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AULA Motivação e Aprendizagem PARTE 1

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AULA- Motivação e Aprendizagem 
 
 
Prof. Maurício 
 
Texto: “Teorias da Aprendizagem”- Lefrançois; 
Capítulo 10 
 
MOTIVAÇÃO 
• “A palavra latina que deu origem ao vocábulo 
motivação significa mover”; relação com ação; 
• “Um motivo é uma força consciente ou inconsciente 
que incita a pessoa a agir ou, algumas vezes, a não 
agir.” 
• “Nesse sentido, os motivos são causas, porque, como 
diz o dicionário, causas são os agentes ou as forças que 
produzem um efeito ou uma ação.” 
 
MOTIVAÇÃO E RAZÃO PARA AGIR 
• O estudo da motivação humana envolve outro aspecto: 
inclui o estudo das razões do comportamento. 
• “Razões são explicações racionais, que geralmente 
envolvem deliberação, propósito, antecipação dos 
resultados do comportamento – em outras palavras, 
raciocínio”. 
HEDONISMO PSICOLÓGICO 
• Há consideráveis evidências intuitivas de que os seres 
humanos procuram aquilo que lhes dá prazer e tentam 
evitar o que é desagradável (Overskeid, 2002). 
• Problema em definir motivação em função de termos 
como agradável ou desagradável: muito difícil prever, 
de antemão, como cada evento funcionará (como 
agradável ou desagradável); 
• Definição não é objetiva: de difícil aferição; 
• [Explorar o Ártico; viver no Ártico...] 
 
 
REDUÇÃO DO IMPULSO E INCENTIVOS 
• Uma abordagem para definir dor e prazer mais 
objetivamente está implícita nas definições da teoria 
do condicionamento operante de reforçamento e 
punição. 
• Em um nível simples, os reforços positivos poderiam 
ser considerados agradáveis, ao contrário da punição e 
do reforço negativo. 
• De fato, na teoria operante os conceitos de agradável 
(ou prazeroso) e desagradável (ou doloroso) são 
desnecessários. 
REDUÇÃO DO IMPULSO E INCENTIVOS 
• Outra abordagem para esclarecer as noções hedonistas 
de dor e prazer é focar nas necessidades e nos 
impulsos humanos básicos – aceita-se o fato de que 
satisfazer necessidades é agradável e deixá-las 
insatisfeitas é desagradável. 
• Por exemplo, a necessidade de alimento, quando não 
satisfeita, dá origem ao impulso fome que, então, 
motiva o comportamento. 
REDUÇÃO DO IMPULSO E INCENTIVOS 
• Motivos como objetivos, em vez de impulsos (que 
impelem): motivos como objetivos pelos quais o 
indivíduo se esforça; Por exemplo, ficar famoso; 
• Três motivos fisiológicos são centrais na vida dos seres 
humanos: fome, sede e sexo. Eles têm sido estudados 
principalmente como impulsos, não como objetivos. 
 
NECESSIDADES E IMPULSOS 
• Cada um dos três motivos fisiológicos está ligado a uma 
necessidade – uma falta que dá origem a um desejo de 
satisfação. 
• A tendência a agir para satisfazer uma necessidade é o 
que define um impulso. 
• Ex: sede leva a beber, e a necessidade desaparece. 
• Explicação do comportamento como redução do 
impulso; Clark Hull; 
• Redução do impulso explicaria os efeitos dos 
reforçadores (aprendizagem). 
NECESSIDADES E IMPULSOS 
 
NECESSIDADES PSICOLÓGICAS 
• Necessidades fisiológicas (físicas): são aquelas que 
dizem respeito à necessidade de alimento, água e 
sexo, conservação da temperatura do corpo etc. 
• Necessidades psicológicas; conceito impreciso; 
controvérsias... 
• “Possíveis candidatas incluem necessidades de afeição, 
de pertencimento, de realização, de independência, 
de reconhecimento social e auto-estima. 
NECESSIDADES PSICOLÓGICAS 
• Necessidades físicas – e sua satisfação: resultam em 
alterações nos tecidos; 
• Necessidades psicológicas: não se manifestam 
necessariamente em alterações orgânicas, mas em 
certos aspectos do desempenho intelectual e 
emocional dos seres humanos. 
• Necessidades fisiológicas podem ser completamente 
satisfeitas, ao passo que as necessidades psicológicas 
são, de certa forma, insaciáveis. 
• “As pessoas podem comer até não estar mais famintas, 
mas raramente recebem afeição de outra pessoa até 
não desejarem mais”. 
HIERARQUIA DE MASLOW 
• Segundo Maslow (1970), há dois sistemas principais de 
necessidades: as necessidades básicas e as 
metanecessidades. 
• Necessidades básicas: fisiológicas (necessidade de 
alimento, bebida e sexo, por exemplo); de segurança 
(como a necessidade de proteção), de amor e 
pertencimento e de auto-estima. 
• Metanecessidades: necessidades de crescimento. São 
marcadas pelo desejo humano de crescer, conquistar, 
vir a ser. 
 Incluem a necessidade de conhecer e adquirir 
valores abstratos, como bondade e verdade, 
adquirir conhecimento e alcançar a auto-realização; 
PIRÂMIDE DE MASLOW 
PIRÂMIDE DE MASLOW 
Para Rowan (1998), a auto-realização não é 
um estado, mas um processo, uma busca 
contínua de desenvolvimento e crescimento. 
HIERARQUIA DE MASLOW 
• Níveis são hierarquizados: níveis mais altos de 
necessidades não são alcançados se os níveis mais 
baixos não forem satisfeitos. 
• “Assim, pessoas famintas não têm fome de 
conhecimento”. 
• “Os idosos cujas necessidades básicas tenham sido 
supridas, mas cujas necessidades de nível superior são 
ignoradas, podem permanecer infelizes” (Umoren, 
1992) 
• [“O socialismo fracassou porque ninguém pode viver 
sem o supérfluo” (autor desconhecido)] 
HIERARQUIA DE MASLOW 
AUTO-REALIZAÇÃO (REALIZAÇÃO PESSOAL) 
• A mais importante das metanecessidades de Maslow é a 
auto-realização; conceito difícil de definir... 
• (...) e tornar-se a si mesmo, de se realizar – ou seja, de 
tornar real – o seu potencial.” 
• Nas palavras de Maslow, as pessoas auto-realizadas 
“podem ser grosseiramente definidas como tendo feito 
uso de todos os seus talentos, capacidades, 
potencialidades etc., e explorando-os”; 
• (...) Quando Maslow procurou entre três mil estudantes 
universitários, descobriu apenas um que considerou auto-
realizado de acordo com a sua definição. 
Alguns Problemas com a Teoria da Necessidade/Impulso 
• 1) Comportamento resultaria de uma necessidade ou de 
uma deficiência no organismo; Satisfeita a necessidade, o 
comportamento cessaria; 
• Mas... “Até mesmo os ratos, que presumivelmente não se 
encontram num estado de necessidade, depois de 
alimentados, de terem saciado a sede e de terem sido 
acariciados, não se enrolam e dormem. Ao contrário, 
eles parecem ficar mais ativos.” 
 
