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Séries de Fourier • Representação de funções em séries de Fourier • Convergência das séries de Fourier • Funções pares e ímpares Representação em série de Fourier � Séries de Fourier são somas infinitas envolvendo as duas funções trigonométricas básicas (senos e cossenos). � Esta série é análoga a série de Taylor no sentido de que podemos expressar uma grande classe de funções em termos de somas infinitas de senos e cossenos. � Do ponto de vista mais forma, a série de Fourier (assim como a série de Taylor) constitui um conjunto completo de funções na qual podemos expressar qualquer função (desde que a série em questão convirja). Assim, podemos dizer que a série de Fourier constitui uma base no espaço das funções. � A série de Fourier é particularmente importante na descrição de funções e fenômenos periódicos. Ela está presente também no estudo de uma importante classe de equações diferenciais parciais (EDP). Representação de funções em séries de Fourier � Começamos com a série sob a forma � O conjunto de pontos onde esta série converge, define a função f cujo valor em cada ponto x é a soma da série para aquele valor de x. � Neste caso a série é chamada de série de Fourier series de f. � Nosso principal objetivo é determinar quais funções podem ser representadas por uma série de Fourier, e determinar o procedimento para o cálculo de seus coeficientes para uma dada função específica. ∑∞ = ++ 1 0 sincos 2 m mm L xmb L xm a a pipi Funções periódicas � Primeiramente estudaremos propriedades do sen(mpi x/L) e cos(mpi x/L), onde m é um inteiro positivo. � A primeira propriedade diz respeito a sua periodicidade. � Uma função é periódica com período T > 0 se o domínio de f contem x + T sempre que x está no domínio, e se f (x + T) = f(x) para todo x. Veja gráfico abaixo. Periodicidade das funções seno e cosseno � Para uma função periódica de período T, f (x + T) = f(x) para todo x. � Note que 2T (ou qualquer múltiplo de T) também é um período. � O menor valor de T no qual f é periódica é chamado de período fundamental de f. � Se f e g são duas funções periódicas com período comum T, então fg e c1 f + c2g também são periódicas com período T. � Em particular, sen(mpi x/L) e cos(mpi x/L) são periódicas com período T = 2L/m. Ortogonalidade � O produto interno (u, v) entre duas funções reais u e v no intervalo α ≤ x ≤ β é definido por � As funções u e v são ortogonais em α ≤ x ≤ β se seu produto interno (u, v) é zero: � Um conjunto de funções é mutualmente ortogonal se cada par distinto de funções do conjunto é ortogonal. ∫= βα dxxvxuvu )()(),( 0)()(),( == ∫βα dxxvxuvu Ortogonalidade de senos e cossenos � As funções sen(mpi x/L) e cos(mpi x/L), m = 1, 2, …, formam am um conjunto de funções mutualmente ortogonal em -L ≤ x ≤ L, com � Estes resultados podem ser obtidos através de integração direta. = ≠= = = ≠= ∫ ∫ ∫ − − − ., ,,0 sinsin ;, ,0sincos ;, ,,0 coscos nmL nm dx L xn L xm nmtododx L xm L xm nmL nm dx L xn L xm L L L L L L pipi pipi pipi Determinando os coeficientes na expansão de Fourier � Supondo que f(x) seja dado pela série convergente abaixo: � Os coeficientes an, n = 1, 2, …, podem ser determinados como segue: � Por ortogonalidade, ∑∞ = ++= 1 0 sincos 2 )( m mm L xmb L xm a a xf pipi ∫∑ ∫∑∫∫ − ∞ = − ∞ = −− + += L L m m L L m m L L L L dx L xn L xmb dx L xn L xm adx L xnadx L xn xf pipi pipipipi cossin coscoscos 2 cos)( 1 1 0 n L Ln L L Ladx L xn adx L xn xf == ∫∫ −− pipi 2coscos)( Fórmulas para os coeficientes � Assim, do slide anterior temos � Para determinar a0 fazemos � Portanto, os