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AULA 01 TEORIA GERAL DA PROVA.docx 1496587618714

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1
TEORIA GERAL DA PROVA 
Aula 01
CONCEITO
Prova é o conjunto de atos pra�cados pelas partes, pelo juiz e por terceiros, des�nados a formar a
convicção judicial sobre um fato relevante, produzido sob o manto do contraditório. 
FINALIDADE DA PROVA
A finalidade da prova é o obje�vo que se busca alcançar com a apresentação da prova, vale dizer, é
a impressão que a parte busca causar na convicção do juiz por meio da demonstração probatória
dos fatos narrados no bojo do caderno processual.
A PROVA COMO FONTE
Refere-se às pessoas e coisas u�lizadas como prova, consideradas como fontes dos es�mulos
sensoriais que chegam à percepção da en�dade decisória (por exemplo, o juiz) sobre um fato.
A PROVA COMO MEIO
A prova como meio, configura-se no instrumento probatório u�lizado para convencer o magistrado
sobre a existência ou não de um fato.
DESTINATÁRIO DA PROVA
O des�natário da prova é basicamente o juiz, a quem compete decidir a lide que lhe fora
apresentada pelas partes. 
Todavia se entendermos que as provas não servem apenas para instruir o processo penal, e
entendendo que a regra no processo penal pátrio é que o Ministério Público possui a atribuição
para propor a ação penal, chegamos à conclusão de que o Ministério Público também é
des�natário da prova, porquanto as provas (lato sensu – pois na verdade são elementos
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informa�vos, visto que não foi objeto de contraditório)) advindas do inquérito policial ou demais
expedientes servem para formar o convencimento do Parquet sobre a possibilidade ou não de
apresentar a denúncia, ou seja, na fase pré processual as “provas” também têm a função de formar
a opinio delic� do órgão do Ministério Público... (prova no sen�do amplo/pq não tem
contraditório).
CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS
a) Qto ao objeto (Prova Direta e Prova Indireta)
Direta - “Orienta-se no sen�do de demonstrar a ocorrência dos elementos �picos de uma norma
que se quer aplicar”. (TORNAGHI, 1997, p. 275). Refere-se ao fato principal e ocorre de forma
direta como no caso da testemunha visual do delito.
Indireta - “Obje�va outros fatos, estranhos a �picidade da norma aplicada” e chega-se ao fato
principal através do raciocínio, da lógica ou da dedução. (TORNAGHI, 1997, p. 275).
b) Qto ao Sujeito ou Fonte (Pessoal e Real)
Real - Engloba provas como lugar, cadáver, arma, ou seja, provas consistentes em algo externo.
“Ex. fotografia, pegadas”, etc. (TÁVORA; ALENCAR, 2010, p. 349).
Pessoal - Origina-se do ser humano como os depoimentos. 
c) Qto a Forma ou Aparência (Testemunhal, Documental e Material)
Testemunhal - Depoimentos prestados.
 Documental - Por meio de documentos produzidos e constantes no processo.
Material - Refere-se ao meio �sico, químico ou biológico como o exame de corpo de delito.
d) Qto ao Valor ou Efeito (Plena e Não Plena)
PROVA EMPRESTADA
É a prova produzida em um processo e u�lizada em outro. 
Para Ada a prova emprestada exige 3 requisitos de validade:
 1. Deve ter sido produzida em processo envolvendo as mesmas partes; 
2. No processo anterior deve ter sido observado o contraditório; 
3. No processo anterior deve ter observado as formalidades legais. 
3
LIMITES AO DIREITO À PROVA
Apesar de trabalharmos com a busca da verdade real, não é ampla e irrestrita a possibilidade de
prova. 
1. Prova do estado civil: somente pode ser comprovada de acordo com a norma civil. 
2. No crime falimentar o juiz criminal não pode discu�r a validade da sentença que decretou a
quebra. 
3. As presunções legais (ex: presunção de violência no estupro). 
4. Coisa julgada. Salvo nas hipóteses de revisão criminal. 
5. Prova proibida ou defesa ou ilícita (art. 5º, LVI da CR/88 e 157 do CPP)
PRINCÍPIOS DE PROVA NO PROCESSO PENAL
a) Verdade real é a verdade daquilo que efe�vamente aconteceu.
b) Verdade formal é a verdade que existe no processo.
