurados 
englobadamente entre si. 
 
No período deapuração de ocorrência de alienação de bens do ativo 
permanente, os resultados não operacionais, positivos ou negativos, 
integrarão o lucro real. 
 
A separação em prejuízos não operacionais e em prejuízos das demais 
atividades somente será exigida se, no período, forem verificados, 
 
 
 
 
 
 35 
 
cumulativamente, resultados não operacionais negativos e lucro real 
negativo (prejuízo fiscal). 
 
Verificada esta hipótese, a pessoa jurídica deverá comparar o prejuízo não 
operacional com o prejuízo fiscal apurado na demonstração do lucro real, 
observado o seguinte: 
 
a) se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo 
será considerado prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente 
será considerada, prejuízo fiscal das demais atividades; 
 
b) se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao 
prejuízo fiscal, todo o prejuízo fiscal será considerado não operacional. Os 
prejuízos não operacionais e os decorrentes das atividades operacionais 
da pessoa jurídica deverão ser controlados em folhas específicas, 
individualizadas por espécie, na parte B do Lalur, para compensação, com 
lucros da mesma natureza apurados nos períodos subsequentes. 
 
O valor do prejuízo fiscal não operacional a ser compensado em cada 
período-base subsequente não poderá exceder o total dos resultados não 
operacionais positivos apurados no período de compensação. 
 
A soma dos prejuízos fiscais não operacionais com os prejuízos 
decorrentes de outras atividades da pessoa jurídica, a ser compensada, 
não poderá exceder o limite de 30% (trinta por cento) do lucro líquido do 
período-base da compensação, ajustado pelas adições e exclusões 
previstas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda. 
 
No período-base em que for apurado resultado não operacional positivo, 
todo o seu valor poderá ser utilizado para compensar os prejuízos fiscais 
não operacionais de períodos anteriores, ainda que a parcela do lucro real 
 
 
 
 
 
 36 
 
admitida para compensação não seja suficiente ou que tenha sido apurado 
prejuízo fiscal. 
 
Neste caso, a parcela dos prejuízos fiscais não operacionais compensados 
com os lucros não operacionais que não puder ser compensada com o 
lucro real, seja em virtude do limite de 30% (trinta por cento) ou de ter 
ocorrido prejuízo fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo das 
demais atividades, devendo ser promovidos os devidos ajustes na parte B 
do Lalur; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
 
Exercícios - Apuração do Imposto de Renda Lucro Real 
 
1. O Imposto de Renda é um imposto: 
 
a) de competência residual; 
b) indireto; 
c) de competência comum; 
d) direto. 
 
2. Em face da Constituição Federal, o imposto sobre a renda e 
proventos de qualquer natureza tem as seguintes características: 
 
a) universalidade e progressividade; 
b) generalidade e seletividade; 
c) comutatividade e essencialidade; 
d) não-cumulatividade e seletividade; 
e) progressividade e seletividade. 
 
3. As alíquotas aplicáveis sobre a base de cálculo apurada na 
forma do lucro real, presumido ou arbitrado, para determinar o 
imposto de renda e a contribuição social devido pela pessoa 
jurídica em cada período-base, a partir do ano-calendário de 1996 
é: 
 
(A) 27,5% e 8% (B) 19,0% e 12% (C) 1,2%; e 15% 
(D) 15,0% e 9% (E) 4,8%. e 12% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
 
4. Com base nas informações abaixo, calcule e contabilize e IR e 
a CSLL na modalidade de Lucro Real trimestral. 
 
PARTE A DO LALUR 
Trimestres Jan a mar Abr a Jun Jul a Set Out a 
Dez 
LAIR (lucro contábil) 1.000 1.000 1.000 1.000 
(+) Adições 200 100 400 1.000 
(-) Exclusões (400) (1.500) (200) (600) 
(=) Resultado antes da 
compensação do prejuízo 
fiscal 
800 (400) 1.200 1.400 
 
(-) Compensação do 
prejuízo Fiscal 
- - 
Resultado Real/Fiscal 
IR 15% 
Adicional de IR 10% 
Despesa com IR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
 
 
Controle do Prejuízo Fiscal = PARTE B DO 
LALUR 
Valores 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trimestres 
 