coeficientes an são dados por � Similarmente, os coeficientes bn são dados por 0 11 0 sincos 2 )( Ladx L xmbdx L xm adxadxxf L L m m L L m m L L L L =++= ∫∑∫∑∫∫ − ∞ = − ∞ = −− pipi K,2,1,0,cos)(1 == ∫ − ndx L xn xf L a L Ln pi K,2,1,cos)(1 == ∫ − ndx L xn xf L a L Ln pi K,2,1,sin)(1 == ∫ − ndx L xn xf L b L Ln pi As fórmulas de Euler-Fourier � Assim, os coeficientes são dados pelas equações conhecidas por formulas de Euler-Fourier. � Note que estas fórmulas dependem somente dos valores de f(x) no intervalo -L ≤ x ≤ L. Uma vez que cada termo da série de Fourier é periódica com período 2L, a série converge para todo x quando ela convergir em -L ≤ x ≤ L, e f é determinado para todo x através de seu valor calculado em -L ≤ x ≤ L. ,,2,1,sin)(1 ,,2,1,0,cos)(1 K K == == ∫ ∫ − − ndx L xn xf L b ndx L xn xf L a L Ln L Ln pi pi ∑∞ = ++= 1 0 sincos 2 )( m mm L xmb L xm a a xf pipi Exemplo 1: onda triangular (1 de 3) � Considere a função abaixo. � Esta função representa uma onda triangular com período T = 4. Veja o gráfico de f abaixo. Neste caso, L = 2. � Assumindo que f possui uma representação em série de Fourier, determine os coeficientes am e bm. )()4(, 20, 02,)( xfxf xx xx xf =+ <≤ <≤−−= Exemplo 1: Coeficientes (2 de 3) � Primeiro, obtemos a0: � Então para am, m = 1, 2, …, temos onde usamos integração por partes. � Similarmente, pode-se mostrar que bm= 0, m = 1, 2, … ( ) 211 2 1 2 1 2 0 0 20 =+=+−= ∫∫ − dxxdxxa ( ) −=+−= ∫∫ − par,0, impar,)/(8 2 cos 2 1 2 cos 2 1 22 0 0 2 m mmdxxmxdxxmxam pipipi Exemplo 1: expansão de Fourier (3 de 3) � Assim bm= 0, m = 1, 2, …, e � Então ∑ ∑ ∑ ∞ = ∞ = ∞ = − −−= −= +++−= ++= 1 22 ,...5,3,1 22 222 1 0 )12( 2/)12cos(81 )2/cos(81 2 5 cos 5 1 2 3 cos 3 1 2 cos 81 sincos 2 )( n m m mm n xn m xm xxx L xmb L xm a a xf pi pi pi pi pipipi pi pipi K −== par,0, ímpar,)/(8 ,2 2 0 m mm aa m pi Exemplo 2: função (1 de 3) � Considere a função abaixo: � Esta função é periódica com período T = 6. Neste caso, L = 3. � Assumindo que f tem uma representação em série de Fourier, determinemos os coeficientes an e bn. )()6(, 31,0 11,1 13,0 )( xfxf x x x xf =+ << <<− −<<− = Example 2: Coefficients (2 de 3) � Primeiro determinamos a0: � Usando as fórmulas de Euler-Fourier, obtemos 3 2 3 1)( 3 1 1 1 3 30 === ∫∫ −− dxdxxfa ,,2,1,0 3 cos 1 3 sin 3 1 ,,2,1, 3 sin2 3 sin1 3 cos 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 K K ==−== ==== − − − − ∫ ∫ n xn n dxxnb n n n xn n dxxna n n pi pi pi pi pi pi pi pi Exemplo 2: expansão de Fourier (3 de 3) � Assim, bn= 0, n = 1, 2, …, e � Então + − − + −= += ++= ∑ ∑ ∞ = ∞ = K 3 5 cos 5 1 3 4 cos 4 1 3 2 cos 2 1 3 cos 3 3 1 3 cos 3 sin2 3 1 sincos 2 )( 1 1 0 xxxx xnn n L xnb L xn a a xf n n nn pipipipi pi pipi pi pipi K,2,1, 3 sin2, 3 2 0 === n n n aa n pi pi Exemplo 3: onda triangular (1 de 5) � Considere novamente a função do exemplo 1como plotado abaixo, e com a seguinte representação de Fourier � Examinaremos agora a velocidade de convergência determinando o número de termos necessários para que o erro seja menor do que 0.01 para todo x. ),()4(, 20, 02,)( xfxf xx xx xf =+ <≤ <≤−−= ∑∞ = − − −= 1 22 )12( 2/)12cos(81)( n n xn xf pi pi Exemplo 3: somas parciais (2 de 5) � A m-ésima soma parcial da série de Fourier é e pode ser usada para aproximar a função f. � Os coeficientes diminuem por um fator de (2n -1)2, assim a série converge relativamente rápida. Este fato pode ser confirmado no gráfico abaixo que mostra s1, s2, e f. ,)12( 2/)12cos(81)( 1 22∑ = − − −= m n m n xn xs pi pi Exemplo 3: erros (3 de 5) � Para investigar a convergência de forma mais detalhada, consideraremos a função erro