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AULA 2 . HISTÓRIA DA LEGISLAÇÃO SANITÁRIA

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DIREÇÃO DE GRADUAÇÃO
ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO
DISCIPLINA: Legislação Sanitária
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA/VIGILÂNCIA 
SANITÁRIA NO BRASIL
• Início: Brasil colônia
(1500 – 1822)
Os colonizadores trouxeram 
doenças aos índios
CARACTERÍSTICAS DESSE PERÍODO
• Monopólio de Portugal;
• Mão obra escrava;
• O escravo brasileiro morava em barracos
chamados de senzala, vestiam roupas de
algodão grosso e não usavam calçados;
• Pajés (cantos e ervas), jesuítas (medicinas) e 
boticários (medicamentos)
• 1789 – Rio de Janeiro apenas 04 médicos
• 1808 – CHEGADA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL. O
país passa a fazer parte da rota comercial inglesa e
sofre mudanças de ordem econômica aumentando a
necessidade de um controle sanitário que permitisse
a aceitação dos produtos brasileiros no mercado e
que evitassem a disseminação de doenças no país.
• 1808 - Impôs-se um controle sanitário mais efetivo
não só dos portos, mas também dos navios e
passageiros que chegavam ao Brasil.
Fisicatura-mor e provedoria-mor
Em meados do século XVI o mundo vivia uma
transformação econômica de bases mercantis que
visava o acúmulo de capital e o desenvolvimento
econômico que fez ascender uma nova classe social,
burguesa e que resultou também na formação do
Estado moderno e na efetivação de conceitos de
Estado, Governo, Nação e Povo. Neste período a
preocupação com a saúde se estabeleceu com o
intuito principal de garantir que a população, grande
e bem cuidada, aumentasse o poder e a riqueza
nacional (COSTA E ROZENFELD, 2000).
• 1808 - As práticas médicas da época estava a
cargo das:
Santas Casas de Misericórdias,
hospitais militares e
os denominados físicos, os cirurgiões-
barbeiros, barbeiros sangradores, boticários
curandeiros e as parteiras.
Por volta dos séculos XVII e XVIII na Europa
e XVIII e XIX no Brasil, teve início a
Vigilância Sanitária, como uma maneira de
responder aos problemas da convivência
social.
• 1810 – Polícia sanitária.
As atividades sanitárias tinham caráter fiscalizador,
julgador e punitivo e as autoridades possuíam o
poder de tributar e arrecadar taxas sobre os
serviços executados. Normas de controle sanitário
passaram a vigorar como a quarentena para
isolamento de doentes, controle de alimentos,
inspeções de açougues e boticas, medicamentos e
alimentos bem como a concessão de licença para o
exercício da medicina e da farmácia.
• Durante o Brasil Império pouco se
desenvolveu em relação as questões sanitárias
• 1828 - pela lei de 30 de agosto, aboliam-se os
lugares de físico-mor, cirurgião-mor e
provedor-mor do Império, passando às
câmaras municipais e à justiça ordinária as
atribuições que lhe foram conferidas.
• 1829 - criada a Sociedade de Medicina e Cirurgia
que passou a atuar como aliada do Estado na
elaboração de normas sanitárias e no combate de
doenças.
• 1832 - elaborado pela Câmara Municipal do Rio de
Janeiro – CÓDIGO DE POSTURAS estabelecia
normas para enterros e cemitérios, doenças
contagiosas, águas infectadas, matadouros, açougues
e gênero alimentícios e para o exercício da medicina e
da farmácia, controle de medicamentos, hospitais,
casas de saúde e introduzindo inclusive a prática de
licenciamento e controle nas fábricas. (COSTA E ROZENFELD, 2000).
• 1849 – Epidemia de Febre Amarela no Rio de 
Janeiro
• 1850 – Junta central de Higiene Pública:
Regulamentação e fiscalização das atividades que
pudessem afetar a saúde pública (exercício da
medicina, farmácia, medicamentos, comércio e
portos.
• 1855 – Epidemia de cólera
• 1860 - Criação da Estação de Tratamento de
Esgoto do Rio de Janeiro. A capital do Império,
o Rio de Janeiro, tornou-se a quinta cidade do
mundo a possuir uma estação de tratamento
de esgotos.
• 1886 - Decreto 9.554, de 3 de fevereiro de 1986
Reorganização dos Serviços Sanitários do
Império.
• Inspetoria Geral de Higiene => Serviços
sanitários terrestres.
• Inspetoria Geral de Saúde dos Portos =>
Serviços sanitários Marítimos
• 1888 – Lei Aurea 
• Cresceu a população e o modo de vida
desordenado.