Jan a mar 
 
Abr a Jun 
 
Jul a Set 
 
Out a Dez 
LAIR 1.000 1.000 1.000 1.000 
(+) Adições 200 100 400 1.000 
(-) Exclusões (400) (1.500) (200) (600) 
(=) Resultado antes da 
compensação 
800 (400) 1.200 1.400 
(-) Compensação da Base de 
Cálculo Negativa 
 
(=) Base de Cálculo 
CSLL 
 
 
 
 
 
 40 
 
Controle da Base de Cálculo Negativa da CSLL Valores 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/2-2012/Q.49) Uma sociedade 
anônima que iniciou suas atividades em março de 2014, sujeita à 
tributação pelo lucro real e optante pela tributação em bases trimestrais, 
informou um lucro, no primeiro trimestre/2014, apurado na parte “A” do 
LALUR, de R$ 300.000,00. 
Considerando exclusivamente as informações recebidas e as 
determinações da legislação tributária vigente, o imposto de renda devido 
por essa sociedade, em reais, é 
 
(A) 45.000,00 (B) 69.000 (C) 71.000,00 (D) 73.000,00 (E) 75.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
 
6. (Fundação Cesgranrio/com adaptações) Uma empresa tributada 
pelo lucro real fez a opção do pagamento trimestral para o ano de 2012. 
Obteve lucro tributável de R$ 300.000,00 no primeiro trimestre, de R$ 
150.000,00 no segundo trimestre, apresentou prejuízo fiscal no terceiro 
trimestre de R$ 100.000,00 e resultado positivo no quarto trimestre de R$ 
200.000,00. Assim, terminou o ano com um resultado fiscal de R$ 
550.000,00. 
Considerando as informações acima, o total de Imposto de Renda a ser 
pago pela empresa, referente ao ano de 2012, em reais, será: 
 
(A) 119.500,00 (B) 129.500,00 (C) 137.000,00 
(D) 141.500,00 (E) 147.500,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
 
RESOLUÇÃO 
 
Trimestres Jan a mar Abr a Jun Jul a Set Out a Dez 
LAIR (lucro contábil) 
(+) Adições 
(-) Exclusões 
Resultado antes da 
Compensação do PF 
 
Compensação do PF 
 
Base de Cálculo do IR 
Alíquota – 15% 
Adicional do IR 
 
 
 
Despesa com IR 
 
7. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/Q.44) Os contribuintes sujeitos à 
Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) são as pessoas jurídicas 
domiciliadas no Brasil, bem como aquelas que a elas são equiparadas pela 
legislação fiscal do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (RIR/1999). 
O fato gerador da CSLL, nos termos da Constituição Federal/1988, é o(a) 
 
(A) lucro (B) receita bruta (C) receita líquida (D) venda de mercadorias 
(E) venda de mercadorias e serviços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
 
8. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/Q. 45) O Imposto de Renda de 
uma pessoa jurídica, com mais de dez anos de atividades ininterruptas, 
tributada pelo lucro real, optante pelo lucro real trimestral, será 
determinado pela aplicação da alíquota de 15% sobre o lucro 
 
(A) antes do imposto de renda, apurado na demonstração do resultado, 
acrescido de R$ 240.000,00. 
(B) líquido contábil ajustado por adições e subtrações,deduzido da 
compensação de prejuízos fiscais, mais 10% sobre o imposto excedente a 
R$ 20.000,00. 
(C) real, apurado no LALUR, menos 10% aplicados sobre R$ 240.000,00. 
(D) real, apurado no LALUR, mais 10% aplicados sobre o lucro que 
exceder a R$ 60.000,00. 
(E) real, apurado no LALUR, mais 10% sobre o lucro excedente a R$ 
240.000,00. 
 
9. Analise as afirmações a seguir em relação às formas de 
tributação sobre o lucro. 
 
I - Uma empresa com receita total no valor de 50 milhões de reais, em 
2004, sendo 5% oriunda de resultado positivo, com participação em 
controladas (MEP), será obrigada a utilizar, em 2005, o lucro real como 
forma de tributação sobre o lucro, estando impedida de utilizar o lucro 
presumido em 2005, mesmo que a receita total fique abaixo de 48 
milhões de reais nesse ano. 
 