em(x) = f (x) - sm(x). � Abaixo apresentamos o gráfico de|e6(x)| com 0 ≤ x ≤ 2. � Note que os erros são maiores em x = 0 e x = 2, onde o gráfico de f(x) tem pontas. � Gráficos similare são obtidos para outros valores de m. Exemplo 3: cota máxima (4 de 5) � Uma vez que o erro máximo ocorre em x = 0 ou x = 2, podemos obter uma cota máxima para cada m calculando |em(x)| em um destes pontos. � Por exemplo, e6(2) = 0.03370, assim |e6(x)| < 0.034 entre 0 ≤ x ≤ 2, e consequentemente para todo x. Exemplo 3: velocidade de convergência (5 de 5) � A tabela abaixo mostra valores de |em(2)| para vários valores de m, e estes pontos são graficados a direita. � Partindo desta análise, pode-se começar a estimar o número de termos necessários para alcançar um certo nível de precisão. � Assim, para termos |em(2)| ≤ 0.01, é necessário escolher m ¥ 21. m e_m(2) 2 0.09937 4 0.05040 6 0.03370 10 0.02025 15 0.01350 20 0.01013 25 0.00810 Aplicação da série de Fourier � Séries de Fourier possuem amplas aplicações em ciências e engenharias, e em geral são ferramentas valiosas na investigação de fenômenos periódicos. � Por exemplo, um problema básico em análise espectral é decompor um sinal de entrada em seus harmônicos, o que consiste em construir sua representação em série de Fourier. � Em alguns intervalos de frequência termos separados correspondem a diferentes cores ou diferentes tipos de som audíveis. � A magnitude dos coeficientes determina a amplitude de cada componente. O teorema de convergência de Fourier � Nos slides anteriores mostramos que se a série de Fourier converge e portanto define uma função f, então f é periódica com período 2L, com coeficientes am e bm dados por � Suponha que tomemos uma função periódica f de período 2L que é integrável em [-L, L]. Calculamos am e bm usando as fórmulas acima e em seguida contruimos a série de Fourier associada. Pergunta: será que esta série converge para todo x, e se assim for, será que sua soma é de fato a função f(x)? ∑∞ = ++ 1 0 sincos 2 m mm L xmb L xm a a pipi dx L xm xf L bdx L xm xf L a L Lm L Lm ∫∫ −− == pipi sin)(1,cos)(1 Representação de funções em séries de Fourier � Para garantir a convergência da série de Fourier para a função na qual os coeficientes são calculados, é essencial considerar condições adicionais a função. � De um ponto de vista prático, cada condição extra deve ser ampla o suficiente para cobrir todas as situações de interesse, e ainda assim simples o suficiente para que seja de fácil verificação. � Para isso, é importanta entender o que é uma função seccionalmente contínua. Funções seccionalmente contínuas � A função f é seccionalmente continua em um intervalo [a, b] se este intervalo puder ser dividido por um número finito de pontos. a = x0 < x1 < … < xn = b tal que (1) f é contínua em cada intervalo (xk, xk+1) � A notação f(c+) denota que o limite de f(x) com x→ c é tomado pela direita, e f(c-) denota o limite de f(x) com x→ c vindo pela esquerda. Note que não é essencial que a função seja definida nos pontos xk,. nkxf nkxf k k xx tx ,,1,)(lim)3( 1,,0,)(lim)2( 1 K K =∞< −=∞< − + + → → Teorema 10.1 � Suponha que f e f ' são funções seccionalmente contínuas no intervalo [-L, L). � Suponha também que f é definida fora de [-L, L), assim ela é periódica com período 2L. � A função f tem a seguinte série de Fourier, onde � A série de Fourier acima converge para todo f(x) em todos os pontos x onde f é contínua, e para [f (x+) + f (x-)]/2 para todos os pontos x onde f é descontinua. ∑∞ = ++= 1 0 sincos 2 )( m mm L xmb L xm a a xf pipi dx L xm xf L bdx L xm xf L a L Lm L Lm ∫∫ −− == pipi