• No Rio nesta época haviam: 730.000
habitantes e um grande aumento e
proliferação dos cortiços.
• 1889 – Regularização do serviço de Polícia
Sanitária e adoção de normas para impedir o
desenvolvimento de epidemias.
• Início das organizações sanitárias a nível
estaduais.
• 1897 – Criação da diretoria Geral de Saúde
Pública, engloba os serviços terrestres e
marítimos e divide o litoral em três distritos
sanitários.
• 1900 (República Velha) - O Rio de Janeiro era a
capital federal. Não havia Nenhum saneamento
básico e doenças como varíola, febre amarela e
até a peste se espalhavam.
• Primeiro governo do presidente Rodrigues 
Alves (1902-1906)
• Plano tríplice: reurbanizar, sanear e reformar o 
Porto do Rio
Motivações:
• Incentivar o Turismo 
• Apoio aos cafeicultores
• Favorecer a imigração 
• Morte de sua filha pela Febre Amarela
PRIMEIRAS AÇÕES DE 
CONTROLE 
SANITÁRIO NO RIO 
DE JANEIRO
O Rio de 1902....Nomeação do Prefeito Pereira Passos
Proibições:
• Cuspir dentro de bondes
• Ordenhar vacas leiteiras nas vias públicas
• Mendicância
Obrigações:
• Disponibilização de escarradeiras para o povo nas repartições
públicas
• Instalação de mictórios públicos em vários pontos da cidade
• Além de:
• Substituição das imundas vielas coloniais, terrenos baldios
usados como depósitos de lixo e dos cortiços por praças
arborizadas e largas avenidas e ruas.
• 1902 - Nomeação do médico sanitarista
Oswaldo Cruz como Diretor Geral de Saúde
pública para dar um jeito no problema.
• A estratégia do Dr. Cruz: Combater a peste
bubônica, a febre amarela e a varíola.
• 1904 – Reorganização dos serviços de higiene
administrativa da União, com ênfase nas
medidas representativas de vigilâncias e polícias
sanitárias
Combate a Peste bubônica
• Determinou a caça aos ratos, cujas pulgas
transmitem a doença.
• A população recebia uma quantia por cada
animal entregue ao governo.
• Montou um esquadrão de 50 homens vacinados
para percorrer becos espalhando raticida e
mandando recolher o lixo.
• Invasão das casas e queima de roupas e colchões
Combate a Febre amarela
• Montou brigadas de mata-mosquitos
• Despejou petróleo nos alagados
• Promoveu desinfecção de casa por casa.
RESULTADO DO COMBATE:
• O extermínio dos mosquitos resultou no fim da febre 
amarela no Rio
• 1903 = 469 mortos no verão
• 1904 = 39 mortos
• 1905 = 42 mortos
• 1906 = extinta
Combate a Varíola
• A vacina anti-varíola passou a ser obrigatória.
• Brigadas de saúde pública podiam entrar nas
casas e vacinar à força.
• Muitos médicos descrentes da eficácia da
vacina.
Medo da vacina atuar na propagação da doença.
10 a 16 de novembro de 1904 
• A vacina obrigatória foi considerada uma tirania.
A população saiu às ruas e iniciou a Revolta da
Vacina colocando a cidade do Rio em estado de
sítio.
• A revolta deixa um saldo de 30 mortos, 110
feridos e 945 presos, dos quais 461 foram
deportados para o Acre.
• Oswaldo Cruz acabou afastado.
• 1920 – É criado o Departamento Nacional de
Saúde Pública composto por vários órgãos de
fiscalização.
• Medicamentos, exercício da medicina,
alimentos e portos.
• 1930 – Era Vargas
• É criado o Decreto 19.402, de 14 de novembro
de 1930.
• Cria uma Secretária de Estado com a
denominação de Ministério dos Negócios da
Educação e Saúde Publica.
• Mantém a estrutura do Departamento Nacional
de Saúde
• 1937 - Lei nº 378, de 13 de Janeiro de 1937.
• O Ministério dos Negócios da Educação e Saúde
Publica passou a se chamar Ministério da
Educação e Saúde.
• 1950 – Brasil República
• Regulamentação das normas de fiscalizaçãodos
produtos de origem animal.
• 1953 - Lei 1920, de 25 de julho de 1953.
O Ministério da Educação e Saúde passa a ser o
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• 1961. Decreto nº 49.974, de 21 de janeiro de 1961.
Regulamentou Código Nacional de Saúde (Lei
n°2.312/54).