II - No lucro real, o prejuízo fiscal apurado poderá ser compensado nos 
anos seguintes, mas com limitação de 30% da soma algébrica de receitas 
e despesas apuradas na contabilidade, sem qualquer ajuste de adições ou 
exclusões. 
 
 
 
 
 
 
 44 
 
III - A empresa que vender seus produtos ao exterior, ainda que através 
de empresa comercial exportadora, estará, automaticamente, obrigada ao 
lucro real, qualquer que seja sua receita total no ano anterior. 
 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões): 
(A) I 
(B) II 
(C) I e II 
(D) I e III 
(E) II e III 
 
10. Determinada empresa comercial iniciou suas atividades em 
janeiro de 2013, sendo tributada pelo lucro real trimestral. No 
primeiro trimestre, apresentou prejuízo contábil de R$ 15.000,00, 
com despesas não dedutíveis no valor de R$ 1.000,00 incluídas no 
resultado. No 2o trimestre, obteve lucro contábil de R$ 90.000,00, 
incluindo receitas não tributáveis de R$ 10.000,00. Considerando 
as alíquotas vigentes no país (alíquota básica de 15% e adicional 
de 10% sobre a parcela que ultrapassar R$ 240.000,00/ano ou R$ 
20.000,00/mês), o imposto de renda devido pela empresa 
referente ao 2o trimestre, em reais, é: 
 
(A) 9.600,00 (B) 9.900,00 (C) 10.000,00 (D) 10.500,00 
(E) 15.500,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
 
 1º TRIM 2º TRIM 
RESULTADO CONTABIL (15.000) 90.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
 
Lucro Real Anual - Base Estimativa – Apuração Mensal 
 
A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real, 
alternativamente à sistemática de sua apuração trimestral, poderá optar 
pelo pagamento mensal do imposto por estimativa e determinar o lucro 
real apenas em 31 de dezembro do ano calendário. 
 
Nota: A opção pelo pagamento por estimativa ou trimestral será 
irretratável para todo o ano calendário e será manifestada com o 
pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou no primeiro 
trimestre. 
 
Para cálculo do IR mensal, na modalidade de lucro estimado, será apurado 
de acordo com o percentual definido pela legislação tributária para cada 
atividade, conforme tabela abaixo: 
 
Atividade Base para o 
IR 
Base para a 
CSLL 
Revenda de Combustíveis 1,6% 12% 
Serviços hospitalares / transporte de cargas 8,0% 12% 
Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 16,0% 32% 
Demais Serviços 32,0% 32% 
Intermediação de negócios, administração de 
imóvel, locação de administração de bens 
móveis. 
32,0% 32% 
Comércio e Indústria 8,0% 12% 
 
OBS.: Empresas com mais de uma atividade aplica-se o % correspondente a 
cada atividade. 
 
 
 
 
 
 
 47 
 
Como a empresa somente apurará o imposto de renda no final do ano 
calendário, a diferença entre o imposto devido e o somatório das 
importâncias pagas por estimativa será: 
 
a) se positivo, pago em quota única até o último dia do mês de março do 
ano subseqüente, acrescido de juros equivalentes (juros Selic mais 
1%) 
 
b) se negativo, compensado com o imposto devido a partir do mês de 
janeiro do ano-calendário subseqüente, assegurada a alternativa de 
requerer a restituição do montante pago a maior. 
 
Suspensão ou Redução do Imposto de Renda Apurado por 
Estimativa 
A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto 
mensal por estimativa, caso demonstre que os valores já pagos, 
correspondentes a meses anteriores, excedem o valor do imposto, 
inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso, 
através da elaboração de balanços ou balancetes levantados para tal fim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
 
Considere a seguinte situação hipotética: 
Mês Base Mês de 
Recolhimento 
Imposto 
Mensal – R$ 
Valor 
Acumulado - R$ 
Valor a 
Recolher – R$ 
Janeiro Fevereiro 3.500,00 3.500,00 3.500,00 
Fevereiro Março 2.500,00 6.000,00 2.500,00 
Março Abril 4.000,00 10.000,00 ? 
 
Se a pessoa jurídica levantar balanço ou balancete em 31 de março 
(01/01 A 31/03) e apurar imposto devido, por exemplo, de R$ 5.000,00, 
ela não precisará efetuar em abril o recolhimento por estimativa de R$ 
4.000,00, relativo ao mês de março (suspensão), pois já pagou até março 
a importância de R$ 6.000,00, superior ao devido com base no balanço ou 
balancete. 
 