sin)(1,cos)(1 Discussão do teorema 10.1 � Note que a série de Fourier converge para o ponto médio entre f (x+) e f (x-) nas vizinhanças de f. � As condições dadas por este teorema são suficientes para a convergência da série, porém não são necessárias. � Os principais tipos de funções que estão excluídos por este teorema são aquelas que apresentam descontinuidades infinitas em [-L, L), como a função 1/x2. � Uma série de Fourier pode convergir para uma função que não é diferenciavel ou contínua, e ainda assim cada termo da série permanecer contínua e infinitamente diferenciável. � O próximo exemplo ilustra justamente este ponto. Exemplo 4: onda quadrada (1 de 8) � Considere a função abaixo: � Deixaremos temporariamente em aberto a definição de f em x = 0 e em x = ±L, exceto que consideraremos estes pontos finitos. � Esta função é representada pela onda quadrada, e é periódica com período T = 2L. Veja gráfico abaixo: )()2(, 0, 0,0)( xfLxf LxL xL xf =+ << <<−= Exemplo 4: onda quadrada (2 de 8) � Copiando do slide anterior a função f, � O intervalo [-L, L) pode ser dividido em dois sub-intervalos abertos (-L, 0) e (0, L). � Em (0, L), f(x) = L e f '(x) = 0. Assim, f e f ' são contínua e tem limites finitos quando x→ 0 pela direita e x → L pela esquerda. � Similarmente para (-L, 0). Assim, f e f' são funções seccionalmente contínuas em [-L, L), e portanto podemos aplicar o teorema 10.1. )()2(, 0, 0,0)( xfLxf LxL xL xf =+ << <<−= Exemplo 4: coeficientes (3 de 8) � Primeiro, determinamos a0: � Então para am, m = 1, 2, …, temos � Similarmente, para bm= 0, m = 1, 2, …, LdxL L dxxf L a LL L === ∫∫ − 00 1)(1 0,0sincos1 0 0 ≠=== ∫ mL xmmLdxL xmLLa L L m pi pi pi === ∫ par,0, ímpar,/2cossin1 00 m mmL L xm m Ldx L xmL L b L L m pipi pi pi Exemplo 4: expanção de Fourier (4 de 8) � Assim, am= 0, m = 1, 2, …, e � Então ∑ ∑ ∑ ∞ = ∞ = ∞ = − −+= += ++++= ++= 1 ,...5,3,1 1 0 12 /)12sin(2 2 )/sin(2 2 5 sin 5 13 sin 3 1 sin2 2 sincos 2 )( n m m mm n LxnLL m LxmLL L x L x L xLL L xmb L xm a a xf pi pi pi pi pipipi pi pipi K == par,0, ímpar,/2 ,0 m mmL bLa m pi Exemplo 4: teorema 10.1 (5 de 8) � Assim, � Agora, f é contínua em (-nL, 0) e em (0, nL). Portanto, pelo teorema 10.1, a série de Fourier converge para f(x) neste intervalo. � Nos pontos x = 0, ±nL onde f é descontínua, a soma é L/2 = [f (x+) + f (x-)]/2. � Portanto, podemos definir f(x) como sendo L/2 nestes pontos de descontinuidade, para que a série convirja para f também nestes pontos. ∑∞ = − − += 1 12 /)12sin(2 2 )( n n LxnLL xf pi pi Exemplo 4: Fenômeno de Gibbs (6 de 8) � Considere a soma parcial � O gráfico de s8(x) e f são dados abaixo paraL = 1. � A soma parcial parece convergir para f nos pontos contínuos e tende a produzir mudanças abrúptas próximo das descontinuidade. � Este comportamento, típico das séries de Fourier próximos da descontinuidades, e conhecido como fenômeno de Gibbs. ∑ = − − += n k n k LxkLL xs 1 12 /)12sin(2 2 )( pi pi Exemplo 4: erros (7 de 8) � Para investigar a convergência em maior detalhe, consideraremos a função erro en(x) = f (x) - sn(x). � Abaixo apresentamos o gráfico de |e8(x)| e L = 1. O maior valor de |e8(x)| é 0.5, atingido quando x → 0 e x→ 1. � Conforme n aumenta, o erro decresce no intervalo (0, 1), onde f é contínua, porém esta diminuição não é acompanhada uniformemente nos extremos onde temos a descontinuidade. � Assim, não é possível reduzir uni- formemente o erro pelo aumento do número de termos. Exemplo 4: velocidade de convergência (8 de 8) � Note que nesta série de Fourier, os coeficientes são proporcionais 1/(2n-1). � Assim, esta série converge mais