Atribuiu competência ao Ministério da Saúde para
estabelecer normas gerais sobre defesa e proteção da
saúde.
O Ministério da Saúde passa a ter atuação na
regulamentação
• 1963 – Criação do Codex alimentarius
• 1976 – Lei nº 6.360 de 23 de setembro de 1973.
REESTRUTURAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE.
Criação da Secretaria Nacional de Vigilância
Sanitária com DIVISÕES:
- voltadas para a vigilância de Portos, Aeroportos e
Fronteiras (DIPAF),
- Medicamentos (DIMED),
- Alimentos (DINAL),
- Saneantes e Domissanitários (DISAD),
- Cosméticos e Produtos de Higiene (DICOP).
• 1977 - DECRETO-LEI nº 6437 -de 20 de agosto
de 1977.
Configura as infrações à legislação sanitária
federal, estabelece as sanções respectivas, e dá
outras providências.
• 1978 - Resolução -CNNPA nº 12, de 1978A
Comissão Nacional de Normas e Padrões para
Alimentos aprova as NORMAS TÉCNICAS ESPECIAIS
relativas hortaliças (legumes, verduras, raízes e
tubérculos), frutas e cereais, entre outros
produtos e subprodutos.
• 1985 –Carta de Goiânia
• Encontro em Goiânia de representantes das VISA 
de vários estados e do DF. Proposição: para 
discussão de novos rumos para a VISA. 
Resultado: Carta de Goiânia, onde os estados 
propuseram a:
• reformulação da Política Nacional de VISA
• criação de um sistema
• reorganização dos serviços.
• 1985 -Seminário Nacional de Vigilância Sanitária 
Deliberações:
• A Política Nacional de VISA terá que levar em conta
a conjuntura e a situação de cada estado
• O tema VISA deverá ser incluído na 8ª Conferencia
de Saúde (1986)
• Caminhar para a descentralização das ações de
saúde
• Estabelecer um sistema de informações em VISA
• Promover a ampla revisão da legislação
• Disponibilizar órgãos de divulgação para
consumidores e população em geral
• A Saúde no Brasil : nova república 
• 1986 – VII Conferência Nacional de Saúde.
Temas centrais: saúde como direito,
reformulação do sistemas Nacional de Saúde,
financiamento da saúde.
• 1987/88 Crise na Saúde e no exercício da
cidadania
• Contaminação das bolsas de sangue.
• Acidente radioativo em Goiânia.
• Excesso de conservantes em alimentos.
• 1988 - Constituição Federal de 1988
Reconhecimento do papel do Estado no
contexto da Saúde. Art.6.º(*) São direitos sociais
a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
• 1990 - Lei Orgânica da Saúde.
Lei 8080 de 19 de setembro de 1990.
• A Saúde é um direito do Cidadão e um dever do
Estado Art. 2º A saúde é um direito fundamental do
ser humano, devendo o Estado prover as condições
indispensáveis ao seu pleno exercício.
• §1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste
na formulação e execução de políticas econômicas e
sociais que visem à redução de riscos de doenças e
de outros agravos e no estabelecimento de
condições que assegurem acesso universal e
igualitário às ações e aos serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação.
• §2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da
família, das empresas e da sociedade.
• 1990 - Lei Orgânica da Saúde. Lei 8080 de 19 de
setembro de 1990.
• Inclusão da Vigilância Sanitária como campo de
atuação do SUS Dos Objetivos e Atribuições Art. 6º
Estão incluídas ainda no campo de atuação do
Sistema Único de Saúde (SUS):
• I -a execução de ações:
a) de vigilância sanitária
b) de vigilância epidemiológica
c) de saúde do trabalhador
d) de assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica
• 1990Lei Orgânica da Saúde. Lei 8080 de 19 de
setembro de 1990. Art. 6º
§1º-Entende-se por vigilância sanitária um conjunto
de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da
produção e circulação de bens e da prestação de
serviços de interesse da saúde.
• Define o que deve ser entendido por Vigilância
Sanitária
• Introduz o conceito de Risco
• 1998 - Lei 9677 de 02 de Julho de 1998
Altera dispositivos do código penal para incluir a
falsificação, adulteração e alteração de
substâncias ou produtos de interesse da saúde,
na classificação de delitos hediondos.
• 1999 - Lei 9782 de 26 de janeiro de 1999.
• Define o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária
• Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária-
ANVISA
• Define as áreas de atuação da Vigilância
Sanitária-Meio Ambiente-Circulação de bens e
produtos relacionados a saúde-Produção e
serviços de saúde-Vigilância Sanitária do
Trabalho

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