Redução do Imposto 
Caso o valor do imposto devido, apurado no balancete ou balanço, tivesse 
sido de, por exemplo, R$ 7.500,00, a pessoa jurídica poderia recolher 
apenas R$ 1.500,00 em abril (redução), em vez dos R$ 4.000,00 
calculados por estimativa, pois já recolheu R$ 6.000,00 até março e 
bastaria complementar a diferença em relação ao imposto devido, ou seja, 
(R$ 7.500,00 – R$ 6.000,00 = R$ 1.500,00). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
Exercícios - Cálculo do Imposto de Renda Estimado 
 
1. Considere a seguinte situação: 
A empresa Indústria, Comércio e Assistência Técnica de Aparelhos 
Náuticos Ltda. (Icatan) está obrigada à tributação pelo lucro real, tendo 
escolhido a opção da apuração de lucro real anual. Mensalmente, apura e 
recolhe o Imposto de Renda com base em estimativa sobre suas receitas. 
Com base nas informações abaixo, apure e contabilize o Imposto de 
Renda a recolher, com base no lucro estimado de outubro de 2014, 
considerando que as vendas de mercadorias sofrem tributação de 8% e os 
serviços prestados são tributados em 32%. 
 
 Indústria 
Comércio 
Serviços 
 
Receitas brutas (as vendas de mercadorias 
incluem o IPI) 
600.000,00 40.000,00 
Deduções das receitas brutas 
Imposto sobre produtos industrializados - 30.000,00 
Imposto sobre circulação de mercadorias 102.600,00 
Imposto sobre serviços 2.000,00 
Vendas canceladas e devoluções 10.000,00 
Descontos incondicionais 4.000,00 
Total das deduções 146.600,00 2.000,00 
Receita Liquida 453.400,00 38.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50 
 
 
Memória de cálculo do Imposto 
de Renda 
Lucro Real Anual 
Vendas de 
Mercadorias 
Prestação de 
Serviços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 51 
 
Memória de cálculo para csll 
Lucro Real Anual 
Vendas de 
Mercadorias 
Prestação de 
Serviços52 
 
Considere as informações abaixo para responder às questões de 
nºs 2 e 3. 
A Zelote S/A apresentou as seguintes informações parciais, em reais, 
referentes ao mês de janeiro de 2006: 
Itens Valores (R$) 
Receita de vendas 1.800.000,00 
Receita de aplicações financeiras 50.000,00 
IR na Fonte s/aplicações financeiras 10.000,00 
Ganho de equivalência patrimonial 120.000,00 
Ganhos de capital 80.000,00 
 
2. Considerando-se as informações parciais recebidas da Cia. 
Zelote e a legislação tributária do Imposto de Renda, aplicável à 
apuração do Imposto de Renda por estimativa (antecipações 
mensais em bases estimadas), o valor do Imposto de Renda, 
apurado por estimativa, em janeiro, em reais, é 
 
(A) 21.600,00 (B) 46.000,00 (C) 47.100,00 (D) 54.000,00 
(E) 58.500,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Considerando-se as informações parciais recebidas da Cia. 
Zelote e a legislação tributária do Imposto de Renda, aplicável à 
apuração da contribuição social sobre o Lucro Líquido por 
estimativa (antecipações mensais em bases estimadas), o valor da 
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), apurado por 
estimativa, no mês de janeiro, em reais, é 
 
(A) 13.940,00 (B) 19.440,00 (C) 21.140,00 (D) 30.240,00 
(E) 31.140,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 54 
 
4.(Fundação Cesgranrio/FINEP/ Q. 34 e 35) Considere os dados a 
seguir para responder às questões de nos 4 e 5. 
 
A Companhia Comercial H. S/A é tributada pelo Lucro Real anual, com 
antecipações mensais em bases estimadas. 
 