devagar do que aquelas dos exemplos 1 e 3, cujo os coeficientes são proporcionais a 1/(2n -1)2. ∑∞ = − − += 1 12 /)12sin(2 2 )( n n LxnLL xf pi pi Função par e ímpar � Depois de termos feito alguns exemplos envolvendo séries de Fourier é interessante distinguir duas classes de funções para o qual as fórmulas de Euler-Fourier podem ser simplificadas. � Estas duas classes são as funções pares e ímpares, caracterizadas geometricamente pelas propriedades de simetria com respeito ao eixo-y e a origem respectivamente. dx L xn xf L b dx L xn xf L a L Ln L Ln ∫ ∫ − − = = pi pi sin)(1 cos)(1 Definição de funções pares e ímpares � Analiticamente, f é uma função par se o seu domínio contém o ponto –x para todo x do seu domínio, e se f (-x) = f (x) para cada x do domínio de f. Veja figura (a) abaixo. � A função f é uma função ímpar se o seu domínio contém o ponto –x para todo x do seu domínio, e se f (-x) =- f (x) para cada x do domínio de f. Veja figura (b) abaixo. � Note que f (0) = 0 para funções ímpares. � Exemplos de funções pares são 1, x2, cos x, |x|. � Exemplos de funções ímpares são x, x3, sin x. Propriedades aritméticas � As funções pares e ímpares respeitam as seguintes propriedades: � A soma (diferença) de duas funções pares é par. � O produto (quociênte) de duas funções pares é par. � A soma (diferença) de duas funções ímpares é ímpares. � O produto (quociente) de duas funções ímpares é par. � Essas propriedades podem ser verificadas diretamente das definições. Propriedades das integrais � Se f é uma função par, então � Se f é uma função ímpar, então � Estas propriedades podem ser verificadas diretamente das definições: dxxfdxxf LL L ∫∫ =− 0 )(2)( 0)( =∫ − dxxfL L Série de cossenos � Suponha que f e f ' são seccionalmente contínuas em [-L, L) e que f é uma função par periódica com período 2L. � Então f(x) cos(npi x/L) é par e f(x) sen(npi x/L) é ímpar. Assim, � Segue que a série de Fourier de f é � Portanto, a série de Fourier de uma função par consiste somente de cossenos (e o termo constante), e é chamada de série de Fourier em cosseno. ∑∞ = += 1 0 cos 2 )( n n L xn a a xf pi K K ,2,1,0 ,2,1,0,cos)(2 0 == == ∫ nb ndx L xn xf L a n L n pi Série de senos � Suponha que f e f ' são seccionalmente contínuas em [-L, L) e que f é uma função ímpar periódica com período 2L. � Então f(x) cos(npi x/L) é ímpar e f(x) sen(npi x/L) é par. Assim, � Segue que a série de Fourier de f é � Portanto, a série de Fourier de uma função ímpar consiste somente de senos, e é chamada de série de Fourier em senos. ∑∞ = = 1 sin)( n n L xnbxf pi K K ,2,1,sin)(2 ,2,1,0,0 0 == == ∫ ndxL xnxfLb na L n n pi Exemplo 5: onda dente de serra (1 de 3) � Considere a função abaixo. � Esta função representa uma onda dente de serra, e é periódica com período T = 2L. Veja o gráfico de f abaixo. � Vamos determinar a representação em série de Fourier desta função. )()2(, ,0 ,)( xfLxf Lx LxLx xf =+ ±= <<−= Exemplo 5: coeficientes (2 de 3) � Uma vez que f é uma função ímpar periódica com período 2L, temos � Segue que a série de Fourier de f é ( )∑∞ = + − = 1 1 sin12)( n n L xn n L xf pi pi ( ) K K ,2,1,12 cossin2sin2 ,2,1,0,0 1 0 2 0 =−= − == == + ∫ n n L L xn L xn L xn n L L dx L xn x L b na n L L n n pi pipipi pi pi Exemplo 5: gráfico de somas parciais (3 de 3) � Os gráficos das somas parciais s9(x) e f são dados abaixo. � Observe que f é descontínua em x = ±(2n +1)L, e estes pontos da série convergem para a média dos limites laterais (teorema 10.1), que é zero. � O fenômeno de Gibbs ocorre novamente perto da descontinuidade.
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