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Direito do Trabalho I - Fontes

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DIREITO DO TRABALHO – FONTES 
CONCEITO DE FONTES 
▪ São acontecimentos, fatos e atos que 
dão origem ao sistema trabalhista. 
TIPOS DE FONTES 
▪ Materiais – fonte originária em 
motivos políticos, sociais e 
econômicos, fundamentais à 
construção da sociedade. Exemplo: 
 
Fonte Material -> A prática de crimes 
pela internet. 
 
Direito derivado da fonte -> 
Legislação específica sobre crimes 
virtuais. 
 
São de observância facultativa. 
 
▪ Formais – fonte originária de 
princípios e regras que se 
exteriorizam ao mundo por normas 
jurídicas. Exemplo: Leis, princípios, 
CCT e ACT, são de observância 
obrigatória por possuírem caráter 
imperativo. 
HIERARQUIA DAS FONTES 
FORMAIS 
No direito do trabalho, devido ao 
princípio da proteção, se as normas 
infraconstitucionais são mais 
beneficentes ao trabalhador deverão 
se sobrepor as normas constitucionais. 
Exemplo: Jornada de trabalho. 
Exceção: Quando se tratar de Direito 
Processual (quando envolver o 
trabalhador, reclamante e o reclamado), 
não será aplicada a norma mais 
favorável, e sim a norma padrão. 
Exemplo: Se houver uma portaria na 
empresa que rege uma prescrição 
trienal (3 anos) para a reclamação 
trabalhista, ela será invalida, pois 
processualmente a prescrição da 
reclamação trabalhista é de dois anos 
prevista em seu art. 7º, XXIX da CF/88. 
CONFLITO ENTRE AS FONTES 
Suponha que a norma A tenha pontos 
mais benéficos para o trabalhador do 
que a norma B. Aplica-se apenas esses 
pontos da norma A, ou aplica-se toda a 
norma A? 
Existem duas teorias que tem por 
objetivo resolver os conflitos entre 
normas: 
▪ Teoria do conglobamente: Deve-se 
aplicar somente uma fonte em sua 
totalidade. No caso em tela, aplicar-
se-á somente a norma A. (Doutrina 
Majoritária) 
 
▪ Teoria da acumulação: Deve-se 
aplicar todas as fontes, 
permanecendo as normais mais 
favoráveis, e afastando as menos 
favoráveis. No caso em tela, aplicar-
se-á os pontos mais favoráveis das 
normas A e B, afastando as demais. 
DERIVAÇÃO DAS FONTES FORMAIS 
▪ Fontes formais autônomas - são 
fontes do direito do trabalho 
discutidas e elaboradas pelas 
partes diretamente interessadas e 
afetadas pela criação da norma 
jurídica trabalhista. Exemplo: CCT, 
ACT e Costumes. 
 
Art. 611 da CLT apresenta a 
definição de CCT (convenção 
coletiva de trabalho) e no seu §1º a 
definição de ACT (acordo coletivo de 
trabalho). 
 
CCT – acordo entre o Sindicato 
profissional (Emp.) e o Sindicato da 
categoria econômica (trabalhador), e 
afeta uma coletividade/categoria de 
trabalhadores de uma maneira geral. 
 
ACT – acordo entre empresa e o 
sindicato do empregado, o que for 
definido somente valerá para aquela 
empresa, não para as demais. 
DIREITO DO TRABALHO – FONTES 
 
▪ Fontes formais heterônomas – são 
aquelas decorrentes do Estado. 
Exemplo: CF, CLT, Decretos, Lei 
complementar etc. 
FIGURAS ESPECIAIS 
Não são consideradas fontes do direito 
do trabalho por grande parte da 
doutrina: 
▪ Regulamento empresarial – não é 
fonte normativa pois expressa 
vontade unilateral. 
 
▪ Laudo arbitral – é a decisão de 
caráter normativo tomada por alguém 
escolhido no contexto de uma 
negociação coletiva, no âmbito das 
respectivas bases sindicais. Em 
regra, o laudo arbitral não é aplicado 
ao direito individual, uma vez que se 
trata de direito indisponível. 
 
▪ Jurisprudência – A doutrina se 
diverge, mas, para alguns, apenas a 
súmula vinculante é considerada 
fonte do direito do trabalho. 
 
▪ Analogia – é o meio do qual o juiz 
amplia a incidência de uma lei, 
aplicando-a a caso idêntico ou 
semelhante, não regulamentado pela 
legislação. 
 
▪ Equidade – é o meio através do qual 
o juiz abranda o rigorismo legal, 
mantendo um julgamento justo. 
 
▪ Doutrina – não é considerada fonte 
do direito do trabalho, embora tenha 
influência significativa no universo 
jurídico. 
 
▪ Disposições contratuais – São 
bilaterais, porém são relativas 
somente a empresa e a um emprego, 
não a coletividade. 
 
 
 
TIPO DE LACUNAS 
▪ Lacuna Normativa – há ausência de 
lei para o caso concreto. A título de 
exemplo, podemos citar a 
terceirização trabalhista. Na falta de 
norma legal, o TST editou a súmula 
331 para suprir a lacuna existente, 
que regula o instituto em nosso 
ordenamento jurídico. 
 
▪ Lacuna Axiológica – há lei para o 
caso concreto, porém sua aplicação 
se revela injusta ou insatisfatória. É o 
caso do duplo grau de jurisdição 
obrigatório no processo do trabalho. 
 
▪ Lacuna Ontológica – há lei para o 
caso concreto, porém a norma está 
desligada da realidade social, de 
modo que não tem aplicação prática.

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