Apresentou as seguintes informações, referentes às receitas auferidas no 
mês de fevereiro/2011: 
 
Venda de mercadorias R$ 250.000,00 
Serviços prestados a terceiros R$ 75.000,00 
 
Considerando-se as informações recebidas da Companhia Comercial H. 
S/A e as determinações da legislação fiscal do Imposto de Renda, para as 
empresas tributadas pelo Lucro Real com antecipação mensal em bases 
estimadas, o valor do Imposto de Renda a recolher, referente ao mês de 
fevereiro, em reais, é 
 
(A) 4.500,00 (B) 6.600,00 (C) 9.000,00 (D) 15.600,00 
(E) 24.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 55 
 
Memória de cálculo do Imposto de Renda 
Lucro Real Anual 
Vendas de 
Mercadorias 
Prestação de 
Serviços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. (Fundação Cesgranrio/FINEP/Q.35) Considerando-se as 
informações recebidas da Companhia H. S/A e as determinações da 
legislação fiscal do Imposto de Renda, para as empresas tributadas pelo 
Lucro Real com antecipação mensal em bases estimadas, o valor da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) a recolher, referente ao 
mês de fevereiro, em reais, é 
 
(A) 3.510,00 (B) 4.860,00 (C) 5.400,00 (D) 22.500,00 (E) 28.800,00 
 
Memória de cálculo Da CSLL Vendas de 
Mercadorias 
Prestação de 
Serviços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 56 
 
6. Levando em consideração que o regime de tributação 
adotado pelo contribuinte é o Lucro Real Anual com levantamento 
mensal de balanços ou balancetes, para fins de suspensão ou 
redução do imposto de renda, os lançamentos no LALUR devem ser 
feitos: 
 
(A) anualmente apenas, em caso de lucro; 
(B) mensalmente apenas, em caso de lucro; 
(C) anualmente apenas, em caso de prejuízo; 
(D) mensalmente em caso de lucro ou prejuízo; 
(E) anualmente em caso de lucro ou prejuízo. 
 
7. A Companhia Comercial Sulca S/A, enquadrada na tributação 
pelo lucro real, ao final de um determinado exercício social, 
apresentou as seguintes informações: 
 
Custo das Vendas 300.000,00 
Despesa de Depreciação 25.000,00 
Perdas com Créditos 10.000,00 
Despesas Comerciais 100.000,00 
Despesas Financeiras Líquidas 80.000,00 
Dividendo recebido, Investimento Avaliado pelo Custo 8.000,00 
Ganho na Venda de Imobilizado 15.000,00 
Perda pelo Método da Equivalência Patrimonial 20.000,00 
Vendas Líquidas 800.000,00 
 
Considerando as determinações de apuração do lucro real, quais foram os 
valores apurados, em reais, referentes ao lucro contábil (LAIR) e ao lucro 
FISCAL/ real, respectivamente? 
 
 
 
 
 
 
 57 
 
(A) 288.000,00 e 300.000,00 
(B) 280.000,00 e 290.000,00 
(C) 288.000,00 e 310.000,00 
(D) 288.000,00 e 318.000,00 
(E) 300.000,00 e 298.000,00 
 
RESOLUÇÃO 
CONTAS LUCRO 
CONTÁBIL 
LUCRO 
FISCAL/REAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 58 
 
8. A parcela do lucro que exceder o valor resultante da 
multiplicação de vinte mil reais pelo número de meses do 
respectivo período de apuração, se sujeita à incidência de 
adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento. Esta 
regra é usada sobre a(s) seguinte(s) forma(s) de tributação: 
 
(A) lucro real, presumido e arbitrado; 
(B) lucro real e presumido, apenas; 
(C) lucro presumido e arbitrado; 
(D) lucro real e arbitrado; 
(E) lucro real. 
 
 
9. Julgue os itens abaixo em certos ou errados: 
 
a) exercício social é determinado espaço de tempo no final do qual os 
contribuintes pessoas jurídicas são obrigados a apurar seus resultados e 
preparar as demonstrações contábeis, para efeitos comerciais, tributários 
e societários. O exercício social deve ter a duração de um trimestre, com 
exceção do primeiro ano de existência da empresa; 
 
b) a data do término do exercício social deve ser fixada no estatuto ou 
contrato social da pessoa jurídica; 
 
c) ano-calendário é o período de 12 meses consecutivos, compreendido do 
dia 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo que a legislação do Imposto de 
Renda utiliza tal expressão para identificar o ano de ocorrência do fato 
gerador da obrigação tributária; 
 
d) período-base é a expressão que designa o período de incidência do 
Imposto de Renda das pessoas jurídicas, ou seja, o período de apuração 
 