Doutrina clássica x Doutrina Moderna
Ex.: Discussão da Advogada de Defesa e Juíza - Caso Lindenberg 
c) Presunção de Inocência
 Art. 5º, LVII
 No que consiste a presunção de inocência? 
Ex.: Caso Pimenta Neves 
PROVA ILÍCITA, ILEGÍTIMA E ILÍCITA POR DERIVAÇÃO
Art. 5º , LVI CRFB/88
Prova Ilegí�ma – é aquela que viola direito processual, gerando nulidade.
 Ex.: Inversão de ordem de testemunhas
Prova Ilícita – é aquela que viola direito material, gerando a inadmissibilidade e o
desentranhamento do processo.
 Ex.: Tortura; Realização de atos sem mandado
4
A Lei 11.690/08 alterou o art. 157 do CPP trazendo como novidade a determinação de que as
provas ilícitas sejam desentranhadas do processo.
Entretanto, caso a parte contrária não concorde com a decisão judicial não há previsão de recurso
restando apenas a reclamação prevista no art. 219 do CODJERJ
Prova ilícita por derivação - é aquela prova lícita em si mesma, mas produzida a par�r de um fato
ilícito. (art.157 § 1º CPP)
Ela é calcada na teoria dos frutos da árvore contaminada, o veneno da árvore contamina os frutos.
 A atual jurisprudência do STF não admite esse �po de prova. 
TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE CONTAMINADA
(fruits of the poisonous tree doctrine)
Também conhecida como teoria da prova ilícita por derivação.
Por essa teoria a prova lícita produzida a par�r de uma prova ilícita, por essa está contaminada,
deve também ser considerada ilícita. 
TEORIAS DA FONTE INDEPENDENTE E DESCOBERTA INEVITÁVEL
A redação dada ao disposi�vo faz profunda confusão entre as duas teorias.
Quando o parágrafo 1º u�liza a expressão puderem ser produzidas - descrevendo a fonte
independente, leva a uma interpretação de que basta a mera possibilidade de produção, o que não
é correto, pois a prova tem que ter sido produzida por uma fonte independente.
No parágrafo 2º a redação dá a entender, que basta a possibilidade de aquisição por meio lícito, o
que também não é real, pois é necessário que já exista uma inves�gação prévia ou contemporânea
que direcione à aquisição de formalícita.
Já a descoberta inevitável é aquela em que a prova ob�da por meio ilícito poderá ser valorada,
desde que concluíssemos que tal prova inevitavelmente seria descoberta por meio lícito. Ou seja,
a prova seria admi�da, por ser fruto possível de uma inves�gação hipoté�ca.
5
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE EM MATÉRIA PROBATÓRIA
Princípio da Proporcionalidade
Conhecido como o princípio da restrição das restrições.
A doutrina defende que os direitos fundamentais podem ser restringidos, na medida do Princípio
da Proporcionalidade.
 A inadmissibilidade de provas ilícitas no CPP é absoluta?
 É admissível pro réu?
 É admissível pro societa�s?
SIGILO DAS COMUNICAÇÕES
LEI 9.296/1996 – INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS
Art. 5º, CRFB/88
Todos são iguais perante a lei, sem dis�nção de qualquer natureza, garan�ndo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no úl�mo caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que
a lei estabelecer para fins de inves�gação criminal ou instrução processual penal; 
Art. 1º da Lei 9.296/1996
A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em inves�gação
criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do
juiz competente da ação principal, sob segredo de jus�ça.
SISTEMA DE APRECIAÇÃO DA PROVA
a) Sistema da Prova Legal ou Prova Tarifada ou Certeza Moral do Legislador (art. 155 § único)
b) Sistema da Ín�ma Convicção ou Certeza Moral do Julgador
c) Sistema do Livre Convencimento Mo�vado ou Persuasão Racional (art. 155 CPP e art. 93, IX
CRFB/88)
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