Alguns Problemas com a Teoria da Necessidade/Impulso 
• 2) Há muitos exemplos de comportamentos nos quais os 
seres humanos se envolvem sem nenhuma possibilidade 
de satisfação imediata 
• A evidência do comportamento exploratório levou 
alguns teóricos a sugerir que o impulso da curiosidade, 
ou exploratório, motiva muitos comportamentos 
humanos (por exemplo, Berlyne, 1960, 1966). 
• [Para chimpanzés, oportunidade de observar outros 
chimpanzés funciona como reforçador] 
• [Mamíferos e tomadas...] 
 
Alguns Problemas com a Teoria da Necessidade/Impulso 
• 3) Estados internos não explicam toda a motivação; 
• O que comemos ou quanto comemos não é explicado 
apenas por necessidades ou impulsos (internos) 
• “Se a fome fosse somente um estado interno, as pessoas 
comeriam apenas o suficiente para ativar o mecanismo 
fisiológico relativo a parar de comer. No entanto, a 
grande maioria das pessoas come muito mais se a 
comida for apetitosa; outras parecem ficar com mais 
fome quando antecipam o que vão comer”. 
 
Alguns Problemas com a Teoria da Necessidade/Impulso 
• 3) Estados internos não explicam toda a motivação; 
• Zeaman, 1949; Se um estado interno de fome é o 
motivo, segue-se que provar o alimento, ainda que em 
pequena quantidade, deveria reduzir um pouco o 
impulso fome e que ratos mais famintos deveriam correr 
mais depressa 
 
TEORIA DA ATIVAÇÃO 
• Ativação: explicação em termos cognitivos e fisiológicosda intensidade da motivação 
• Brehm e Self (1989), três itens afetam a quantidade e o 
esforço que uma pessoa está disposta a fazer (ou seja, o 
quanto ela está motivada): 
 estados internos, como necessidades, 
 resultados potenciais e a 
 estimativa individual da probabilidade de que um 
certo comportamento leve ao objetivo desejado. 
 
LEI DE YERKES-DODSON 
• No nível mais baixo de ativação, a motivação tende a ser 
baixa, e o comportamento, ineficiente. 
• À medida que a ativação cresce, o comportamento se 
torna mais motivado, mais interessado... 
• Contudo, se a ativação prossegue num crescendo – 
como poderia acontecer, por exemplo, se um tremor de 
terra desperta a pessoa – o desempenho pode 
deteriorar muito. 
• “Ativação alta, evidente em situações de grande 
ansiedade ou mesmo de medo, explica por que os 
estudantes, na tensão dos exames orais, algumas vezes 
não conseguem lembrar nada, e nem mesmo falar”. 
LEI DE YERKES-DODSON 
• Lei de Yerkes-Dodson: há um nível ótimo de ativação 
para o comportamento ser mais eficiente; níveis de 
ativação acima ou abaixo desse nível ótimo estão 
associados a comportamento menos eficiente. 
LEI DE YERKES-DODSON 
• Lei de Yerkes-Dodson: há um nível ótimo de ativação 
para o comportamento ser mais eficiente; níveis de 
ativação acima ou abaixo desse nível ótimo estão 
associados a comportamento menos eficiente. 
A NECESSIDADE DE ESTIMULAÇÃO 
• A menos que estejam cansados e necessitando de sono, 
os seres humanos e muitos outros organismos parecem 
sentir necessidade de manter níveis relativamente altos 
de ativação. 
• Universitários; US$ 20 por dia para não fazerem 
absolutamente nada (Heron, 1957); mínimo de 
estimulação sensorial; isolamento; 
• Nenhum dos sujeitos aguentou mais de dois dias. 
FONTES DE MOTIVAÇÃO 
• Talvez mais importante ainda para as teorias da 
motivação seja o significado, a novidade e a surpresa da 
estimulação que eleva a ativação ou deixa de fazê-lo 
(Berlyne, 1965, 1966). 
• Muito do comportamento exploratório das pessoas – ou 
seja, do comportamento destinado a descobrir e 
aprender coisas – provém de uma necessidade de 
estimulação;

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