 
 
 
 
 59 
 
da base de cálculo. O período-base de apuração definitiva do Imposto de 
Renda das pessoas jurídicas pode ser: 
 
a) trimestral, com base no lucro real, presumido ou arbitrado; 
 
b) anual, com base no lucro real, no caso de opção pelos 
pagamentos mensais por estimativas. 
 
e) o montante do prejuízo fiscal que pode ser objeto de compensação com 
o lucro real é aquele apurado e controlado no Livro de Apuração do Lucro 
Real (LALUR); 
 
f) no caso de apuração do Imposto de Renda e contribuição social pelo 
lucro real trimestral, cada trimestre é considerado um período de 
apuração distinto, sendo que o lucro tributável apurado num trimestre 
pode ser compensado com prejuízos fiscais ou bases negativas de 
contribuição social sobre o lucro de trimestres subsequentes; 
 
g) a compensação do prejuízo fiscal está limitada ao máximo de 25% do 
lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas em lei; 
 
h) Não existe prazo de prescrição para a compensação do prejuízo fiscal. 
 
i) as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem optar pela 
apuração do lucro real anual, alternativamente pela apuração em cada 
trimestre. No entanto, os recolhimentos dos tributos devem ser efetuados 
uma vez por trimestre;60 
 
j) na opção pelo lucro real anual, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro 
real devem efetuar os recolhimentos mensais com base em estimativas. 
A partir dessa opção, a empresa está obrigada à apuração do lucro real 
anual, não podendo mudar a base de tributação pelo lucro presumido; 
 
l) o Imposto de Renda pago mensalmente pelo critério de estimativa deve 
ser calculado sobre a receita bruta do contribuinte, que é o somatório dos 
montantes das vendas de mercadorias ou produtos e dos serviços 
prestados, não devendo ser acrescidos os ganhos de capital, demais 
receitas e resultados positivos. 
 
m) se a opção for pela apuração do lucro real trimestral, este deve ser 
determinado em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de 
junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, com base no resultado líquido 
de cada trimestre; 
 
n) o Imposto de Renda trimestral será calculado mediante a aplicação da 
alíquota normal de 15% (quinze por cento) sobre a totalidade da base de 
cálculo, ou seja, 15% do lucro real e mais uma alíquota adicional de 10% 
sobre a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00 
no trimestral; 
 
o) no caso de início de atividades, o limite trimestral não será proporcional 
ao número de meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 61 
 
10. Assinale a alternativa incorreta, com relação ao conceito de 
lucro real: 
 
a) a palavra real é usada pelo Código Tributário Nacional em oposição aos 
termos presumido e arbitrado, com o principal objetivo de exprimir o que 
existe de fato, verdadeiro, ou seja, o que não é presumido ou arbitrado; 
 
b) contabilmente falando, pode-se concluir que o lucro real é aquele 
realmente apurado pela contabilidade, com base na completa escrituração 
contábil fiscal, com a estrita e rigorosa observância dos princípios de 
contabilidade e demais normas fiscais e comerciais; 
 
c) a legislação, ao introduzir a figura do lucro real, que é uma alternativa 
de tributação opcional para algumas pessoas jurídicas, visou facilitar as 
rotinas burocráticas e administrativas de algumas organizações, 
geralmente algumas empresas de menor porte e menor nível de 
estrutura; 
 
d) a apuração do lucro real envolve maior complexidade na execução das 
rotinas contábeis e tributárias, para a completa escrituração das 
atividades e posterior apuração do lucro real, que é a base para cálculo 
dos tributos com o Imposto de Renda e contribuição social sobre o lucro 
das empresas que não podem optar pelo lucro presumido. 
 
e) o lucro real é apurado com base na escrituração mercantil das 
organizações, o que compreende a adoção de um conjunto de 
procedimentos corriqueiros no ambiente profissional do contabilista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 62 
 
11. Assinale a alternativa correspondente ao conceito de lucro 
real: 
 
a) É uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos 
com o Imposto de Renda e da contribuição social, restritas aos 
contribuintes que não estão obrigados ao regime de apuração de 
tributação com base no estimado; 
 
b) É um recurso utilizado pelas autoridades fiscais, quase sempre como 
última alternativa, que se deve ser aplicado quando houver ausência 
absoluta de confiança na escrituração contábil do contribuinte; 
 
c) É uma opção do contribuinte, quando há falta ou insuficiência de 
elementos concretos que permitam a identificação ou verificação da base 
de cálculo utilizada na tributação pelo lucro presumido; 
 
d) É o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, 
denominado lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e 
compensações autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 63 
 
Multa punitiva é aquela que é fundamentada no interesse público de punir 
o inadimplente. É a multa proposta por ocasião do lançamento; aquela 
cuja aplicação é excluída pela denúncia espontânea a que se refere o art. 
138 do Código Tributário Nacional, onde o arrependimento da infração, 
oportuno e formal, faz cessar o motivo de punir. 
A multa de natureza compensatória, por sua vez, destina-se não a afligir o 
infrator, mas a compensar o sujeito ativo pelo prejuízo suportado em 
virtude do atraso no pagamento que lhe era devido. É uma penalidade de 
caráter civil, posto que comparável à indenização prevista no direito civil. 
Em decorrência disso, nem a própria denúncia espontânea é capaz de 
excluir a responsabilidade por esses acréscimos, que são chamados de 
moratórios. 
 
12. Demonstração do resultado do exercício (em reais) 
Resultado operacional 750.000,00 
(-) Despesas de brindes (20.000,00) 
(-) Despesas com vendas (200.000,00) 
(-) Despesas Administrativas (220.000,00) 
(-) Multas ambientais (10.000,00) = não é dedutível 
(-) Multas por atraso no pagamento de impostos (5.000,00) é dedutível 
(-) Lucro antes do Imposto de Renda 295.000,00 
 
Considerando-se as informações recebidas e as determinações da 
legislação fiscal, o Imposto de Renda devido pela companhia M, no 1o 
trimestre/2013, em reais, é 
 
(A) 48.750,00 
(B) 49.500,00 
(C) 72.750,00 
(D) 75.250,00 
(E) 76.500,00 
 
 
 
 
 
 64 
 
13. (Petrobras/Cesgranrio/2014/Q.51) Uma companhia tributada 
pelo lucro real apresentou as seguintes informações referentes ao 2o 
trimestre de 2014: 
I. Lucro apurado no 2o trimestre/2014 (abr./mai./jun.) = R$ 30.000,00 
II. Valores inclusos no valor do lucro apurado no 2o trimestre/2014 (item 
I.) 
• Multa de INSS, por insuficiência de recolhimento = R$ 2.500,00.Punitiva 
• Multa pelo recolhimento espontâneo do Imposto de Renda, em atraso = 
R$ 3.500,00. Compensatória 
Considerando exclusivamente as informações da companhia e as normas 
tributárias vigentes, o valor da base de cálculo do imposto de renda, em 
reais, é 
 
(A) 29.000,00 
(B) 30.000,00 
(C) 32.500,00 
(D) 33.500,00 
(E) 36.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 65 
 
7 APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA LUCRO PRESUMIDO 
 
É uma modalidade optativa de apurar o lucro e, consequentemente, o 
Imposto de Renda das pessoas jurídicas e a Contribuição Social sobre o 
Lucro das empresas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro 
real. 
 
A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base 
no lucro presumido deverá manter escrituração contábil nos termos da 
legislação comercial. No entanto, poderá ficar dispensada da 
escrituração contábil a pessoa jurídica que, no decorrer do ano-
calendário, mantiver Livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda 
a movimentação financeira, inclusive bancária. É preciso esclarecer, 
entretanto, que essa dispensa de escrituração é apenas para fins de 
legislação do imposto de renda, sendo que nada impede que, por 
exemplo, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) exija 
escrituração contábil com o objetivo de apurar a contribuição patronal 
devida à previdência social. 
 
Em qualquer caso a pessoa jurídica deverá: 
 
a) Caso se dedique a atividades industriais ou comerciais, escriturar o 
Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar os estoques 
existentes de cada produto no término do ano-calendário. 
 
b) Manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo 
decadencial e não prescritas eventuais ações que lhe sejam pertinentes, 
todos os livros obrigatórios por legislação específica, bem como todos 
os documentos e demais papéis que serviram de base para a 
escrituração comercial

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